sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Heavy Metal em 5 álbuns, por Andreas Kisser

Qua, 25 Fev, 09h49

Por Andreas Kisser para o Yahoo Entretenimento

O Heavy Metal, tal como outros estilos musicais, tem várias vertentes e direções. Existem infinitos nomes que tentam definir as misturas musicais que sempre acabam criando um novo Metal, por exemplo "Death", "Trash", "New", etc...

Aqui eu vou mostrar cinco bandas/álbuns que criaram o estilo e ainda hoje influenciam muitos músicos pelo mundo.

1-Black Sabbath - Black Sabbath (1970):
Sem o Black Sabbath o Heavy Metal não existiria. Pela primeira vez, aparece uma banda que fala de temas satânicos e que não se importava com as distorções e microfonias da guitarra. O guitarrsita Tony Iommi foi o grande criador de "riffs" clássicos e eternos do estilo. Neste primeiro disco, o Sabbath já mostrava uma atitude diferente de qualquer outra banda. Músicas como a faixa que da nome à banda e ao disco, "NIB" e "The Wizard" abordam temas místicos e com uma violência nunca vista antes. Era o começo de tudo.

2-Iron Maiden - Killers (1981):
O Iron foi formado no auge da cena Punk em Londres, no meio da década de 70, e o som sofreu muita influência Punk. Liderado pelo baixista Steve Harris, tem características bem diferentes de outras bandas de metal lideradas por outros instrumentistas. O Killers é um álbum que mostra uma música poderosa e de técnica apurada, coisa que as bandas Punk não tinham: o controle do instrumento. O Maiden mostrou o caminho de um metal mais harmonioso, melódico sem perder o peso e a agressividade. "Killers", "Wratchild", "Murders in the Rue Morgue" e "Purgatory" são temas que ainda tem uma força e energia magistral.

3-Judas Priest - British Steel (1980):
O Judas Priest é uma banda inglesa que veio da mesma cidade que o Black Sabbath, Birmingham, uma cidade industrial, cinzenta e poluída. O Judas começou no início da década de 70 como uma banda de rock, muito influenciada pelo rock americano. Só mais pro meio da mesma década que o som do Judas começou a ficar mais pesado e com vocais mais agressivos e gritados. Foi a primeira banda que assumiu ser Heavy Metal, nas letras, no visual e na atitude. O trabalho dos dois guitarristas, Glenn Tipton and KK Downing é o ponto alto da música da banda. Solos em duetos, abusando da alavanca tremolo, efeitos, muita técnica e beleza. Este disco tem temas eternos como "Breaking the Law", "United" e "Metal Gods".

4-Metallica - Ride the Lightning (1984):
O Metallica foi a banda que levou o Metal aos extremos da velocidade, peso e agressividade. Composições de estrutura complexa e letras que retratavam mais a realidade ao invés das letras de ficção das outras bandas já citadas. As influências vieram principalmente do Metal britânico e das bandas de Hard Core. Bandas como Motorhead, Saxon, Maiden, AC/DC, GBH, Misfits deram um novo rumo ao guitarrista James Hetfield e ao baterista Lars Ulrich. Junto com o excepcional baixista Cliff Burton, criaram um Metal mais vigosroso, corajoso e inovador. Foi um divisor de águas para o estilo. Pela primeira vez o Metal, de pegada mais extrema, estava lotando arenas pelo mundo. Clássicos como "For whom the bell tolls", "Creeping Death", "Fade to Black" e a instrumental "The call of Kutlu" são exemplos do poder deste disco.

5-Sepultura - Roots (1995):
Eu sei que pode parecer estranho eu comentar o meu próprio trabalho aqui na coluna mas como isto é uma introdução ao metal eu me senti obrigado a falar deste disco, principalmente em se tratando de misturas musicais. O Roots é um disco que trouxe para o Metal os ritmos e harmonias de parte da música brasileira. O Metal sobrevive porque ele se mescla com vários estilos diferentes, sempre criando algo novo. Usamos a percussão baiana, de berço africano, junto com as danças e músicas da tribo dos Xavantes, que não tem nenhuma influência da música européia ou africana. É um exemplo de que não é preciso perder peso e agressividade quando outros estilos são usados no Metal. Este disco influenciou e inspirou o movimento chamado de "New Metal" com bandas como Korn, Deftones e Slypknot. Músicas como "Atittude", "Ratamahata", "Itsari" e "Roots Bloody Roots" são alguns exemplos desta mistura.

