tag:blogger.com,1999:blog-55306959492660177912024-03-05T21:32:17.631-08:00programa de rockrock never diesprograma de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.comBlogger1057125tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-84416540872884932782019-05-20T13:49:00.002-07:002019-05-20T13:53:38.289-07:00Necro: "Gente junta nas ruas ouvindo música é um dos pilares para a destruição do fascismo, do patriarcado e do capital.<div dir="auto">
Uma das bandas mais criativas do pais, ambientados
talvez por um tropicalismo aliados a um rock progressivo, a Necro
destrinchou inúmeros espaços musicais , e pudemos falar com eles sobre
isso.<b> </b><br />
<br />
<b>Me lembro que a primeira vez que vi e ouvi falar
da Necro ,foi numa performance na Galeria Olido no centro de Sp ,o que
vcs se lembram desse momento?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Foi em 2013, em nossa primeira ida a São Paulo. Tocamos, além da
Galeria Olido, numa virada cultural “pirata” no Anhangabaú, no finado
Formigueiro, em Barueri e em São Caetano. Lembramos com muito carinho
desse rolê, onde muitas pessoas puderam nos ouvir pela primeira vez e
onde conhecemos pessoas muito queridas.<b> </b><br />
<br />
<b>Quando vcs deixaram de Necronomicon a utilizar Necro?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Por volta de 2014, quando estávamos para lançar nosso segundo disco.<b> </b><br />
<br />
<b>Como foi trabalhar no primeiro registro?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Gravar o “The Queen of Death” foi um grande aprendizado. Fizemos em
casa, ao longo do ano de 2011, sem nenhum equipamento profissional e
sem conhecimento algum sobre produção. O disco foi gravado diretamente
na placa mãe de um pc velho, e usando o software Audacity (o MS Paint
dos editores de áudio). Apesar de totalmente lo-fi, o disco foi bem
recebido e elogiado nos nichos de rock pesado. Muitas portas foram
abertas por causa dele, principalmente após ter sido prensado em LP por
um selo gringo.<b> </b><br />
<br />
<b>Em 2015 vcs lançaram o homônimo álbum (discaço) , como foi a produção e receptividade do mesmo?</b></div>
<div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
O disco foi gravado em 2014, quando já tínhamos um material melhor
para gravação (uma interface de áudio e um kit de microfones de segunda
mão), além de um pouco mais de experiência em gravações caseiras. Foi um
salto em qualidade sonora (embora ainda bastante lo-fi para os padrões
da indústria musical). Neste disco colocamos pela primeira vez letras em
português e arranjos vocais mais complexos. Foi um álbum muito bem
recebido, conseguimos alcançar um público inesperado e heterogêneo. Em
2014 saiu em LP pelo selo gringo Hydro-Phonic Records (o mesmo do
primeiro álbum) e em 2015 saiu em CD pela Baratos Afins.<b> </b><br />
<br />
<b>Como surgiram os vídeos de Dark Redemption e 17 horas?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Queríamos produzir vídeos sem custo, então juntamos um equipamento
que tínhamos com o de amigos e fizemos as filmagens em nossas casas.
Fazer filmagens é um processo muito trabalhoso, mas conseguimos bolar um
bom material em relativamente pouco tempo de filmagens.<b> </b><br />
<br />
<b>A parte gráfica dos materiais da banda são
impecáveis , quando vcs começaram a trabalhar com o Cristiano Suarez? E
como surgiu o trabalho do Fernando JFL pra alguns singles?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Trabalhamos com Cristiano desde o primeiro disco, “The Queen of
Death”, em 2011/2012. Lillian o conhecia desde a adolescência (ambos são
nascidos na mesma cidade, Palmeira dos Índios) e o indicou para fazer a
capa do álbum. Cristiano curtiu tanto o som que nem sequer quis cobrar
pela arte. Foi sua primeira capa de disco, a propósito. Seu trabalho é
incrível e ele só evolui a cada novo trampo. Grande parte da exposição
que a banda teve foi graças às suas artes fantásticas. O Fernando a
gente conheceu nos rolês punk nordeste, quando ele tocava na Cätärro.
Sempre acompanhamos seus trampos sensacionais para bandas de punk/metal.
Um belo dia ele chegou nos entregando uma arte, dizendo que era um
presente! Usamos como capa do single “Deuses Suicidas” e depois como
postêr que acompanhou a pré-venda do LP “Adiante”.<b> </b><br />
<br />
<b>Há 3 anos vcs lançaram o magnífico “Adiante” que
trouxe inúmeras críticas positivas e uma visibilidade mundial , nos
falem sobre isso e da edição em vinil </b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
“Adiante” foi nossa primeira gravação “profissional” de fato. Fomos
para o Rio de Janeiro gravar com Gabriel Zander no estúdio SuperFuzz
(que já não existe mais). Estávamos muito afiados, tendo ensaiado as
músicas durante vários meses, o que nos deixou seguros para gravá-las em
apenas 3 dias. Foi o trabalho que fizemos que teve mais exposição e
visibilidade, graças a uma conjunção de fatores maravilhosos: uma
produção impecável do Gabriel Zander, o lançamento através do selo
Abraxas (o primeiro do selo), a arte incomparável do Cristiano Suarez e
as músicas em si, nosso trampo mais maduro em termos de composição,
arranjos e letras. Posteriormente, “Adiante” ganhou duas prensagens em
LP, uma nacional, parceria da banda com os selos Abraxas e Baratos
Afins, e uma alemã, pelo selo Electric Magic (dos caras do Samsara Blues
Experiment).<b> </b><br />
<br />
<b>O que foi referência pra confecção das canções do álbum?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Não pensamos em nenhuma referência específica. Talvez de forma
geral as coisas que andávamos ouvindo na época, mas são coisas tão
diversas que não sabemos até que ponto foram usadas conscientemente como
referência – blues, cantoras brasileiras, jazz, música erudita do séc.
XX…<b> </b><br />
<br />
<b>Quando surgiu o trabalho com a Abraxas?e como surgiu o split com o Witching Altar?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Por volta de 2014 a Abraxas entrou em contato conosco, explicando
sua proposta de movimentar o rolê psych/stoner/etc e nos convidando para
participar do cast. Topamos na hora, e assim conseguimos organizar
algumas tours incríveis pelo sudeste, sul e centro-oeste. Eventualmente,
Abraxas se tornou selo, e continuamos nossa parceria lançando através
deles. Pela mesma época recebemos uma proposta do selo Hydro-Phonic para
lançar um split com a Witching Altar. Já tínhamos contato com os caras
da banda antes, então ficou tudo em casa. Neste split entramos com duas
músicas ao vivo (gravadas em São Paulo em 2014) e a então inédita
“Contact”. Está pra rolar uma edição nacional desse split, em breve
contaremos mais sobre isso.<b> </b><br />
<br />
<b>Como foi a passagem por sp , recentemente?</b></div>
<div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Foi incrível! Tocamos no Sesc Belenzinho para um grande público e
aproveitamos para filmar um novo clipe na cidade. Além de São Paulo,
tocamos no Rio de Janeiro, em Ouro Preto e em Belo Horizonte, sempre com
muita gente e muito acolhimento!<b> </b><br />
<br />
<b>Todos vcs possuem projetos paralelos?como conciliam?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Não costuma ser problema conciliarmos nossos trabalhos paralelos.
Em sua maior parte são projetos solo, o que faz com que não tenham uma
agenda de apresentações extensa. Mesmo a Necro toca bem menos hoje em
dia do que há uns anos atrás.<br />
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIR2vs9cdwybfPMJxnPK5RUL9CGTv5l5AtC-7ufo_QvRpWnueUj1uwY0YFDIrLpznXzReCiLR2V_WzeU_nV154WdG9ydLIkwRuU4D2OSvyiBNuNoqsncnBzbCXRWSQm-6Rg81TR8CxSrk/s1600/necro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="640" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIR2vs9cdwybfPMJxnPK5RUL9CGTv5l5AtC-7ufo_QvRpWnueUj1uwY0YFDIrLpznXzReCiLR2V_WzeU_nV154WdG9ydLIkwRuU4D2OSvyiBNuNoqsncnBzbCXRWSQm-6Rg81TR8CxSrk/s400/necro.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">por Pei Fon</td></tr>
</tbody></table>
<div dir="auto">
<b>O que planejam pra breve?</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Estamos lançando agora um novo EP, “Pra Tomar Chá”, que em breve
também ganhará um vídeo. Queremos fazer shows divulgando esse trampo
novo. Paralelamente, estamos trabalhando nas composições de um novo
álbum, cuja produção se iniciará ainda esse ano.<b> </b><br />
<br />
<b>Considerações finais</b></div>
<div dir="auto">
</div>
<div>
Sempre que possível, vão ver as bandas da sua cidade ao vivo. Gente
junta nas ruas ouvindo música é um dos pilares para a destruição do
fascismo, do patriarcado e do capital.<br />
<br />
por <a href="http://rarozine.com.br/2019/04/27/a-viagem-da-necro/?fbclid=IwAR2uIyDtp0ufAx38OXFT3YqsMpwOh-UlPkEUfZWVXy8yxmyV4eUJ1-XbrNA" target="_blank">RARO ZINE</a><br />
<br />
#</div>
<div>
</div>
<div>
</div>
</div>
</div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-3047680944084006342019-05-15T19:18:00.002-07:002019-05-15T19:18:43.733-07:00Foda-se o fascismo.<div style="text-align: justify;">
<a href="http://screamyell.com.br/site/2019/05/14/foda-se-o-fascismo-diz-jello-biafra/?fbclid=IwAR2DFL8RTUzubDoWYwTQEOTAJbOki_aBKZiuhjb731XJo7YyPdaI6BYUB3Y" target="_blank">Jello Biafra</a>: “Estou em choque. Estou deprimido. E
antes de mais nada, como foi que eles deixaram tudo isso acontecer? Essa
é mais uma das razões (e existem muitas) do porque eu não querer mais
tocar com esses caras, independente de quantos milhões de dólares sejam
oferecidos. A banda acabou em 1986.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu adorei <a href="http://screamyell.com.br/site/2019/05/03/nota-sobre-o-cancelamento-dos-shows-do-dead-kennedys-no-brasil/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a arte do poster e achei a ideia SENSACIONAL</a>.
Me sinto honrado sempre que posso usar algo tão maravilhoso (feito com
seriedade!) para algum dos meus projetos. Se algum dia eu conseguir uma
cópia desse poster, eu quero enquadrá-lo e pendurar na minha sala ou no
escritório da <a href="https://alternativetentacles.com/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alternative Tentacles</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas qual é o grande problema? De todas
as grandes artes políticas e anti-fascistas usadas para promover o Dead
Kennedys ao longo dos anos, esta é a primeira vez que eu tomo
conhecimento desses caras serem contra um poster político. Por que este?
E por que agora?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Valentões fascistas realmente ameaçaram a
banda e disseram que haveria violência caso os shows acontecessem? Eles
ameaçaram o promotor e as casas de show? Ou alguém ficou preocupado com
o fato dos apoiadores do Bolsonaro não comprarem camisetas suficiente
da banda nos shows?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em um post de Facebook recém apagado,
foi dito que eles não devolveriam o dinheiro dos ingressos aos fãs. Ao
invés disso, comunicaram que iriam doar os valores recebidos como
adiantamento para a “caridade” ($42.000 DÓLARES AMERICANOS!) O promotor
acaba de me dizer que ele recebeu o dinheiro de volta e agora os fãs que
compraram os ingressos serão reembolsados! IHAAAA!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se as ameaças de violência contra fãs inocentes foram realmente verídicas, bem, isso muda as coisas. Eu tenho certeza que meus antigos
companheiros de banda se lembram do terrível episódio de violência que
ocorreu quando o verdadeiro Dead Kennedys tocou em Leicester,
Inglaterra, em 1982. Os verdadeiros fascistas da Inglaterra [algo como
uma Ku Klux Klan do país na época] se juntaram a alguns roadies do The
Exploited e atacaram o show. Eu tive de me esquivar deles, no melhor
estilo Muhammad Ali, por quase toda nossa apresentação enquanto eles
subiam no palco e tentavam me acertar. O Dave do MDC acabou indo para o
hospital com a cabeça rachada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nós também nunca conseguimos esquecer
dos ataques pré-planejados pela polícia em diversos outros shows, onde
policiais completamente descontrolados giravam seus cassetetes acertando
a todos [incluindo o Peligro] DENTRO das casas de shows. E eu não estou
falando somente da Polícia de Los Angeles.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, “…A banda sente que não tem
conhecimento suficiente para falar sobre assuntos políticos de outros
países.”?? Vocês estão tirando com a minha cara?!?!? Essa banda já
esteve no Brasil 2 ou 3 vezes! O que eles tem a dizer então sobre
“Holiday in Cambodia”? E sobre “Bleed For Me”, cuja letra eu escrevi
para as vítimas das guerras sujas da América Latina? Eles tem ciência
sobre as capas dos discos da banda? Alguma vez na vida eles leram minhas
letras nos encartes dos discos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como é possível que eles não tenham
noção do que acontece no resto do mundo? Todos nós estamos conectados
atualmente. O East Bay Ray não é uma pessoa burra. Eu imagino, pela
forma como o texto foi escrito, que ele mesmo escreveu a declaração
anti-poster do Brasil. E eu não sei se ele mostrou o texto para os
outros caras da banda antes de postar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ray é uma pessoa muito bem educada,
sempre se interessou por leitura e é o único membro original do Dead
Kennedys que possui formação acadêmica. Me lembro dele como uma pessoa
culta, sempre lendo artigos interessantes e aprofundados da revista The
New Yorker. A recente edição do dia 1 de Abril trouxe <a href="https://www.newyorker.com/magazine/2019/04/01/jair-bolsonaros-southern-strategy" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um artigo bastante assustador expondo Bolsonaro e seu movimento</a>. Mas mesmo antes disso, eu tenho 99% de certeza que o Ray sabia muito bem quem é o Bolsonaro – e o que ele representa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por que eu sei disso? Porque a maioria
dos americanos sabem, até mesmo aqueles que têm metade do cérebro
funcionando. Eu não posso falar pelos apoiadores idiotas do Trump.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim nós estamos preocupados com o Brasil. Porque nós nos importamos com o Brasil. E porque nós nos preocupamos com o mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nós tememos pela situação dos
brasileiros. Tememos pela Amazônia. Tememos pelas tribos indígenas que
poderão ser massacradas. Nós não queremos que mais nenhum inocente morra
como aconteceu com a Marielle Franco. Sim, a notícia de seu assassinato
chegou até os noticiários americanos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, meus caros amigos, nós admiramos e
respeitamos muito cada um que tenha a coragem de se posicionar contra o
Bolsonaro e seus apoiadores fascistas metidos a valentões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minha banda, <a href="https://alternativetentacles.com/artists/jello-biafra-and-the-guantanamo-school-of-medicine/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Guantanamo School of Medicine</a>,
não poderá ir ao Brasil por algum tempo. Estamos gravando no momento e
existem assuntos internos que precisam de nossa atenção agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas saibam que vocês estão em nossos corações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiA6ojuIPHOiG009NWPwUbrV7skEeM72L1yng5qtaXFoKB2-XiAeFWkBDiMYgoSoyzUNaG__Cu_brQjKpvnybn39uiWu1wdtpZrsnXjD85a4Pg_Jncez9LB9zpkTrGvxCzNMprLT_Ji08/s1600/cartaz+dk+58625861_10156916545485638_1824586731081433088_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="650" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiA6ojuIPHOiG009NWPwUbrV7skEeM72L1yng5qtaXFoKB2-XiAeFWkBDiMYgoSoyzUNaG__Cu_brQjKpvnybn39uiWu1wdtpZrsnXjD85a4Pg_Jncez9LB9zpkTrGvxCzNMprLT_Ji08/s640/cartaz+dk+58625861_10156916545485638_1824586731081433088_n.jpg" width="432" /></a></div>
Vocês não foram esquecidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Vocês não estão sozinhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
FODA-SE O FASCISMO</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
# </div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-75458405700444167292018-10-10T15:58:00.001-07:002018-11-13T08:18:59.579-08:00“se você quer ter uma imagem do futuro, imagine uma bota pisando em um rosto humano – para sempre”.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHLVgY4PB5Z1V6KVPaNGNkUwlVJXqw7c5M76qlf_iyem8tksO8AXbPRzvkaqVSY3iS6N-9VuURKMqESVNfHs17gbrBwzL0YFmCHYx8FwgRc50v573KtkX-HpshLaSSDBQhRCPJo85I318/s1600/roger-waters-home-Foto-Kate-Izor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1066" data-original-width="1600" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHLVgY4PB5Z1V6KVPaNGNkUwlVJXqw7c5M76qlf_iyem8tksO8AXbPRzvkaqVSY3iS6N-9VuURKMqESVNfHs17gbrBwzL0YFmCHYx8FwgRc50v573KtkX-HpshLaSSDBQhRCPJo85I318/s320/roger-waters-home-Foto-Kate-Izor.jpg" width="320" /></a></div>
Uma revelação reencontrar Napoleão, Bola de Neve, Sansão, Garganta e
toda a fauna de “A Revolução dos Bichos”, depois de quase quarenta anos.
Como o tempo passa rápido. Como mudamos. Como não mudamos.<br />
<br />
E como as fábulas têm esse poder imperioso, sobrenatural de
permanecer eternas. É o que faz das fábulas, fábulas: as mais
permanentes histórias sobre a natureza humana. Que, aprendemos lendo os
antigos e os contemporâneos, não muda.<br />
<br />
É tradição nas mais diferentes culturas botar as mais humanas
verdades nas bocas de animais. Era uma maneira de dizer a verdade com
total liberdade, pra gente lida e inculta, pra todas as idades.<br />
Mas “A Revolução dos Bichos” é uma fábula diferente. Porque é um
conto de fadas – o subtítulo original é exatamente esse, “A Fairy
Story”. Também é quase um documentário. E, incrível, tão vital hoje
quanto em 1945, quando foi publicado.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTs57p413eFr4mRyKfRwx7NlGGPJs0FIdmPm_Uu8JJYAh-V6kmIv8E_GPKZ-CeRNd39801lNsGV_WUnIIGcjxvYTYcndYbsCUdMBhpBX296hT2SXggAulTeUf14XDWG95BBcQpP4I-QIE/s1600/Roger-Waters-Bolsonaro-17.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="934" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTs57p413eFr4mRyKfRwx7NlGGPJs0FIdmPm_Uu8JJYAh-V6kmIv8E_GPKZ-CeRNd39801lNsGV_WUnIIGcjxvYTYcndYbsCUdMBhpBX296hT2SXggAulTeUf14XDWG95BBcQpP4I-QIE/s320/Roger-Waters-Bolsonaro-17.png" width="308" /></a></div>
Continua inspiradora e provocativa a história dos bichos que se
revoltam contra o dono da Granja do Solar. Estabelecem no sítio uma nova
sociedade, com novas regras, onde todos são iguais. E ao final
descobrem que alguns animais são mais iguais que os outros.<br />
<br />
O livro voltou às listas de mais vendidos nos últimos anos. As
escolas estão dando “A Revolução dos Bichos” para os jovens lerem. Eu
mesmo comprei, e ao ver meu filho com o livro debaixo do braço, o tio
dele cuspiu fogo, “isso é propaganda da direita”. Imagine se ele
soubesse que é a tradução de Heitor Aquino Ferreira, secretário de
Golbery, Geisel e Figueiredo.<br />
<br />
“A Revolução dos Bichos” foi escrito no auge da Segunda Guerra, quando
União Soviética, Reino Unido e EUA eram aliados contra o eixo. Londres
estava sendo bombardeada. O manuscrito foi salvo das ruínas da casa de
Orwell. Foi dificílimo arrumar editor, inicialmente porque Stálin era
aliado, e depois porque o livro era muito à direita, ou muito à
esquerda, ou muito irônico, ou “pra criança”. Era o livro certo na hora
errada.<b> </b><br />
<br />
<b>CONTRA OS MESSIAS</b><br />
<br />
É verdade que o livro tem sido usado para bater na União Soviética desde
seu lançamento. Justo, porque para isso foi concebido por George
Orwell.<br />
<br />
Orwell considerava o stalinismo quase tão destrutivo quanto o
nazismo, e parentes próximos. Sua crítica à URSS era pela esquerda, não
pela direita. “Para reviver o movimento socialista”, explicou, “eu me
convenci de que é essencial a destruição do mito soviético”.<br />
<br />
Uma visita cuidadosa à fazenda defende para sempre o leitor de
empulhações salvacionistas. Venham de onde vierem no espectro
ideológico. Foi a primeira vez que Orwell, em suas palavras, tentou
“fundir propósito artístico e propósito político em um todo.”<br />
<br />
É o que tenta fazer Roger Waters. Na minha geração, muitos chegaram a
Orwell pelo Pink Floyd. Animals, o álbum, é inteiramente inspirado pela
Revolução dos Bichos. The Wall, um libelo anti-totalitário, foi o disco
que me iniciou nas possibilidades contestatórias do rock, lá em 1979.
Roger, autor das letras de ambos, só ficou mais explícito com a idade.<br />
<br />
Em turnê pelo mundo, divide a humanidade em “Us” and “Them”. Rock de
verdade é assim. Rock é resistência. O mundo adolescente é claramente
demarcado, nós contra eles, e assim deve ser. Tem uso na vida adulta
também, como vimos no show em São Paulo.<br />
<br />
Waters bateu sem dó em Trump e poderosos variados. Colocou no telão
mensagens listando neofascistas dos cinco continentes – aqui, Jair
Bolsonaro. Chutou o balde usando máscara de porco, e mostrando primeiro
um cartaz escrito “Pigs Rule The World”, e em seguida outro com “Fuck
The Pigs”.<br />
<br />
Sua militância gerou grita a favor e contra no estádio lotado em São
Paulo. Mais a favor que contra, especialmente quando colocou um #Elenão
no telão. A maioria das pessoas que pagam pra ver Roger Waters conhecem
sua obra e leram suas letras. Mas é surreal perceber que fãs do
movimento Escola Sem Partido estão cantando “Another Brick In The Wall”
ao seu lado.<b> </b><br />
<br />
<b>CUIDADO COM AS UTOPIAS</b><br />
<br />
Se passaram quatro décadas entre meu primeiro encontro com The Wall e o
show de Roger Waters, entre minhas duas leituras de A Revolução dos
Bichos. O tempo força a gente a abandonar ilusões queridas e enterrar
certezas reconfortantes.<br />
<br />
Nos meus 15 anos, “A Revolução dos Bichos” era um alerta claro, mas
generalista, contra maquinações messiânicas. Era impossível para mim
transferir esse alerta para, por exemplo, a Nicarágua, que lutava contra
um ditador cruento, Somoza.<br />
<br />
Hoje não é surpresa – mas segue sendo doloroso – assistir o líder da
resistência a Somoza, Daniel Ortega, se revelando só outro ditadorzinho
caribenho. Exatamente como cantou a bola Orwell. Os rebeldes são mais
admiráveis quando não vencem, o que, aliás, é uma das razões porque o
rock é tão sedutor.<br />
<br />
Este ano, revisitando a Granja do Solar, eu sabia até demais do que
se tratava. Por exemplo, que os protagonistas e acontecimentos eram
diretamente decalcados da revolução soviética e da ascenção de Stálin. O velho Major, que inspira a revolta dos bichos, é Karl Marx. Os
porcos são os revolucionários; Napoleão é Stálin, Bola-de-Neve é
Trotsky. Os cavalos são a classe trabalhadora russa, estóica, explorada
além do limite. Moisés, o corvo, representa a Igreja Ortodoxa Russa,
sempre contando histórias furadas sobre o reino encantado da Montanha de
Açúcar.<br />
<br />
Nesses anos aprendi o que Stálin aprontou na URSS, matando milhões,
inclusive os mais próximos. E que Orwell e as forças antifascistas,
inclusive de esquerda, passaram o diabo na mão dos stalinistas, durante a
Guerra Civil Espanhola. Está lá em suas memórias da resistência a
Franco, “Homenagem a Catalunha”, que inspirou um bonito filme de Ken
Loach, “Terra e Liberdade”.<br />
<br />
Para uma leitura ainda mais proveitosa de “A Revolução dos Bichos”,
leia antes “Why Orwell Matters”, de Christopher Hitchens, aqui “A
Vitória de Orwell”.<br />
<br />
O capítulo sobre o livro ilumina o livro por várias frestas. Uma é
chave para a compreensão: “os objetivos e princípios da revolução russa
são tratados com isenção no livro; esta é uma revolução traída, não uma
revolução monstruosa desde sua concepção.” Exato: é isso que dá peso à
fábula, e a tira instantaneamente dos domínios da propaganda.<br />
<br />
Hitchens também aponta a presciência de Trotsky. Do exílio, o líder
da resistência a Stálin profetizou que os burocratas do PC um dia iriam
vender as propriedades socializadas que expropriaram, e virariam eles
mesmos homens de negócios.<br />
<br />
E nota a sensibilidade de Orwell, que faz desta cena o final de “A
Revolução dos Bichos”, quando Napoleão convida o fazendeiro humano,
senhor Jones, para confraternizar, e muda o nome da fazenda de volta
para o original, “Granja do Solar”, ou no original “Manor Farm”.<br />
<br />
Hitchens: “não só Orwell produziu uma brilhante sátira da
auto-anulação do Comunismo, como até antecipou seu eventual final em um
estado capitalista mafioso, oligarca. Contra-revoluções também devoram
suas crianças.”<br />
<br />
<b>O BRASIL NO MUNDO</b><br />
<br />
É justamente a Rússia a melhor ilustração de onde mora o perigo no
Século 21, em que vão rareando as tiranias explícitas. As ditaduras,
como os animais, são por sua natureza todas iguais. Os novos regimes
autoritários, pelo contrário, são animais muito diferentes entre si.<br />
<br />
A Rússia de hoje é governada por um autocrata eleito, e sempre
reeleito, ou governando por trás de um fantoche. Vive-se sob Putin
melhor do que jamais se viveu na história da Rússia. Materialmente e
institucionalmente.<br />
<br />
Há liberdades, com limites claramente demarcados. De imprensa, sob
vigilância. De expressão, se não ofenderes os religiosos. De
organização, contanto que seu partido não ameace ganhar as eleições.<br />
<br />
É o melhor exemplo de sucesso desse novo tipo de regime autoritário, e
modelo não muito disfarçado para muitos outros países. No mundo
islâmico temos variações mais seculares, Egito e Turquia, ou
escorregando para o fundamentalismo, como os Emirados Árabes. Israel é
caso extremo: uma democracia para os judeus, uma ditadura para os
palestinos.<br />
<br />
Na Europa também pipocam líderes do estilo homem forte, como Órban,
na Hungria. Conhecemos bem o modelo: nacionalista, tradicionalista,
pai-dos-pobres, que prometem segurança contra a mudança, a bagunça e
diferença. Mas países diferentes, em lugares diferentes do mundo, tem
soluções autoritárias diferentes, no poder ou tentando chegar lá.<br />
<br />
Na Ásia temos supostos exemplos de modernidade, como Singapura, na real
um parlamentarismo de partido único. Outro lugar com um partido só é
grande caso de sucesso econômico das últimas décadas, China, uma
ditadura capitalista-coletivista, se você pode imaginar uma coisa
dessas. Para ficar no nosso hemisfério, temos Trump no trono do mundo;
Maduro, na pobre Venezuela; e no Brasil, Bolsonaro.<br />
<br />
“A Revolução dos Bichos”, aliás, até hoje não foi publicado na China.
Nem no Irã, Coréia do Norte, nem em boa parte do mundo Árabe e
Africano. Aqui podemos ler, e vamos defender esse direito, porque há de
aparecer quem queira tirar.<br />
<br />
<b>COMO CLAUDICAM AS DEMOCRACIAS</b><br />
<br />
A tendência é forte suficiente para já gerar uma massa de estudos
acadêmicos, e um best-seller, “Como as Democracias Morrem”, de dois
professores de Harvard, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. O argumento é
que elas morrem pelo voto, quando as próprias populações elegem
políticos que desprezam as regras e as instituições.<br />
<br />
As três medidas básicas da democracia são, segundo os autores: se há
eleições livres e justas; se essas eleições geram governos com poderes
regidos pela lei; e se as liberdades civis, de imprensa, expressão,
associação e protesto, são protegidas. Nos três quesitos, o Brasil de
hoje fica a desejar. Começando pelas eleições, que são livres, passíveis
de cancelamento. Dilma Rousseff sofreu impeachment sem crime de
responsabilidade, derrubada por uma conspiração. E o candidato à frente
no momento só aceita o resultado se vencer, caso contrário é “fraude”.<br />
<br />
As democracias também claudicam por causa do fracasso de líderes
populares, como Lula e outros, de consolidar uma mudança social
permanente, sólida, mobilizada. É muito difícil atender simultaneamente a
todas as expectativas do deus eleitor e do deus mercado.<br />
<br />
O caso mais trágico é o do Siryza, partido grego eleito com bandeira
anti-austeridade, que acabou traindo seus eleitores e aplicando um
arrocho cruel. Pior: o eleitor aceita, porque não vê alternativa menos
pior. Mas nessa brecha vai crescendo o radicalismo; no caso, o Amanhecer
Dourado, partido neonazista grego. Aqui, os movimentos de ultra-direita
que desaguaram nesta triste eleição.<br />
<br />
Mas nossa democracia não está morta, nem estará em 2019, aconteça o
que acontecer. “Morrer” é muito definitivo. A História não é estática.<br />
<br />
<b>O GRANDE IRMÃO E O MUNDO NOVO</b><br />
<br />
Seguimos daqui, meu filho e eu, para “1984”, a outra obra-prima de
Orwell. Primeira vez dele, minha primeira vez em décadas, e desta vez em
inglês. Li garoto como ficção científica, quase ao mesmo tempo que
“Admirável Mundo Novo”.<br />
<br />
Como observa Anthony Burgess no prólogo de “1985”, sua paródia da
obra de Orwell, os detalhes da vida cotidiana de “1984” são calcados na
Inglaterra de 1948, quando o livro foi escrito. Cinza, empobrecida, em
ruínas, sob racionamento estrito de comida, casacos, gilete de barbear.
