domingo, 4 de julho de 2010

FINITUDE - Entrevista para a Radio Rock Freeday


RF- Conte como tudo começou? - Luiz Gustavo – A Finitude nasceu em 2005 em Aracaju/SE, com a junção de forças entre Marcelo Menezes e eu quando estávamos participando de um projeto tributo a uma banda pop internacional bastante reconhecida na época. Ambos curtiam Heavy Metal em geral, naturalmente lhe mostrei algumas composições que já tinha registrado de forma simples em meu computador. Pouco tempo depois já estávamos trabalhando nelas e pensando em montar uma banda para tocá-las ao vivo. Marcelo cuidou de encontrar outros músicos e fazer os convites. Exatamente 19 de Agosto do mesmo ano estávamos fazendo nosso primeiro ensaio e em 22 de Abril de 2006 lançamos nosso primeiro trabalho, o CD-demo “Way of Wisdom”, que conquistou uma boa repercussão na mídia especializada e nos proporcionou uma bem sucedida turnê pelo Nordeste em 2007 e grandes shows nos anos seguintes. Depois de alguns anos e várias formações a Finitude encontrou estabilidade e amadurecimento com a atual formação, composta por Marcelo Menezes (vocal), Djalma Moreira (baixo), Ícaro Reis (guitarra), Arnaldo Jr. (bateria), além de mim, também empunhando uma guitarra.

RF – Como esta sendo a repercussão DA NOVA FORMAÇÃO? - Luiz Gustavo – Excelente. Sempre curtimos o trabalho do baterista anterior, que nos deixou para seguir rumo próprio, mas o Arnaldo Jr. veio para somar e muito já fez pela banda. É um dos mais compenetrados na produção do nosso primeiro álbum oficial, trabalhando de forma bem detalhada em suas linhas de bateria, que estão matadoras, e contribuindo de forma veemente na organização e agenda da gravação, em outras palavras, está a frente das negociações com o estúdio onde registraremos o “play”. Musicalmente a nova formação tem crescido bastante, principalmente nos quesitos musicalidade, técnica, peso e produção. Quando abrimos mão de ter tecladista na banda para construirmos uma massa sonora com duas guitarras, acreditamos sempre ter sido uma decisão acertada e observamos este resultado em nossos shows que estão sendo mais energéticos e precisos. É uma formação que, sem dúvida, está disposta a crescer.

RF –Qual a proposta sonora feita PELA Finitude? O que falam as letras? - Luiz Gustavo – Tentamos não seguir uma fórmula, mas sabemos que a roda já foi inventada, portanto, a proposta da banda é encontrar algo honesto nesse mundo já bastante explorado que é o Heavy Metal. Todavia, apostamos em um contexto que permeia nosso trabalho que por si só já é um diferencial, ou seja, adotamos questões psicológicas intrínsecas e extrínsecas aos homens nas letras e procuramos expressar musicalmente estas ideias com o apoio da conceituação, orquestração e uma estética mais cinematográfica, em especial nas introduções. As influências de cada membro da banda são amplamente respeitadas, com isso sempre as deixamos nos contaminar na hora de compor, talvez esta mistura possa nos proporcionar um caminho no mínimo menos explorado por outras bandas. Temos influências que variam desde o pop anos 80 até o progressivo do Opeth, Dream Theater, somando à sutileza e beleza do Rush, Pink Floyd, Angra e com uma forte pitada de peso oriunda do Megadeth, Metallica, Slayer. Concluindo, como toque final, utilizamos vocais e coros que variam do melódico ao gutural representando diversas facetas nas faixas.

RF- O que acha da cena do Metal Nacional? - Luiz Gustavo – Particularmente acredito estar bastante viva, com bandas bastante representativas como Sepultura, Angra, Korzus e outras relativamente novas que realmente vêm se destacando, como a Hibria, Almah, Hangar etc. O grande diferencial na cena Nacional é o crescente número de bandas do Norte e Nordeste, além de músicos de bastante expressividade que vêm se destacando, costumo citar o Carlos Zema, Humberto Martinho e o próprio Marcelo Menezes, todos tecnicamente inquestionáveis. Anos atrás os olhos se voltavam somente para o Sul e Sudeste, hoje o Nordeste, por exemplo, recebe grandes nomes internacionais movimentando a cena, a exemplo de Recife/PE que frequentemente recebe shows de porte do Iron Maiden, Megadeth, Deep Purple, UDO entre várias outras. Isso é muito importante, ter um estilo uniformemente curtido no país, não só ali ou aqui, construindo um terreno maior e fértil para as novas bandas, como a Finitude, crescerem e conquistarem seu espaço.

RF - Qual a contribuição de vc´s para o crescimento do mercado de metal no Brasil? - Luiz Gustavo – Como citei na pergunta anterior, o espaço para as bandas é maior e agora existem olhos voltados para todas as regiões do país. Somando a Internet que é, hoje, uma grande ferramente de suporte, a essa equação, poderemos observar como resultado ótimas bandas crescendo nos próximos anos, oriundas do Norte e Nordeste. Desta feita, sem dúvida, nós queremos estar nesse grupo, trabalhamos duro para isso. Contudo, acima de sucesso ou reconhecimento, acreditamos que a música é a máxima do nosso trabalho e a mensagem que almejamos passar através dela é o nosso maior tesouro, sendo, portanto, essa contribuição que desejamos imprimir à cena nacional. Sinceramente, a ARTE anda meio esquecida neste mundo cujos negócios têm falado unicamente .

RF- Obrigado pela entrevista e boa sorte na turnê! - Luiz Gustavo – Nós que agradecemos. Todas as bandas que estão lutando pelo seu espaço na cena, pela Arte, precisam de veículos de apoio, de suporte e, sem dúvida, a Rádio Rock Freeday tem sido um dos grandes nomes apoiadores dos novos artistas. Aproveitando o espaço, convido todos os ouvintes e leitores da Rock Freeday a acessarem nossos sites, conhecer nosso trabalho, em especial: www.finitude.palcomp3.com.br, www.twitter.com/finitudeonline, www.myspace.com/finitudeonline, www.youtube.com/finitudeonline e www.finitude.com.br. Muito Obrigado!

Fonte? Radio Rock Freeday

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