Creio que para quem não conhece ou tem algum tipo de preconceito com o estilo, esta lista possa ajudar a entender e a curtir o Metal, uma das formas mais livres e espontâneas de se expressar através da música.

Valeu, abraço!

Andreas

Iron Maiden em Hellcife - contagem regressiva ...

Por Eduardo Fradkin / O Globo - Há cinco dias, em Belgrado, capital da Sérvia, a banda inglesa Iron Maiden deu início ao segmento final da turnê "Somewhere back in time", que esteve no Brasil ano passado - em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre - e voltará ao país dia 12 de março, data de um show em Manaus. O seguinte, dia 14, será no Rio, na Praça da Apoteose - e 15 mil ingressos já foram vendidos. Depois a banda passará por São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife. A capital pernambucana receberá o penúltimo show da turnê, iniciada em fevereiro de 2008. O último será em solo americano, na Flórida, dia 2 de abril.

Em entrevista por telefone antes de ir à Sérvia, o vocalista Bruce Dickinson disse que seriam incluídas músicas raras dos três primeiros discos na fase final da turnê, mas fez mistério sobre quais seriam. Os fãs sérvios, porém, revelaram pela internet as novidades. As faixas que entraram foram as raríssimas "Phantom of the opera" e "Children of the damned" e as menos incomuns "The evil that men do", "Sanctuary" e "Wrathchild" (tocadas no último Rock in Rio, em 2001, e registradas em CD e DVD).

As músicas que saíram foram "Heaven can wait", "The clairvoyant", "Moonchild", "Revelations" e "Can I play with madness". Clássicos como "The trooper", "Aces high", "2 minutes to midnight" e "Rime of the ancient mariner" foram mantidos.

Todas as músicas do show, à exceção de "Fear of the dark" (de 1992), são da década de 1980, quando a banda viveu sua melhor fase.

O Brasil foi um dos primeiros lugares que visitamos nesta turnê. Fizemos bons shows, mas não tínhamos todo o equipamento que viríamos a usar depois na Europa. Não foi possível levá-lo. Tocamos em lugares, principalmente nos Estados Unidos, que não nos permitiram usar muita pirotecnia. Mas, depois que usamos esses recursos à vontade na Europa, pensamos: "Caramba, temos que ter isso sempre nos shows!". Então, planejamos com antecedência e conseguiremos levar a parafernália toda para o Brasil - afirmou Dickinson.

A parafernália inclui uma múmia gigante, símbolo do disco "Powerslave" (de 1984), que surge por trás da bateria de Nicko McBrain durante a canção "Iron Maiden", labaredas que brotam do palco a todo momento, fogos de artifício, um teto repleto de holofotes que é rebaixado alguns metros (durante a música "Rime of the ancient mariner") e um bode maligno em "The number of the beast".

Para a banda e sua equipe, uma diferença salutar entre essa turnê e a de "Powerslave", de 1985, a primeira que os trouxe ao Brasil, no Rock in Rio, é o ritmo de trabalho.

- Naquela turnê, a "World Slavery Tour", foram nove shows a cada dez dias, durante um ano. Quando acabou, estávamos exaustos. Agora, temos intervalos maiores - alega o cantor, que subirá ao palco 13 vezes no mês de março.

Muitos fãs se perguntam como ele consegue manter o pique acelerado nos shows e ainda pilotar o avião que leva a banda. Isso não é segredo.

"Quando faço um show, não piloto nas 12 horas seguintes. Meu emprego principal é como cantor do Iron Maiden"

- O avião tem três capitães, e eu sou o terceiro. Sou o piloto de apoio. Eu piloto cerca de um terço do total de horas de voo. Respeito as leis de aviação civil, que exigem 12 horas de descanso. Portanto, quando faço um show, não piloto nas 12 horas seguintes. Meu emprego principal é como cantor do Iron Maiden - disse Dickinson.

Se o Rio ficou sem ver o Iron no ano passado, agora poderá ficar em vantagem sobre o resto do mundo. Um documentário sobre a banda, chamado "Flight 666", será lançado em cinemas de todo o planeta dia 21 de abril, mas poderá ter uma pré-estreia mundial no Cine Odeon, dia 14, com a presença dos ingleses.

- Ainda estamos negociando isso, mas espero que se concretize. O filme ficou sensacional, e eu posso dizer isso com imparcialidade porque nenhum de nós, da banda, opinou na produção. É o Iron Maiden como os fãs nunca viram - resumiu Dickinson, esclarecendo aos risos em seguida: - Não, não há psicólogos no nosso filme (em "Some kind of monster", documentário sobre o Metallica, os músicos aparecem fazendo terapia).