São minúcias assim que fazem o livro tão forte.<br />
<br />
Igualmente realista é a rotina da Granja dos Bichos. Orwell adorava a
vida rural, e passou bons anos vivendo no mato e cuidando de criação.
Escreva sobre o que você conhece, ensinou Dashiell Hammett, e instrução
particularmente importante se você está criando mundos imaginários, com
porquinhos falantes ou o Grande Irmão vigiando.<br />
<br />
Em suas preciosas memórias, “O Afeto Que Se Encerra”, Paulo Francis
critica “1984” por ignorar a dinâmica da História. Em uma cena chave,
cruenta, o torturador diz ao torturado: “se você quer ter uma visão do
futuro, imagine uma bota pisando em um rosto humano – para sempre”.<br />
<br />
Isso é uma fantasia, diz Francis, porque a História não é estática.
Mesmo os regimes mais totalitários geram contradições internas. Criam
elites, capatazes, sicofantas, excluídos, e disputas entre eles.<br />
<br />
Vale para as sociedades, e para a interpretação delas. Poucos anos
atrás se dava de barato que Huxley batera Orwell em presciência.
Teríamos alcançado o Fim da História, um consenso capitalista
globalizado, e “Admirável Mundo Novo” teria acertado na mosca em
profetizar o mundo desenvolvido do século 21. Sem grandes problemas
materiais, anestesiado por consumo, entretenimento, tecnologia e drogas.<br />
<br />
Como vimos, durou pouco a ilusão. O mundo de 2020, pra ficar em uma
data clássica da ficção-científica, é igual partes Huxley e Orwell.
Tanto o Orwell de “A Revolução dos Bichos”, quanto a de “1984”.<br />
<br />
Hoje concordamos em ser vigiados 24 horas por dia, para lucro dos
gigantes colaboracionistas do Silicon Valley. Gravam nosso comportamento
online e offline e compartilham nossos dados mais íntimos com o
primeiro que pagar bem, e com o aparato de vigilância dos Estados.<br />
<br />
Carregamos conosco o Grande Irmão e Napoleão em todo lugar que vamos,
da cama ao banheiro ao trabalho ao protesto, nas câmeras dos nossos
celulares, computadores e tevês. Tudo pela comodidade. E pela vaidade,
pela ansiedade de postar nossa vida, ou a versão dela maquiada para as
redes sociais. O comediante Keith Lowell Jensen tem o comentário
definitivo: “o que Orwell falhou em prever é que nós mesmos compraríamos
as câmeras, e nossa maior preocupação é que ninguém estivesse nos
olhando.”<br />
<br />
<b>AS POSSIBILIDADES DE RESISTIR</b><br />
<br />
Como “A Revolução dos Bichos”, “1984” é leitura sempre obrigatória,
geração após geração. E com certeza nestes dias. A frágil, limitada,
imperfeita, corrupta Democracia está sob ataque, no mundo e aqui também.<br />
<br />
É compreensível que muita gente queira simplesmente acabar com a
Política, que tanto pisa na bola. Mas a natureza abomina o vácuo, e na
ausência da Política, com seus infinitos debates, esse porre que não
anda, não desembaça, o poder é ocupado por outra coisa bem pior. O mundo
da Política é caótico, mas melhorável. A harmonia perfeita é fantasia
de ditaduras e monopólio dos cemitérios.<br />
<br />
Educação não vai nos tirar dessa. Vemos pela tendência do eleitorado
de elite em 2018. O sistema educacional prioriza a criação de uma classe
média com boa formação acadêmica técnica e disposta a abrir mão de seus
direitos e liberdades em troca de uma simplista, imaginária
“segurança”, financeira e social.<br />
<br />
Essa gente é o próprio esqueleto de sustentação e gerenciamento do
sistema, gente ordeira que tem fé infinita nas soluções tecnocráticas, e
se define pela obediência às opções de consumo de que dispõe. São
nossos colegas e familiares. São, tristemente, o inimigo.<br />
<br />
Faltou Humanas no currículo. O que, claro, é a razão porque as
escolas, e a infância, são o novo campo de batalha da guerra cultural. E
sobrou “Deus”, essa figura egocêntrica, invejosa, totalitária. “Deus
Acima de Todos”, imperial, reza o lema do candidato. Como zomba Bill
Maher, gente como Stálin, Hitler e Mao não eram contra Deus porque eram
ateus; é que eles consideravam Deus como concorrência…<br />
<br />
O que nos resta? Resistir e defender a Democracia, falha como é. A
Política, nojenta como pode ser. Defendê-las criticamente, para
transformá-las.<br />
<br />
E defender a Liberdade, que, ampliada, gera sempre novos desafios, que
se resolvem com mais Liberdade, nunca com menos. Concordar ou discordar
disso divide ao meio o mundo e o Brasil.<br />
<br />
Nisso, sejamos adolescentes: somos Nós e Eles. É hipócrita o apelo
por união quando um dos lados pretende impôr pela força sua pauta ao
outro. Quem quer mandar na gente é, por definição, um porco autoritário,
e nisso vamos reconhecer a sabedoria de George Orwell e o comando de
Roger Waters: fuck the pigs.<br />
<br />
Que mais temos para fazer? Compartilhar inteligência e sensibilidade.
Estimular o debate e a contradição, com fundamentos e sem frescura.
Apostar na formação, mais que na informação. E na mobilização dos que
precisam, mais do que na cooptação dos que podem.<br />
<br />
Finalmente resta ler, ler sempre. Ler o que nos abre a cabeça e atiça
a imaginação. Para imaginar e criar outros mundos, outras vidas, outras
liberdades. Como disse Fredric Warburg, editor de Orwell, sobre “1984”,
e vale também para “A Revolução dos Bichos”: “se um homem pode conceber
‘1984’, também pode evitar que ele aconteça”.<br />
<br />
por André Forastieri<br />
<br />
<a href="https://andreforastieri.com.br/blog/da-revolucao-dos-bichos-a-1984-como-resistir/" target="_blank">AQUI</a><br />
<br />
# programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-41880805745658932422017-03-21T07:55:00.001-07:002017-03-21T08:04:54.539-07:00Chuck Berry está morto.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaw9r8Q27VZou284i2zXUFso28LL4aYmfx-PaOYPT_Tv2PW36jZaQgX_5TI9qKA2-GWQen_q45eYNJODAvq5p-osJUf6SSXE7dw8QIVwixKLPLWS8bz3mDD36dRPW_9MRa2mBPESJ1NR4/s1600/chuck+193079.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaw9r8Q27VZou284i2zXUFso28LL4aYmfx-PaOYPT_Tv2PW36jZaQgX_5TI9qKA2-GWQen_q45eYNJODAvq5p-osJUf6SSXE7dw8QIVwixKLPLWS8bz3mDD36dRPW_9MRa2mBPESJ1NR4/s320/chuck+193079.png" width="320" /></a></div>
<b>Chuck Berry</b>, a lenda do rock que influenciou inúmeras gerações de artistas, morreu no último final de semana, aos 90 anos. A notícia sobre a morte do compositor vem apenas alguns meses depois do anúncio de um novo álbum, <b>Chuck</b>, que deve ser lançado ainda em 2017, o primeiro em 38 anos que trará material inédito.<br />
<br />
Durante sua carreira, Berry influenciou inúmeras bandas e artistas como <b>The Beatles</b>, <b>The Rolling Stones</b>, <b>Bruce Springsteen</b>, entre outros. O músico foi tão importante para o rock que <b>John Lennon</b> chegou a declarar que “<i>Se você quisesse dar outro nome para Rock ‘n’ Roll, você poderia chamar de Chuck Berry</i>”.<br />
<br />
No cinema, Chuck Berry teve suas músicas usadas em produções como <b>Teen Wolf – O Garoto do Futuro</b>, <b>MIB – Homens de Preto</b>, <b>Esqueceram de Mim 3</b> e até em <b>Carros</b>, da Pixar. Entretanto, os momentos mais memoráveis nas telonas com as músicas de Berry estão <b>De Volta Para o Futuro</b>, em uma cena em que Marty McFly toca uma música supostamente “<i>antiga, pelo menos de onde ele veio</i>”, três anos antes de ela ser lançada naquela linha do tempo - era "Johnny B. Goode" - e em <b>Pulp Fiction</b>, quando Mia faz com que Vincent participe de um concurso de dança com ela ao som de “<i>You Never Can Tell</i>”.<br />
<br />
E as influências de <b>Chuck Berry</b> extrapolam a cultura pop e vão muito além do nosso sistema solar: quando a <b>NASA</b> lançou a missão <b>Voyager I</b>
em 1977, a agência espacial americana incluiu um disco que supostamente
seria capaz de explicar os sons da Terra para alienígenas. Além de
registros sonoros de fenômenos naturais como trovões, cantos de
pássaros e ondas do mar, também foi incluída a música “<i>Johnny B. Goode</i>”, de Berry - dentre outras. Apesar da improbabilidade de alguma forma de vida de extraterrestre
encontrar o registro, ainda é uma honra ser selecionado quase como um
porta-voz da música no nosso planeta ...<br />
<br />
<b>Carl Sagan</b>, o chefe do comitê que selecionou o conteúdo dos discos da missão Voyager, escreveu uma carta para <b>Chuck </b>para falar sobre a decisão de eternizar sua música em um disco que duraria “um bilhão de anos ou mais”:<br />
<br />
<i>Caro <b>Chuck Berry</b>, quando dizem que sua música
viverá para sempre, você normalmente pode ter certeza de que eles estão
exagerando. Mas Johnny B. Goode está no disco interestelar da Voyager,
na nave Voyager da <b>NASA</b> – que agora está a dois bilhões
de milhas da Terra e destinado às estrelas. Estes discos vão durar por
um bilhão de anos ou mais. Feliz aniversário de 60 anos, com a nossa
admiração para a música que você deu a este mundo… <b> </b></i><br />
<br />
<i><b>Go Johnny, Go</b>.”</i><br />
<br />
<i>#</i><br />
<br />programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-61109021524353934372017-03-08T08:18:00.002-08:002017-03-21T08:07:38.274-07:00The Who no Brasil<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 0.8em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsssuZj-EgXPJ59If440zBhlKbfZMMi23B_SXTZCX10pp9r16Yj9QhlmHYp030GP0X4MUivV8anXUz_tRP8Gn6q8k-nSU-iRsEQRbm8rPVQ8UyA1KRLLi6JwA_UoP35pISJGk6rIwPZIA/s1600/who+000+085acec279e57d725000297b93e2d354.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsssuZj-EgXPJ59If440zBhlKbfZMMi23B_SXTZCX10pp9r16Yj9QhlmHYp030GP0X4MUivV8anXUz_tRP8Gn6q8k-nSU-iRsEQRbm8rPVQ8UyA1KRLLi6JwA_UoP35pISJGk6rIwPZIA/s320/who+000+085acec279e57d725000297b93e2d354.jpg" width="320" /></a></div>
<b style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">The Who</b> confirmou sua passagem pelo Brasil em 2017 - o que já vinha sendo alvo de especulações <a href="http://monkeybuzz.com.br/noticias/22379/the-who-deve-vir-ao-brasil-em-setembro/" style="border: 0px; color: #db0026; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">há algum tempo</a>. Ontem a banda foi confirmada como uma das atrações do festival Rock In Rio. A apresentação está marcada para o dia 23 de setembro, o mesmo em que se apresentará na Cidade do Rock o grupo Guns N'Roses, figurinha carimbada no evento.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Além do Rio de Janeiro, as primeiras especulações (vindas a partir de uma entrevista com o empresário Bill Curbishley à rádio inglesa BBC) sobre a turnê de The Who pelo Brasil apontavam ainda shows São Paulo e Porto Alegre.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-family: Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<h3 style="background-color: white; border: 0px; color: #383838; font-family: "Droid Sans"; font-size: 20px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-weight: normal; line-height: inherit; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://farofafa.cartacapital.com.br/2015/04/26/the-who-a-maior-turne-da-atualidade-que-nunca-veio-ao-brasil/" target="_blank"><b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Jotabê Medeiros</b>, enviado especial do Blog FAROFAFA a New Orleans em abril de 2015, contou como foi o show dos 50 anos de carreira da banda inglesa que trouxe novos patamares de ambição artística para o rock:</a></h3>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwMa9FWCsu0fm53Phr0bZUXEiPn4q846fNpc6gH2OCHnn7P5MwwhixZBwC8w6V79UW4c09CLhXHCQ1rqsZIuoKGinyrZbrbhwjeeI4EjcdT04KI2glMq26HZzUIxm-1mHf-cbSbQFqjFY/s1600/who+img-1026507-who.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwMa9FWCsu0fm53Phr0bZUXEiPn4q846fNpc6gH2OCHnn7P5MwwhixZBwC8w6V79UW4c09CLhXHCQ1rqsZIuoKGinyrZbrbhwjeeI4EjcdT04KI2glMq26HZzUIxm-1mHf-cbSbQFqjFY/s320/who+img-1026507-who.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1f1f1f; font-family: "droid serif"; font-size: 14px;">“Shit happens”, disse </span><b style="background-color: white; border: 0px; color: #1f1f1f; font-family: "Droid Serif"; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Roger Daltrey</b><span style="background-color: white; color: #1f1f1f; font-family: "droid serif"; font-size: 14px;"> ao descobrir que tinha de cantar “The Kids are Alright”, e que </span><b style="background-color: white; border: 0px; color: #1f1f1f; font-family: "Droid Serif"; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pete Townshend</b><span style="background-color: white; color: #1f1f1f; font-family: "droid serif"; font-size: 14px;"> tinha trocado a ordem das músicas.</span><br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #1f1f1f; font-family: "Droid Serif"; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #1f1f1f; font-family: "Droid Serif"; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Com o espírito irônico intacto, Daltrey destilava sarcamo. “Festivais! Que bacana! Moda e maconha”, disse também, mas o público não se incomodou com o sarro, sabia que ali estava presente um dos maiores de todos os tempos, e a massa sonora que se formava acima da lama era um presente da natureza do rock.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #1f1f1f; font-family: "Droid Serif"; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A turne The Who Hits 50! iniciou em 2014. Era “o comeco de um longo adeus”, segundo disse Daltrey na época. “Haverá uma finalidade para isso”, disse. “Vamos parar de excursionar, tenho certeza, antes que paremos de tocar como músicos em bandas, mas como disse <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Eric Clapton</b>, trata-se do apelo da estrada, essa incrível energia que traz ao corpo…”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #1f1f1f; font-family: "Droid Serif"; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiglyXttWSI2wIk4ny3b5wuDiSmIOdc1DH6x1GVh_HS3HcC_VE6Y4RALIuwZ_EWDaL-T3H4OgUmfNjkDL_d9nhnBzYj0HVfabzDcMJ0OnEIAi2wMU8YMpqBpaR719fUTfgLyqUbKRHx85k/s1600/who+36932_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiglyXttWSI2wIk4ny3b5wuDiSmIOdc1DH6x1GVh_HS3HcC_VE6Y4RALIuwZ_EWDaL-T3H4OgUmfNjkDL_d9nhnBzYj0HVfabzDcMJ0OnEIAi2wMU8YMpqBpaR719fUTfgLyqUbKRHx85k/s400/who+36932_.jpg" width="306" /></a></div>
<em></em>Antes que terminasse, Townshend completou: “As putas, a heroína, a cocaína…” Dois dias após o baixista <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">John Entwistle </b>ser encontrado morto no quarto 658 no Hard Rock Hotel de Las Vegas, em 2002, aos 57 anos, o grupo britânico <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">The Who</b>teve que decidir se continuaria sem ele ou se deixaria a história se encarregar de seu legado. Resolveram seguir em frente apenas com Pete Townshend (guitarra) e Roger Daltrey (voz) da formação original.<br />
<br />
“Essa vai ser a maior das turnês fora de moda”, disse Daltrey na ocasião. Em 2014, após dois anos longe dos palcos, voltaram para celebrar os 50 anos de carreira. Eles tinham enfrentado vários baques nos anos recentes, além da morte de Entwistle. Um dos piores: em 2003, Townshend foi acusado de lidar com pornografia infantil. Mas vê-los ali fazendo os mesmos gestos que encantaram discípulos tao difere<b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ntes quanto <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Eddie Vedder, Joan Jett </b>e <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Questlove</b> foi emocionante.</b></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #1f1f1f; font-family: "Droid Serif"; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Hinos como “My Generation”, “Baba O`Riley” e “The Seeker” (no qual Daltrey dialoga com <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Beatles, Bob Dylan </b>e <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Timothy Leary</b>) os tornaram um dos atos mais impressionantes do rock ainda em atividade – além dos <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Stones</b> (de quem chegaram a ser acusados de serem uma versão pobre, acusação à qual responderam com “Substitute”), um dos últimos grandes em ação.<br />
<br />
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Sem John Entwistle (baixo) e <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Keith Moon</b> (bateria), parecia que não era possível seguir adiante. Eles engajaram <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pino Palladino</b> (que tocara com <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Eric Clapton</b> e <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">D`Angelo</b>, entre outros) na formação. Na bateria, o filho de <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ringo, Zak Starkey</b> (com o cabelo tão tingido que fiquei com medo de escrever que era ele mesmo). O irmão de Pete, <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Simon Townshend</b>, toca violão e guitarra base. <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Loren Gold</b> toca teclados, percussão e banjo, assim como <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Frank Simes, John Corey</b> toca piano e gaita.</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Essa tarde, sob chuva fina em New Orleans, eles abriram o show com “I Can`t Explain”, que parece um grito primal do rock’n’roll. Foi originalmente um single de álbum nenhum, lançado em 1964, a música que os lançou na carreira musical. Na época, Townshend adorava os <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Kinks</b>, e até mesmo admitiu que copiava descaradamente os ídolos, inspirado na velocidade de “You Really Got Me”. Ele tinha uns 18 anos na época, e a gravação de estúdio incluiu até um outro guitarrista que faria história depois, <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Jimmy Page</b>.</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A sequência do show trouxe canções simbólicas importantes, como “The Seeker”, também de álbum nenhum, que foi lançada como single em 1970. Foi o primeiro single da banda apos o sucesso da ópera-rock “Tommy”.</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O público do <a href="http://www.nojazzfest.com/" style="border: 0px; color: #3a98c4; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">JazzFest</a> cantou de se acabar quando veio “Who Are You”. Do disco homônimo de 1978, “na verdade, eh uma oração”, disse Townshend. “Aquele tipo de coisa de ‘onde Deus esta, quem eh, onde esteve’. Ele estava desesperançado com os rumos que o rock tinha tomado no final dos anos 1970. O guitarrista se meteu em uma bebedeira com dois integrantes dos <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sex Pistols</b> num clube chamado Speakeasy, e foi desse incidente que nasceu a ideia da canção.</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
“The Kids are Alright”, uma celebração da cultura mod, do disco “My Generation”, de 1965, veio a seguir. Um manifesto de atitudes desafiadoras e celebração do tribalismo jovem.</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tudo veio em cascata. “Bargain”, que era um dos momentos mais importantes do disco “Who`s Next”, de 1971. A canção, no original, teve o reforço da guitarra que <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Joe Walsh</b>, do trio de hard rock <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">James Gang</b> deu a Townshend. Ele tocou com a Gretsch Chet Atkins nesta faixa. Fala da fé do guitarrista do Who no sufismo e em elevação espiritual.</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Depois, “Pinball Wizard”, ícone da ópera-rock Tommy, de 1969. O critico ingles <b style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Nik Cohn</b> disse que achara a ópera um pouco sombria. “Se a gente colocasse pinball nela, você escreveria uma crítica decente?”, perguntou Townshend.</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A idade pesa para todo mundo. Quando fez “My Generation”, Townshend vociferava que preferia morrer a ficar velho. Hoje, careca e circunspecto, renova a alegria de tocar sua guitarra como somente uns dois ou três conseguiram fazer. Daltrey, que terminou o show sem camisa, mostrando orgulhoso que malha, conserva a potência da voz, e os novos músicos que entraram deram vitalidade e recuperaram o peso do Who</div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #777777; font-size: 17px; font-style: italic;">Talvez seja a maior turnê que nunca veio ao Brasil ainda em movimento pelo mundo.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: "Droid Serif"; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #777777; font-size: 17px; font-style: italic;">#</span></div>
</div>
</div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-51125145825425495082016-06-18T08:22:00.000-07:002017-01-03T07:45:46.327-08:009/399Hoje iria ao ar a edição #400 do programa de rock. Não foi: recebi uma mensagem da direção da rádio avisando que o programa teria que ser mais uma vez adiado - era pra ter rolado semana passada, não foi por causa de um jogo. Tem sido assim nos últimos tempos: inúmeros cancelamentos, pelos motivos mais esdrúxulos. Já estava até pensando em mudar o texto de divulgação para "de vez em quando, quando a emissora não tiver nada melhor para transmitir no horário". Isso atrapalha muito. Exemplo: ás vezes tinha todo o cuidado de montar um bloco referente a algo que aconteceu naquela semana. Se o programa era cancelado, o bloco perdia o sentido, e eu perdia o trabalho ...<br />
<br />
Desta vez, por conta do número redondo, programei uma edição especial e reforcei a divulgação, abrindo um evento no facebook - que tive que adiar e, por fim, cancelar. Mas nem assim meu trabalho foi minimamente valorizado. Pra mim já deu, desisti de vez. Foram 9 anos no ar, com 399 edições produzidas de forma absolutamente independente, voluntária e sem fins lucrativos(leia-se: sem nenhum tipo de remuneração financeira). Obrigado a todos que acompanharam pelo menos parte delas. E um agradecimento especial para os que colaboraram via "Bloco do ouvinte". Acabou que um deles, produzido pela queridíssima Daniela Rodrigues, a "renegada do punk", foi o último a ir ao ar. Fechamos, portanto, com chave de ouro ...
<br />
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
Estas foram as últimas edições:</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj6iI1IO4Q6VsI4Rdc7F8AQsYeEKyUzHp2ZVJR-ZSULk760cBioOgz9lzq_vJcy4B2ObGFHb8ub6n0JH8JIsAAne_zp2Zrd37WcwoeRwhf5LKabKC2nmsIgUtzhKJokyC-DqsCdcMYlDs/s1600/joy+d+a3d9479394b957c7727deb1470277e90.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj6iI1IO4Q6VsI4Rdc7F8AQsYeEKyUzHp2ZVJR-ZSULk760cBioOgz9lzq_vJcy4B2ObGFHb8ub6n0JH8JIsAAne_zp2Zrd37WcwoeRwhf5LKabKC2nmsIgUtzhKJokyC-DqsCdcMYlDs/s400/joy+d+a3d9479394b957c7727deb1470277e90.jpg" width="292" /></a></div>
# 399<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">AC/DC - For
Those About to Rock (We Salute You) </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The
Runaways - I Love Playin' With Fire </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Grand Funk
Railroad - We´re an american band </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Lynyrd
Skynyrd - Sweet Home Alabama </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Rush -
Working man </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">[maua] - resist </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Aliquid -
One Try </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Impaled
Nazarene - Vitutuksen Multihuipennus </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Metallica -
Fight Fire With Fire </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Vulcano -
Witche's Sabbath (Demo)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Orgia
Nuclear - União Hellthrasher </span></div>
<div class="MsoNormal">
Holocausto - Forças Terroristas </div>
<div class="MsoNormal">
Headhunter D.C. - ... <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">And The Sky Turns To Black ... </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Tiger Army
- Prisoner of the Night </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Drákula -
Sofá </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Kleiderman
- Dracula's Tea Bag </span></div>
<div class="MsoNormal">
As Diabatz - Psychomad Mary </div>
<div class="MsoNormal">
Graforréia Xilarmônica - Empregada </div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pato Fu -
Twiggy Twiggy </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Ira! -
Tolices </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">- por
Daniela Rodrigues</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Hysterics -
Leave Me Alone </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">7 Year
Bitch - Dead Men Don't Rape </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">X-Ray Spex
- Oh Bondage, Up Yours </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">---------------------</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">G.L.O.S.S.