Fonte: O GLOBO









domingo, 22 de fevereiro de 2009

# 96 - 20/02/2009





Paradise Lost – gothic
Cathedral – Ebony tears
My Dying Bride – sear me

Drop Loaded:

Daniel Beleza e os corações em fúria – A Caixa

Bloco produzido por Lauro Francis:

Los Muertos de Cristo – por quien doblan las campañas
Corrosion of comformity – prayer
Luta Armada – Another fucking war
Driller Killer – Up your arse
Doom – The Free world

Entrevista com Mahatma Gangue

Mahatma Gangue – Ritmo Selvagem
Mahatma Gangue – Dor de cabeça
Mahatma Gangue – Febre do rato
Mahatma Gangue – José Defeito
Mahatma Gangue – Tiro certeiro

Modular – Encapsulados
Filme – naufrágio
Hacia dos veranos – despertar
Apanhador só – pouco importa

Entrevista com Baka Sentai e Oni

Baka Sentai – Changeman
X Japan – Rusty Nail
Onmyuza - Okouga Nippou Chou
Galneryus - Struggle for Freedom Flagg



Entrevista com Lee Dorian, vocalista do Cathedral.

Por Rafael Carnovale | Publicado em 22/01/06 em www.wiplash.net

E já fazem 16 anos que Lee Dorian deixou o Napalm Death, e surgiu o Cathedral. Com uma proposta bem diferente, a banda vem lançando CD`s e se mantendo firme e forte como um dos grandes nomes do chamado “Stoner Metal”. Influências fortes de Black Sabbath e o vocal de Lee, que agora está bem mais melódico, fizeram a banda crescer ao longo de tantos anos.

Agora lançam seu novo trabalho, “The Garden Of Unearthly Delights”, após 3 anos do lançamento de “The VIIth Coming”. Falamos com Lee via telefone, numa entrevista que havia sido cancelada anteriormente devido a um problema de saúde que o fez ser hospitalizado, e o mesmo (esbanjando bom humor e simpatia) não se furtou a falar sobre nenhum assunto, indo desde o Napalm Death até o futuro de sua banda.

WHIPLASH – Lee, primeiramente é um prazer conversar com você e fico feliz de que tenha se recuperado de seus problemas de saúde.

LEE DORIAN – (Risos). Obrigado. Na verdade tive apenas um problema no pescoço, que me obrigou a ir para o hospital tomar algumas precauções, mas está tudo bem agora.

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Vamos começar falando sobre seu passado com o Napalm Death. Você poderia imaginar que sua saída da banda iria gerar uma banda tão diferente do Napalm como é o Cathedral? Isso passava pela sua cabeça quando saiu da banda?

Não... na verdade não tinha nada em mente quando saí. Apenas tive uma experiência ruim e senti que era hora de deixar o barco. Encontrei com Mike Amott (Arch Enemy) e pensamos em montar algo juntos, mas não conseguimos um contrato ou algo que nos desse suporte. Logo depois montei o Cathedral. Foi uma bela coincidência, já que a banda já dura 16 anos. Não haviam planos, nada preparado, apenas seguimos nossa inspiração, acho que deixamos que o vento nos levasse. (Risos).

E nesta banda você sempre trabalhou com letras místicas e fantasiosas, falando sobre bruxas e coisas do tipo. O que lhe inspira para tal atitude?

No Cathedral de fato escrevo umas coisas estranhas (Risos). Não tenho uma atitude diferente da que tinha quando estava no Napalm, mas não quero mais falar sobre política. Cansei disso. Prefiro me concentrar na fantasia e na diversão, porque isso é legal para os fãs e eu gosto muito. Não sou alienado, tenho minhas opiniões sobre o mundo e falo sobre política, mas não quero levar esse lado para minha música.

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Me lembro que Tony Iommi disse que bandas como o Cathedral apenas copiam o Black Sabbath original...

Ele disse? Quando?

Numa rodada de entrevistas que ele deu em 1997, na ocasião da reunião do Black Sabbath para o Ozzfest da época. Eu acho que existe uma influência, mas o Cathedral está longe de ser um clone do Sabbath.

E eu concordo. Não me surpreende essa comparação, já que eles sempre foram uma grande influência para nós. Em algumas ocasiões ouço nosso material e penso “putz... tem muito de Black Sabbath aí...”. Mas temos uma variedade maior do que apenas copiar o Sabbath. Mas posso te dizer, se uma banda tivesse que substituí-los, essa seria o Cathedral.

Falando sobre “The Garden Of Unearthly Delights”, porque você escolheu esse título? Estamos diante de um CD conceitual?

Não realmente. Inicialmente pensei em chama-lo “Seeds of Decay”, mas as coisas foram mudando a medida que íamos gravando. Tive uma grande inspiração ao final das sessões, que culminou na capa. Pensei muito num significado de minha casa, perto do que curto, como o Jardim do Éden, o futuro, num mundo feliz, com pessoas felizes, e isso acabou me fazendo mudar o título do álbum.

“Dearth AD” é uma boa “intro”, com bons riffs. Algo que também chama a atenção no CD são suas linhas vocais, principalmente em “Tree Of Life And Death”. Quando você decidiu inserir mais linhas melódicas em seus vocais guturais, criando este estilo vocal que hoje você trabalha muito bem?

Obrigado mesmo por dizer isso, porque não foi fácil. Foi algo que evoluiu lentamente nestes 16 anos. Não estou cantando como fiz em “Corpsecycle”,que acho que exemplifica bem minha voz atualmente. Foi um progresso que eu senti que poderia executar, e fui trabalhando nisso, crescendo mais e mais a cada dia. Ficou diferente e estou feliz com isso.

“North Berwick With Trails” traz riffs que nos remetem a música “Black Sabbath”. Você chegou a observar isso na gravação?

Realmente devo concordar. Esta foi a primeira música que escrevemos em conjunto. Não é uma de minhas favoritas, mas funciona muito bem e gosto dela. Não foi algo planejado... sabe como é... são as influências! (Risos). Devia estar com o riff na cabeça neste dia.

Ao mesmo tempo “Upon Azrael Things” flerta diretamente com o thrash metal. Você pensou em fazer um “back to basics”, usando os elementos que marcaram o começo de sua carreira no Napalm Death?

Talvez, mas penso mais numa influência do Celtic Frost, pois trata-se de uma faixa agressiva, mas com uma boa dose de melodia. Fiquei muito feliz com o resultado final, já disse isso? (Gargalhadas).

Uma das faixas que se destacam no CD é “Corpsecycle”. Há boas partes acústicas, uma atmosfera “dark” e isso poderia inspirar várias bandas góticas. Você ouve algo deste estilo?

Sobre o estilo em si não. Mas adoro “Corpsecycle” é uma puta faixa, com letra bem realista, falando sobre o dia a dia em Londres, com as pessoas pensando em negócios e dinheiro o tempo todo. É uma dificuldade danada, e quis passar isso na música.

Você inseriu um vocal feminino em “The Garden”. Como surgiu essa idéia e como trabalhar essa variedade musical, que transita do peso para a melodia com facilidade?

Bem... não fui em quem cantou essas partes! (Risos).

Notei. Não poderia ser você mesmo. (Gargalhadas).

Exatamente... é uma faixa lenta e melódica. Algo que não costumamos fazer, mas decidimos nos desafiar o quanto pudéssemos neste álbum. Pegamos várias de nossas influências e fomos trabalhando sem uma linha definida. Com isso conseguimos inserir músicas death e passagens funky no mesmo trabalho. Isso me deixa muito orgulhoso.

Seria muito interessante assistir um show do Cathedral, porque você tem que administrar essa variedade de material com o peso do material antigo. Como têm sido os shows até agora?

SIM... você falou uma verdade! Tocamos “The Garden” em Londres há 3 semanas (esta entrevista foi feita no dia 21/11) e saímos vivos (Risos). Temos tocado 3 faixas novas, esta, “Upon Azrael Things” e “Corpsecycle”. Mas estaremos saindo em turnê com o Crade of Filfth semana que vem e penso em incluir mais faixas novas no “set”.

Há planos para se gravar algo ao vivo, como um CD ou DVD?

Os planos existem, só basta planeja-los (Risos). Estamos muito afim de gravar algo ao vivo sim, e esperamos poder fazer isso nos shows de 2006. Vamos nos reunir para discutir sobre isso, pois só existe a idéia ainda.

Você nunca tocou aqui como Cathedral. Acha que desta vez há uma possibilidade concreta, já que o Napalm Death já tocou aqui algumas vezes?

Espero que sim. Em 2006 planejamos fazer uma turnê extensa, visitando vários países. Seria algo ótimo, mas precisamos ter uma chance realmente interessante de faze-lo, porque nosso estilo difere muito do de várias bandas, e não queremos ir ao país sem poder dar o melhor para nossos fãs. Eu adoraria conhecer o país, visitar algumas cidades.

Em 2005 tivemos um festival chamado “Live And Louder”, que reuniu bandas como o 69 Eyes.