- G.L.O.S.S. (We're From The Future) </span></div>
<div class="MsoNormal">
Infect - Cansadas De ódio </div>
<div class="MsoNormal">
Infect - Puta </div>
<div class="MsoNormal">
Sleater-Kinney - Male Model </div>
<div class="MsoNormal">
Bulimia - Nosso corpo não nos pertence </div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Oldscratch
- Machos Escrotos </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Biggs -
Common sense </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Dominatrix
- Rapist's Fault </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Bikini</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> Kill - White Boy</span></div>
<div class="MsoNormal">
Le Tigre - On Guard </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
#<br />
<br />
# 398 - 21/05/2016<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Siouxsie and the Banshees -
The Staircase (Mystery) <br />
The Fall - Paranoia Man In Cheap Shxt Room <br />
The Cure - Primary <br />
<span class="textexposedshow">Cocteau Twins - Wolf in the Breast </span><br />
<span class="textexposedshow">Joy Division - Passover</span></span></div>
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Sakhet - Boudica </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pixies - Rock Music <br />
Dinosaur Jr. - Stick AToe In <br />
Teenage Fanclub - Ain't That Enough <br />
The Jesus And Mary Chain - Almost gold <br />
AIR - Le Voyage De Penelope <br />
Thurston Moore - Grace Lake </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Bob Dylan - Rainy Day Women
#12 & 35 </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">- 50 Anos de Pet Sounds<br />
- Versão mono<br />
The Beach Boys - Would´n´t it be nice <br />
The Beach Boys - You still believe in me <br />
The Beach Boys - That´s not me <br />
The Beach Boys - Don´t talk(put your head on my sholder) <br />
The Beach Boys - I´m waiting for the day <br />
The Beach Boys - Let´s go away for a while <br />
The Beach Boys - Sloop John B </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Beach Boys - God only
knows <br />
The Beach Boys - I know there´s an answer <br />
The Beach Boys - Here today <br />
The Beach Boys - I just wasn´t made for these times <br />
The Beach Boys - Pet sounds <br />
The Beach Boys - Caroline no</span><br />
<br />
#<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 397 - 14/05/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Faith No More - Malpractice
<br />
The Exploited - The Massacre <br />
Slayer - Ghosts of War <br />
<span class="textexposedshow">John 5 - Death Valley </span><br />
<span class="textexposedshow">Serj Tankian - Butterfly </span></span><br />
<br />
Karne Krua - Bem Vindos Ao Fim Do Mundo <br />
Sakhet - Na Cerveja Eu Acredito<br />
Suicídio Coletivo - Nazismo, não! <br />
Diatribe - Simonia <br />
+ Entrevista com Lucas e Mayanna<br />
<br />
Wander Wildner - WANCLUB - Mantra das Possibilidades<br />
<br />
The Baggios - Descalço <br />
Casa Das Máquinas - Pra Cabeça (Jogue Tudo Pra Cabeça) <br />
Momento 68 - Jazzy-Man-Metropole <br />
Alessandro Aru - Origens - Parte II<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">- por Mayanna e Lucas<br />
Motorhead - Shoot you in the back<br />
Coven - Wicked woman<br />
Shocking Blue - Hello Darkness<br />
---------------<br />
Anthares - Fúria<br />
Epithanatios Roghos - Aoratos polemos<br />
Hirax – Barrage of Noise<br />
Sodom - Burst command ´till war<br />
Accept - Balls to the wall<br />
Saxon - Rock the nations<br />
-------------<br />
A Bolha - Sem nada<br />
Bacamarte - Smog alado<br />
Belchior - A palo seco</span><br />
<br />
#<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 396 - 07/05/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Sonics - It's All Right<br />
The Jam - Running On The Spot <br />
The Rolling Stones - Mixed Emotions <br />
<span class="textexposedshow">Creedence Clearwater Revival - Porterville </span><br />
<span class="textexposedshow">The Who - Squeeze Box </span><br />
<span class="textexposedshow">T. Rex - Hot Love</span> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Napalm Death - Morbid
Deceiver <br />
Intestinal Disgorge - Watcher <br />
Naked City - Igneous Ejaculation <br />
A.C. - You Fucking Freak <br />
Disrupt - No One Seems To Give A Fuck <br />
Cripple Bastards - Pete the Ripper <br />
Da Boca ao reto – Martírio solitário<br />
Decaído - Algum algoz</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Fugazi - Two Beats Off <br />
At The Drive-In - Arcarsenal <br />
Ramones - We Want The Airwaves <br />
T.S.O.L. - Its Gray <br />
45 Grave – Slice o´life</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pedrinho Salvador -
Decepción Blus</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">AC/DC - Emission Control <br />
Danzig - Ju Ju Bone <br />
Faith No More - Cuckoo for caca <br />
Iggy Pop - Funtime <br />
Body Count - C Note <br />
Messias Elétrico - Minerva</span><br />
<br />
WANCLUB - Surfista Calhorda<br />
<br />
- XXX Anos – Demos, outtakes e raridades<br />
Legião Urbana - Renato Apresenta <br />
Legião Urbana - Teorema <br />
Legião Urbana - Geração Coca-cola <br />
Legião Urbana - Ainda é cedo <br />
Legião Urbana - Profecia de Renato <br />
Legião Urbana - Por enquanto <br />
Legião Urbana - A Dança <br />
Legião Urbana - Química <br />
Legião Urbana - Perdidos no espaço <br />
Legião Urbana - O Reggae<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><!--[if gte mso 9]><xml>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 395 - 23/04/2016</span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Beatles - Helter
Skelter <br />
Bloc Party - Helicopter <br />
Morphine - Honey White <br />
<span class="textexposedshow">David Bowie - I Can't Give Everything Away </span><br />
<span class="textexposedshow">Morrissey - Kick the Bride Down the Aisle </span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">PRINCE - Purple rain </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">[maua] - Probably The End <br />
Surgical Meth Machine - I'm Sensitive </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Emerson, Lake & Palmer
- Still... You Turn Me On <br />
Blue Öyster Cult - Astronomy <br />
Rush - The Necromancer </span><br />
<br />
PJ Harvey - Chain Of Keys<br />
<br />
repolho (sorria meu bem EP) - pau na bucetinha <br />
Zumbi do Mato - Pagando Mico (demo)<br />
Massacration - Metal Milkshake <br />
OZ - Mama Jama (demo)<br />
Textículos de Mary - menarca <br />
Júpiter Maçã - Canção Para Dormir <br />
Cinemarne - Os corvos e Van Gogh<br />
<br />
Câmbio Negro HC - O Espelho dos deuses<br />
<br />
"Reflexo no Espelho"<br />
- Tributo ao Câmbio Negro HC<br />
<br />
Zé Viola Progressive Band - programados pra morrer <br />
Esconjuro - Meu filho <br />
Pastel de Miolos - Evolução <br />
Casca Grossa - Fantoches <br />
Rotten Flies - Psicopatas de Deus <br />
Obtus - A Ordem <br />
Revolta Civil - Agonia de 64 <br />
Inner Demons Rise - Ao Filho do Homem <br />
Arquivo Morto - Vaticano <br />
Karne Krua - Reatores <br />
N.T.E. - Farsa <br />
Guerra Urbana - Emergência <br />
Mollotv Attack - O Espelho dos deuses <br />
Atack Epiléptico - Consciência Inválida <br />
Skullbillies - Descontrole <br />
Campo Minado - O Ecologista Morto<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span></span><br />
<br />
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</span></span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 394 - 09/04/2016</span></span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Little Richard - Baby
(Demo) <br />
Chuck Berry - Let It Rock (Single Version) <br />
Buddy Holly - Oh Boy! <br />
<span class="textexposedshow">Eddie Cochran - Blue Suede Shoes </span><br />
<span class="textexposedshow">Wanda Jackson - Long Tall Sally </span><br />
<span class="textexposedshow">Gene Vincent - Crazy Legs </span></span><br />
<br />
Ideal/Raíssa Cornélio - Eu Fui Espancada <br />
Ideal - Machistas <br />
Zeitgeist - Unknown pleasure<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Machine Head - Davidian <br />
[maua] - Bitch <br />
Arandu Arakuaa - Aruanas<br />
Voivod - Post Society <br />
The Gentle Storm - Heart Of Amsterdam (Storm Version) </span><br />
<br />
Máquina Blues - Um blues pra ela (Acústico Aperipê)<br />
The Baggios - (Acustico) Hard Times<br />
<br />
Lacertae - A chamada <br />
Vaca de Pelúcia - BR p/ o espaço <br />
MADE IN BRAZIL - Vamos todos à festa <br />
Messias Elétrico - O Fruto<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Explosions in the Sky -
Wilderness </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Genesis - Supper's Ready</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span></span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 393 - 02/04/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Bob Mould - Voices in My
Head <br />
Iggy Pop - Gardenia <br />
David Bowie - Blackstar </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Violent Femmes - Memory <br />
Weezer - Do You Wanna Get High? </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Love Machine - Waiting for
tomorrow<br />
Melvins - The Water Glass <br />
Frank Zappa - Any Kind of Pain <br />
Mr. Bungle - Egg </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Hannah - Alpha and Omega </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The White Stripes -
Conquest <br />
Fred Schneider - Whip <br />
Butthole Surfers - Birds <br />
sonic youth - purr <br />
Babes In Toyland - Blood <br />
Ramones - Pet Sematary </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Public Image Ltd. -
Poptones (peel session)</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">XTC - Science Friction <br />
Adam and the Ants - Deutscher Girls <br />
Ian Dury and the Blockheads - Sex, Drugs & Rock'n'roll <br />
Siouxsie & the Banshees - Hong Kong Garden <br />
Tom Robinson Band - Don't Take No for an Answer <br />
The Only Ones - Another Girl, Another Planet <br />
John Cooper-Clarke - Reader's Wives <br />
- peel sessions</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span></span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 392 - 19/03/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Belle and Sebastian - Allie<br />
Tame Impala - Disciples <br />
David Bowie - The Secret Life Of Arabia <br />
<span class="textexposedshow">Leonard Cohen - Anyhow </span><br />
<span class="textexposedshow">Lou Reed - Magic And Loss </span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Skunk Anansie - Death to
the Lovers </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Death - Relief <br />
Sleater-Kinney - Dig Me Out <br />
Vulgo Garbus - Monalisa Overdrive <br />
Butthole Surfers - Jingle Of A Dog's Collar <br />
Cinemerne - A Noite do sol </span><br />
<br />
Panço - Zukauskas<br />
<br />
OZ - Très Bien Mon Ami <br />
Muzzarelas - Enter The Dragon <br />
Seu Montanha - Contention <br />
Little Quail & the Mad Birds - Depende<br />
Ira! - Longe de Tudo<br />
The Baggios - Meu Barato (acústico)<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Kiss - Detroit Rock City <br />
Kiss - King Of The Night Time World <br />
Kiss - God Of Thunder <br />
Kiss - Great Expectations <br />
Kiss - Flaming Youth <br />
Kiss - Sweet Pain <br />
Kiss - Shout It Out Loud <br />
Kiss - Beth <br />
Kiss - Do You Love Me?</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span></span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 391 - 12/03/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Bob Dylan - Romance In
Durango <br />
Bob Dylan - Black Diamond Bay <br />
Bob Dylan - Sara </span><br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/pennymocks/">Penny Mocks</a> - Goborás<br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/estudioboxfanpage/">Estúdio Box &
Azulejo</a> - Cigarros <br />
<a href="https://www.facebook.com/plasticolunar/">Plástico Lunar</a> - Algo
forte <br />
<a href="https://www.facebook.com/MophoPaginaOficial/">Mopho</a> - Por Um
Punhado de Dólares <br />
<a href="https://www.facebook.com/Messias-El%C3%A9trico-391633767677801/">Messias
Elétrico</a> - A peste <br />
Momento 68 - Vitimas da Op-Art <br />
<a href="https://www.facebook.com/VioletaDeOutono/">Violeta De Outono</a> -
Faces<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Emerson, Lake & Palmer
- Jerusalen</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Fred Schneider - Helicopter
<br />
Albert Hammond Jr. - Caught by My Shadow <br />
David Bowie - I'll Take You There <br />
Frank Black - Adda Lee <br />
Iggy Pop - China Girl <br />
John Cale - Close Watch </span><br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/bandariosvoadores/">Rios Voadores</a> -
Barnabé Itamar Produções <br />
Surja Bruxa - Fugas-Geniais<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Beatles - Yer Blues <br />
Led Zeppelin - In My Time of Dying <br />
Chuck D. & Henry Rollins - Rise Above <br />
Sepultura - Troops of Doom <br />
Nirvana - Radio friendly unit shifter <br />
Radiohead - Paranoid Android<br />
- por Matheus Aragão</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span></span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 390 - 05/03/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Rolling Stones - Miss
You <br />
The Jam - I've Changed My Address <br />
T. Rex - Rock On <br />
<span class="textexposedshow">REM - Cuyahoga </span><br />
<span class="textexposedshow">Pink Floyd - I'm a King Bee </span><br />
<span class="textexposedshow">The Smiths - Unloveable </span></span><br />
<br />
KARNE KRUA - ódio pelo ódio - Ao Vivo no Zons<br />
<br />
Terror Revolucionário - Ser Humano, ser meigo <br />
Rotten Flies - Meu inimigo sou eu <br />
Lobotomia - Nada É Como Parece <br />
Galinha Preta - Roubaram o meu rim <br />
Sociedade Armada - Miseria Total<br />
Armagedom - Mortos De Forme <br />
Cleptomania - depoimento de um judeu<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Renegades Of Punk - Me
Testa<br />
Necronomicon - Hypnotic Overdrive Machine <br />
Catarina dee jah - Intercambio cultural </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Bob Dylan - Like a Rolling
Stone</span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Bob Dylan - Hurricane <br />
Bob Dylan - Isis <br />
Bob Dylan - Mozambique <br />
Bob Dylan - One More Cup Of Coffee <br />
Bob Dylan - Oh, Sister <br />
Bob Dylan - Joey</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span></span> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 389</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Tom Zé - Brigitte Bardot<br />
David Bowie - Scary Monsters (And Super Creeps) (Single Version)<br />
Nine Inch Nails - In This Twilight<br />
<span class="textexposedshow">Dinosaur Jr. - Get Me </span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Voivod - Silver Machine </span><br />
<br />
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Discharge - The Possibility Of Life's Destruction <br />
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Gorilla Biscuits - Big Mouth <br />
Vandals - My Girlfriend's Dead </span><br />
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Entrevista com Dani Dutra, Anderson Camilo e Marcelo larrosa, da <a href="https://www.facebook.com/entaoprontoproducoes/">Então Pronto Produções</a><br />
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Vivo<br />
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Rolling Stones, The - Shine A Light <br />
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Rolling Stones, The - I'm Free <br />
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<br />
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<br />
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">PORTISHEAD
- Theme from to kill a dead man</span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Placebo -
Without You I'm Nothing (feat. David Bowie) </span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Joy
Division - The Only Mistake </span></div>
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Laibach - Koran </div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Helmet -
Ironhead </span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Prong - Get
A Grip (On Yourself) </span></div>
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Som Invisível - Estados do dia </div>
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Sepultura - Roots Bloody Roots (Demo) </div>
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Sepultura - Ratamahatta </div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Sepultura -
Lookaway (Master Vibe Mix) </span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Sepultura -
Breed Apart </span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Sepultura -
Straighthate </span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Sepultura -
Spit </span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Sepultura -
Dusted </span></div>
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Sepultura -
Born Stubborn </span></div>
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Sepultura - Jasco </div>
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Sepultura - Itsari </div>
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<br style="mso-special-character: line-break;" /></div>
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#<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 387 - 30/01/2016</span></div>
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Possessed - Satan's Curse<br />
Sepultura - Primitive Future<br />
Pantera - Revolution Is My Name <br />
<span class="textexposedshow">Venom - Smoke </span><br />
<span class="textexposedshow">Ghost - He Is </span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Oldscratch - Maneiras de
Não se Cansar <br />
Black Sabbath - Season Of The Dead </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Rage Against The Machine -
Fistful Of Steel <br />
At The Drive-In - Pattern Against User <br />
Screaming Trees - More Or Less <br />
Echo And The Bunnymen - A Promisse <br />
New Order - Your Silent Face </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Jefferson</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> Airplane - My Best Friend <br />
The Rolling Stones - Angie </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - Beauty And
The Beast <br />
David Bowie - Joe The Lion <br />
David Bowie - Heroes <br />
David Bowie - Sons Of The Silent Age <br />
David Bowie - Blackout </span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - V-2 Schneider </span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br />
David Bowie - Sense Of Doubt <br />
David Bowie - Moss
Garden <br />
David Bowie - Neukoln </span><br />
<br />
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<br />
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<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 386 - 23/01/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">T. Rex - Lean Woman Blues
(Working Version)<br />
Iggy Pop - Wild America <br />
AC/DC - Big gun<br />
<span class="textexposedshow">Far From Alaska - Rainbows </span><br />
<span class="textexposedshow">Plástico Lunar - Labirinto</span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Megadeth - Dystopia <br />
Anthrax - You Gotta Believe </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Dinosaur Jr - Muck<br />
Placebo - This Picture <br />
R.E.M. - Bad Day<br />
Teenage Fanclub - Mellow Doubt <br />
Sonic youth - on the strip <br />
Alice in Chains
- Rooster</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - I know it´s
gonna happen someday</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - Speed Of Life
<br />
David Bowie - Breaking Glass <br />
David Bowie - What In The World <br />
David Bowie - Sound And Vision <br />
David Bowie - Always Crashing In The Same Car <br />
David Bowie - Be My Wife <br />
David Bowie - A New Career In A New Town</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - Warszawa <br />
David Bowie - Art Decade <br />
David Bowie - Weeping Wall <br />
David Bowie - Subterraneans</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 385</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - Silly Boy
Blue <br />
Davy Jones And The Lower Third - You've Got A Habit Of Leaving <br />
David Bowie And The Lower Third - Can't Help Thinking About Me <br />
<span class="textexposedshow">David Bowie - In The Heat of the morning</span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - 'Heroes'
(single version) <br />
David Bowie - Life On Mars? (2003 Ken Scott Mix) <br />
David Bowie - Starman (original single mix) </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - Where Are We
Now? <br />
- pedido por Renê</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Davie</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> Jones And The King Bees - Liza Jane <br />
David Bowie - I'm Afraid Of Americans (V1) (clean edit) <br />
David Bowie - The Jean Genie (original single mix) <br />
David Bowie - Fashion (single version) <br />
David Bowie - Modern Love (single version) <br />
David Bowie - Let's Dance (single version) <br />
David Bowie - China Girl (single version) </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - Fame <br />
David Bowie - Young Americans (2007 Tony Visconti mix single edit)<br />
David Bowie - Blue Jean <br />
David Bowie - Golden Years (single version) <br />
David Bowie - Absolute Beginners (single version) </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">David Bowie - Under
Pressure (with Queen) <br />
David Bowie - Buddha Of Suburbia <br />
David Bowie - Loving The Alien (single remix) <br />
David Bowie - Wild Is The Wind (2010 Harry Maslin Mix) <br />
David Bowie - This Is Not America
(with The Pat Metheny Group)</span><br />
<br />
David Bowie - Lazarus<br />
<br />
#<br />
<br />
# 384 - 09/01/2016<br />
<br />
Casa Das Máquinas - Lar De Maravilhas <br />
Rita Lee & Tutti Frutti - Com A Boca No Mundo <br />
Módulo 1000 - Salve-Se Quem Puder <br />
<span class="textexposedshow">Messias Elétrico - WR 104 </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">[maua] - Nothing is Like the Same <br />
Karne Krua - Rumores de Guerra (demo)</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Bad Religion - Past is Dead
<br />
Ramones - Daytime Dilemma (Dangers Of Love) <br />
Sleater Kinney - Hey Darling <br />
The Adolescents - Runaway <br />
T.S.O.L. - Red Shadows </span><br />
<br />
The Baggios - (Acustico) Na Porta do Bar <br />
Camarones Orquestra Guitarrística - Cabron <br />
Casa Forte- Roque Soul<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Runaways - Blackmail <br />
Sweet - Into The Night <br />
Thin Lizzy - Waiting For An Alibi <br />
Suzi Quatro - Too Big <br />
Slade - Coz I Luv You </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motorhead - Ace of Spades
(Alternative Version) </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motorhead - Live to Win <br />
Motorhead - (We Are) the Roadcrew <br />
Motorhead - Fast and Loose <br />
Motorhead - Bite the Bullet <br />
Motorhead - The Hammer <br />
Motorhead - Fire Fire <br />
Motorhead - Jailbait <br />
Motorhead - Dance</span><br />
<br />
#<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 383 - 02/01/2016</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Head Cat - Not Fade
Away</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motörhead - Electricity<br />
<span class="textexposedshow">Motörhead - When The Sky Comes Looking For You</span><br />
<span class="textexposedshow">Motörhead - Please Don't Touch (with Gilrschool)</span><br />
<span class="textexposedshow">Motörhead - Doctor Rock</span><br />
<span class="textexposedshow">Motörhead - Go to Hell</span><br />
<span class="textexposedshow">Motörhead - Killed By Death</span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motörhead - Lost Woman
Blues<br />
- pedido de Bela Raposo</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motörhead - Stone Dead
Forever<br />
Motörhead - The Chase Is Better Than the Catch<br />
Motörhead - Stand By Your Man (feat. Wendy O. Willians)<br />
Motörhead - Dirty Love<br />
--------------------------<br />
Motörhead - Whorehouse Blues<br />
Motörhead - Till The End</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motörhead -Iron Fist<br />
- pedido de Marlio</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motörhead - On The Road
(B-Side Of Deaf Forever 12'', Live)<br />
Motörhead - Leaving Here (Live )<br />
Motörhead - Over the Top (Live)</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">- "No Sleep ´till
Hammersmith"<br />
Motörhead - Ace of Spades<br />
Motörhead - Stay Clean<br />
Motörhead - Metropolis<br />
Motörhead - The Hammer<br />
Motörhead - Iron Horse/Born to Lose<br />
Motörhead - No Class<br />
Motörhead - Overkill<br />
Motörhead - We Are the Road Crew<br />
Motörhead - Capricorn<br />
Motörhead - Bomber<br />
Motörhead - Motörhead</span><br />
<br />
#<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 382 - 26/12/2015</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pink Floyd - Shine On You
Crazy Diamond Pt. 2 </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Brian Setzer Orchestra
- Have Yourself a Merry Little Christmas </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">-----------------------------------------------------------</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Slayer - Black Magic <br />
Metallica - Master Of Puppets </span><br />
<br />
Inrisório - Estupro Cultural<br />
Renegades Of Punk - Me Testa <br />
Devotos do Ódio - Punk Rock, Hardcore Alto José Do Pinho<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Zumbi do Mato - O Espírito
do Rato <br />
Faith No More - From Out Of Nowhere <br />
Mr. Bungle - Carousel <br />
Primus - Mr. Knowittal<br />
Cardiacs - Tarred and Feathered</span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br />
- por Tamyres Lima<br />
- para Levi Marques</span><br />
<br />
------------------<br />
<br />
Os Cascavelletes - Morte Por Tesão <br />
Os Cascavelletes - Minissaia sem calcinha<br />
Os Cascavelletes - O Dotadão<br />
<br />
Wander Wildner - Lugar Do Caralho<br />
<br />
JÚpiter Maçã - Querida Superhist x Mr. Frog <br />
JÚpiter Maçã - Pictures And Paintings <br />
JÚpiter Maçã - Eu E Minha Ex <br />
JÚpiter Maçã - As Outras Que Me Querem <br />
JÚpiter Maçã - Sociedades Humanoides Fantasticas <br />
JÚpiter Maçã - O Novo Namorado <br />
JÚpiter Maçã - The Freaking Alice (Hippie Under groove) <br />
JÚpiter Maçã - Essencia Interior<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 381 - 19/12/2015</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Trimorfia - Running In
Circles <br />
Nucleador - Streets of Rage <br />
Skabong - Aruana Weekend </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pink Floyd - Shine On You
Crazy Diamond Pt. 1 <br />
- para Levi Marques</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Delinquentes - Mad Max </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Siouxsie and the Banshees -
Arabian Knights <br />
Fields Of The Nephilim - Laura II <br />
The Jesus & Mary Chain - Hit <br />
Cocteau Twins - Blood Bitch <br />
Bauhaus - Stigmata Martyr <br />
The Cure - A Forest</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Signo XIII - Tempo rival</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Patti Smith - Gloria <br />
Patti Smith - Redondo Beach <br />
Patti Smith - Birdland <br />
Patti Smith - Free Money </span><br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Patti Smith - Kimberly <br />
Patti Smith - Break It Up <br />
Patti Smith - Land: Horses + Land Of A Thousand Dances + La Mer (de) <br />
Patti Smith - Elegie </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 380 - 05/12/2015</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Jesus And Mary Chain -
Never Understand <br />
The Jesus And Mary Chain - In A Hole <br />
The Jesus And Mary Chain - Inside Me <br />
<span class="textexposedshow">The Jesus And Mary Chain - The Hardest Walk </span><br />
<span class="textexposedshow">The Jesus And Mary Chain - Sowing Seeds </span><br />
<span class="textexposedshow">The Jesus And Mary Chain - My Little Underground </span><br />
<span class="textexposedshow">The Jesus And Mary Chain - You Trip Me Up </span><br />
<span class="textexposedshow">The Jesus And Mary Chain - Something's Wrong </span><br />
<span class="textexposedshow">The Jesus And Mary Chain - It's So Hard </span></span><br />
<br />
Test - Celebrar Venha<br />
<br />
karne Krua - Hienas na Carcaça <br />
Zeitgeist - Today<br />
DFC - Possuído do Pelo Cão <br />
Rotten Flies - A Bíblia e a bazuca <br />
Psychic Possessor - Acao Terrorista <br />
Mukeka Di Rato - Mek Kancer Feliz <br />
Jason - Seu corpo vai deitar <br />
Devotos do Ódio - Dia Morto<br />
<br />
Patti Smith - My Generation (live)<br />
Mutantes - Ando meio desligado (ao vivo)<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pixies - Something Against
You <br />
Melt-Banana - Cat Brain Land <br />
Sonic Youth - The destroyed room <br />
Queens Of The Stone Age - Turnin' On The Screw <br />
Butthole Surfers - To Parter <br />
Faith No More - Caralho voador </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pink Floyd - Lucy leave<br />
David Gilmour - Faces Of Stone </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Pedrinho Salvador - Help Me
Big Brother <br />
The Sonics - Be A Woman <br />
Yo La Tengo - Butchie's Tune (The Lovin' Spoonful) <br />
panço - escala de cores <br />
Paul Weller - Saturns Pattern <br />
Wilco - More... <br />
Tame Impala - 'Cause I'm A Man <br />
John Zorn - Mirrors of Being </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 379 - 28/11/2015</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Queen - God Save The Queen <br />
Queen - Death On Two Legs (Dedicated To... <br />
Queen - Lazing On A Sunday Afternoon <br />
<span class="textexposedshow">Queen - You're My Best Friend </span><br />
<span class="textexposedshow">Queen - '39 </span><br />
<span class="textexposedshow">Queen - Seaside Rendezvous </span><br />
<span class="textexposedshow">Queen - Good Company </span></span><br />
<br />
Supercordas - Sobre O Amor E Pedras<br />
<br />
Lillian Lessa - Enleio Fatal <br />
Rita Lee & Tutti Frutti - Coisas Da Vida<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Slade - Cum On Feel The
Noize <br />
Thin Lizzy - Do Anything You Want To <br />
Suzi Quatro - Can The Can <br />
T. Rex - Jeepster (Electric Home Demo) <br />
The Allman Brothers Band - Jessica </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Patti Smith - Pumping (My
Heart) <br />
Cocteau Twins - Carolyn's Fingers </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Jimi Hendrix Experience
- Burning Of The Midnight Lamp <br />
The Kinks - Lazy Old Sun [Alternate Stereo Mix<br />
Shocking Blue - Blossom Lady<br />
The Rolling Stones - Sing This All Together <br />
Jefferson Airplane - Today </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Blondie - Picture This <br />
The Pretenders - I'll Stand by You </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Ira! - Nas Ruas <br />
Hojerizah - Fogo <br />
Joy Division - She's Lost Control <br />
The Fall - Taurig <br />
The Smiths - Girl Afraid <br />
The Cure - Lullaby </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><!--[if gte mso 9]><xml>
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</span><br />
# 378 - 21/11/2015<br />
<br />
Seu Montanha - O Tempo <br />
Plástico Lunar - Sentado no Arco-ìris <br />
Uma Ruma - O Rumo<br />
<span class="textexposedshow">Estúdio Box & Azulejo - Dos Poetas </span><br />
<span class="textexposedshow">Cinemerne - A Mulher mais linda da Cidade </span><br />
<span class="textexposedshow">Lacertae - Céu bonito </span><br />
<br />
Far From Alaska - thievery<br />
<br />
Olho seco - Todos hipnotizados <br />
Inocentes - Calado <br />
Lixomania - Fugitivo <br />
Ratos de Porão - Por que? <br />
Fogo Cruzado - Delinquentes <br />
Psykóze - Fim do Mundo <br />
Cólera - Bloqueio Mental<br />
<br />
Joy Division - Love Will tear us apart<br />
Beatie Boys - Gratitude<br />
Placebo - Every you and every me<br />
DeFalla - It´s fucking boring to death<br />
Nailbomb - Vá tomar no cu<br />
Camboja - Digital junkie<br />
Misery HT - Walk<br />