É mesmo? Como foi o show deles?

Apesar de muita gente desconhecer o som, a banda se saiu bem.

Legal. Acho que isso é o importante. Tocar numa ocasião aonde você possa mostrar seu som como deve ser feito. Espero que possamos tocar num festival como esse. Peça para os fãs brasileiros encherem o saco dos promotores, por favor! (Gargalhadas).

Voltando ao Napalm, você ainda tem contato com a banda? Chegou a ouvir seu último CD?

Sim... ouvi e inclusive os vi ao vivo este ano, mas trata-se de outra banda. Ainda tenho contato com os caras, não estamos diante de uma banda ruim. Eles são muito bons músicos, e ainda somos bons amigos.

Lee, obrigado pela entrevista e nos vemos em breve aqui no Brasil!

Obrigado a todos, e espero do fundo do coração estar aí em breve. Obrigado, ouçam nosso no CD e STAY HEAVY!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

ABRAFIN 2009 - Calendário


A Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN) foi criada em 2005 com o intuito de reunir, organizar e potencializar o circuito de festivais de música independente, desde então, em franca ascensão no Brasil, promovendo a troca de know-how entre produtores associados, bem como entre grupos, produtoras e coletivos responsáveis pela realização dos festivais.

A Abrafin reúne hoje 32 eventos do gênero. São festivais das mais diversas regiões brasileiras, que atingem um público de pelo menos 300 mil pessoas ao ano, fazendo circular mais de 600 bandas entre nacionais e internacionais, movimentando, assim, uma quantia superior a cinco milhões de reais ao ano. Além de gerar pelo menos três mil empregos fixos e temporários, os festivais são os principais vetores de estímulos da cadeia produtiva da música independente brasileira, impulsionando também a abertura do diálogo com os mercados ligados ao setor em nível internacional.

http://www.abrafin.com.br

Fevereiro & Março

Recbeat (Recife- PE): 21 a 24 de Fevereiro

Psycho Carnival 2009 (Curitiba - PR): 19 a 23 de Fevereiro

Grito Rock América do Sul: 20 de Fevereiro a 10 de Março 2009



Abril

9° Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe (BH - MG): 09 a 11 de Abril

Abril Pro Rock (Recife - PE): 17 e 18 de Abril

6º Tendencies Rock Festival (Palmas – TO): 23 a 25 de Abril



Maio

SEMUS: (Cuiabá- MT): Maio

Festival Casarão (Porto Velho – RO): a definir

Eletronika - Festival de Novas Tendências Musicais (Belo Horizonte – MG): 07 a 10 de Maio

Festival Bananada (Goiânia – GO): 22 a 24 de Maio



Junho

5º PMW Rock Festival (Palmas - TO): 10 e 13 de Junho

Porto Musical - Recife (PE)



Julho

BoomBahia : (Salvador – BA): 10, 11, 12 de Julho



Agosto

MADA (Natal – RN): Agosto

Porão do Rock (Brasília – DF): 14 e 15 de Agosto

Feira da Musica (Fortaleza - CE): 19 a 22 de Agosto

Festival Calango de Artes Integradas (Cuiabá – MT): 18 a 23 de Agosto

Festival Cururu Siriri (Cuiabá-MT): 28 a 30 de agosto de 2009



Setembro

Porto Musical (Recife - PE): Setembro

Goiaba Rock (Inhumas – GO): 05 e 06 de Setembro

MIMO – Mostra Internacional de Musica em Olinda (Olinda – PE): 06 a 12 de Setembro

Jambolada (Uberlândia – MG): 10 a 13 de Setembro

Vaca Amarela (Goiânia – GO): 11 e 12 de Setembro

Festival Varadouro (Rio Branco – AC): 25 a 27 de Setembro



Outubro

Forcaos (Fortaleza-CE): Primeira quinzena de Outubro

Demo Sul (Londrina – PR): 09, 16 , 17 de Outubro

5º Release Alternativo (Goiânia/GO) - 31/outubro



Novembro

53 HC (Belo Horizonte-MG): Novembro

Release Alternativo (Goiânia-GO): Novembro

GIG Rock (Porto Alegre – RS): 14 e 15 de Novembro

Mix Music (São Paulo – SP): 13 a 15 de Novembro

Ponto.CE (CE): 06 e 07 de Novembro

Festival DoSol (Natal – RN): 07, 08,11,12 e 13 de Novembro

Consciência Hip Hop (Cuiabá – MT): 13 a 15 de Novembro

Festival Mundo (João Pessoa-Paraíba): 16 e 17 de outubro

XV Goiânia Noise Festival (Goiânia – GO): 27 a 29 de Novembro

El Mapa de Todos (Brasília – DF): 22 e 22 de Novembro



Dezembro

Festival Evidente (Rio de Janeiro – RJ): 11 e 12 de Dezembro

Macondo Circus (Santa Maria – RS): 3, 4 e 5 de dezembro

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

# 95 - Sexta-feira 13, fevereiro de dois mil e nove


The Rolling Stones – Simpathy for the Devil


Berzerkers – Thrash till death

Mystical Fire – Hybrid Hostes and abismal empire

Enrapt – The Rhyme of pain


Drop Loaded :

Turbopotamos – Terrorize

Dante Inferno – Happy Easter


Bloco produzido por Vicente Coda:


DeFalla – como vovó já dizia

Patife Band – Tijolinho

Akira S e as Garotas que erraram – sobre as pernas

Azymuth – Linha do horizonte

A Bolha – um passo a frente


Primal Screan – Beautiful future

New Order – Wainting for the siren´s call

Portishead – We Carry on


Nirvana – In Bloon

Screaming Trees – Nearly lost you

Alice in chains – would

Soundgarden – rusty Cage

Mudhoney – and the shimmering lights

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mahatma Gangue Minitour Sergipe


Mossoró, um dia qualquer em setembro de 2007

Aqueles acordes eram como martelo em sua cabeça e muitas madrugadas foram devoradas pela repetição de uma única base em um violão desafinado. Apenas três notas de algo que lembrava surf-music e garage punk. No final de outubro daquele mesmo ano Ingrid muda-se pra Mossoró e imediatamente juntam-se para tocar. Pedro e Ingrid deram início ao Mahatma Gangue e os dois primeiros bateristas, Marcinho e Felipe Manga, precisaram tomar outros rumos em suas vidas e ao saírem da banda deram lugar para Farofa que completou a gangue. Depois de torrarem os miolos ouvindo Los Saicos e The Ventures, esses três desocupados entraram em um mundo de surfistas, andarilhos e mortos-vivos e agora estão soltos por aí em ritmo selvagem.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

DEP Lux Interior



Erick Lee Purkhiser, mais conhecido pelo codinome de Lux Interior - o famoso incendiário vocalista da banda americana The Cramps - faleceu no dia 04 de fev último na Califórnia vítima de problemas cardíacos. Lux já estava com 62 anos, mas ainda continuava excursionando com sua banda., The Cramps. O Cramps surgiu em Nova Iorque na segunda metade dos anos 70 juntamente com toda a cena que se reunia no lendário clube CBGB. Sua mistura de rockabilly com punk rock logo ganhou o nome de "Psychobilly", embalado ainda mais pelas letras das músicas que falavam sobre zumbis, monstros, seres de outros planetas, rock'n'roll e garotas usando biquini com metralhadoras nas mãos. Lux deixa deixa viúva sua esposa, Poison Ivy, guitarrista e também líder do The Cramps, da qual ele era praticamente inseparável. Infelizmente a banda nunca se apresentou no Brasil.

Um herói do rock, de salto e calcinha

"EU GOSTAVA dos B-52's até descobrir que, de dia, eles tiravam as perucas. Então perdi o interesse."
Lux Interior, vocalista dos Cramps, conversa com o amigo André Barcinski enquanto dirige do aeroporto de Los Angeles até a casa em que vivia com a mulher, Poison Ivy, guitarrista da banda. É a mesma casa de Glendale, região de L.A., onde Lux morou até morrer do coração, na semana passada, aos 62 anos.
Essa história de 2001 resume a trajetória demencial de Lux e os Cramps. Lux era de verdade, no palco ou fora dele. Foi buscar o Barça com a mesma calça justíssima de vinil e os mesmo sapatos femininos de salto muito alto e fino que usava nos shows. Em casa, nenhum objeto fabricado depois de 1962. Nem a TV.
Quem deveria estar escrevendo esta coluna é o Barcinski, o brasileiro que teve mais contato com os Cramps, em shows, entrevistas e tentativas de trazê-los ao país. Quase vieram em 92, para fazer um clipe dirigido pelo Zé do Caixão (a ideia de juntar Cramps e Mojica foi deste que vos escreve, modéstia à parte).
Se bobear, Cramps foi a banda que mais vi ao vivo. Em Boston, duas vezes, em San Francisco, trocentas, acho que em Londres também.
O clima era de abandono e descontrole. Lux vestia sempre calça de vinil preta de cintura ultrabaixa. Jaqueta de vinil também, aberta, sem camisa. E os tais sapatos de mulher.
De cara, se atirava na plateia. Passava o microfone por dentro das calças. Engolia o mesmo microfone na sequência. Beijava pessoas na boca aleatoriamente. Terminava só de calcinha.
O som era surf music com punk com blues. Fanáticos por filmes B, obcecados por fetiches sexuais, os Cramps eram a essência primal do rock and roll.
Se você nunca os viu, não sabe o que é rock.