+ Entrevista com ...<br />
Jamson Madureira<br />
Anderson Camilo<br />
Dani Dutra<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">...</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">#</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 377 - 14/11/2015</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Gentle Storm - Endless
Sea (Storm Version)<br />
Iron Maiden - Empire of the Clouds</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Extreme Noise Terror - Only
In It For The Music Pt. 27 (Black Putrefaction) <br />
Test - Carne Humana </span><br />
<br />
Rotten Flies - Eliminar <br />
Ratos de Porão - Prenúncio de Treta <br />
Zeitgeist - Homem de bem <br />
NARK - Intolerância autorizada <br />
Cessar Fogo - Maquina de matar <br />
Word's Guerrilla - Esclavos<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Motörhead - Dancing On Your
Grave <br />
Sepultura - Orgasmatron </span><br />
<br />
DeFalla - I'm a universe <br />
Vzyadoq Moe - O Último Designio <br />
Ira! - Mudança de Comportamento <br />
Hojerizah - Cinzas Que Queimam <br />
Smack - Sete Nomes<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Eagles of Death Metal -
Heart on<br />
+ A Marselhesa</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Morrissey - You're the One
for Me, Fatty <br />
Morrissey - Certain People I Know <br />
Morrissey - National Front Disco <br />
Morrissey - November Spawned a Monster <br />
Morrissey - Seasick, yet Still Docked <br />
Morrissey - The Loop <br />
Morrissey - Sister I'm a Poet <br />
Morrissey - Jack the Ripper <br />
Morrissey - Suedehead<br />
- Beethoven was Deaf<br />
- Live in Paris</span><br />
<br />
#<br />
<br />
# 376<br />
<br />
panço - Fora de esquadro <br />
R.E.M. - Living Well Is The Best Revenge <br />
Echo And The Bunnymen - Silver <br />
Snooze - Nickdrakiana (Acústico Aperipê)<br />
Patti Smith - Poppies<br />
<br />
Suicidio Coletivo - SUICIDIO COLETIVO <br />
Casca Grossa - Destrói<br />
Cessar Fogo - Imediato<br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Runaways - Born To Be
Bad <br />
Motörhead - No Class Featuring Wendy O'Williams <br />
Blue Öyster Cult - Godzilla <br />
Thin Lizzy - Don't Believe A Word <br />
AC/DC - Can I Sit Next To You Girl <br />
Deep Purple - Demon's Eye </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Beatles - Hello,
goodbye </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Trail of Dead - Intro: A
Song of Fire and Wine <br />
Trail of Dead - Stand in Silence <br />
Sonic Youth - genetic <br />
Savages - No Face <br />
Siouxsie and the Banshees - Love in a Void <br />
The Smiths - Girl Afraid <br />
Public Image Ltd. - C'est La Vie</span><br />
<br />
Nouvelle Vague – Bela Lugosi´s dead<br />
<br />
#<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"># 375</span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">T.S.O.L. - Flowers By The
Door<br />
Ramones - I Wanna Live <br />
Iggy Pop - Cry for Love <br />
<span class="textexposedshow">Placebo - Slave To The Wage </span><br />
<span class="textexposedshow">Morrissey - Kiss Me Alot </span></span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Opus - Live Is Life </span><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Laibach - Leben Heist Leben
<br />
KMFDM - A Drug Against War (Single Mix) <br />
Ministry - The Missing <br />
Godflesh - Streetcleaner </span><br />
<br />
Retrofoguetes - As Concubinas Mecânicas do Doutor Karzov<br />
The Baggios - Pegando Punga - Acústico <a href="https://www.facebook.com/Aperip%C3%AA-FM-409591859136433/">Aperipê FM</a><br />
<br />
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Jesus & Mary Chain
- Suck <br />
The Sisters of Mercy - Detonation
Boulevard (Remix) <br />
Danse Society - We're So Happy <br />
Bauhaus - God In An Alcove <br />
Sex Gang Children - Dieche</span><br />
<br />
Plástico Lunar - Nem aí<br />
+ Entrevista com Marcos Odara ...<br />
... que propôs o seguinte Bloco:<br />
The Clash - I Fought the law<br />
The Clash - Guns of Brixton<br />
Echo And The Bunnymen - Bring on the dancing horses<br />
Lou Reed - Sattelite of love<br />
Smack! – Faça umas compras<br />
Mercenárias - Mercenárias<br />
Mercenárias - Trashland <br />
Mercenárias - Meus Pais <br />
Mercenárias - Policia <br />
Mercenárias - Honra <br />
Mercenárias - Dá Dó <br />
Mercenárias - Vietinã <br />
Mercenárias - Ó<br />
<br />
rolou, claro.<br />
<br />
Foi massa.<br />
<br />
#<br />
<br />
<br /></div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-90196519845055960652016-04-06T08:18:00.000-07:002016-04-06T16:18:31.467-07:00A Tribo do rock<div style="text-align: left;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4UN-3SChDb4cMb5akxhrAnu10FsSa4lXJGltvAewiJc4SMUy0aSxHPtKAm19K5YJ3TcwqzOnX1yPshbG1rtASQputo7Gh5ektR7i4BRg75kJ21Ta8zEBQ76CRll2AERXnQ8zhy2w3M5E/s1600/rock-roll-photography022.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4UN-3SChDb4cMb5akxhrAnu10FsSa4lXJGltvAewiJc4SMUy0aSxHPtKAm19K5YJ3TcwqzOnX1yPshbG1rtASQputo7Gh5ektR7i4BRg75kJ21Ta8zEBQ76CRll2AERXnQ8zhy2w3M5E/s320/rock-roll-photography022.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">I know ...</td></tr>
</tbody></table>
</div>
O rock já morreu milhares de vezes, com direito a choro e também a alívio, e, no entanto, o rock sobrevive como um prazer incômodo e uma fantasia de imortalidade (“sempre tive uma necessidade repulsiva de ser mais do que humano; um dia disse foda-se, a questão é tentar ser imortal”, afirmou David Bowie... antes de morrer).<br />
<br />
Ao contrário do que propõem dois outros grandes edifícios da cultura de massa erigida pelo século XX – o cinema e a televisão, lazeres de pipoca e de evasão –, o rock é uma voragem de desassossego, ondas de encrespações selvagens, é movimento de som e fúria, tem a mesma natureza incontrolável das convulsões tectônicas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihaE8mgQXfS9fvWy992D28TBDr13Vm8D5BJmNoT0O8hyphenhyphen0q6EjKPXMauqeRaUOjg3aYkoF4pNRpbIXgJBRK-y2nVkhtl7kUs763APFXhkHwJ-gtjabMqYI0EopRpjcoDvnGa5eiR_htRVE/s1600/black-sabbath-ozzy-the-end-tour-FuteRock.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihaE8mgQXfS9fvWy992D28TBDr13Vm8D5BJmNoT0O8hyphenhyphen0q6EjKPXMauqeRaUOjg3aYkoF4pNRpbIXgJBRK-y2nVkhtl7kUs763APFXhkHwJ-gtjabMqYI0EopRpjcoDvnGa5eiR_htRVE/s320/black-sabbath-ozzy-the-end-tour-FuteRock.jpg" width="320" /></a></div>
Também é ativismo político, ou foi, nasceu assim, em época de malaise difusa, fim dos 50 e início dos 60, movido a irmandade florida e a substâncias ilícitas, incendiado pelo pavor à guerra e pacificado pelo êxtase lisérgico. Com sacolejos de quadril, libido atiçada, juventude amotinada, o rock desafia o establishment há mais de meio século, jamais pretendeu, como alguns brasilossauros da guitarra, se prevalecer das benesses mercantis do status quo.<br />
<br />
E nunca caiu nas graças da “alta cultura”, embora tenha produzido os seus próprios clássicos e eruditos do porte de um David Bowie, de um Lou Reed, The Who, The Doors, Pink Floyd, Nirvana, o múltiplo Bob Dylan, os Beatles, é claro, e o pioneiro Elvis Presley, entre outros. “Ainda precisa ganhar o respeito que merece como autêntica voz de nosso tempo”, reclama a ensaísta Camille Paglia. “Aonde o rock vai, a democracia vai atrás.”<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHn_nsBBt3HCDrfikeMvwdzmnJzxQd88bFx1jTJdj9ivPBdG6QQBHGI2FnSy6wD0BtLn_zL-LXRL-TRJSXWO9XCzpSSSMMq9MLBafCSp3T8IMhIWC8oFrKL-8GpWZC_kg3tu2iAg0aI24/s1600/smiths+11a1cca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHn_nsBBt3HCDrfikeMvwdzmnJzxQd88bFx1jTJdj9ivPBdG6QQBHGI2FnSy6wD0BtLn_zL-LXRL-TRJSXWO9XCzpSSSMMq9MLBafCSp3T8IMhIWC8oFrKL-8GpWZC_kg3tu2iAg0aI24/s320/smiths+11a1cca.jpg" width="320" /></a></div>
Mas, contra o bom gosto dos esnobes, vem arrastando ao longo das décadas hordas de romeiros fervorosos pelas trilhas de seu culto iniciático, subgrupos, subculturas, tribos que nem sempre se misturam (perguntem para os fãs metaleiros do Black Sabbath se há rock além do Black Sabbath). Bem, show de rock é o último lugar que deve frequentar quem só quer ouvir uma boa musiquinha – é catarse coletiva, missa profana, barulheira tribal.<br />
<br />
Para assistir, hoje, a um espetáculo do U2 ou do Pearl Jam, a gente tem de se acotovelar em arenas cujos cenários megatérios transformam os protagonistas em anões – mesmo quando eles buscam, aos pulos e aos berros, a cumplicidade eletrônica dos telões. Na plateia, os adeptos da fé satânica rezam a ilusão de um constante estado de delinquência juvenil, mesmo quando os peregrinos já têm os cabelos esmaecidos no cinza e mesmo quando, passado o transe pueril na área vip, o máximo que eles consigam imaginar como transgressão é o som reacionário das panelas Le Creuset.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6P54cP4K9QjN8Ac3SqL9oPc-Hhe7UNsHGhozhrvzEBx5cWVB1cMs9GarHkl0SzRROhKyPPmvzawwVVOFa9c2HImcDy2YWro7tLHeO4Ok0YgDefm8G0DHFU6uX5jNacp_MocHHyNTVvis/s1600/nirvana_photoshot_getty_1990_1383672381528.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6P54cP4K9QjN8Ac3SqL9oPc-Hhe7UNsHGhozhrvzEBx5cWVB1cMs9GarHkl0SzRROhKyPPmvzawwVVOFa9c2HImcDy2YWro7tLHeO4Ok0YgDefm8G0DHFU6uX5jNacp_MocHHyNTVvis/s320/nirvana_photoshot_getty_1990_1383672381528.jpg" width="320" /></a></div>
Os quatro shows dos duradouros Rolling Stones no Brasil – um no Rio, dois em São Paulo, um em Porto Alegre – ressuscitaram aquele cenário típico de filas madrugadoras e de fãs acampados à mercê dos temporais e do risco de inundações. Mas o desconforto está incluído no line up dos hits. Por que tanta gente está disposta ao sacrifício de encenar uma rebeldia que faz tempo virou business? “O rock morreu, mas a atitude está bem viva – e ainda informa outros tipos de música”, disse David Byrne à revista Rolling Stone em 2007). Atitude que Axl Rose exprimiu, bem rock’n’roll: “A vida é uma merda, mas de um jeito bonito”.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxdajQv2sP9mRPFxDgKAjDmk1tk_ndc78mGbNLi0TA6AgWfVhkb9lmuVIkX4C455t54v7-nEIQsaeMx1DyfDKm8OnxkY3_6C0WeTc2eZVQnS-HSV4zMnuv2ULK-vcQL4HhyjDDg-fZJLk/s1600/ramone_group1a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxdajQv2sP9mRPFxDgKAjDmk1tk_ndc78mGbNLi0TA6AgWfVhkb9lmuVIkX4C455t54v7-nEIQsaeMx1DyfDKm8OnxkY3_6C0WeTc2eZVQnS-HSV4zMnuv2ULK-vcQL4HhyjDDg-fZJLk/s320/ramone_group1a.jpg" width="320" /></a></div>
Turnês como este Olé Tour, dos Stones, em 13 escalas latino-americanas além de um show gratuito – e politicamente significativo – em Havana, com estádios cheios e multidões estoicas, exumam a nostalgia histórica dos pioneiros festivais dos anos 60, aqueles que tiraram o rock dos auditórios para expô-lo ao ar livre, levá-lo literalmente para a estrada. Os Stones, em temporada de hits clássicos, continuam extravasando no palco sua aeróbica vitalidade. O serelepe Mick Jagger tem 72 anos, Keith Richards, também, Ron Wood, 68, e Charlie Watts, que, aos 74, preside a bateria com a serenidade de um bonzo taoista.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUVZx5zH7i0XwHYpMIveO5Ao7U2RcPtomr5ANGI7nnyQbJrnFs282tXEWE4qmZkXo_WBIKko2GEbAdvCe9bIxipmQ34YDGJNm6HtIpTHGi0zrMLSYwEXS_4Azy8UlsUNsGEzvZMOkMlgw/s1600/TheBeatles.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUVZx5zH7i0XwHYpMIveO5Ao7U2RcPtomr5ANGI7nnyQbJrnFs282tXEWE4qmZkXo_WBIKko2GEbAdvCe9bIxipmQ34YDGJNm6HtIpTHGi0zrMLSYwEXS_4Azy8UlsUNsGEzvZMOkMlgw/s320/TheBeatles.jpg" width="320" /></a></div>
Elvis e sua geração já eram capazes de gerar frenesi nos salões, fossem recintos de high school, espaços tradicionais como o Madison Square Garden ou shows de tevê coast to coast, como o de Eddie Sullivan. Os Beatles formataram a histeria descabelada (embora o empresário Brian Epstein tenha pago carpideiras profissionais para a cena do aeroporto na “docuficção” A Hard Day’s Night). O rock ainda não havia extrapolado para os descampados da natureza, na simbiose promíscua de lama, sexo, bebida, marijuana, protesto, delírio, orgia, chuva e banheiro químico. Ali, nos festivais ao vivo, a geração dos anos 60 encontrou sua particular ideia de felicidade.<br />
<br />
Nas manifestações coletivas do que se passou a chamar paz e amor, uma contracultura florescente e psicodélica adotou o rock como sua língua franca. O poeta beat Gary Snyder flagrou o parto de “uma nova ética e novos estados mentais”. Ou como dizia Jerry Garcia, emblemático band leader do emblemático Greatful Dead, “somos os primitivos de uma cultura desconhecida”.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN4TNmhlOhYIWIFxwBCTqiWhlIx7wk9BRGq3subq2pMoBdfDW6qphocJ_EhJiGz6gIaj9uhRfXTkU2_uPfu4gUL75E5R80RpejiZmy8z3k7LB-1OTnrDwXFTDsTuCkbRUv_amMz7I_nSk/s1600/chuck+berry+fc6f994b79fc4e3483bf713a409b37db.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN4TNmhlOhYIWIFxwBCTqiWhlIx7wk9BRGq3subq2pMoBdfDW6qphocJ_EhJiGz6gIaj9uhRfXTkU2_uPfu4gUL75E5R80RpejiZmy8z3k7LB-1OTnrDwXFTDsTuCkbRUv_amMz7I_nSk/s320/chuck+berry+fc6f994b79fc4e3483bf713a409b37db.png" width="257" /></a></div>
Tão carismáticos se tornaram Jerry Garcia e o Greatful Dead, nativos daquele santuário hippie de Haight-Ashbury, em São Francisco, que, por onde quer que andassem, um rastro de zumbis chapados os seguia, os deadheads, ou, mais adequadamente, os deadies. Não há banda, metal, grunge, punk, o que for, que dispense seus groupies, seus roadies – companheiros de estrada. Mas, na história do rock, ninguém foi tão mortalmente fiel como os deadies, não tendo despertado nem mesmo depois que Jerry Garcia morreu.<br />
<br />
O festival de Monterey, em 1967, no litoral da Califórnia (“apareça com a roupa mais louca que tiver”, convidavam os outdoors), e a avalanche humana de Woodstock, no verão de 1969, onde Dionísio dançou com Malcolm X e Timothy Leary desencaretou Karl Marx, coreografaram uma faceta da revolução que já trepidava nas ruas das metrópoles, Paris, Berlim, Chicago, Rio, com a ferocidade legítima de quem buscava “a imaginação no poder”. Altamont, porém, no norte da Califórnia, ao fechar o ano de Woodstock, acionou o alarme para os passageiros da utopia, subitamente assombrados, em sua redoma de fantasia, pela eclosão de uma violência bem real e sem sentido. Enquanto os Stones tocavam, os Hell’s Angels se atracavam com um ou outro zureta da plateia. A morte de um espectador em Altamont foi como o derradeiro rito sacrificial numa religião de descrentes. Nessa virada para os 70, o rock estava se convertendo em indústria global multimilionária. Por ironia, o dinheiro é que lhe assegura o sonho de ser imortal. Como vem cantando Mick Jagger, é só rock’n’roll – mas a gente gosta.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipPe8nJVh2Yyu_fGpA8Dlq2NWet7ezkz-gs2W4c7KRV4geJbZgURIHobbtOTmzdHIXGo-_iaPs-2REcS76UpXnZ1Ue8l8tEV79Kpr7eKPx_LkRdruD9WESSysPm2zLTkkGm-3yivRAZNw/s1600/lemmybowie_014.nef.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipPe8nJVh2Yyu_fGpA8Dlq2NWet7ezkz-gs2W4c7KRV4geJbZgURIHobbtOTmzdHIXGo-_iaPs-2REcS76UpXnZ1Ue8l8tEV79Kpr7eKPx_LkRdruD9WESSysPm2zLTkkGm-3yivRAZNw/s640/lemmybowie_014.nef.jpg" width="346" /></a></div>
por Nirlando Beirão<br />
<br />
<a href="http://www.cartacapital.com.br/revista/891/a-tribo-do-rock?utm_content=buffer1087c&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer" target="_blank">Carta Capital</a><br />
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<br />programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-55657015228986990232016-01-11T15:24:00.002-08:002016-01-12T09:29:43.652-08:00BOWIE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA1PUpA3StCWMChzhWStxUe_BdnEYUAZCGFA_1xr31fEOCOmjpX2jMLsGn-j7lC9v-bAu1SIihZ1DN9aKmjEuKOOZTXDzWyTHtZnDxx2uzf8oDXMiXqSN5bvZ8uHgoz8-_yvL4nMxVpkI/s1600/Bowie+tumblr_nhuxa68O5x1qaetdco1_500.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA1PUpA3StCWMChzhWStxUe_BdnEYUAZCGFA_1xr31fEOCOmjpX2jMLsGn-j7lC9v-bAu1SIihZ1DN9aKmjEuKOOZTXDzWyTHtZnDxx2uzf8oDXMiXqSN5bvZ8uHgoz8-_yvL4nMxVpkI/s320/Bowie+tumblr_nhuxa68O5x1qaetdco1_500.gif" width="320" /></a></div>
É difícil imaginar um mundo sem David Bowie – ainda mais agora, <a href="http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2016/01/11/morre-aos-69-anos-o-cantor-david-bowie.htm" target="_blank">à luz da notícia de sua morte</a>. Mas o fato é que o mundo seria um lugar bem pior se David Bowie não tivesse existido.<br />
<br />
Bowie
transformou a sensação de estranhamento que todos nós sentimos – em
maior ou menos escala – em grande arte. Estranhamento em relação ao
mundo, à sociedade, à vida, a si mesmo. Contemporâneo da geração de ouro
da história do rock (era cinco anos mais novo que Paul McCartney, dois
anos mais novo que Pete Townshend e Eric Clapton), ele chegou tarde nos
anos 60 para garantir presença no panteão que mudou a história da
cultura ocidental. Mas não sem motivo. Ao lançar a própria carreira no
final da década do rock clássico, ele a sincronizou com um momento único
na história da humanidade e fez-se notar pela primeira vez lançando uma
música sobre a solidão no espaço sideral e o olhar frio e distante
sobre o planeta, a Terra, o mundo, nós mesmos.<br />
<br />
“Space Oddity''
não era apenas o hit que a BBC escolheu como trilha sonora para a
chegada do homem à Lua em 1969. Ela lançava questionamentos num tom
solene para uma geração que ainda iria acordar do sonho hippie. O
festival de Woodstock aconteceria um mês após aquele momento e em menos
de seis meses os Rolling Stones trariam – no fatídico festival de
Altamont – para a realidade o temor pressentido por Dennis Hopper em seu
filme Easy Rider – Sem Destino. A era da paz e do amor terminaria com
nervos à flor da pele e ao lançar sua carreira naquele exato momento
Bowie se desprendia da geração que achava que deveria pertencer – a dos
Beatles e dos Rolling Stones – para criar a sua própria era.<br />
<br />
E
sempre à sombra do estranhamento. Usar o espaço sideral como trampolim
para sua carreira foi providencial para seu segundo ato, quando criou o
alienígena Ziggy Stardust, no início dos anos 70. Aquele personagem era
tudo que a década de 70 precisava antes de virar uma enorme caricatura
de si mesma: andrógino, de cabelos vermelhos, tapa-olho e guitarra em
punho, o conto de fadas glam rock contado em um de suas obras-primas (o
mítico The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, de
1972) era uma celebração e uma crítica ao status atingido pelo rock, em
que Bowie se vendia como um híbrido de deus inatingível e item de
consumo, na melhor definição do que é um popstar.<br />
<br />
Ziggy também
foi uma fórmula para as diferentes personas que Bowie assumiu desde
então – o exilado em Berlim, o outsider, o líder do Tin Machine, o
pierrô new romantic, o Thin White Duke -, bem como para outros
personagens que viveu graças à moda, ao comportamento e ao cinema (como o
senhor cool, o Rei Goblin, o marido da supermodelo, Nikolai Tesla, o
gay chique, o pacificador em Zoolander). Gravou com John Lennon e Mick
Jagger, apresentou ao mundo Lou Reed (e, de brinde, o Velvet
Underground), Iggy Pop (e, de brinde, os Stooges), o Kraftwerk (e, de
brinde, a música eletrônica) e chancelou Brian Eno como produtor.
Culpe-o também pela popularização do saxofone, instrumento que tocava – e
o que pode ser mais cool do que David Bowie tocando sax?<br />
<br />
Apesar
de ícone do rock e autor de riffs e refrões memoráveis, ele era um
artista clássico e classudo que usou o rock como veículo para voos mais
audazes e foi um dos popstars que melhor souberam lidar com o jetset,
sempre em voga. Transitou entre a ficção científica e a música
eletrônica, entre a atuação e a moda, entre discussões sobre sexualidade
e drogas. E que compositor – suas maiores canções são baladas tristes e
contemplativas que o alinham a compositores como Cole Porter, Noël
Coward, Scott Walker, Leonard Cohen.<br />
<br />
Nestas canções sempre cantou
sobre as transformações que viveu e quase sempre contemplava a morte –
até em seu último disco, Blackstar, repleto de referências ao seu
capítulo final. Ela não parecia tão próxima porque já pareceu estar mais
próxima – na virada da década passada, auge do período de reclusão do
artista, os boatos sobre sua morte vinham e voltavam com frequência (a
ponto até dos Flaming Lips terem composto uma canção que perguntava <a href="https://www.youtube.com/watch?v=rdZSVkT8YRY" target="_blank">se ele estava morrendo</a>). Por isso sua persona mais recente (começada com o disco The Next Day, no início de 2013) parecia anunciar uma nova vida – e <a href="http://matias.blogosfera.uol.com.br/2016/01/08/david-bowie-69-anos-esta-reinventando-a-forma-como-um-artista-envelhece/" target="_blank">confesso que escrevi sobre a reinvenção de seu envelhecimento à luz de seu novo disco com uma ponta de felicidade</a>, ao perceber, como todos nós, que ele ainda tinha muito o que dar.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Hoje, como todos, engulo em seco ao lembrar que uma <a href="http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,david-bowie-esta-bem-o-dia-em-que-a-terra-vai-parar-imp-,632333" target="_blank">possibilidade que temia há cinco anos</a>,
finalmente se materializou. Vivemos agora em um mundo sem David Bowie –
mais careta, menos cool, menos sexy, mais chato. As imagens e sons
voltam pela memória (e a minha melhor lembrança é tê-lo visto de
pertinho no show que ele fez em São Paulo em 1997 – assisti ao show
inteiro do fosso dos fotógrafos), mas fica o legado de uma carreira em
constante movimento, uma prova de que é possível envelhecer sem se
conformar e uma lição contida no refrão de uma das minhas canções
favoritas, “Changes'': “Vire-se e encare o estranho''.<br />
<br />
Hora de encarar um mundo sem David Bowie. Boa sorte para nós.<br />
<br />
por Alexandre Matias<br />
<br />
<a href="http://matias.blogosfera.uol.com.br/2016/01/11/nao-da-para-imaginar-um-mundo-sem-david-bowie/" target="_blank">AQUI</a><br />
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#programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-91736510970430977992016-01-11T15:21:00.001-08:002016-01-11T15:21:22.855-08:0070 Anos de Syd Barret<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE8yzu9_u1hfNVeaB3SU6nToIPzS3oaTtMD8r9GTuBVhkzVo7REbWl1ZAryUHR9rtywRBTsVAyslCK9EuQcBT880egsa8V6DmtGoSepd3TKGxazUz6vonrCZg_B9ME2_xMr0EnQZS2av0/s1600/pinkfloyd.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE8yzu9_u1hfNVeaB3SU6nToIPzS3oaTtMD8r9GTuBVhkzVo7REbWl1ZAryUHR9rtywRBTsVAyslCK9EuQcBT880egsa8V6DmtGoSepd3TKGxazUz6vonrCZg_B9ME2_xMr0EnQZS2av0/s320/pinkfloyd.jpg" width="299" /></a></div>
Poucas pessoas mudaram sozinhas o curso de uma época a partir de suas
ideias e conceitos – e a maioria destes revolucionários solitários são
artistas. São raros músicos, artistas plásticos, cineastas e escritores
que com uma forma de tocar um instrumento, um tipo de narrativa
contagiante ou trazendo visões pessoais cativam toda sua
contemporaneidade. Nomes como Stanley Kubrick, Miles Davis, Picasso e
João Gilberto trouxeram versões personalíssimas de mundo que se
espalharam para toda sua época e transformaram a cultura de seu tempo
sem participar de um movimento artístico, correntes ideológica, política
ou estética, quase sempre inaugurando novas linguagens. E um destes
nomes completou 70 anos no último dia 06 – ou melhor, teria completado, caso não tivesse
sucumbido às mesmas drogas que o transformaram em um ícone dos anos 60.
Há sete décadas nascia na Inglaterra o menino Roger Keith Barrett, que
ficou mais conhecido por seu apelido Syd e por ser o progenitor daquilo
que nos referimos como música psicodélica.<br />
<br />
Syd Barrett já teria
seu lugar na história do século passado apenas pelo fato de ser o
fundador do Pink Floyd. Mesmo não tendo participado dos discos mais
populares do grupo inglês, sua influência é sentida em toda a carreira
da banda e dois de seus principais discos – Dark Side of the Moon e Wish
You Were Here – são homenagens ao legado do músico ao grupo e à amizade
que fez o Pink Floyd existir.<br />
<br />
Mas a força torta que fez o Pink
Floyd extrapolar o padrão das bandas de rock inglês da época – tirando-o
do meio das dezenas de bandas de blues ou rhythm'n'blues que tentavam
transformar Londres em uma Chicago branca – foi a mesma que começou a
retomar a autoestima da cultura inglesa num mundo em que esta havia sido
ultrapassada pela norte-americana. O contato de Syd Barrett com as
drogas lisérgicas – especificamente com o LSD, ainda permitido à época –
fez com que ele vislumbrasse um futuro bem diferente para seu grupo,
que à medida em que se distanciava da cultura hooligan chique dos mods e
dos milhares de filhotes dos Rolling Stones começava a tornar a
paisagem inglesa mais colorida e menos cafona. O país já tinha saído dos
dias pesados depois da Segunda Guerra Mundial mas ainda pintava-se com
os tons cinzentos de uma austeridade que não tinha mais eco frente à
máquina de marketing que era a cultura dos Estados Unidos.<br />
<br />
Syd
começou a apontar outra direção. Pegou a Inglaterra pela mão e a levou
para o final do século 19, quando contos de fada e um início de
surrealismo coloriam o antigo império em que o sol nunca se punha com
uma audácia e ousadia que pareciam nunca terem existido no século 20.
Buscou o surrealismo inglês, o humor absurdo de escritores, pintores e
dramaturgos esquecidos após duas guerras mundiais para começar a colorir
a Londres dos anos 60. E aquele colorido começou a se espalhar pelo
resto do planeta.<br />
<br />
A Swinging London já estava acontecendo quando a
banda de Syd Barrett apareceu. Era uma manifestação cultural que
modernizava a velha capital europeia, trazendo-a para os dias de consumo
frívolo e transgressões sociais da nova década. Uma série de
transformações que misturava artes plásticas, rock'n'roll, drogas, a
cultura mod, programas de rádio e de TV, moda e cinema e tornava a
capital inglesa um ponto focal para o resto do mundo, farol de
tendências e referência mundial de comportamento. Mas quando Syd Barrett
e seu Pink Floyd sintonizaram-se àquelas transformações, as coisas
começaram a mudar drasticamente.<br />
<br />
Barrett apresentou a psicodelia para as massas, liderando uma banda
que fugia de estereótipos rock'n'roll e experimentava jam sessions
intermináveis alternando-as com canções dóceis e épicos audazes que
descreviam cenas especiais, viagens no tempo, gnomos e viagens de ácido.
Projetados sobre a banda, jogos de luzes gelatinosos criavam cenas
multicoloridas que aumentavam ainda mais o grau das viagens sonoras do
grupo. Os shows aconteciam em festivais que duravam a noite toda,
precursores das futuras raves, e a banda vestia-se com roupas coloridas,
cheias de franjas e babados, enquanto Syd dominava o público com sua
presença magnética.<br />
<br />
O carisma de Syd Barrett pode ser percebido
nos poucos registros em vídeo que sobreviveram à sua fase na banda,
quando começou a espalhar ondas tecnicolor que foram se espalhando pelo
mundo, criando cenas psicodélicas em cidades como São Francisco, Los
Angeles, Berlim, Paris e Nova York, além de dar origens a novos grupos e
artistas no mundo todo. Essa distorção colorida da realidade
influenciou até mesmo os Beatles e até hoje discute-se quem influenciou
quem quando o Pink Floyd gravou seu primeiro disco no estúdio ao lado
que os Beatles gravaram seu clássico Sgt. Pepper's. Graças à psicodelia
difundida por Syd Barrett a música pop começou a buscar outros rumos e
criar novos gêneros musicais, como o próprio heavy metal e o rock
progressivo.<br />
<br />
Mas o impacto foi muito maior que musical: a
psicodelia tornou possível as transformações culturais propostas por
David Bowie e Marc Bolan, programas de TV que hoje são ícones ingleses
como a série O Prisioneiro e o Flying Circus do grupo Monty Python. Os
quadrinhos ingleses foram influenciados diretamente por ela (e, assim,
nomes como Alan Moore, Neil Gaiman e Grant Morrison puderam reinventar
os super-heróis nos anos 80), o culto ao Senhor dos Anéis de J.R.R.
Tolkien ganhou mais força, como a influência da obra de Lewis Carroll no
imaginário inglês. Até subprodutos distantes como a acid house, a cena
de Manchester dos Stone Roses e Happy Mondays, a obra do cineasta Danny
Boyle, a cultura clubber e a moda inglesa foram são marcas fortes da
influência de Syd Barrett na cultura inglesa e mundial. Isso sem contar a
própria carreira do Pink Floyd.<br />
<br />
Mas as mesmas drogas que abriram a
cabeça de Barrett a fundiram de vez. Logo após o lançamento do primeiro
disco da banda – o clássico The Piper at the Gates of Dawn, de 1967 –
Barrett começou a criar problemas no palco, às vezes tocando um único
acorde, às vezes sem se mexer ou não responder aos entrevistadores em
programas de TV. Sua socialização foi se tornando cada vez mais
comprometida e logo ele não poderia continuar na banda, sendo
substituído pelo velho amigo guitarrista David Gilmour. A saída de
Barrett não encerrou a relação da banda com o amigo, que continuou
lançando discos (dois discos solo) com a ajuda dos integrantes do Pink
Floyd mas, pouco a pouco, foi se fechando em casa e se tornando
incomunicável. Largou a vida pública ainda nos anos 70, quando cortou o
cabelo e começou a pintar. Morreu na Cambridge que o viu nascer, há dez
anos, no dia 7 de julho de 2006. De lá para cá a família vem organizando
o material do ícone psicodélico e, no aniversário deste ano, <a href="http://sydbarrett.com/" target="_blank">apresentou um novo site</a>, repleto de informações inéditas (e muitas, muitas fotos, <a href="http://sydbarrett.com/art/later-art/" target="_blank">inclusive de suas telas</a> e dos <a href="http://sydbarrett.com/art/furniture#%21">móveis que construía</a>),
que foi tão visitado em sua estreia que ficou fora do ar. É um bom fio
da meada para quem não conhece o trabalho e a vida deste pioneiro
psicodélico, um Ícaro moderno que queimou suas asas ao voar perto demais
do Sol.<br />
<br />
por Alexandre Matias<br />
<br />
<a href="http://matias.blogosfera.uol.com.br/2016/01/06/a-sombra-da-influencia-de-syd-barrett-que-completaria-70-anos-hoje/" target="_blank">AQUI</a><br />
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#<br />
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<br />programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-86680438857624042642015-12-29T08:43:00.001-08:002015-12-29T08:43:35.626-08:00Enfim, aconteceu. Lemmy se foi.Relatos de amigos muito próximos dizem que
um dia depois do Natal ele recebeu a notícia de que tinha um câncer muito
agressivo. Tenho certeza absoluta que ele disse a si mesmo: “ah, foda-se! Agora
chega! Não vou aguentar mais esta merda. Para mim, deu…” e, durante três dias,
ele deu a ordem ao seu corpo: pare de funcionar! E Lemmy era tão poderoso que
seu próprio corpo não teve coragem de contrariá-lo.
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="3oh-">Lemmy se foi e ficamos privados de ouvir
novamente a voz de Deus caso Ele fosse chegado em um litro de uísque e dois
maços de cigarro todo santo dia. Quero acreditar que ele agora está aqui ao meu
lado, com um copo de Jack Daniels e Coca-Cola em uma mão, um cigarro na outra,
com as indefectíveis botas brancas e jaqueta de couro surrada, dizendo em meu
ouvido “Viu como vale a pena ser genuíno, cagar e andar para o que as pessoas
pensam ou esperam de você e viver do jeito que se deve?”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sempre foi divertido pensar que Lemmy, Keith Richards, Ozzy
Osbourne e Iggy Pop seriam os únicos a pisar nas baratas sobreviventes a uma
hecatombe nuclear que mataria a todos nós, menos a eles. Hoje isto não é mais
engraçado. Nenhum deles é imortal. Um dia, estaremos aqui lamentando a partida
de cada um. Que pena…</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="3oh-">Um dos últimos baluartes da trindade de
artistas que pareciam indestrutíveis mesmo depois de décadas e décadas de todos
os excessos que você possa imaginar em termos de drogas e bebidas, ao lado de
Keith Richards e Iggy Pop, Lemmy vinha mostrando acelerado estado de
deterioração física nos últimos meses mesmo para um cara de 70 anos de idade. O
que começou com o surgimento de uma alergia a uma determinada fruta semelhante
à framboesa – sim, é isto mesmo o que você acabou de ler! – se transformou em
reações alérgicas cada vez mais graves e que acabaram afetando seu coração.
Depois de uma cirurgia cardíaca e da imposição de uma mudança total no seu
hábito etílico – ele tinha que parar de beber, cheirar e fumar de maneira
radical e rápida -, Lemmy ameaçou deixar seus vícios de lado, mas não resistiu.