Álvaro Pereira Júnior.

Leonardo Panço é "gente que faz"

Li ontem, de uma sentada só (é apenas a segunda vez que eu consigo fazer isso em minha vida, a primeira foi com a biografia do Sepultura escrita pelo André Barcinsky), o segundo livro de Leonardo panço, "Caras dessa idade já não lêem manuais". Recomendo muito. Toda a verve ácida desse verdadeiro guerreiro do submundo roqueiro brasileiro em crônicas baseadas em fatos reais ou fantasiosos, porém com os dois pés fincados na "vida como ela é". Sexo, rock and roll (especialmente Interpol) e ... cachorros. Leia mais sobre na entrevista abaixo, extraida do e-zine http://moshinfuria.wordpress.com/

por Adelvan Kenobi

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Saudações a todos, após um bom recesso regado a bebedeiras e muita diversão voltemos aos trabalhos para este o ano de 2009!



E logo de cara pra esculhambar geral, trazemos a você visitante miguxito um “bate-papo” com Leonardo Panço, guitarrista da banda Jason, jornalista e escritor que acaba de lançar seu segundo livro intitulado de “Caras dessa idade não lêem manuais” pela Tamborete Records, gravadora de pequeno porte do próprio que apesar de tantas dificuldades encontradas se mantém de pé no meio underground.



Bem, esperamos que vocês curtam a “entrevista”, pois a mesma foi feita com muita dedicação, pois apesar de sermos amadores saibam que fizemos o possível pra que tudo ocorresse da melhor maneira.



MIF. Então panço, você parece ser um cara bem envolvido com aquilo que faz. Poderia nos dizer quando começou seu interesse não só pela música, mas pelo selo, literatura e todos os projetos em que você está envolvido.

Panço. Creio que pela música, tem muito tempo. Comprei o compacto da Blitz que tinha “Você não soube me amar” em 82, logo depois comecei a ouvir os roqueiros dos anos 80, fui no show do Ultraje em 85, do RPM, Legião, Biquíni. Vem de muito tempo. Até que em 86, 87, comecei a ouvir Replicantes e Garotos Podres e tudo mudou. Literatura não estou certo, mas eu leio e escrevo desde os 3 anos, minha tia me ensinou em casa. Minha mãe fala q eu andava com uma bolsa de livros e cadernos desde essa idade aí. Gravadora eu descobri que podia fazer isso há uns 12, 13 anos atrás mais ou menos. Comecei lançando umas fitas cassete como Panço Records e depois mudou pra Tamborete. Gosto da idéia de lançar o trabalho de outras pessoas. Acho uma pena que a maior parte delas, goste menos do que eu, porque quase todas não se esforçam quase nada. A Tamborete é bem pequena, realmente não é a melhor gravadora do Brasil nem de perto, mas os músicos lançam o disco, acabam a banda logo em seguida e pronto. Não dão à mínima se o CD tá ali numa estante apodrecendo.



MIF. Você acaba de lançar seu segundo livro intitulado “caras dessa idade não lêem manuais”. Do que se trata? Como está sendo feito à divulgação? Tem tido uma boa recepção pelo público?

Panço. Ele tem 46 crônicas e contos, mas não tem um assunto específico não. São relatos de viagens, tem ficção, tem mentiras, tem tudo. Fiz uma tour de 30 dias por sete estados e 13 cidades em novembro para promover o bichinho e alguns eventos no rio e um em Resende, no interior. Agora essa semana consegui finalmente enviar o livro para um monte de gente de imprensa e espero ir para o nordeste em seguida. Acho que tem tido uma boa recepção sim, mas não tá nem próximo do que eu preciso. Ainda está no começo, espero que melhore bastante. Tem tudo para isso acontecer com as resenhas saindo, essa entrevista e espero que muitas outras.



MIF. Sua publicação anterior “Jason, 2001 - uma odisséia na Europa” era um relato sobre a primeira tour européia da banda. Houve alguma contribuição direta ou indireta desta publicação no seu ultimo livro?