Relatos dão conta que ele substituiu as doses cavalares de Jack Daniels com
Coca-Cola que tomava diariamente por vodka com suco de laranja e que, digamos
assim, ele não parou totalmente com tudo o que devia. Foi por isto que ele
acabou desidratado e com distúrbios gástricos sérios no dia da apresentação do
Motorhead na última edição do Festival Monsters of rock brasileiro, o que o levou
a uma internação em um hospital de São Paulo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É inexplicável. Bem, pensando com um pouco mais de
racionalidade, talvez não seja tão inexplicável assim o verdadeiro fascínio que
a figura de Ian “Lemmy” Kilmister exerce em qualquer pessoa que ame o rock and
roll. E quando escrevo “qualquer pessoa”, não estou sendo bondosamente
genérico, mas afirmando categoricamente que não há um ser humano roqueiro
sequer que: a) não tenha o devido respeito e paixão pelo Motörhead; b) que não
considere “Lemmy” como uma espécie de divindade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No fundo, é fácil e difícil – e desconcertante – ao mesmo
tempo entender porque a figura de Lemmy suscita reverência. Para isto, é
preciso deixar de lado os pudores politicamente corretos e encarar a verdade:
no fundo, bem lá no fundo, todos nós queremos ser como Lemmy.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Buscamos obter o mesmo grau de respeito que a sua figura e
suas palavras causam nas pessoas. Buscamos causar a mesma sensação que Lemmy
propicia quando entrava em qualquer ambiente: um silêncio que chegava a ser
ensurdecedor. Buscamos envelhecer como Lemmy, dono de seu próprio nariz e sem a
menor intenção de agradar a quem quer que seja.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com seu inseparável chapéu preto, roupas de coloração idem e
as inacreditáveis botas brancas, Lemmy era uma versão roqueira e real do cowboy
sem nome eternizado por Clint Eastwood no cinema. Para os adolescentes, ele é
um personagem de histórias em quadrinhos – ou videogame, se preferir – que
ganhou vida. E se o Motörhead existiu até hoje é porque Lemmy comandou as
coisas da maneira que levava a sua vida: integridade em relação a tudo aquilo
em que acredita. Quer uma prova disto? Assista ao espetacular documentário “Lemmy
(49% Motherfucker, 51% Son of a Bitch)”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nos shows, noventa minutos transcorriam com uma rapidez
supersônica. A famosa saudação de abertura de cada uma das apresentações que a
banda fazia – “Nós somos o Motörhead e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tocamos rock ‘n’ roll” – já faz parte do panteão
das grandes frases da história da música, recebida com o mesmo entusiasmo
dedicado a qualquer um dos 438 clássicos do repertório do trio. E quando você é
testemunha de uma apresentação que começa com uma dobradinha do naipe de “Iron
Fist” e “Stay Clean”, é inevitável sentir certa vergonha ao ver a palavra
“rock” associada a grupelhos formados por gente sem talento e sem um pingo de
carisma.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ao lado de Lemmy estavam, nos últimos anos, o comedimento e
exuberância sônica do guitarrista Phil Campbell – nos shows, havia um “momento
solo” em que ele desfilava uma sucessão de notas surpreendentemente sublimes
para o conceito ensurdecedor do trio. E atrás de ambos havia a energia
aparentemente inesgotável do baterista Mikkey Dee, cuja fúria ao tocar seu
instrumento fazia uma locomotiva desgovernada parecer um carrinho de
supermercado com as rodinhas enferrujadas. Os dois formavam os adereços
perfeitos para a mitológica presença de palco de Lemmy, tocando seu baixo como
se fosse um violão de acampamento e extraindo timbres que qualquer baixista daria
o braço esquerdo para conseguir. É impossível ouvir canções como “Going to
Brazil”, “Ace of Spades” e “Overkill” e não chacoalhar o esqueleto como se
estivéssemos tomando um banho gelado sentado em uma cadeira elétrica.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Certa vez, quando era editor das revistas Cover Guitarra e
Cover Baixo, fiz minha única entrevista com Lemmy, uma das melhores em toda a
minha carreira como profissional da música. Quando terminamos as questões a
respeito de equipamentos e de todos os assuntos a respeito do Motörhead,
ficamos ainda um bom tempo conversando sobre outros assuntos, incluindo os
motivos que nos levaram a gostar de Beatles, psicodelia dos anos 60 e 70,
livros e… ABBA! Foi inacreditável: passamos uns bons minutos discutindo a
respeito de qual foi o melhor disco do quarteto sueco. Suas observações eram
tão impagáveis quanto difíceis de entender – Lemmy tem um dos sotaques mais
indecifráveis do planeta.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpPUavlZJE2bbrrBkw0HbqAnijqi4iyr1sqUx1yjWifOzjMZN6VipdNXkuk8idS_EqrKxlOKAXjNb1NtgkYHx37lK8fVDt_j__kQg3mvJPpE1Nya_AJwZikq7dVpx909Ek8szSPRzJIhQ/s1600/Lemmy+Kilmister+R.I.P.+2015.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpPUavlZJE2bbrrBkw0HbqAnijqi4iyr1sqUx1yjWifOzjMZN6VipdNXkuk8idS_EqrKxlOKAXjNb1NtgkYHx37lK8fVDt_j__kQg3mvJPpE1Nya_AJwZikq7dVpx909Ek8szSPRzJIhQ/s400/Lemmy+Kilmister+R.I.P.+2015.jpg" width="300" /></a></div>
Em outra ocasião, ao entrevistar Dave Grohl na época em que
estava lançando o disco de seu projeto Probot, ouvi a frase que resume
perfeitamente o que Lemmy realmente representa no imaginário de cada um de nós.
Quando perguntei a ele sobre a participação do baixista no projeto, Grohl
explicou como aquilo havia acontecido e encerrou com a seguinte exclamação:
“Pau no c… do Elvis Presley! O rei do rock é o Lemmy!!!”<br />
<br />
por Regis Tadeu<br />
<br />
# </div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-54772710297821373192015-12-26T05:28:00.002-08:002016-06-28T15:45:55.013-07:00Júpiter Maçã<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8lWeHjJO9fd9PfpnxCa23mWVZHAqT_nFiTM5nq7TOEglC9CZkNMiyOOHzWzyhHP4yBpFK_F9iM7gEypR-pSi394Dnv6F5GV1l9f_ZCm137TH7N4H1YJW4P6v-qUJvmQwgiJLvIq72oM8/s1600/Jupiter+img_0386.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8lWeHjJO9fd9PfpnxCa23mWVZHAqT_nFiTM5nq7TOEglC9CZkNMiyOOHzWzyhHP4yBpFK_F9iM7gEypR-pSi394Dnv6F5GV1l9f_ZCm137TH7N4H1YJW4P6v-qUJvmQwgiJLvIq72oM8/s320/Jupiter+img_0386.jpg" width="320" /></a></div>
O rock não é feito somente de ídolos, de grandes músicas e
de discos maravilhosos. O rock é feito de heróis, de exageros, de falta de
limites. É feito de alma, subconsciente, vísceras, transcendência. O rock é o
virtuosismo da própria atitude, é sobre ultrapassar as convenções e demarcar
sua trajetória atravessando o que se determina como regra. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Flávio Basso se chamava assim quando introduziu cabeça,
corpo, alma e sacanagem dos Cascavelletes no cenário musical brasileiro na
segunda metade dos anos 1980. Entre Jéssicas Roses, menstruadas, mortes por
tesão e punhetinhas de verão, o escracho, o politicamente incorreto - duvido
que a banda faria sucesso no mundo de vigilantes do comportamento alheio de
hoje em dia -, um misto entre pornochanchada da Boca do Lixo, cachaça no Bar
João, cara de pau e atitude punk tomou conta das rádios mais antenadas,
chegando à trilha de novela da Globo e a programa infantil da Angélica. Sem
pudores, Flávio tinha a mais pretensiosa banda sem pretensão do Brasil, que
falava sobre o que realmente importava para seu público: sacanagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggkzHJ0bAEor5wD_wxOZ4Mj7LXaXiDQc8Zt8mtg3nShS14bqyRUn5TlL55RTDmVPkVwp5FiZor4FeXwJmY05WzsXp4BPqcXA6d7-VuL_XDrXAJTT1OjxHRQQhYEDEmCCM4KzZHHScoqGY/s1600/J%25C3%25BApitar+1933893_1224794594204354_353849627819358893_n.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggkzHJ0bAEor5wD_wxOZ4Mj7LXaXiDQc8Zt8mtg3nShS14bqyRUn5TlL55RTDmVPkVwp5FiZor4FeXwJmY05WzsXp4BPqcXA6d7-VuL_XDrXAJTT1OjxHRQQhYEDEmCCM4KzZHHScoqGY/s400/J%25C3%25BApitar+1933893_1224794594204354_353849627819358893_n.jpg" width="266" /></a>Fã de Syd Barrett, dos Beatles, do rock inglês e do rock
psicodélico, o homem Flávio virou o mito Júpiter. Em 1996, lançou o maior álbum
do rock gaúcho moderno. Sintonizado com Londres, letras absolutamente incríveis
e uma inspiração única fizeram de "A Sétima Efervescência" um marco
de inspiração na indústria do rock dos anos 1990. Diferente de tudo, lisérgico,
arrebatador, o disco fez de Júpiter aquilo que Flávio sempre quis ser. A partir
dali, o garoto adolescente que cantava sob um céu de blues passou a cantar na
7ª Efervescência Intergalática. O céu não era o limite, não havia mais limites
criativos para o talento de Júpiter, que depois virou Apple, voltou a ser Maçã,
cantou em inglês, português, chegou a ser Flávio por um dia, Júpiter para
sempre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O homem Flávio não suportou os excessos do mito Júpiter. Não
suportou os excessos do rock, a angústia de querer viver rompendo a zona de
conforto da caretice, vivendo como um incompreendido, um outsider, fora de seu
tempo, dentro de seu mundo. Júpiter já era refém dos próprios excessos.
Cambaleante, corpo frágil, visivelmente alterado em suas aparições públicas, o
corpo por trás da alma nos deixou. Não é fácil viver nesse mundo chato. Mitos
têm seu próprio mundo. O de Júpiter começava quando batia a sétima
efervescência, num barato permanente que só parou quando Flávio caiu.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
A alma Júpiter deve estar por aí, com gente legal, que curta
Syd Barrett e os Beatles, onde as pessoas sejam mesmo afudê. Um lugar onde as
pessoas sejam loucas e super chapadas, como ele, Júpiter. Que ele esteja num
lugar do caralho! - por <a href="http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/Variedades/2015/12/575211/Quando-o-homem-Flavio-nao-suportou-o-mito" target="_blank">Carlos Guimarães_</a><br />
<br />
<span style="color: red;"><span style="font-size: large;"><b>Minha timeline no facebook se enche de posts de pesar sobre a morte
de Júpiter Maçã, do quão genial ele era etc. Sem entrar na discussão do
abuso do termo “gênio”, digamos que o gaúcho Flavio Basso, o Júpiter
Maçã era um músico muito talentoso e inspirado sim.</b></span></span> - por Alex Antunes<br />
<br />
De minha parte, sou
fã do álbum <i><a href="http://t.umblr.com/redirect?z=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D4YB02E9JCXg&t=M2EyOTJiY2U1OGVmNGE4NzcxNGUyYjA0ZTAxMTNiZGJhOTBlZjU2MixpNjY1aUxmSQ%3D%3D">Hisscivilization</a></i>,
de 2002, que tem uns achados neopsicodélicos, como a longa e belíssima
faixa eletrônica de abertura, “The Homeless and the Jet Boots Boy”. Também gosto de <i>Uma Tarde na Fruteira</i> (2007), este cantado em português, e que traz a canção definitiva da pós-tropicália, <a href="http://t.umblr.com/redirect?z=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DTz5ZRPd2dX8&t=ZWVlMzAxZThiY2I4Y2MxMDAxMDViNmYxM2Q4ODQ2YmI2ZGU0MzFjOSxpNjY1aUxmSQ%3D%3D">“A Marchinha Psicótica De Dr. Soup”</a>, além de outra de suas melhores músicas, a delicada “Mademoiselle Marchand”, <a href="http://t.umblr.com/redirect?z=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DMklJA_gKaF4&t=ZTRlYzU3YTU1YzgzNGRlYmFhZDFlMjNmZjA5MzAxZmFjNjU3ZTMwNixpNjY1aUxmSQ%3D%3D">cujo clipe </a>foi dirigido por meu amigo Cisco Vasques. (Na foto, Júpiter e Sonia Braga em outro filme de Cisco e Beto Brant, <i>Kreuko – Mundo Invisível)</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Posto isso, estranhei o <i>flood</i>
jupiteriano nas redes por algumas razões. Primeiro, porque uma boa
parte do tempo ele era uma figura mais chapada e folclórica do que
propriamente <i>genial</i>. Essa <a href="http://t.umblr.com/redirect?z=http%3A%2F%2Fcanalbrasil.globo.com%2Fprogramas%2Fmatador-de-passarinho%2Fvideos%2F3794378.html&t=NTg2ODFjNTFhZWU2ODJjZmVhNDVkZWFmYWU5Njk3YTk0ZDM1ZGU2MixpNjY1aUxmSQ%3D%3D">entrevista no programa de Rogério Skylab</a>
é um exemplo do quão sexualmente bobo e constrangedor ele podia ser
(evidentemente Skylab, que é um falso maluco com uma perfeita noção de
timing desconfortável e nonsense, faz a coisa funcionar – e chega a
fazer uma pergunta jornalística, se uma queda de Júpiter do segundo
andar de um prédio em 2012 foi acidente ou tentativa de suicídio.
Júpiter finge que está dormindo).</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Segundo, porque não se sabe bem
onde estavam esses fãs exaltados todos antes dele morrer. Tudo bem, há
um elemento que é o “fator gainsbourg”, ou “fator bukowski”: há artistas
com quem fica bem mais fácil de se lidar depois de mortos. Vivos, não
se sabe como usarão seus trunfos (provavelmente sendo inconvenientes ao
extremo). Nos círculos feministas, e não só, a personalidade abusiva de
Júpiter foi posta em questão. Recentemente ele teve que ser retirado de
uma ocupação artística em São Paulo, a Ouvidor 63, para não conviver com
mulheres com quem tinha um histórico de agressão. Essa discussão foi
feita abertamente no coletivo. Mas não quero me focar no aspecto
feminista (ou seja, criminalmente imputável) da questão, mas no
“comportamento abusivo do gênio incompreendido” como um todo.<br />
<br />
Creio
que essa fantasia brianjonesiana/ sydbarretiana, que Júpiter abraçou, e
que conduzia forçosamente à incapacitação e à morte precoce, tem uma
conivência perversa dos fãs. Por um lado, ele foi realmente importante
para uma geração que descobriu a psicodelia com seu primeiro disco solo,
<a href="http://t.umblr.com/redirect?z=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DTgOsQYoyEgc&t=OWFlNmNkYmFhNTY5ZjNmYTU1NDZjMDgzNGJmOGQ3YWE4ZjgzMDI1OSxpNjY1aUxmSQ%3D%3D"><i>A Sétima Efervescência</i> </a>(1997).
Acho o frisson em torno desse disco meio exagerado, mas certamente é um
salto considerável em relação às bobagens repulsivas da sua banda
anterior, os Cascavelettes.<br />
<br />
A importância dessa transição para o
público de Porto Alegre, no entanto, demonstra apenas como o Rio Grande
do Sul é apegado aos mitos datadões do rock. Eu acho que fazia todo o
sentido, <i>na época</i>, a vida no fio da navalha de Brian Jones, Jimi
Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, ou de Brian Wilson (que não morreu,
só lesou – assim como nosso representante nacional, Arnaldo Baptista).
Porque eles estavam realmente captando uma enorme energia social de
transformação, no momento em que ia colapsar. Eles simplesmente
colapsaram junto.<br />
<br />
Também fazia sentido a descoberta pela indústria
fonográfica de como “empacotar” e vender melhor a rebeldia, na época em
que o Led Zeppelin, por assim dizer, era pago para quebrar quartos de
hotel. Mas esse embate não faz sentido hoje – a não ser como reprodução
romântica (ou mesmo trágica) de clichês. Júpiter Maçã não estava se
embatendo com nada real. Poderia estar juntando e trocando seus trunfos
na produção independente em novos discos e shows como fazem, digamos,
bandas tão inquietantes quanto o Cidadão Instigado. Eu não disse que é
fácil – mas que essa é a real aventura, não o recurso mais óbvio ao
autocolapso, à autocondescendência. Claro, ele pode ser considerado
vítima de uma doença, a da adicção a substâncias.<br />
<br />
Mas a celebração
um pouco descabida da sua “genialidade” me leva a crer que um contrato
mórbido com seu público foi cumprido. Se a escolha desse destino de
“bode sacrificial” já era meio besta para Kurt Cobain (que ao mesmo
tempo repudiava e acreditava em seu estrelato), o que dizer dessa mesma
encenação em escala ínfima e tropical? Reproduzo um relato de um amigo
meu, então distribuidor de discos, que me parece colocar a questão na
perspectiva correta, com todas as tags no lugar (automitificação,
relação ambivalente com mulher, mico no gerenciamento de carreira).<br />
<br />
Aí
vai: “Eu o conheci uma única vez… e posso dizer que foi a reunião mais
constrangedora que ja fiz. Ele estava muito doido e acompanhado de sua
mulher na época tentando me ‘vender’ seu novo álbum. Os dois ficaram a
reunião inteira discutindo na minha frente, e o Júpiter quase foi as
vias de fato no momento em que a sua mulher discordou de uma de suas
afirmações (a de que ele era melhor que o Caetano Veloso)… Ele ficou
muito nervoso com ela, levantou da mesa agressivo e foi em sua direção…
eu tive que intervir… Depois de meia hora de desculpas e já sem a mulher
(que foi embora) continuamos… Gostava muito de sua música, mas confesso
que não tinha muito saco para esse tipo de personalidade. RIP.”<br />
<br />
Ao contrário dos nossos hábitos santificadores cristãos, não vejo grandes problemas nas críticas pós-morte. Se esses são
momentos de balanço, não
vejo porque não meter alguns elementos mais sórdidos/ realistas – não
para cotejar moralisticamente a obra com a vida, mas para entender como
uma alimenta a outra, no que é o processo criativo. Idealizar alguém é
mais desleal do que lembrar os erros, que são a única fonte real de
aprendizado na vida.<br />
<br />
Expandindo o que disse o meu amigo
distribuidor, eu não só não tenho muito saco para esse tipo de
personalidade, como acho que esse grau de autocondescendência “maldita”
deixou de fazer qualquer sentido neste século. Simplesmente não
interessa o quanto a figura em questão seja talentosa – ela tem mais é
que segurar a barra, porque não existe mais um mainstream cultural
sufocante, apenas o caos (que deveria ser seu elemento). E ninguém tem
direito a designar a si mesmo como lixeira vibracional da sociedade.<br />
<br />
Quem
surfa nessa vaibe é porque está pendurado nos mitos culturais do século
passado – ou na sua reprodução (cada vez mais) patética. Abaixo o
salvo-conduto para o abuso dos “gênios” supostos e incompreendidos. É <a href="http://alexantunes.tumblr.com/" target="_blank">o crepúsculo do Zé Louquinho</a>.<br />
<br />
#</div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-58399598684805775972015-12-14T23:32:00.001-08:002015-12-14T23:32:22.083-08:00Dias difíceis no Suriname ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB6xcvm-Znw6UluitWkeiR0YzJxuTF7E6oYZpN262hmLqLUfSysVeaHHm_ayBHy7paKHXFssovMnRwEShIRqU4JPnewry-Rtrxvl5SbeSif5onaCZnrP7ArSTuJogtKdMF4babU_TEWLq2/s1600/plastico-lunar_261015.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB6xcvm-Znw6UluitWkeiR0YzJxuTF7E6oYZpN262hmLqLUfSysVeaHHm_ayBHy7paKHXFssovMnRwEShIRqU4JPnewry-Rtrxvl5SbeSif5onaCZnrP7ArSTuJogtKdMF4babU_TEWLq2/s320/plastico-lunar_261015.jpg" width="320" /></a></div>
Plástico Lunar é uma banda sergipana, de Aracaju. E é uma
das melhores bandas de rock em atividade no Brasil. Ponto.
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Digo isso de forma absolutamente lúcida, pensada e
repensada, e sem nenhum resquício de “bairrismo”. Pois bem: estabelecida esta
verdade irrefutável, de fácil comprovação por qualquer um que se disponha a
conhecer a música deles, devo dizer que acabaram de lançar o melhor disco já produzido
por aqui. Ponto, de novo. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Dias difícil no Suriname” teve uma longa gestação: começou
a ser gravado em maio de 2012 e só foi finalizado dois anos depois. No
processo, a banda perdeu um de seus principais componentes, o guitarrista Julio
Andrade, que saiu para se dedicar a seu projeto principal, o duo The Baggios.
Como fã, fiquei preocupado, pois era notória, nas apresentações que se
seguiram, a dificuldade dos caras em se adaptar à uma nova formação, mais
enxuta – normal, não deve ser fácil substituir um guitarrista como Julico. Mas
sempre botei fé que iriam se ajustar. Só não sabia se a tempo de não prejudicar
o novo álbum em gestação ...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAQC-G8lyt1pq4vwnPsrOeFoUFyjmEMw3lrzY1rM_gH3fFrlE6dO0V0ydDMXqZqe6GvelUeu6qJnsure0MOdJSXmlM6VUt65HEoDcmnNLYT9lTMz3qsgDnIB1TYuPO0szHYOIR04otNtWw/s1600/Plastico+dias+31205d30082893.56132e0b22a9a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAQC-G8lyt1pq4vwnPsrOeFoUFyjmEMw3lrzY1rM_gH3fFrlE6dO0V0ydDMXqZqe6GvelUeu6qJnsure0MOdJSXmlM6VUt65HEoDcmnNLYT9lTMz3qsgDnIB1TYuPO0szHYOIR04otNtWw/s320/Plastico+dias+31205d30082893.56132e0b22a9a.jpg" width="319" /></a></div>
Pois bem: o disco foi lançado há alguns meses, de forma
virtual, e foi uma agradável surpresa. É magnífico! Já começa escancarando uma
de suas principais influências, na “stoneana” “Todo pecado do mundo”, que abre
com um excelente riff de guitarra. Julico toca nela e em mais quatro faixas. Em
outras três, o auxílio vem de Rafael Costello, membro fundador, hoje morando em
São Paulo. Little Mel, da Máquina Blues, aparece em “Labirinto”, e Fabrício
Rossini em “A esperança”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi assim, com uma ajuda providencial de amigos e
ex-integrantes pra lá de talentosos, que a Plástico lapidou esta verdadeira
obra-prima da música independente local. Que prossegue com uma velha conhecida,
já lançada como single, a belíssima “Mar de leite azedo”. “Sentado no
Arco-iris”, a terceira faixa, comprova, de certa forma, o talento dos caras, pois
é uma composição de dois ícones do rock brazuca, Raul Seixas e Gileno Azevedo
(da dupla “jovemguardista” Leno e Lillian), mas parece deles – e não sou só eu
que tenho essa impressão: até hoje vejo gente se surpreender ao saber que se
trata de um cover. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É, também, uma faixa
bônus para quem comprar o disco físico, em CD, já que não havia feito parte do
lançamento virtual por conta de imbróglios com a liberação dos direitos
autorais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O disco prossegue com “Cancioneiro”, uma robusta composição
de Julico cantada por Marcos Odara, o baterista, que bate um bolão também como
vocalista. É uma banda, aliás, que tem bons vocalistas de sobra – além de
Daniel e Odara, Plástico Jr. também costuma entoar suas próprias composições.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
“Quem diria”, que vem na sequencia, é uma emocionante ode ao
aconchego do lar, com uma letra singela que Daniel compôs pensando em sua mãe.
Emocionante. Daniel é um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>compositor de
mão cheia e excelente vocalista. Em parceria com Nara Loupe e Verlane Aragão, é
o responsável por sete dos doze petardos que compõem o disco. O lado A – o
disco foi pensado como um vinil – se encerra com outra dele – e dela, Nara –
“Labirinto”, com uma letra psicodélica e surreal embalada por um ritmo
cadenciado. Plástico Jr., baixo e voz, abre o que seria o lado B com a também
psicodélica “Amanheceremos”, que tem uma perfomance marcante de Leo Airplane
nos teclados. Leo Airplane que é, também, o produtor do disco, é bom que se diga...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Algo forte” dá prosseguimento à viagem sonora de volta ao
rock mais “hard”, com sensacionais riffs e solos de guitarra – quem? Ele, de
novo. Julico. Mas a disputa é boa e Rafael Costello dá mais uma vez o ar de sua
graça com mais uma levada tipicamente “stoneana” em “Persona non grata”. O solo
é absolutamente sensacional, totalmente na tradição do melhor do rock
“setentista”. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E então temos a mais pesada, “Quase desisto”, outra
excelente composição de Julico, e “Nem aí”, mais uma de Junior – com uma letra
totalmente “foda-se”, rock and roll! Encerrando tudo, a belíssima “A
esperança”, levada no violão. Sintomático que o disco acabe com uma música com
este nome. Temos esperança de que os dias passem a ser mais tranqüilos no
Suriname e a banda siga em frente, apesar das dificuldades ...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Por fim, é preciso que se fale com um carinho especial sobre
a concepção visual do <a href="https://www.behance.net/gallery/30082893/Plastico-Lunar-Album-Project" target="_blank">projeto gráfico</a>, com belíssimas artes conceituais
produzidas por Thiago Neumann que valorizam muito o produto final. Salta aos
olhos, também, a qualidade do material em que o digipack foi impresso.
Impecável! Com direito, inclusive, a impressão na parte interna do envelope
onde fica guardado o encarte. Um luxo! Bola dentro total da Rock Company, a
gravadora paulistana que bancou o projeto.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Dias Difíceis no Suriname”, o disco – físico, em CD - foi
lançado em grande estilo no dia primeiro de novembro com uma apresentação
concorrida no Teatro Atheneu. A gravadora promete para o início do ano que vem
uma edição em vinil. Merece muito, tanta pela música, que soa sempre melhor quando
ouvida através de uma agulha, quanto pela espetacular arte de “Cachorrão”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já tenho o CD, mas vou querer o LP! E se sair em k7, quero também
...<br />
<br />
http://plasticolunar.com.br/ <br />
<br />
A.<br />
<br />
#<br />
<br /></div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-64629034316467745282015-11-18T11:01:00.001-08:002015-11-18T11:39:52.384-08:0030 Anos de “Psychocandy”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDsIH7wVOuLmxv4I8tBaULaUCR-eqnC6A-buLSBeSE2woO8bDTX0VpqAY8R5m7z_wQGcVGsu5HXYyqYS2m4wWpLOaiZWPM0sEqPzCmwTsBIXDwULTlQrUzsl7-_Tf5jVGqG6kkErB8Iv0/s1600/jesus+chan.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDsIH7wVOuLmxv4I8tBaULaUCR-eqnC6A-buLSBeSE2woO8bDTX0VpqAY8R5m7z_wQGcVGsu5HXYyqYS2m4wWpLOaiZWPM0sEqPzCmwTsBIXDwULTlQrUzsl7-_Tf5jVGqG6kkErB8Iv0/s320/jesus+chan.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="_3qi9">Nunca vou esquecer a primeira vez que ouvi “Psychocandy”, o primeiro disco do Jesus And Mary Chain. Foi mais ou menos na época do lançamento, ainda na década de 80 do século passado – acho que 1986. Eu tinha meus 15, 16 anos no máximo, e estava começando a mergulhar nesse universo vasto e, para mim, desconhecido, do rock and roll, pelo qual eu me interessei vendo o primeiro rock in rio na TV. A revista Bizz chegava lá na minha cidade – Itabaiana, 50 km de Aracaju, Sergipe – e serviu como guia. Foi em suas páginas que li sobre aquele grupo de escoceses malucos que só se vestiam de preto e estavam sempre com os cabelos desgrenhados. Estavam causando furor com shows ensurdecedores de 15 minutos nos quais tocavam de costas para o público...</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnp_H9NrYcaqTw-RWIAP72JJiYW6PqEDDe9iAukfndnkWEe2sQDcTPH-nQLCDxrWIpj8dBQulgbbHDTHhkkP0K-oxEMI89UxdJTxfU6Uu9v2yGFPV2tH0Cs-4XkEVfdvNZwnHb-7g1JXI/s1600/Jesus+1280-5kmjhywp59besgrn67qtjbm4h723wpk76p7pa8ac.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnp_H9NrYcaqTw-RWIAP72JJiYW6PqEDDe9iAukfndnkWEe2sQDcTPH-nQLCDxrWIpj8dBQulgbbHDTHhkkP0K-oxEMI89UxdJTxfU6Uu9v2yGFPV2tH0Cs-4XkEVfdvNZwnHb-7g1JXI/s320/Jesus+1280-5kmjhywp59besgrn67qtjbm4h723wpk76p7pa8ac.jpg" width="313" /></a></div>
<span class="_3qi9">Um amigo tinha o tal disco e eu fui lá na casa dele ouvir. Primeiro foi o estranhamento com a faixa de abertura, “Just like honey”: etérea, sussurrada, com uma gravação abafada e guitarras cortantes, mas nada demais, em termos de agressão sonora. A partir do momento em que a agulha chegou aos sulcos da musica seguinte, no entanto, foi um choque! Aquilo era algo realmente novo, mesmo para meus ouvidos já acostumados com Metallica, Slayer e Megadeth. Era muito, muito barulhento, mas ao mesmo tempo era doce, melódico. Pop, num certo sentido. Um doce psicótico – poucas vezes o título traduziu tão bem a sonoridade de um disco.</span><br />
<br />
<span class="_3qi9">Não tinha, na época, bagagem musical suficiente para enquadrar mentalmente o que me entrava pelos ouvidos, mas hoje sei que se tratava de uma espécie de continuação do que vinha sido feito naquela década por bandas como The Cure e Echo And The Bunnymen, com seu pop "esquisitão", temperado com influências do radicalismo undeground do Velvet - especialmente do segundo álbum, "White Light/White Heat" - e do punk rock safra 77, de Sex Pistols e afins. “Psychocandy” é, na verdade, uma daquelas obras que inauguram um novo estilo, para o qual os críticos têm que se desdobrar para criar um rótulo – “shoegaze”, no caso. Um rótulo que, na verdade, só foi criado algum tempo depois, quando a atitude e a atmosfera sonora daquele álbum seminal foi lapidada por bandas como My Bloody Valentine, Ride e Slowdive.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9ou7gk3WEnZ72XPo-vzcfkXALksVeiXVTU3Fzkg8qZ1tdR8r26Qd4-7cKG0Q1YyTkmN8bKwDvVIUL5gmMfz2OConZpedGyN_LdpdRv8I-9J_rK7pTqhjveIy0LlBlO9jV8sHW-SoVOkI/s1600/jesus+63ecca0a-f414-11e4-8407-cdb4c0ba9c49-1020x1378.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9ou7gk3WEnZ72XPo-vzcfkXALksVeiXVTU3Fzkg8qZ1tdR8r26Qd4-7cKG0Q1YyTkmN8bKwDvVIUL5gmMfz2OConZpedGyN_LdpdRv8I-9J_rK7pTqhjveIy0LlBlO9jV8sHW-SoVOkI/s400/jesus+63ecca0a-f414-11e4-8407-cdb4c0ba9c49-1020x1378.jpg" width="295" /></a></div>
<span class="_3qi9">Eu virei fã de grindcore, mas “psychocandy” segue sendo o disco mais barulhento que eu conheço – sim, mais que “From slavement to obliteration” ou as “peel sessions” do Napalm Death! É o único que eu não consigo ouvir inteiro no volume ao qual estou acostumado: chega um momento em que os ouvidos começam a doer ... </span><br />
<br />
<span class="_3qi9">É tipo uma serra elétrica lubrificada com mel. </span><br />
<br />
<span class="_3qi9">E é lindo!</span><br />
<br />
<span class="_3qi9">A</span><br />
<br />
<span class="_3qi9"># </span>programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-8783296013382996222015-11-16T05:43:00.001-08:002015-11-16T07:56:49.791-08:00DoSol 2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPeDbFvEZbWjc0bDvVJdz3q43YXykl3Ny89lrKNVtG_MBUaPQ_NJeFwPoe6G63K0SpYNNLsnhLvEuBKEtnVezhF6RAVMDeoJ14QZRPttjrSPeNmQYeZ9k7H7je70FU6lvnyTEltcHV-oC4/s1600/Skabong_Dosol2015_RafaelPassos+%252813%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPeDbFvEZbWjc0bDvVJdz3q43YXykl3Ny89lrKNVtG_MBUaPQ_NJeFwPoe6G63K0SpYNNLsnhLvEuBKEtnVezhF6RAVMDeoJ14QZRPttjrSPeNmQYeZ9k7H7je70FU6lvnyTEltcHV-oC4/s320/Skabong_Dosol2015_RafaelPassos+%252813%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="textexposedshow">Soubesse eu que meu ídolo e
amado Adelvan Kenobi me concederia a honra de ocupar este nobre espaço com
minhas impressões sobre o que vi no Festival DoSol no último fim de semana em
Natal/RN, certamente eu teria ativado meu botão ‘repórter’ e teria pelo menos
levado um bloquinho com caneta para facilitar essa tarefa hercúlea que tenho
agora.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Porque é uma coisa de louco aquilo. Uma maratona
inacreditável uma média de 30 bandas por dia se revezando, às vezes ao mesmo
tempo, entre 4 palcos, espalhados por galpões em uma rua fechada na área
portuária de Natal. O rock começa cedo, às 16h, e segue até a madrugada. No
sábado, 07/11, terminou mais de 4h da manhã, com o show lotadaço do novo
fenômeno “indie universitário” Figueiroas. Eu não sei de onde a galera tirou
energia pra dançar lambada àquela hora naquele calor. Eu estava em frangalhos. </span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv9wYLAdtJZEnR1ejudk-u_zkcWm18yajApVW3I24GeN9goToyRpEiaude8egbqb2AWZXWMvo2D4WAz7igNBUOcfZ_qZFXXyL6dvDvhW5myRvPLHj4J4_ur1sA2FhOTaco8ML4jRMQ-XTP/s1600/Skabong_Dosol2015_RafaelPassos+%252827%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv9wYLAdtJZEnR1ejudk-u_zkcWm18yajApVW3I24GeN9goToyRpEiaude8egbqb2AWZXWMvo2D4WAz7igNBUOcfZ_qZFXXyL6dvDvhW5myRvPLHj4J4_ur1sA2FhOTaco8ML4jRMQ-XTP/s320/Skabong_Dosol2015_RafaelPassos+%252827%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Skabong</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Mas comecemos do começo... </span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span class="hascaption">Sábado – 07/11/2015 - </span></b><span class="textexposedshow">Resolvi ir pro DoSol porque tive a chance de viajar junto
com a galera da Skabong, aqui de Aracaju, que foi escalada pra tocar. Saímos na
sexta à noite e chegamos no sábado. Portanto, perdemos a primeira noite do
festival. Uma pena. Perdi o show do Cigarettes que eu posso dizer que há
décadas que queria muito ver. Mas tudo bem. </span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">No sábado, a maratona começava cedo e o <a href="https://www.facebook.com/skabong/" target="_blank">Skabong</a>(SE)
era logo a segunda banda da programação. Tocaram ainda de tarde, pra uma
plateia não muito numerosa, mas atenta, e fizeram o melhor show que puderam.
Coeso, redondo e cheio de energia. A galera reagiu bem. Sou suspeita, mas
gostei muito. </span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9TR8lxhFBTZEZOe6KFG9POk0iwLoHZoWeMxDfBkF5LF3rWcqXnu1B4W2oyPLoizB3TdPw_raubvfQxDPDbrBrpStvCF7x-p_zdsNab1BXAm7D9cL1UzZeDRoSAHQLEdUjQUveS-zC98fI/s1600/Moloko+Drive_Dosol2015_RafaelPassos+%25284%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9TR8lxhFBTZEZOe6KFG9POk0iwLoHZoWeMxDfBkF5LF3rWcqXnu1B4W2oyPLoizB3TdPw_raubvfQxDPDbrBrpStvCF7x-p_zdsNab1BXAm7D9cL1UzZeDRoSAHQLEdUjQUveS-zC98fI/s320/Moloko+Drive_Dosol2015_RafaelPassos+%25284%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moloko Drive</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Depois disso, o que se segue é uma avalanche de
shows que são um teste pra memória estética e pra dignidade física de uma
roqueira desleixada e com problemas de saúde, como eu. Uma das primeiras bandas
que eu lembro de ter chamado minha atenção foi o <a href="https://www.facebook.com/molokodriverock/" target="_blank">Moloko Drive</a>(RN). Show bacana,
maduro, composições instigantes. Impossível não relacionar o som deles ao
estilo stoner do QOTSA, mas isso não chega a ser um problema. Gosto muito desse
tipo de som. Me pegou de cheio. Acabaram de lançar disco pelo selo Mudernage. </span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Não vou listar os shows de um em um porque
simplesmente não consigo me lembrar e/ou não prestei atenção. Então, faço a
seguir uma seleção baseada na minha memória afetiva. Se lembro é porque curti.
Ou quase isso. </span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPZ1q8vDVWmnE3ZnddyP-zZbt5vGVGVybNBU14RE0puGcnUETN43NYYA_3JRmZeSrEVWtIWAB1O08JMih6I8rhQcKXvgbj5C4JtP9Engo1SXN3IHJIPJZr0u_cNqxLiBujtpTTsYqHj3S3/s1600/Carne+Doce_Dosol2015_RafaelPassos+%252823%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPZ1q8vDVWmnE3ZnddyP-zZbt5vGVGVybNBU14RE0puGcnUETN43NYYA_3JRmZeSrEVWtIWAB1O08JMih6I8rhQcKXvgbj5C4JtP9Engo1SXN3IHJIPJZr0u_cNqxLiBujtpTTsYqHj3S3/s320/Carne+Doce_Dosol2015_RafaelPassos+%252823%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Carne Doce</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Próxima da lista que me capturou os sentidos foi
uma banda de Goiânia chamada <a href="https://carnedoce.bandcamp.com/" target="_blank">Carne Doce</a>. Daquelas que você passa pra dar “um
saque” e se pega dizendo “UAU”. Impossível não me conquistar a mistura de vocal
feminino com um toque Elizabeth Frasier cantando em bom português e levadas
viajantes a la Tortoise ou Hurtmold, pra ficar nas referências nacionais. Tudo
muito bom, gostoso de ouvir, sem afetação, sincero. Certamente está no meu top
5. </span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Em seguida um show que eu há muito espero pra ver
ao vivo. Acho que conheço o <a href="https://www.facebook.com/theautomaticsband/" target="_blank">The Automatics</a>(RN) há tanto tempo quanto conheço o
Snooze (guitar band aqui de Aracaju que fez parte da minha vida por longos 13
anos), ou seja o tempo que devo ter nessa vida de indie rock. Como eu
imaginava, não me decepcionaram. Guitar noise arrastado da melhor qualidade,
fazendo jus a seus 14 anos de estrada. Showzaço. </span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvY_DAK3VH6L5GJrfL87eoC9iInilD4R61k3uEPorm6_crxvKVZ5AawsfmbyvMWJ-fwg_lmiVSWL6r5YlYD17FBBuRBo3Mb7qDaKqC_H9iBXok9SBd_BgXh9bURV_NV805DJgigfcMEsH8/s1600/The+Automatics_Dosol2015_RafaelPassos+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvY_DAK3VH6L5GJrfL87eoC9iInilD4R61k3uEPorm6_crxvKVZ5AawsfmbyvMWJ-fwg_lmiVSWL6r5YlYD17FBBuRBo3Mb7qDaKqC_H9iBXok9SBd_BgXh9bURV_NV805DJgigfcMEsH8/s320/The+Automatics_Dosol2015_RafaelPassos+%25282%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">The Automatics</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Lembro de, ao menos, duas pessoas cantando no meu
ouvido: ‘não perca o show da <a href="https://pt-br.facebook.com/marrerobanda/" target="_blank">Marrero</a>(SP)’. Fui lá conferir. Rock de macho, até
nas caras e bocas do vocalista. Como diz na descrição do soundcloud deles: “Uma
banda com raiva.” Hehehehe, deu pra perceber. Mais daquela pegada stoner, que
apareceu muito pelo festival. Não estou reclamando. Gostei, só não entendi
porque eles tocaram de novo no domingo. </span><br />
<br />
<span class="textexposedshow"><a href="https://www.facebook.com/aifalaalafia/" target="_blank">Aláfia</a> foi realmente um diferencial em meio a tanto
rock raivoso. Outro daqueles momentos ‘UAU’. Fazem um groove sensacional,
flertando com sonoridades da black music setentista, funk, rythm’n’blues, soul
e por aí vai... A vocalista maravilhosa tem uma baita voz e ótima presença de
palco. Me ganhou muito. Estão lançando o segundo CD, Corpura. Fodástico.
Recomendo muito. </span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4AcGpxbT6dySWDAljd4HgXPzXl3X21qzM_mYpaRypf3N3snOvj6QnCzSJ-fFkQ3BHqU-9r3gh11DFxK-GhnsmIB2kWVJ_e9Hz3ehrOiomhFr8YzxTkM9AA8LucBoPa6c5Em94wNvb6NjQ/s1600/Thiago+Pethit_Dosol2015_RafaelPassos+%252836%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4AcGpxbT6dySWDAljd4HgXPzXl3X21qzM_mYpaRypf3N3snOvj6QnCzSJ-fFkQ3BHqU-9r3gh11DFxK-GhnsmIB2kWVJ_e9Hz3ehrOiomhFr8YzxTkM9AA8LucBoPa6c5Em94wNvb6NjQ/s320/Thiago+Pethit_Dosol2015_RafaelPassos+%252836%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Thiago Petit</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Do show do <a href="https://www.facebook.com/thiagopethitoficial/" target="_blank">Thiago Pethit</a> eu me lembro de ter
tentando entrar pra dar aquele saque. Estava lotadaço e o público estava
ensandecido. Bem na hora que eu chego, sobe um(a) fã no palco e tasca um beijo
de língua na boca do cara. Nossa! Que susto. Já gostei. Nunca tinha sacado o
som dele, mea culpa. Vou chover no molhado aqui se disser que o som do maluco é
bacana. E o show? É insano. Prefiro me guardar pra outra vez que eu tiver visto
só ele em outra oportunidade. </span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">A essa altura eu já nem enxergava as pessoas
direito e já tinha falado com umas três pessoas estranhas achando que eram
gente conhecida. Estava perdida, tentando entender como eu tinha me perdido da
minha carona quando me deparei com o show do novo “mito universitário”. </span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYlW1KigXG7beP5AN2X5P2-UyOjCKrGXwJ9eQqLqV4R94f0l8TNuveG6z5caAN-ZviC0tKlH4jpb9meTUraJ6-5umn9wQN3kzh8J4AXBtiWfGK7p9pe00Ea9wwxbstJSy-c7lL8Dak1DVo/s1600/Figeroas_Dosol2015_RafaelPassos+%252838%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYlW1KigXG7beP5AN2X5P2-UyOjCKrGXwJ9eQqLqV4R94f0l8TNuveG6z5caAN-ZviC0tKlH4jpb9meTUraJ6-5umn9wQN3kzh8J4AXBtiWfGK7p9pe00Ea9wwxbstJSy-c7lL8Dak1DVo/s320/Figeroas_Dosol2015_RafaelPassos+%252838%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figueroas "Lambada quente"</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">“Fofinha, fofinha, fofinha...” (Gosto de pensar que
essa música é pra mim, hahaha). <a href="https://www.facebook.com/figueroaslambadaquente/" target="_blank">Figueiroas </a>Lambada Quente! Mais de 3h da
madrugada e aqueles roqueiros ainda tinha energia pra dançar lambada quente...
não, infernal (calor da porra, hein, Natal?!). </span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">O que eu entendo que rola ali é o seguinte: Dinho
Zampier, meu brother alagoano de outros carnavais, é o talento musical que
garante a precisão daquela estética que sai redonda, gorda, cheia de improvisos
legais, enquanto isso o “Figueiroas” arrasa no personagem, dança mesmo, canta
mesmo, se entrega. E a galera se entrega junto. Funciona demais. Fica
constrangedor estar perto do palco e não se balançar ao menos. É sincero aquilo
que rola ali. Não é apenas humor. Aquela música e aquela energia estão rolando
ali de verdade. O público entende isso. Acho válido. Mas eu não sei dançar
lambada. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhth2h0YWIpuH1058cZa8grXigKDor2cmT-g2SvMACB1Ahlpw4SyH7Xo7jVXc37B7vSwqdXx5bupxOPDe0_8sQ_1Afme5gUgagEE5P4V23Yl6fWeGA5NutxTvI2VC8qgmxV_NjDrzUWsOiR/s1600/Boys+Bad+News_Dosol2015-RafaelPassos+%252825%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhth2h0YWIpuH1058cZa8grXigKDor2cmT-g2SvMACB1Ahlpw4SyH7Xo7jVXc37B7vSwqdXx5bupxOPDe0_8sQ_1Afme5gUgagEE5P4V23Yl6fWeGA5NutxTvI2VC8qgmxV_NjDrzUWsOiR/s320/Boys+Bad+News_Dosol2015-RafaelPassos+%252825%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Boys Bad News</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow"><b>Domingo – 08/11 -</b> No domingo,
uma outra banda tipo stoner sexy guitar rock fez um dos primeiros shows que eu
consigo lembrar: <a data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=281161262024115&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/boysbadnews/">Boys
Bad News</a> , do Maranhão. Nada muito inovador, mas foram bem no palco, pegada
instigante, conquistaram o público, eu inclusa.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Provavelmente a que mais impressionou nesse dia, e
não foi só a mim, foi a AK-47 (RN). O vocalista, Juão Nin, que também é ator,
abriu o show com uma performance do lado de fora do galpão saindo de dentro de
uma daquelas máquinas de fazer cimento em construção civil, gritando “índio
viado, índio tóxico, índio trans”!</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Dava pra entender uma sugestão de ativismo gay e
ambiental aí, que logo se confirmou nas letras das músicas. Da betoneira ao
palco, aquele homenzarrão imenso (e lindo!) soltou uma voz poderosíssima
acompanhado por uma banda não menos de peso que deixou a mim e aos presentes de
queixo no chão.</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqEYwapYfqNhh2QZFdUvtDDcluHziozXfgqkYlX4eevJja9Y_UjqPa-xiyAHa1Sf1249UlJrcXa6Ydfc42LM_sJbximWUrOvQGE1tkjwYGlgsBh3m0tHMItiOYxLENnfjRorhCPE4ZDUw4/s1600/Ak-47_Dosol2015_RafaelPassos+%252848%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqEYwapYfqNhh2QZFdUvtDDcluHziozXfgqkYlX4eevJja9Y_UjqPa-xiyAHa1Sf1249UlJrcXa6Ydfc42LM_sJbximWUrOvQGE1tkjwYGlgsBh3m0tHMItiOYxLENnfjRorhCPE4ZDUw4/s320/Ak-47_Dosol2015_RafaelPassos+%252848%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">AK-47</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">O som da AK-47 é pesado, rasgado, gritado, ou
“visceral”, como eles se descrevem na biografia do facebook. Aqui e acolá, há
um flerte com batidas tribais. Bateria e percussão são bem pronunciadas, e as
guitarras, óbvio, bem altas e com muita distorção. Difícil não associar ao que
ficou conhecido como Nu Metal, mas o rótulo é pouco (como são todos) pra enquadrá-los.
O disco novo, Anêmola, está disponível pra download na página da banda. Tem que
conferir.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Seguem-se mais dois shows de rock de responsa
altamente recomendáveis. <a data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=170436346345239&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/MonsterCoyote/">Monster
Coyote</a> é uma banda nervosíssima de Mossoró, interior desértico do RN. Fazem
uma mistura de metal stoner pesadíssimo. Cacete, porrada, pauleira. Basicamente
isso. Gostei muito.</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidb2vbS2HvcferoXJDxz7WLIj-YV_ssIBj5NYfnAih8sAXU0uT734bIZAcBbNmOehuxbyY3cUN3lbKWihz392KLVZACqNSfKVT725ujmA4Bt460XXRXril1NTGkD0DHMkzQsa_IXtUykgo/s1600/Water+Rats_Dosol2015-RafaelPassos+%252880%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidb2vbS2HvcferoXJDxz7WLIj-YV_ssIBj5NYfnAih8sAXU0uT734bIZAcBbNmOehuxbyY3cUN3lbKWihz392KLVZACqNSfKVT725ujmA4Bt460XXRXril1NTGkD0DHMkzQsa_IXtUykgo/s320/Water+Rats_Dosol2015-RafaelPassos+%252880%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Water Rats</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Os curitibanos do Water Rats mandam um punk de
primeiríssima, meio setentão, ótimos vocais, ótimos riffs, impossível ficar
parado. A galera tem bastante estrada e interage super bem com o público.
Fizeram um show muito instigante.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Os gringos da <a data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=128389220509347&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/dotlegacy/">DOT
LEGACY</a> parecem ter agradado geral. Eu devo ter escutado meio atravessada.
Achei som de gringo fazendo gringuice. Franceses com cabelo crespo, pulando
alto e fazendo careta devem fazer um sucesso por lá. Pra mim, de cara já é um
ponto a menos. Ainda mais quando eu ouço, nem que seja um indício de tentativa,
da famigerada experimentação, ou “mistura de ritmos”. Ah não! De novo isso?
Quantos a gente num já viu desses por aqui né? Desculpaí. Curti não. Altamente
esquecível.</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAG9lohseaIbxy7kiSyxNvRE-IvNzKku2mP17Fu-pfVUnx7wByb3sxvSlJTsJjyKLTRVhKLImuEKIjJKzwReRB4nYKmBwrQmfUjomoO0hkHBrjG8r7bAgVm9ttBnoI6tN7nXbQ5LlY5Sfk/s1600/Mad+Monkess_Dosol2015_RafaelPassos+%252810%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAG9lohseaIbxy7kiSyxNvRE-IvNzKku2mP17Fu-pfVUnx7wByb3sxvSlJTsJjyKLTRVhKLImuEKIjJKzwReRB4nYKmBwrQmfUjomoO0hkHBrjG8r7bAgVm9ttBnoI6tN7nXbQ5LlY5Sfk/s320/Mad+Monkess_Dosol2015_RafaelPassos+%252810%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mad Monkees</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Em um dado momento do domingo, Levi Marques
(vocalista da <a data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=477272245692227&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/skabong/">Skabong</a>)
me chama pra ver o que tá rolando no palco “estúdio Petrobrás” – na verdade um
container, do lado de fora dos galpões. Ele diz, meio chocado: “Você tem que
ver isso!”</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Era a banda <a data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=798031900265059&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/madmonkees/">Mad
Monkees</a> , do Ceará. E o que chamava a atenção era o baterista super mega
feeling virtuose dando um show à parte. Comentei: “Lembrei do Babalu”.
Entendedores entenderão. Banda foda e baterista mais ainda. Vale dar um saque
no trabalho dos caras.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">O show do <a data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=157220537670975&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/deadfishoficial/">DEAD
FISH OFICIAL</a> conseguiu provocar um fenômeno: esvaziou completamente todos
os outros ambientes do festival. Estava TODO MUNDO lá. Hardcore nunca foi
totalmente minha praia e eu nunca tinha animado pra ver um show desses caras,
mas já que tava no bolo e pelo precinho fui lá conferir. Sim, um ótimo show,
como eu imaginei. Público pirando, festival de mosh, bonito de ver e tal. Mas
continua não sendo o tipo de som que me instiga. E em um festival como esse,
eu, sinceramente, prefiro dar atenção às bandas que eu sei que não vou ter
outra chance de ver. Me parece meio lógico.</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFAOH8MEbXikloM4Awv1qgeYvKIbSfH5u_jLV7lqDBD3Dras-wwdULmlZV5jTLprFycUIqbQb9QFLYbCOJhO22lGwb6yTRQmOMYbx7JzFOO-hmGRyvx-vshJpYqIZOfnhd4sS09TuBGEJ-/s1600/Girlie+Hell_Dosol2015-RafaelPassos+%25286%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFAOH8MEbXikloM4Awv1qgeYvKIbSfH5u_jLV7lqDBD3Dras-wwdULmlZV5jTLprFycUIqbQb9QFLYbCOJhO22lGwb6yTRQmOMYbx7JzFOO-hmGRyvx-vshJpYqIZOfnhd4sS09TuBGEJ-/s320/Girlie+Hell_Dosol2015-RafaelPassos+%25286%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Girlie Hell</td></tr>
</tbody></table>
<span class="textexposedshow">Quase terminando a noite, sobem ao palco as
roqueiras, super roqueiras, com muita pose de roqueiras, da <a data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=386686074743152&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/girliehell/">Girlie
Hell</a> (GO). Não gosto da afetação que vejo em algumas bandas da safra goiana
recente. Parecem, quase todas, muito preocupadas em ter a famosa “atitude
roquenrol”. Torço um pouco o nariz quando vejo esse excesso (não são as
primeiras), mas curti o som das meninas mesmo assim. Rockão clássico,
composições legais, bom vocal. Se investirem mais na música e menos na pose tem
futuro.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">O ultimíssimo show que eu vi, esse eu lembro bem,
foi dos cariocas da <a href="https://www.facebook.com/Confrontobrazil/" target="_blank">Confronto</a>. Banda de metal hardcore respeitada, com 14 anos
nas costas, suas letras de resistência dos oprimidos vieram bem a calhar pra
encerrar essa imersão roquística nos lembrando bem de onde nós, roqueiros
velhos e resistentes, viemos e porque continuamos fiéis a essa merda toda,
mesmo sem ganhar nenhum tostão.</span><br />
<br />
Texto: Maíra Ezequiel</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fotos: Rafael Passos </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJYSOVfeBPxaTwfOA5-z_4utL6YPewQiIC6cAag-zL4ahk5KXGDbjEaQovEFty3p7IgDVDKvypPXQBIs0dZogXEfwYOpBFf5zH51owv7OTSfJ6WWZSzN8MvdUmHLtj0wv5VpFQbMTvN3CH/s1600/Ak-47_Dosol2015_RafaelPassos+%252828%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJYSOVfeBPxaTwfOA5-z_4utL6YPewQiIC6cAag-zL4ahk5KXGDbjEaQovEFty3p7IgDVDKvypPXQBIs0dZogXEfwYOpBFf5zH51owv7OTSfJ6WWZSzN8MvdUmHLtj0wv5VpFQbMTvN3CH/s640/Ak-47_Dosol2015_RafaelPassos+%252828%2529.jpg" width="426" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">J<span class="_3qi9">uão Nin, vocalista do Ak-47, mitando no domingo</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-81028325844435912472015-11-10T07:43:00.004-08:002015-11-10T07:43:57.939-08:00Morrissey, uma entrevista ...Há uma espécie de penumbra de azar que parece perseguir Steven
Patrick Morrissey nos últimos anos. Internações às pressas, tratamento
contra um câncer, um disco de inéditas deixado de lado pela gravadora.
Aos 56 anos, o ex-vocalista do Smiths luta para se manter na música,
embora já não saiba mais por quanto tempo permanecerá nos palcos. A
turnê que chegará ao Brasil a partir de 17 de novembro, e terá ainda
mais três datas (outra em São Paulo, dia 21; no Rio de Janeiro, dia 24; e
Brasília, dia 29), pode muito bem ser a última em um bom período de
tempo. Em entrevista ao Estado, por e-mail (forma como ele há tempos
costuma preferir se comunicar com jornalistas), Moz diz não ver razão
para permanecer na estrada se não há novas músicas para apresentar.<br />
<br />
World
Peace Is None of Your Business, o mais recente disco de inéditas,
lançado em julho de 2014, saiu após cinco anos desde Years of Refusal e
uma briga intensa de Moz por um contrato com uma gravadora. Ele, ícone
de qualquer adolescente que tenha tido o coração partido e encontrado
alívio ao mergulhar nos versos dele com o Smiths durante os anos 1980,
encontrou dificuldade em chegar a um contrato vantajoso — e se recusava a
lançar o álbum de maneira independente.<br />
<br />
Encontrou o que desejava
com a Harvest, selo indie que integra a major Universal Music, mas a
relação com a empresa foi conturbada. Morrissey reclamou que foi deixado
de lado. "Abandonaram o álbum depois de uma semana de lançamento",
escreveu ele na entrevista. E foi direto em críticas ao presidente da
companhia, Steve Barnett, do melhor jeito Morrissey de ser. "Espero que
ele engasgue ao comer uma bisteca", disse o vegetariano. "Sem novas
músicas, não há mais sentido para turnês. Meus shows sempre foram um
grande sucesso, mas os grandes selos somente estão interessados em
vencedores de reality shows musicais e cantores que não desafiam
ninguém."<br />
<br />
Nos últimos dois anos, Morrissey desmarcou outras
apresentações por razões diversas. A última turnê pelo Brasil, marcada
para 2013, foi cancelada por "motivos pessoais". O inglês havia sido
internado por intoxicação alimentar no Peru. Uma gripe obrigou-o a
desistir de shows pela Europa em 2014 e, mais recentemente, ele revelou,
em entrevista ao jornal espanhol El Mundo, que passou por várias
intervenções cirúrgicas para retirada de tecidos cancerígenos. "Se eu
morrer, morri", brincou, na época.<br />
<br />
<b>Morrissey está ferido —</b>
e com a cabeleira rala, segundo ele revelou, por causa da medicação
contra o câncer -, mas ainda é afiado como sempre: "(Me reunir ao Smiths
para o Hall da Fama do Rock) é algo tão inimaginável quanto assumir que
eu me juntaria ao Led Zeppelin". O que, cá entre nós, é um alívio dos
grandes.<br />
<br />
<b>Você passou por alguns problemas de saúde nos
dois últimos anos, ocasionando alguns cancelamentos de turnê. Os fãs
ficaram bastante preocupados. Como você está se sentindo agora?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
Estou extremamente bem, mas sob o efeito de vários medicamentos. O que,
obviamente, causa mais dano do que a própria doença! Mas não é algo que
seja preocupante. Perdi muito cabelo por causa da medicação, mas o qual
é o problema disso, certo?<br />
<br />
<b>Em sua apresentação mais
recente antes dessa entrevista, em Cesena, na Itália, no dia 8 de
outubro, você escolheu executar seis músicas do disco mais novo, do ano
passado. Como essas músicas estão funcionando ao lado das clássicas?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
As novas canções são mais populares do que as antigas. Nós tivemos
garotos de 14, 15 e 16 anos na plateia. Eles estavam ali por causa de
World Peace Is None Of Your Business. E isso é gratificante.<br />
<br />
<b>Há
um ano, entrevistei Joe Perry, guitarrista do Aerosmith, e, no papo,
ele questionava a importância de se lançar um novo disco, com novas
canções, para um artista com tanto tempo na indústria e tantos hits,
como ele e sua banda. Disse que os fãs só querem os clássicos. Isso foi
algo que mantive na cabeça. Para um artista com tempo de estrada e
músicas que são sucessos já garantidos, qual é a importância real ainda
de compor canções e mostrá-las ao vivo?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
Acho que é importante pelo senso de progresso, entende? Porque, de
outra forma, se você permanecer com o mesmo material, pode parecer que
sua fonte secou. Você vai parecer um esqueleto em uma cadeira de
balanço.<br />
<br />
<b>Então, para você, até que ponto um artista deve seguir o desejo dos fãs pelas músicas mais clássicas, ou antigas? Há um limite?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
Sim, existe um limite! Se você se deixar ser levado pelo público, você
não passa de um fantoche de pano. Existe um equilíbrio muito sensível
aí.<br />
<br />
<b>Vamos falar sobre o processo criativo de World Peace
Is None of Your Business? Cinco anos depois de Years of Refusal, qual
foi o ponto de partida, o primeiro conceito para esse disco?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
Acredito ter sido o que se tornou conhecido como a Primavera Árabe. A
palavra ‘primavera’ foi usada para determinar um novo começo, e a
revolta do povo egípcio deu início a uma fascinante ebulição de eventos
muito positivos ao redor do globo. As pessoas não precisam mais de um
governo hostil para falar por elas. Continua ocorrendo na Síria, onde as
pessoas buscam ver além do governo corrupto. A maior parte das coisas
que sentimos não se reflete nos governantes que, supostamente, deveriam
representar nossas vontades. Eles foram eleitos com a promessa de nos
ajudar.<br />
<br />
<b>Pelo o que eu me lembro, você não ficou
satisfeito com a forma que a gravadora Harvest trabalhou no seu disco.