Panço. Acho que o que teve, foi à vontade de que o novo fosse diferente do primeiro. Menos relato, menos verdade, menos primeira pessoa, menos diário. Queria enganar mais as pessoas, nem tudo tem que ter acontecido e ser um fato.



MIF. Os selos e distros são uma ótima opção de apoio às bandas mais undergrounds. Com a disponibilização de álbuns para download na internet você acha que os mesmos perderam um pouco da sua forca? Existe alguma maneira de se adequar a essa realidade?

Panço. Pra mim as coisas já vinham devagar, já não conseguia vender muita coisa mesmo, então o download só enterrou, quase de vez. Quem gosta muito, ainda compra CDs, não sei até quando. Dizem que vão abrir uma fábrica de vinil aqui no rio. Caso isso aconteça, espero poder lançar alguns dos meus discos em LPs e pensar em projetos especiais, com tiragens limitadas. SMD também é legal, bem baratinho.



MIF. O Jason tem um público muito fiel aqui no nordeste, a que se deve toda essa identificação (se assim podemos chamar) entre a banda e o público nordestino?

Panço. Realmente não sei ao certo. Acho fantástico e todos nos orgulhamos muito dessa ligação com o nordeste. Já fizemos quase 80 shows por aí, então realmente é muito bom. Não sei se pela agressividade do som, pelas letras. Difícil dizer. Só espero que possamos voltar um dia, o que no momento realmente não é possível.



MIF. As preparações para o ultimo álbum do Jason, o “Regressão”, duraram pouco mais de um ano pelo que vemos no encarte. Mesmo com toda a experiência, quais as principais dificuldades encontradas pela banda durante este processo?

Panço. Foi o disco mais difícil de fazer por n motivos. Era o primeiro sem Vital e Flock para ajudar a compor. Eles só entraram em uma segunda fase do processo, colocando melodias e voz e letras, respectivamente. Ficou tudo mais em cima de mim, o que não estava acostumado, nem interessado em que acontecesse. Desouza acabou ajudando com riffs, etc. Tinha o fato de que durante o período de composição, fomos para Europa tocar, para o nordeste, eu trabalhava de noite e os outros dois dormiam de noite. Daí eu dormia e eles acordavam. N coisas.



MIF. Para o ano de 2009, podemos esperar por mais projetos do panço Jornalista e escritor ou do guitarrista? Há também alguma novidade da Tamborete para este ano?

Panço. É difícil dizer, mas tudo indica que escritor vai estar acima de tudo, mais ou menos perto de assessor de imprensa, pelo que tem acontecido até agora, as previsões. Realmente tocar tem ficado cada vez mais difícil.



MIF. Gostaríamos de agradecer a oportunidade e fique a vontade para suas considerações finais.

Panço. É muito difícil conseguir espaço para divulgar um livro no Brasil. As pessoas não lêem, muito mal foram alfabetizadas, então sempre é bom aparecer alguém interessado num trabalho assim. Obrigado pela atenção.



Para adquirir ao novo livro do Panço e outras publicações e produtos entre em contato com o mesmo através dos seguintes links:

http://www.myspace.com/leonardopanco

http://www.fotolog.com/leonardopanco

http://www.fotolog.com/tamborete

leonardoster@gmail.com



Para saber mais sobre a banda Jas0n:

http://tramavirtual.uol.com.br/jas0n

http://www.bandajas0n.kit.net/

http://www.fotolog.com/jas0n

Na ultima edição do programa de rock ...

# 94 - 06/02/2009

The Cramps – Journey to the Center of a girl (1988 rehearsal)
The Cramps – I was a teenage warewolf (1978, Live at the CBGB´s)

The Rapture – The coming of spring
Franz Ferdinand – Tell her tonight
PIL – Solitaire
A Certain Ratio – Shack up
Gang of four – Return the gift

Drop Loaded:

Lunettes – It´s Just for fun
Las Dirces – Me cuenda

Bloco produzido por Thales Sales:

DRI – Five year plan
DRI – Running around
Vio-lence – Serial Killer
Dark Angel – The burning of Sodom
Exciter – Stand up and fight

Módulo 1000 – Curtíssima/Ferrugem e foligen
Tribo – Peba e pobó
Som Imaginário – A Nova estrela

Canastra – olhos pra mim
Netunos – Bem vindo ao clube
Nelson e os Gonçalves – a melhor vedete
Cabaret – o palco não pode ser pouco

Bob Dylan with The Band – I´m not there
The Black Keys – The wicked Messenger
Charlotte Gainsbourgh and Calexico – Just like a woman
Tom Verlaine and The Million Dollar Bashers – Cold Irons bound