Li que você estava desapontado com a maneira como eles promoveram o
álbum inédito. Como o marketing na indústria fonográfica mudou com o
passar desses anos? Acha que cantores pop atuais seriam capazes de
atingirem o mesmo sucesso nos anos 1980?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
A gravadora simplesmente abandonou o disco depois da primeira semana de
vendas! Eles não o promoveram e, mesmo assim, o álbum chegou ao segundo
lugar das paradas no Reino Unido e no 14.º nos Estados Unidos. Ainda
assim, eles não ajudaram. O selo tinha medo porque o disco era muito
forte, muito combativo. E é uma grande tragédia, porque o álbum é muito
poderoso. Mesmo que o chefe do selo, Seve Barnett, tenha dito que o
disco era uma obra-prima, foi evidente que ele não sabia o que fazer com
ele. O selo só sabe lidar e trabalhar com músicas que são sem graça.
Hoje, o marketing é que dita as regras na música. Sucesso é comprado e,
consequentemente, a música mundial está nesse estado moribundo graças a
pessoas como Steve Barnett.<br />
<br />
<b>World Peace Is None of Your
Business é um álbum poderoso nesse caráter combativo. Acredita que ele
conseguiria ir mais longe se a gravadora tivesse trabalhado nele? O quão
longe estamos falando?</b><br />
<b>Morrissey —</b> Acho
que não há dúvidas de que o disco explodiria em todas as partes do
mundo, porque ele dialoga com absolutamente tudo o que ocorreu entre
2014 e 2015. E o faz de uma forma que ninguém mais fez. Estou surpreso
pelo fato de Steve Barnett não ter sido demitido. Ele sempre será
lembrado por ter enterrado World Peace is None of Your Business. E
espero que ele engasgue ao comer uma bisteca.<br />
<br />
<b>Li no site True To You, que é uma espécie de site oficial
seu, que não haverá mais shows no Reino Unido, já que não há planos para
novos lançamentos musicais. Essa ideia ainda está de pé? E ela se
estende para o resto do mundo? Seria essa a última turnê até o próximo
acordo com uma gravadora e o lançamento de um novo disco?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
Nós já fizemos muitos shows, especialmente no Reino Unido, mas sem
novas músicas, não há mais sentido para isso. As turnês sempre foram um
grande sucesso, mas os grandes selos somente estão interessados em
vencedores de reality shows musicais e cantores que não desafiam a mente
de ninguém.<br />
<br />
<b>Seus dois livros, uma autobiografia e o recente List of the Lost, tiveram bons números de venda. Você se considera um escritor?</b><br />
<b>Morrissey —</b>
Eu sou quem eu sou por causa da música. E isso se mantém dessa maneira
mesmo que eu apenas cante no banho, e não mais para milhares de pessoas.
Cantar é a realização mais pessoal que já experimentei.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho2pMH2SfWy7G5Z33mlMlJ6lhSKcxkCOB9o4PueAgLNDndFjA-YzDYpuViSPZxSfgfKPkZaZy9Ezhg-IlIyp7alT91nX-pUavol7dbdv4GQCwuM4jGtyAwVtwMJ73qV_QKgFLlecENXN8/s1600/Morrissey_Brasil_Biografia2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho2pMH2SfWy7G5Z33mlMlJ6lhSKcxkCOB9o4PueAgLNDndFjA-YzDYpuViSPZxSfgfKPkZaZy9Ezhg-IlIyp7alT91nX-pUavol7dbdv4GQCwuM4jGtyAwVtwMJ73qV_QKgFLlecENXN8/s640/Morrissey_Brasil_Biografia2.jpg" width="380" /></a></div>
<b>No
começo deste mês, o Smiths foi novamente indicado como um dos nomes
possíveis para entrar no Hall da Fama do Rock and Roll Você já pensou
sobre o que vai acontecer se a banda foi indicada? </b><br />
<b>Morrissey —</b>
Eu enfim tenho uma boa vida. Digo, hoje eu tenho uma vida melhor e mais
bem-sucedida do que dos tempos que estive com o Smiths. Então, eu não
entendo porque poderia haver alguma razão para eu ser sugado de volta
para aquilo. É algo tão inimaginável quanto assumir que eu me juntaria
ao Led Zeppelin.<br />
<br />
NOTA: Sábado tem Morrissey no programa de rock - "me conte uma novidade", você deve estar pensando ...<br />
<br />
19H, 104,9 FM em Aracaju e região<br />
<a href="http://www.aperipe.com.br/">www.aperipe.com.br</a> <br />
<br />
Fonte: <a href="https://www.bemparana.com.br/noticia/413517/voltar-ao-smiths-e-impensavel-diz-morrissey" target="_blank">BEM PARANÁ </a><br />
Sem crédito de autoria<br />
<br />
#<br />
<br />programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-67242422334936401952015-10-26T09:59:00.001-07:002015-10-26T09:59:25.830-07:00Circo Voador: A Nave de Maria Juçá<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmXiF1sf_FUhhLIJNJeKBtr46m2Tk-40gnInQW2fQ_OG5CCcLfdG2YozpJiR3QUUDpyL3oPwjDlCdbAFYQfu2qDfG0ylawLpYAUYhfvnrypObvnfL_ybXQac2VsryiTbFY1g3GFO8at_vd/s1600/circo_voador_facebook.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmXiF1sf_FUhhLIJNJeKBtr46m2Tk-40gnInQW2fQ_OG5CCcLfdG2YozpJiR3QUUDpyL3oPwjDlCdbAFYQfu2qDfG0ylawLpYAUYhfvnrypObvnfL_ybXQac2VsryiTbFY1g3GFO8at_vd/s320/circo_voador_facebook.jpg" width="320" /></a></div>
“Que merda é essa que você está fazendo? Esses imbecis não
sabem tocar, não sabem cantar e essa p* de guitarra distorcida de uma nota só
está destruindo meus tímpanos. Você está de sacanagem comigo. Estou com os
ouvidos desatarrachados”
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A bronca de Tim Maia era endereçada a Maria Juçá, produtora
e programadora do “Rock Voador”, o espaço do Circo – sim, aquele mesmo, que
nasceu no Arpoador e cresceu e na Lapa – que, todos os sábados, abria suas
portas para o nascente novo rock nacional, sempre cuidando de evitar purismos e
puritanismos e caprichar na mistura. Naquela noite trazia, ao lado do “síndico”,
a banda pioneira do punk rock carioca Coquetel Molotov. E terminou bem, com um
verdadeiro congraçamento nos camarins, para onde os punks se dirigiram depois
de terem sido conquistados pelo carisma do maior soulman brasileiro – que se
dizia, também, o primeiro “punk” do Brasil.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikCgpfb2AtE4jUYYyOw6K7O3y6EWH2x9Zh5HRMKMbCkEynwsZ6LBIkQLIaY1zgksDbYnHs3WVqMdZ8wdNPFVnaIUxn1Nth-F2FztDO0NtuBHnRR78PbZXS2Ox_IMvsyHv6zRCNT5B_DTfT/s1600/circo-voador-1982.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikCgpfb2AtE4jUYYyOw6K7O3y6EWH2x9Zh5HRMKMbCkEynwsZ6LBIkQLIaY1zgksDbYnHs3WVqMdZ8wdNPFVnaIUxn1Nth-F2FztDO0NtuBHnRR78PbZXS2Ox_IMvsyHv6zRCNT5B_DTfT/s320/circo-voador-1982.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Arpoador, nos primórdios ...</td></tr>
</tbody></table>
Juçá não aprendia: quando promoveu o primeiro Festival punk
do Rio de Janeiro, convidou os nomes mais representativos da nascente e
incipiente cena local para tocar ao lado dos já consagrados – no underground,
pelo menos – paulistanos do Ratos de Porão, Inocentes e Cólera. Mas convidou
também, para abrir a noite, o Paralamas do Sucesso! E mais: com uma participação
especial, em uma das músicas, de Paula Toller, do kid Abelha!!! A mistura, pra
lá de heterodoxa – e indigesta, para os puristas – só deu certo porque Herbert
Vianna era – é – muito gente fina e tinha bom transito entre todas as tribos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esta é apenas uma das muitas – muitas MESMO – histórias
vividas ao longo do tempo – três décadas, e contando - sob a lona da Lapa.
Histórias como a da apresentação do Titãs no início da carreira para apenas 13
pagantes; da noite em que Celso Blues Boy quase matou Serguei, usando-o como
suporte para seu pedal de whah whah; do primeiro encontro de Raul Seixas com
Marcelo Nova num show do Camisa de Vênus, em pleno palco; da primeira vez das
bandas de Brasília, antes da fama, na Cidade Maravilhosa; do “Queremos”, um grupo
de amigos “indie” que usou o Circo como suporte para fazer com que as bandas
que só tocavam em São Paulo voltassem a se apresentar no Rio; dos sem noção que
vira e mexe aprontam algo, como no episódio em que uma lata de cerveja foi
arremessada na testa do inofensivo James Taylor; da dor de cabeça da produtora ao
“peitar” Tim Maia quando ele(sempre ele!), às voltas com duas prostitutas,
deixou de fazer o show programado para agosto de 1984 - Tim chegou a ficar “de
mal” de Juçá, injuriado com a faixa em que estava escrito “Tim Maia está rouco,
Tim Maia está louco” que ela colocou na porta do Circo; ou as lembranças dos
bicões que infestavam os camarins para disputar com os artistas cervejas
bebidas em copos plásticos - estratégia para fazer a loura render mais. Copos
de plástico que, vejam só, foram usados, também, para servir champagne a
Madonna – sim, ela mesmo! A diva-mor! </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6JLlKsjdrnX5qug4H0VsGMhL-DV-3LW9_-5Y0Mqw8Uqct2auy10_Cfkl2HPqMj6TCwPwqhIV-Cjkn3WhcjVSq-6K0SUHXcXjusKrFNyxZFuWi98Wh202CBQkhWQMat6SLSUPBcLYt9pH/s1600/circo+juca.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6JLlKsjdrnX5qug4H0VsGMhL-DV-3LW9_-5Y0Mqw8Uqct2auy10_Cfkl2HPqMj6TCwPwqhIV-Cjkn3WhcjVSq-6K0SUHXcXjusKrFNyxZFuWi98Wh202CBQkhWQMat6SLSUPBcLYt9pH/s320/circo+juca.JPG" width="236" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Juçá</td></tr>
</tbody></table>
Tudo isso e os já célebres “pitis” dos rockstars, do pop ao
punk: de Lulu Santos, que se indignou ao saber que teria que dividir a mesma
porta de entrada com o público – depois o Circo cedeu à pressão e criou uma
entrada exclusiva para os artistas, devidamente batizada, claro, de “portão
Lulu Santos” - a Jello Biafra, que exigiu um banho de Jacuzzi antes de subir ao
palco – esta última tem uma explicação: Jello ficou “puto” porque havia pedido
que seu nome não fosse associado ao dos Dead Kennedys, que já havia acabado, no
material de divulgação. Como não foi atendido, fez a birra de propósito, como
vingança, e acabou conseguindo o tal banho. Na banheira de Dado Villa Lobos ...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na verdade sempre soube que tinha sido na casa do Renato
Russo, mas segundo o relato de Alexandre Rossi, o “Rolinha”, no livro, foi na
do Dado. Bom, ele deve saber mais do que eu, já que foi ele que levou o Jello
lá. Ou não! Não há um compromisso rigoroso com a apuração dos fatos nos
relatos, é tudo dito de acordo com o que vem à memória e transcrito,
aparentemente, da forma em que foi dito. E muita coisa foi dita, por muita
gente: mais uma vez a generosidade de Juçá se faz presente e ela praticamente
se torna uma editora de seu próprio livro, cuja narrativa é entremeada de
relatos de terceiros – muitas vezes com relatos “terceirizados” dentro dos
próprios relatos “de terceiros”! O formato, não muito comum, poderia ter
prejudicado a fluência do texto, mas não foi o caso, felizmente ...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É uma trajetória acidentada, cheia de altos e baixos,
triunfos e “perrengues”. O pior deles foi, provavelmente, quando o Circo foi
arbitrariamente fechado pelo prefeito César Maia, a pedido de seu
sucessor/apadrinhado Luiz Paulo Conde, em represália à expulsão pelo público de
sua comitiva, que insistia em comemorar lá a vitória na eleição, mesmo sem ter
sido convidado. Detalhe: era dia de show punk, com Garotos Podres e Ratos de
Porão. Juçá ficou na pior, psicológica e financeiramente – afinal, o Circo era,
também, seu “ganha pão” – e chegou a fazer greve de fome na tentativa de ser
pelo menos atendida em seu gabinete por “sua excelência” – acaba de falecer, o
canalha. Espero que esteja devidamente instalado no inferno, no colo do capeta!
Ela conta como foi: “Durante a minha luta pela volta do Circo, uma
“brincadeira” que durou 8 anos, eu fiquei totalmente sem grana. Cheguei a
vender sapato para poder me sustentar. Até morar com o ex-marido e a nova
esposa dele eu fui… Foram momentos realmente difíceis. E nesse período eu
entendi muito o que significa a fome, o você passar fome, o você não ter o que
comer. Por isso, depois de tudo o que passei, eu tenho o hábito de dividir
tudo. Todo dia, de alguma forma, eu divido algo com alguém. Uma comida, um
dinheiro, alguma coisa”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf0hHQ58EuO99YroI_Zbwi6noT4DqNSMsXuAC5BjLomma_VNyC7vtC_9DMZTkhi_Z_AD5RsFp-Xh9T_1eMq_HjiMtBZzc0bAcG7jiO2MmhX84dIFFSzqMYIkw9Ja1EZepObnxbpWNen08l/s1600/circo+filme+12107876_1260964740599296_2591311553279923803_n.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf0hHQ58EuO99YroI_Zbwi6noT4DqNSMsXuAC5BjLomma_VNyC7vtC_9DMZTkhi_Z_AD5RsFp-Xh9T_1eMq_HjiMtBZzc0bAcG7jiO2MmhX84dIFFSzqMYIkw9Ja1EZepObnxbpWNen08l/s400/circo+filme+12107876_1260964740599296_2591311553279923803_n.png" width="263" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O filme</td></tr>
</tbody></table>
Não parece haver limites para o poder de barganha, jogo de
cintura a energia criativa de Maria Juçá. Algo que você pode facilmente
comprovar devorando o calhamaço de quase 700 páginas – 666, se descontados os
índices e apêndices - que ela lançou ano passado de forma independente, sem
editora – mas com apoios importantes, do Governo do Estado e da Ambev. Não é
uma obra perfeita: faltou edição, o que se reflete em alguns erros de ortografia
e no ritmo da leitura, muitas vezes prejudicado por uma certa desorganização na
ordem em que os capítulos são apresentados. Mas nada que comprometa a obra como
um todo. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Circo Voador: A Nave” – o livro, é o relato de uma
guerreira da cultura, querida e amada por todos que a conhecem e também pelos
que, como eu, acompanham seu trabalho à distancia. Desde 1982.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Só fui conhecer o Circo Voador “in loco”, em carne e osso,
recentemente. E vejam só: calhou de ter sido na noite do dia 20 de junho de
2013, no auge das manifestações de rua que tomaram o Brasil de assalto – e de
surpresa. Fui para ver finalmente, também pela primeira vez, uma de minhas
bandas favoritas, a Gangrena Gasosa, abrindo para o Cannibal Corpse. Em meio ao
caos! Literalmente! A policia caçava os mascarados pelas ruas da Lapa, com a
utilização, inclusive, de carros blindados, os famigerados “caveirões”. Bombas
de gás lacrimogênico explodiam por todos os lados e a nuvem tóxica invadia o
espaço do circo, que é aberto, o tempo inteiro, fazendo com que os shows
tivessem que ser interrompidos inúmeras vezes para que os presentes pudessem se
recuperar dos efeitos. Foi assustador, mas sensacional! Um verdadeiro Batismo
de fogo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Você, que nunca foi lá, precisa ir também! Pelo menos uma
vez na vida! Encare isso como uma missão, como uma tarefa religiosa, igual à
recomendação aos muçulmanos para que visitem Meca. Se não puder procure, pelo
menos, ver o filme: “Circo Voador: A Nave” acaba de estrear em formato de
documentário para o cinema. Não vi ainda, mas vou seguir o exemplo da Juçá e colocar aqui <a href="http://www.rockemgeral.com.br/2015/10/13/legado-para-o-futuro/" target="_blank">as impressões de quem sabe e viu, tanto o filme quanto incontáveis noites sob aquela lona mágica, devidamente relatadas em seu ofício de jornalista. Com apalavra, Marcos Braggato:</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Era para ser um documentário,
mas bem que tem roteiro de drama.</b> Para ser levada às telas, a história da
casa de shows que foi o embrião do rock brasileiro dos anos 1980 (e que recebeu
todas as cenas dali pra frente) tem tantas idas e vindas, fins e recomeços,
paixões e emoções que fica difícil de ser contada somente sob a ótica
remissiva. Mesmo porque, no fundo, no fundo, o <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/circo-voador/">Circo Voador</a> não é
exatamente uma casa de shows - embora seja -, mas, como costuma se referir a
ele a boss Maria Juçá, trata-se de um conceito, um projeto, agora convertido em
uma saga cinematográfica intitulada “Circo Voador – A Nave”.<br />
<br />
O doc cobre toda a história do Circo, desde a versão meteórica que tomou de
assalto a Arpoador, durante o verão de 1982 e sua posterior “desautorização”,
passando pelo pouso na Lapa e pela interrupção de oito anos, por conta de
desmandos de políticos, até a estrutura definitiva que se tem nos dias de hoje.
A diretora Tainá Menezes se valeu de um extenso trabalho de pesquisa, o que
realça no filme a quantidade de imagens de shows da cada época abordada, e,
diferentemente do usual em documentários dos novos tempos, não economiza com
cortes abruptos, a pretexto de dar “dinâmica jovem” ou algo que o valha à narrativa.<br />
<br />
Assim, é possível se deliciar com trechos longos como o da <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/blitz/">Blitz</a> tocando no Circo do
Arpoador ainda com um imberbe <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/lobao/">Lobão</a>
como baterista; uma performance de Luiz Melodia como dançarino, no meio de
“Estácio, Holly Estácio”; Tim Maia usando a verve genial para reclamar dos
“bicões” que invadiam seu camarim, verdadeira instituição da lona voadora; <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/barao-vermelho/">Barão Vermelho</a>
cantando “Eclipse Oculto” com Caetano Veloso, com direito a beijo em Cazuza no
final; e o emocionante discurso de despedida de Rita Lee, entre outros.
Depoimentos muito loucos como os de Tom Zé, que ainda aparece na inefável
“noite das calcinhas”, em que colheu várias peças da plateia, tentam explicar o
que, no fim das contas, é o Circo Voador. Tarefa realmente impossível, e que
não é a intenção da produção.<br />
<br />
<a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/marcelo-d2/">Marcelo D2</a>,
malandro da Lapa nato e ex-vendedor de camisetas ali pelo Centro, conta como
fazia pala pular a grade do Circo para participar do movimento, já que os
tempos ainda eram de dureza. Marcelo Yuka, muito antes de ter banda, se virava
no mesmo quesito, e por pouco não deu o primeiro mosh de cadeirante em show do
Bad Brains. Ambos hoje têm o olhar diferenciado sobre a lona, o mesmo que o
filme tenta mostrar, mais com a bem sacada edição de imagens, que de certa
forma se completam por si só, do que com discursos por vezes obtusos.
Acertadamente, não há narração no filme, só os depoimentos e a sucessão de
registros de artistas sob a lona.<br />
<br />
Pólo aglutinador da revolução do rock nacional nos anos 80, junto com a <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/fluminense-fm/">Fluminense FM</a>, o
Circo Voador, contudo, tem seu trecho mais prolífico abreviado no filme. Não
são muitos os atores desse processo inseridos na história, sobretudo de outros
estados. Para estes, destaque para as falas de Marcelo Nova, do <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/camisa-de-venus/">Camisa de Vênus</a>,
e de Clemente, do <a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/inocentes/">Inocentes</a>,
que, porém, abordam mais o ecletismo da programação, provavelmente estimulados
pelo roteiro, do que da importância da Circo Voador para o alavancar de suas
carreiras. Temas como as famosas desavenças entre produtores e a criação da
vizinha Fundição Progresso também ficaram de fora, mesmo porque a produção,
toda independente, foi bancada pelo próprio Circo Voador - ressalte-se.<br />
<br />
João Gordo aparece em destaque por ter sido escolhido para Cristo no
episódio do fechamento ilegal do Circo, na noite em que os punks entusiastas de
<a href="http://www.rockemgeral.com.br/tag/ratos-de-porao/">Ratos de Porão</a>
e Garotos Podres, aos gritos, expulsaram espetacularmente um grupo de políticos
do Circo Voador. O então prefeito César Maia exorbitou do poder que tinha,
atendeu a um capricho de seu sucessor eleito, Luiz Paulo Conde, falecido este
ano, e mandou fechar o Circo. O próprio Maia aparece no filme se gabando do
contrário, de ter reaberto o Circo Voador oito anos mais tarde, o que de fato
aconteceu, mas só depois de muita luta da produtora Maria Juçá, que ganhou uma
ação contra a prefeitura na justiça e só conseguiu a construção do Circo como é
hoje depois de meticulosa costura política. Toda a questão é bem esclarecida em
“A Nave”.<br />
<br />
Regulado por questões de orçamento e disponibilidade de verbas, o
documentário levou cerca de cinco anos para ser concluído, e - repita-se – não
contou com o apoio de leis de incentivo á cultura, como é comum em produções
cinematográficas no Brasil. Mais que a história sendo contada e registrada para
todo o sempre, o filme é precisa oportunidade para as novas gerações perceberem
como as coisas podem ser feitas do nada, desde que sejam simplesmente
iniciadas. Assim como foi o rock brasileiro dos anos 80. E assim como foi e
continua sendo com o Circo Voador. Para ver o trailer do filme, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=NoeNC2M15Xg&list=FLbuOM2UyKFfRugCKSjYQowQ">clique
aqui</a>.<br />
<br />
Por fim, um “Bônus text”: Um relato saboroso – e recente, <a href="http://entretenimento.r7.com/blogs/andre-barcinski/cada-um-tem-a-disney-que-merece-20151009/" target="_blank">publicado originalmente no Blog do André Bracinsky </a>– de Alexandre Rossi, o “Rolinha”,
sobre sua visita à Disneylândia distópica de Banksy, em Londres. Para que você
tenha uma idéia da verve do cara – tem muito texto dele no livro da Juçá. Na
verdade ele é, praticamente, um co-autor do livro ...<br />
<br />
<b>“O Mais Despontador Parque Temático do Mundo.</b> Quando descobri que Banksy, o
cara que redefiniu o conceito de arte pra toda uma geração, havia montado uma
subversão bizarra da Disneylândia, tive que ir lá ver qual era. E qual não foi
minha surpresa quando descobri que ele não tava de sacanagem quando sugeriu que
seria uma experiência tão desoladora em tantos sentidos.<br />
Como se a superdesvalorização do real não bastasse pra te desanimar,
conseguir uma entrada para o Parque de Depressão do Banksy era uma martírio
indigno: os ingressos só eram liberados poucos dias antes, e gente do mundo
todo disputava uma entrada pro Bemusement Park. Isso significa que, se eu
quisesse pagar um preço minimamente razoável na passagem e hospedagem,
comprando tudo com antecedência, teria que arriscar sem saber se iria conseguir
entrar.<br />
<br />
Penei por dias, acordando de madrugada pra ficar dando <i>refresh </i>a
cada dois segundos no site pra conseguir comprar um ingresso, sem sucesso. A
cada mudança de planos de viagem, eu entrava mais no vermelho, ou melhor, o
vermelho entrava em mim. Comecei a achar que era mais uma formidável conspiração
do Banksy pra esfregar o quão capitalista e otário estava sendo. E quase tive
certeza disso quando os últimos ingressos acabaram. Se ele queria me
desapontar, havia conseguido.<br />
<br />
Por sorte havia gente muito mais capitalista do que eu. Os cambistas virtuais
estavam vendendo ingressos a 400 libras, mas eu milagrosamente consegui um a
40. Quando o ingresso chegou, mais um desgosto: era pessoal e intransferível.
Existia uma enorme probabilidade de me mandarem voltar da porta, o que seria
realmente deprimente. Daí me lembrei de uma frase que estava estampada no
material promocional do “parque”: “Não é arte se não tem o potencial de ser um
desastre”. Ok, ao menos poderia emoldurar minha miséria e leiloar na Sotheby’s.<br />
<br />
O parque ficava em Weston Super Mare, um balneário britânico que faz Cabo
Frio parecer Sanit-Tropez. A pessoa mais jovem com a qual eu cruzei nas
primeiras horas parecia o avô do John Cleese. O que eles entendiam como praia
era uma lodaçal com uns quatro quilômetros do início do calçadão até o “mar”.
Era uma espécie de Iguabinha britânica. O taxista falou que vários turistas
ficam presos com lama até o joelho tentando dar um mergulho. É ali, naquele
cenário desolador, que fica o que um dia foi o Tropicana - que chegou a ter uma
das maiores piscinas da Europa - onde Banksy passava as férias com a a família
e que agora estendia sua decadência por vários metros de orla, assombrando os
passantes. Me lembrou o Albanoel, aquele parque temático que o Papai Noel de
Quintino ergueu no caminho pra Angra e hoje ainda pode ser visto, abandonado,
por quem passa na estrada.<br />
<br />
Quando cheguei descobri, com espanto, que estavam vendendo ingressos na
porta! VENDENDO INGRESSSOS! Pra que eu tinha me empenhado tanto? Foda-se: a
três libras, valia a pena comprar um novo ingresso pra garantir que eu não
tivesse que passar pelo aperto de ficar sofrendo na fila sem saber se ia
conseguir entrar ou não.<br />
<br />
Ao tentar entrar na fila, um típico <i>lad</i>, sentado na cerca, me
barrou com um guarda-chuva como se fosse o pinguim do Batman, perguntando se eu
sabia o que estava fazendo. Respondi que ia comprar ingressos e ele retrucou do
jeito mais cínico: “E você acha que vai conseguir?” Já despido de toda a
perspectiva, retruquei: “E o que eu tenho a perder?”. Ele só levantou o
guarda-chuva complementando: “Não se anime, entrar na fila não significa que
você vai conseguir. Provavelmente não vai”.<br />
<br />
Não vou falar que os ingressos acabaram bem na minha hora pra não parecer
que era pessoal. Eles acabaram bem na vez das minas que estavam na minha frente.
Os Dislamalanders fecharam o guichê na cara delas, lamentando a falta de sorte,
e saíram sem olhar pra trás. Eu saí da fila resignado, portando meu desonesto
passe pro mundo da desanimação e da injustiça.<br />
Já estava preparado pra não entrar, quando cheguei na porta, uma instalação
do Americano Bill Barmisnki que parecia uma versão suecada – como no “Rebobine
Por Favor” – de uma entrada de aeroporto com versões de papelão de um aparelho
de raios-X. Tenho que dizer que fiquei desapontado quando a luz verde do
scanner acendeu e o guardinha com chapéu de Mickey, com a feição mais apática
que eu já vi, me mandou entrar. Mas eu nem tinha noção do quão desoladora ainda
seria aquela experiência.<br />
<br />
Dizer que o aquele lugar era deprimente configurava uma injustiça. A visão
daquele castelo da Cinderela semidestruído – ou semiconstruído, sei lá - do
coletivo inglês Block9, com um camburão no meio do chafariz, cercado pelos
lambe-lambes com mensagens demotivacionais da ídola do Instagram Wasted Rita e
dos sinais de trânsito da Jenny Holzer, faria aquele Gari Sorriso do carnaval
carioca chorar copiosamente e o Solzinho feliz dos Teletubbies se pôr e nunca
mais sair. E a trilha sonora expelida por aqueles alto-falantes em forma de
corneta? Imagino que tenha sido o que aquele quarteto de cordas tocava enquanto
o Titanic afundava. A chuva e o frio que castigavam aquela noite deixavam tudo
ainda mais sorumbático. E pensar que eu havia empenhado até a última prega para
chegar ali.<br />
<br />
Logo fui procurar um lugar quente e seco e fugi pra galeria. Ao adentrar
aquele galpão, que porrada! Foi como estar nadando no Tâmisa e ser abalroado
pelo barco que os Sex Pistols alugaram pra tocar na comemoração do Jubileu da
Rainha em 77. Me senti como o Alex de “Laranja Mecânica”, com aquela traquitana
que mantinha os olhos abertos sendo submetido a um tratamento de choque ao som
da Nona Sinfonia. Cada jato de spray, cada pincelada, cada pedaço de ferro
retorcido estava ali com o intuito de te tirar do torpor consumista, te deixar
desconfortável na condição de espectador, te dar um sacode existencial.<br />
<br />
De cara, você era recepcionado pelo cogumelo atômico que era tipo uma
casinha na árvore, criado pelo australiano Dietrich Wegner, também responsável
por um feto exposto numa <i>vending machine</i>. Obras do espanhol Paco
Pomet, do californiano Jeff Gillete e do palestino Sami Musa não nos deixavam
esquecer do caos que assola o mundo hoje em dia. Uns quadros da série “Making
Something Cool Every Day” do Brock Davis, do Josh Keyes e as colagens pop do
Jani Lenonen davam um descanso colorido ao clima de ruína imperante. De vez em
quando, alguém tentava interagir com as esculturas, como com a cadeira medieval
do canadense Maskull Lassere, que parecia uma armadilha de urso, e com os
padrões florais da lituana Severija Incirauskaité–Kriauneviciené aplicados a um
carro que deu PT. Eis que, no meio daquele bruhahá, ouve-se uma versão
esquizóide de “Staying Alive”. Seguindo a música, dou de cara com um daqueles
carrinhos de bate-bate sendo guiado por um esqueleto com roupa de ceifador,
obra do Banksy que ainda foi responsável por uma das esculturas mais fofas
dali: uma sucuri com um Mickey sendo digerido no seu interior.<br />
<br />
O último pavimento reservava o que havia de mais legal: Uma megamaquete
mostrando uma cidade sitiada com nada menos que três mil micropoliciais montada
por Jimmy Cauty, o cara que tacou fogo em um milhão de libras em uma
performance no deserto. Na saída, ainda tinha umas três obras do Lu$h, um
porralouca australiano que fez tanta merda que foi proibido de entrar na
Inglaterra.<br />
<br />
Ainda deu tempo de visitar o acidente com a carruagem de abóbora da
Cinderela com uns paparazzi urubuzando o cadáver – que a inglesada olhava como
se testemunhasse a morte da Lady Di - dar um rolê no Austronaut’s Caravan - um
claustrofóbico trailer que emulava a gravidade zero criados pelos retardados
Tim Hunkin e seu amigo Andy Plant - e vomitar um falafel sem glutén antes de
ser enxotado por um cosplay do vocalista do Gossip com o humor pior que o
daqueles garçons do Bar Lagoa.<br />
<br />
Ainda sob o efeito de ter tido o que restava da minha inocência vandalizada
por aquela holocáustica experiência, parti pra Veneza pra dar um confere na
Bienal. Percorrer a pomposidade e suntuosidade do Arsenale e do Giardinno foi
como padecer em um show de oito horas e meia do Emerson Lake and Palmer depois
de ter visto os Ramones tocando no CBGB. Aquela ida ao Dismaland me deixou com
a certeza que, como profetizou Gil Scott-Heron, a revolução não foi mesmo
televisionada, mas grafitada, hypada e regurgitada na nossa cara.<br />
<br />
E que cada geração tem a Disney que merece.<br />
<br />
por Adelvan “Kenobi”<br />
Marcos Braggatto<br />
Alexandre Rossi<br />
<br />
#programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-9669912648084670122015-09-25T08:20:00.000-07:002015-09-25T08:28:08.635-07:00Time Will Burn<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjguMwdEvPj_HnCtji4V8ge32DZ4XbI8X_L8xv8XOol64mJHDsuBRwLOmVC45RJGKlWZiqTVA0BrvbeBRXqfaCxPrycoeWqxQWJ9R2omjyo82TNlknyqeQP8bGXLW-dd8Pk8MvY7bXRzlg/s1600/pin+ups+P.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjguMwdEvPj_HnCtji4V8ge32DZ4XbI8X_L8xv8XOol64mJHDsuBRwLOmVC45RJGKlWZiqTVA0BrvbeBRXqfaCxPrycoeWqxQWJ9R2omjyo82TNlknyqeQP8bGXLW-dd8Pk8MvY7bXRzlg/s320/pin+ups+P.JPG" width="319" /></a></div>
“Não tínhamos o dinheiro das bandas de Brasília, nem o
intelecto das bandas do Rio. O nosso lance era rock, botas e garotas. E só”.
Nunca vi alguém resumir tão bem uma banda e suas intenções como fez o Luiz
Gustavo, ex-voz e rosto do Pin Ups, da formação clássica, quando me explicava,
em uma conversa muito rápida por email, o que e quem era o trio que gravou Time
Will Burn em 1989. Disco que tem como data “oficial” de lançamento 1990, quando
começou a ser distribuído, e que inaugurou uma estética nova da música pop no
Brasil. Cantado em inglês de ponta a ponta e sangrando guitarras, causou efeito
semelhante, em uma boa quantidade de adolescentes espalhados pelo país no
início dos anos 90, ao atribuído por Brian Eno ao Velvet Underground &
Nico, o primeiro da turma do Lou Reed: vendeu só 10 mil cópias, mas todo mundo
que comprou o disco montou uma banda.
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ninguém sabe quanto Time Will Burn vendeu, nem os próprios
integrantes, os três que gravaram o disco. Que também não sabem onde foram
parar as masters do álbum – segredo que deve estar em algum lugar do cosmos com
Lawrence Brenham (boatos dizem que ele já morreu), fundado da gravadora
Stiletto, que lançou o disco.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhutYtEn_ZFLzHWCA9QlD_aH_6KSOPFJ7_FHXhPfyalg8q3WVm9aaJ_f4rQoWOkuoZ5AOeKD4jHZQWvKTsEtg9B-IqLQnr-bSHAvLfjbpcHADvCTIh9lRFA2u0K-WtrYHj30lDggqZleDY/s1600/pin-ups-bizz.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhutYtEn_ZFLzHWCA9QlD_aH_6KSOPFJ7_FHXhPfyalg8q3WVm9aaJ_f4rQoWOkuoZ5AOeKD4jHZQWvKTsEtg9B-IqLQnr-bSHAvLfjbpcHADvCTIh9lRFA2u0K-WtrYHj30lDggqZleDY/s400/pin-ups-bizz.jpeg" width="296" /></a></div>
Claro que o Pin Ups não é o Velvet Underground. Nem uma
versão debochada do Jesus and Mary Chain de Santo André (SP), ou do Loop, do
Thee Hypnotics ou Stooges. Embora seja engraçado e tentador vê-los, ao menos
nessa primeira fase, bem ali no começo dos anos 90, como um escracho junkie e
barulhento de toda uma estética do rock que a gente, no Brasil, tava começando
a tentar entender, quando o pós-punk era deixado pra trás por uma turma que
aumentava as guitarras no volume máximo e celebrava a si mesma.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Porque eles deram motivos pra isso, sobretudo quando, no ápice espetacular
do deboche, ainda em 91, se viram no ar, ao vivo, no meio da tarde, no palco do
programa <i>Mulheres em Desfile</i>, da TV Gazeta, com as “parceirinhas” Ione
Borges e Claudete Troiano, tendo de dublar uma das músicas do álbum com um
violão faltando corda. A história, uma das melhores já registradas no rock
nacional, foi contada por eles mesmos nessa conversa extensa que tive com Zé
Antônio, Marco Butcher e Luiz Gustavo, guitarra, bateria, baixo e voz do disco,
que faz 25 anos agora em 2015.<br />
<br />
Acho que é por esse tipo de coisa, além de inaugurar um gênero no país, que <i>Time
Will Burn</i> seja tão significativo. Tosco, simples e áspero, é o retrato de
uma banda que não se levava a sério, com músicos que dispensavam pretensões de
vanguarda, e que estavam a fim mesmo era de birita, barulho, garotas e botas.
Receita semelhante deu origem a um número incontável de discos absolutos do
rock. Um deles veio à tona em 1985 sob o nome <i>Psychocandy</i>, estabeleceu
uma estética a partir do mito de um pedal quebrado e da fusão da psicodelia de
garagem com o pop das girl groups e hoje, 30 anos depois, botou a banda
criadora pra rodar o mundo de novo executando-o de ponta a ponta. Isso depois
de influenciar gerações desde seu lançamento.<br />
<br />
Mexeu, obviamente, com a cabeça ainda adolescente dos três com quem
conversei há alguns meses sobre o <i>Time Will Burn</i> – Zé Antônio e Marco
Butcher (morando hoje nos EUA) toparam a conversa por mais tempo. Os
desencontros online com Luiz Gustavo permitiram um papo ligeiro por email. O
que não impediu o resgate de histórias que cercam o disco que deu origem a um
circuito independente no país que por um tempo se chamou “alternativo”, de
coloração internacional, que soube absorver influências diversas e pisou sem dó
numa cena pop que encerrou os anos 80 pedindo penico.<br />
<br />
Eu comecei perguntando pros três, em conversas separadas, se eles se
lembravam das gravações do <i>Time Will Burn</i>, 25 anos depois do lançamento.
Foi o suficiente.<b> </b><br />
<br />
<b>Luiz Gustavo – </b>Lembro bem, apesar do barulho!<br />
<b>Marco Butcher -</b> A coisa com o <i>Time Will Burn</i> na real começou
com a ideia de gravar umas demos, se não estou enganado. Não acho que ele foi
pensado pra ser um disco. Acho que aconteceu de ser um. As faixas foram
gravadas em grupos separados, eu acho, então, na real, pra mim pelo menos é
como se fossem fases diferentes dentro de um mesmo disco.<br />
<b>Zé Antônio -</b> A gente era bem desorganizado, acho que nem tínhamos
pensado em gravar um álbum. Naquele tempo as coisas eram bem mais complicadas,
sem internet e a divulgação era quase toda via fanzines ou então em artigos de
jornalistas mais antenados com o que estava rolando. Pra facilitar, sempre que
possível a gente gravava algumas demos pra mandar pra onde fosse possível. Não
tínhamos nenhuma noção de produção, os arranjos eram básicos, enfim, tudo bem
ingênuo.<br />
<b>Luiz Gustavo -</b> Metade das músicas do disco foi composta em uma
semana, para o show de lançamento da revista em quadrinhos MONGA, A MULHER
GORILA, no Madame Satã, em 88.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Acho que no final fez sentido, mas não vejo o <i>Time
Will Burn</i> como um álbum pensado pra ser um álbum. Uma banda com três jovens
explodindo de vontade de tocar e tentar trazer algo que fosse fora do contexto
da época aí no Brasil.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Acho que desde o início sabíamos o que queríamos
artisticamente, mas nosso equipamento era um lixo, e a gente não entendia
absolutamente nada do mercado musical. A gente queria tocar… e tocar o mais
alto possível.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Foi uma época boa, final dos 80. Era tudo mais na
cara, mais real, menos domesticado. Cara, foi uma época bem importante pra
gente, a banda tava num momento em que a gente respirava música, bebia música,
comia música e, é claro, fazia música e show direto. Passávamos muito tempo
juntos, os três trabalhando em <i>songs</i> ou matando o tempo falando bobagem,
bebendo. O clássico, acredito, sempre atrás de discos. A Galeria do Rock nesse
momento era meio que a segunda casa da banda.<br />
<b>Luiz Gustavo –</b> É o nosso melhor trabalho.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Acho que com o <i>Time Will Burn</i> foi bem mais
fácil, pois não tinha pressão, não tinha selo nem nada que fosse parecido com
isso, saca? Era só a gente tentando gravar nossas músicas da forma que as
tínhamos na cabeça. Já com o <i>Scrabby</i> foi totalmente diferente. Já éramos
uma banda um pouco mais conhecida, com publico, com expectativas e tudo mais.
Tudo isso muda muito as condições e a <i>vibe</i> dentro do estúdio, é claro. O
<i>Scrabby</i> foi bem mais tenso de fazer.<b> </b><br />
<br />
<b>O COMEÇO</b><br />
<br />
<b>Zé Antônio -</b> A banda começou de uma maneira esquisita. Eu tocava com
uns amigos de Santo André mas nunca dava em nada. Desencanei e um dia vi um
anuncio de duas garotas (Syl e Angie), querendo guitarrista para uma banda.
Elas citavam muitas coisas boas como influência. Liguei pra elas marcamos um
ensaio mas elas não tinham baterista. O Luiz sugeriu que ele poderia levar umas
baquetas e marcar um ritmo, e lá fomos nós. Foram dois ensaios, mas uma delas
não sabia nem afinar o baixo e a outra era muito desafinada. Quando eu disse
pro Luiz que não ia rolar, ele me disse que era uma pena, pois a gente poderia
tocar na festa do lançamento da Revista Monga, para a qual ele desenhava. O
show seria no Madame Satã (naquele tempo o lugar era incrível), e tocaríamos
antes do Ratos de Porão. Eu disse pro Luiz: “Vamos tocar, a gente arranja um
baterista e um vocalista, eu toco guitarra, você toca baixo e nós dois fazemos
umas músicas”. E assim foi. O Luiz nunca tinha pegado em um baixo. Eu fiz umas
linhas, ele decorou, completei com a guitarra e ele escreveu as letras. Em três
dias tínhamos as músicas. Ensaiamos mais uns três dias e tocamos com o maior
volume que pudemos. Muita gente gostou, foi divertido, embora meu único pedal
tenha sido roubado.<br />
Antes do Luiz, tivemos outro vocalista, o André Benevides, gente boa, mas
não tinha nada a ver com a gente. O que gravamos com ele, descartamos e nem
pensamos em reaproveitar para o disco. Tentamos fazer mais alguns shows, mas
logo percebemos que o André estava em outra. O Luiz assumiu os vocais e ficamos
alguns meses trocando de baterista até que decidimos usar bateria eletrônica.<br />
O único problema é que não tínhamos dinheiro pra comprar uma bateria
eletrônica, hahahaha. Fomos em um estúdio, gravamos as baterias e íamos pros
shows carregando um tape deck. A gente soltava a fita e tocava uma atrás da
outra tentando não errar. Se deu certo? Não, hahahahaha, mas a gente tocava tão
alto que ninguém percebia.<br />
Arranjamos finalmente um baterista, que era menor de idade e quase foi pego
pelo juizado umas dez vezes, até que um dia o Marquinhos nos chamou e disse que
a bandas era boa, mas o baterista era uma merda. Perguntamos, “ok, conhece
alguém a fim de tocar com a gente?” E ele respondeu: “Eu”. E assim ele entrou
pra banda, daí viramos um trio.<br />
Aquela época era tudo tão tosco que chamaram a gente pra tocar em uma festa
na FAU, na USP. Dei o tape deck pro cara da mesa e fui pro palco. Não tinha nem
retorno e eu e o Luiz ficamos no palco sem perceber que a bateria já estava
rolando no PA. Perdemos umas três músicas.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Talvez o fato de morarmos em Sampa, que é uma cidade
que acaba recebendo informações mais rápido e em maior quantidade, tenha feio a
diferença no sentido de estarmos mais conectados com o que estava acontecendo
no mundo naquele momento.<br />
<b>Luiz Gustavo -</b> Só o Maria Angélica [Não Mora Mais Aqui] chegou perto
de fazer algo de diferente na época. <i>Time Will Burn</i> foi divertido de se
fazer, numa época difícil de fazer discos. Cada detalhe foi pensado com
carinho. As brigas eram brandas e estavam apenas começando. Não fazíamos o tipo
marginal, éramos muito educados e tímidos. Não tínhamos o dinheiro das bandas
de Brasília, nem o intelecto das bandas do Rio. O nosso lance era rock, botas e
garotas. E só.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Tínhamos certeza de como queríamos que a banda soasse, e
principalmente de como não soasse, rsrsrs, mas o disco foi despretensioso,
jamais planejamos algo do tipo. Só tivemos consciência disso quando alguns
jornalistas começaram a dizer isso pra nós.<b> </b><br />
<br />
<b>AS GRAVAÇÕES E A ASSINATURA COM A STILETTO</b><br />
<br />
<b>Luiz Gustavo -</b> Não lembro. Através do Tomas Pappon?<br />
<b>Zé Antônio – </b>Um dia o Thomas Pappon falou sobre a possibilidade de um
disco pela Stilletto. O orçamento era inexistente. Juntamos o pouco que
tínhamos e fomos ao estúdio do Rainer Pappon pra gravar algumas músicas e
completar o álbum. Eu, o Luiz e o Marquinhos dividimos a conta, e até hoje o
Rainer reclama que o Marcos não pagou a parte dele, hahahaha. A gente não
poderia perder a oportunidade. Gravar um disco era algo impensável.<br />
O Pappon propôs o disco meio de sopetão, e nos demos conta de que não
tínhamos tantas músicas. Entramos no estúdio pra completar a duração de um
álbum. Algumas poucas músicas já existiam, e outras nós descartamos.<br />
A verdade é que todas as gravações do álbum foram tratadas do mesmo jeito:
como uma demo. A única faixa que teve um cuidado maior foi “Sonic Butterflies”,
na qual colocamos efeito na voz, e mesmo assim foi algo bem tosco, rsrsrs.<br />
As gravações eram muito simples. Ensaiávamos em um estúdio com um Tascan de
quatro canais e nos virávamos com isso, do jeito que dava. O máximo que a gente
conseguia era usar um reverb na voz. Quando o Thomas sugeriu o estúdio do
irmão, achamos que tudo seria diferente, afinal o cara era um profissional
respeitado. Mas a verdade é que ele não entendeu nosso som, nossa barulheira e
a impressão que eu tive é a de que ele nos queria fora de lá o mais rápido
possível. O diálogo era sempre o mesmo: “Ficou bom?” E ele respondia: “Tá
ótimo, vamos pra outra!”<br />
<b>Marco Butcher -</b> Me lembro do convite do selo para lançar o play. Na
época esse mesmo selo estava cuidando de alguns artistas bem Legais como os Bad
Seeds e, se não me engano, cuidando também do lançamento do <i>Sister</i>, do
Sonic Youth, aí no Brasil. Hahah, eram outros tempos, celebrávamos tudo.<br />
<b>Zé Antônio -</b> O Lawrence [Brenhan, proprietário do selo] adorou, ele
entendia o que estávamos fazendo, mas ele era um cara muito maluco. Várias vezes
fomos pra lá esperando uma reunião pra falar do segundo disco (que ele nunca
lançou), e acabávamos saindo bêbados de tanta champagne e whisky que rolava
naquela gravadora. Se a gravadora tivesse continuado, teríamos lançado mais um
disco com eles, mas a Stilleto fechou de uma maneira bem suspeita e o Lawrence
sumiu do mapa. Alguns anos depois ouvi um boato de que ele morreu na
Inglaterra. Pra você ter uma ideia, ligamos durante uns dois meses pra lá e uma
secretária sempre dizia que ele estava ocupado. Um dia eu e o Luiz fomos até a
Stiletto e o local estava vazio, só com uma coitada atendendo o telefone e
dizendo que ele estaria em reunião. E, com essa história, a master <i>do Time
Will Burn</i> também sumiu.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Estávamos sempre por lá [na Stiletto]. Até porque
tínhamos amigos trampando ali e tals. Como o Luis e a Claudia. Gente que a
gente conhecia da noite. O Lawrence sempre tava tentando agitar coisas. Por um
tempo acabou virando meio que um ponto pra gente resolver promo, fotos, shows,
enfim, tudo que na época tava no pacote de cuidar do disco.<br />
<b>Luiz Gustavo -</b> Eu acabei me envolvendo com a amante dele [Lawrence]
na época. Ele era um cara inflamado, mas muito engraçado e bem enrolador.<b> </b><br />
<br />
<b>O LANÇAMENTO</b><br />
<br />
<b>Zé Antônio -</b> As histórias mais bizarras vieram depois do <i>Time Will
Burn</i>. Nessa época eu e o Luiz éramos muito focados na música. O Marquinhos
era o mais desencanado, faltava em ensaios e shows, mas ele é foda, sempre
soube o que fazer sem que a gente precisasse falar nada.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Me lembro que eu e o Luiz tomamos um porre no dia que
saiu o disco. No Retrô, se não me engano. Acho que fomos até lá e pedimos pro
DJ tocar na pista ou algo assim. Na época era incrível pensar em algo nosso
tocando num club, nas caixas grandes. Saudoso Toninho, se não me engano. Era um
dos DJs que estavam sempre por lá.<br />
<b>Zé Antônio –</b> [O disco foi lançado no] Final de dezembro de 89. Mas só
começou a ser distribuído em janeiro de 90, por isso para nós foi 90, e
comemoramos só agora os 25 anos.<br />
<b>Luiz Gustavo -</b> Lembro de quando o disco foi lançado. Fomos antes para
um boteco na rua Maria Antônia comemorar com os amigos.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Porra, se lembro. Foi incrível! Era algo inacreditável.
A DJ que mais nos ajudou foi a Elaine. Ela tocava sempre o nosso disco e muita
gente conheceu assim. Umas três músicas acabaram virando hit na pista do Retrô,
mas a gente também não saia de lá.<br />
Quando o Jesus and Mary Chain veio tocar aqui pela primeira vez [1991] o
baixista, Douglas Hart, acabou no Retrô e conheceu a banda ouvindo naquela pista.
Naquela época acabamos indo ao hotel pra conversar com ele, demos o disco, etc.
Mas parou por aí.<br />
O lançamento do disco também aconteceu no Retrô. Foram três dias de show e
casa cheia, inacreditável…<br />
<b>Luiz Gustavo -</b> Fizemos uns 100 shows só no Espaço Retrô.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Fizemos vários shows do <i>Time Will Burn</i>, mas
lançamento propriamente dito só mesmo no Retrô. Tocar as músicas era fácil,
tudo muito simples. Deixávamos algumas de fora, “Sonic Butterflies”,”Hard To
Fall” e “These Days”, por serem mais calmas. Os shows eram muito enérgicos e a
gente completava com versões do MC5 e Stooges.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Cara, tocamos tanto, não parávamos nunca. Na época,
rolava muito show no interior e em cidades como Santos e outras. Íamos muito a
Curitiba, Porto Alegre, estávamos sempre viajando e tinha um lance que era o
tal comboio, amigos vindo na cola pros shows fora de Sampa. Isso era engraçado.
Coisas do rock, hahaha.<br />
Era o começo e as coisas estavam rolando bem no sentido que conseguíamos
armar shows e tals. Isso ajudou a promover o álbum um pouco mais.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Antes do disco já tínhamos alguns amigos e fãs que
sempre estavam nos shows, mas depois isso aumentou bastante. É claro que não me
comparo a nenhuma banda grande, mas para uma banda alternativa nos anos 90 até
que era um público bom. A 89fm chegou a tocar algumas musicas, fizemos um show
pra rádio no Aeroanta, que depois foi transmitido na íntegra, aparecemos em
alguns programas de tv, artigos em jornais, revistas e fanzines… tudo isso
ajudou muito. E também começamos a tocar fora de S.Paulo.<b> </b><br />
<br />
<b>NA TV: CLIP TRIP E MULHERES EM DESFILE (TV GAZETA), MATÉRIA PRIMA (TV
CULTURA)</b><br />
<br />
<b>Zé Antônio – </b>com o Beto Rivera [<i>Clip Trip</i>] foi ok, meio
impaciente mas ok. No <i>Mulheres em Desfile</i> [atual <i>Mulheres</i>] foi
bizarro. O Cesinha, divulgador da Stiletto, nos ligou um dia antes pra avisar
que deveríamos estar no programa em determinada hora e isso era tudo o que
sabíamos. Fomos achando que seria uma entrevista. Ao chegar, um produtor
perguntou “cadê a trilha do playback?” Começamos a rir. O Cesinha deu um jeito
e disse que poderiam tocar o disco. A gente nunca tinha feito isso. Como
poderíamos fazer playback sem nenhum instrumento? O cara arranjou um violão e
eu joguei a bomba pro Luiz, que começou a dublar toscamente e a girar o violão,
que só tinha umas três cordas, hahaha. Foi um dos piores momentos do programa,
com senhoras da audiência reclamando dos nossos cabelos, das nossas roupas e da
minha bota, que tinha um furo na sola e o câmera deu close. Enfim, um desastre
pra produção, mas nos divertimos bastante.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Bota furada ou era eu ou o Luiz, hahaha, sempre.
Muito bom! Usávamos as botas até derreter, literalmente. Quanto mais velhas
melhor, no velho esquema Keith Richards.<br />
<b>Luiz Gustavo -</b> Lembro bem do <i>Mulheres em Desfile</i> porque fui eu
que dublou, de pé, tocando um violão velho, enquanto o resto da banda ficou
sentada atrás de mim balançando os pés.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Ah sim, Serginho [Groisman, apresentador do <i>Matéria
Prima</i>] eu lembro, tocamos ao vivo, mas os outros dois… nem ideia. Ah pera,
umas minas, claro. Meio culinária, né? Hahaha, nossa, isso, eram as
parceirinhas: Claudete Troiano e Ione Borges, hahah, típico programa da tarde,
tv aberta. Nossa, como vc sabe todas essas coisas?<br />
<b>Zé Antônio -</b> Na TV Cultura, fomos duas vezes, uma delas no programa
do Kid Vinil [<i>Boca Livre</i>], gravado no Teatro Franco Zampari, que foi
ótimo. Eram três bandas; nós, o Gueto e outra que faltou. A produção sugeriu ao
Gueto que tocasse em dois blocos e eles se recusaram, nós topamos e o Luiz tocou
sentado porque esqueceu a correia do baixo e o Gueto não quis emprestar de
jeito nenhum. Depois muita gente comentou achando que a gente tava fazendo
gênero Velvet Underground, mas não foi nada disso.<br />
Mas o pior foi no programa do Serginho Groisman, nem lembro qual era o nome,
acho que era Matéria <i>Prima</i>. Lembro que chovia pra cacete e um monte de
fãs do Pin Ups foram até lá mas não puderam entrar, pois a plateia era de
escolas. Com a chuva um dos ônibus não apareceu e a produção não teve
alternativa, liberou a entrada de todo mundo.<br />
O Serginho já entrou irritado dizendo que ninguém poderia sair do lugar
durante as músicas. O aviso não adiantou nada. Lembro que um dos nossos amigos,
o Gringo, que depois seria eternizado na música “Caminha (que aqui é de
Osasco)”, do Defalla, saltou da plateia, caiu em cima de um câmera e chamou
todo mundo que invadiu o palco. Intervalo, broncas, ameaças e tudo se repetiu
no segundo bloco, hahahaha.<br />
Depois tinha uma parte séria, de perguntas. Não me lembro o assunto, mas tinha
um sociólogo comentando algo e o Serginho foi justamente no Gringo e perguntou
o que ele achava. A resposta veio logo: “O que eu acho do que?” O Serginho
ficou transtornado, passou a mão na cabeça dele e disse: “Inteligência rara
esse moleque”, hahahahaha.<br />
Anos depois voltamos pra gravar na Cultura, mas já com outra formação. Acho
que ficamos banidos por um tempo, hahahahaha.<b> </b><br />
<br />
<b>MATÉRIA NA REVISTA BIZZ EM ABRIL DE 1991 E A SUPOSTA ARROGÂNCIA</b><br />
<br />
<b>Luiz Gustavo – </b>Eu não lembro dessa matéria.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Isso era bem complicado. Muita gente nos ajudou naquela
época, o Marcel Plasse, Kid Vinil, [Fernando] Naporano, o Jefferson de Souza,
(posteriormente muitos jornalistas foram importantes, mas isso já em outros
álbuns). Mas, por outro lado, muitas das bandas da geração anterior à
nossa eram formadas por jornalistas, e rolava uma certa disputa por espaço,
então por várias vezes fomos ignorados. O Alex Antunes era um dos que ficavam à
parte de tudo isso… ainda bem que lembrei.<br />
Mas a matéria da <i>Bizz</i> froi problemática. Ela aconteceu na Stilletto
entre muitas garrafas de Chandon e, como conhecíamos o jornalista, ficamos
relaxados, respondendo alguns absurdos por brincadeira antes de dar a resposta
séria. É claro que ele sabia disso, mas por algum motivo colocou só as bobagens
e passou uma imagem absolutamente arrogante da banda. Foi a primeira vez que
tive consciência do quanto as entrevistas podiam ser editadas e manipuladas<br />
Se as respostas ao menos tivessem sido colocadas em um contexto bem
humorado, talvez as pessoas entendessem, mas não foi isso que aconteceu.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Era uma cena muito pequena. Algumas poucas pessoas
que gostavam ou conheciam esse tipo de sonoridade. Bandas como o Killing
Chainsaw ou mesmo o Second Come do Rio. Era uma ou outra, mas acho que elas
vieram um pouco depois da gente.<br />
<b>Zé Antônio -</b> A verdade é que naquela época poucas bandas se ajudavam.
Tínhamos uma ligação forte com o Killing Chainsaw, Mickey Junkies, etc… mas
muita gente adorava falar mal. Era difícil. Hoje acho que isso colaborou muito
para que aquela cena tão interessante não tenha atingido o respeito necessário.
Quem vê de longe, hoje em dia, terá outra leitura, mas quem viveu aquilo tudo
sabe do que eu estou falando.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Acho que [gravar o disco foi] um <i>felling</i> de se
sentir parte de algo real naquele momento. Um registro físico de nossas ideias.
Não era uma demo, era um vinil. Difícil explicar, mas enfim, tinha toda uma
mitologia em volta do vinil. Ainda existe, mas não me afeta mais.<b> </b><br />
<br />
<b>AS COMPARAÇÕES COM O JESUS AND MARY CHAIN. INCOMODAVA?</b><br />
<br />
<b>Zé Antônio – </b>Absolutamente. Jesus sempre foi uma das grandes
influencias da banda. A gente meio que queria parecer com eles, é só ver nossos
cabelos, rsrsrsr. Negar isso seria desleal. Amávamos todas essas bandas que
você citou. Faltou Spacemen 3, que a gente também ouvia muito.<br />
Nós sempre ouvimos muita coisa, até hoje somos todos viciados em música. É
impossível não absorver nada, imagem e sonoridade também, referencia estéticas
etc..<br />
<b>Marco Butcher -</b> Falta de informação sempre incomoda, né? Acho que sim
e não, sei lá. A gente ouvia eles da mesma forma que ouvia Stones ou MC5 ou
Birdland ou os Velvets. Então acho que não, eu gosto do primeiro dos Jesus e os
singles, os primeiros. Depois nah, acho um porre. <i>Psychocandy</i>,
isso, gosto desse. De resto não ligo não.<br />
Loop, taí, acho que nessa época ouvíamos mais Loop do que Jesus. Eu gosto do
<i>Taste,</i> do Telescopes. Depois nah, mas isso eu vim a perceber depois.
Popeira Manchester horrível pra boi dormir, tô fora. Nunca entendi o que rolou
com essa banda. O <i>Taste</i> é um disco bom. Daí quando ouvi o segundo álbum
[<i>The Telescopes</i>, 1992], affe, muito ruim demais. Tipo uma popeira com
batidinha balaco baco safada! Deletei geral da minha vida, rsrsrsr. Mas Loop
sempre foi classe, tenho todos, se puns. Adoro, Loop é demais. Não ouço há
anos, mas taí na coleção, muita coisa pra ouvir.<b> </b><br />
<br />
<b>O ‘MITO’ JUNKIE. BANDA-PROBLEMA? SHOWS EM SANTOS E O AMPLIFICADOR DE
CARRO</b><br />
<br />
<b>Zé Antônio -</b> E o pior é que a maioria das histórias é real. Mas não
que nós fossemos diferentes da molecada daquela época, alguns amigos eram muito
mais loucos que qualquer um de nós, mas por ter banda tínhamos mais atenção. É
claro que em um determinado ponto percebemos a importância disso, mas o estrago
já estava feito e daí, relaxamos.<br />
<b>Luiz Gustavo</b> – Não era mito.<br />
<b>Zé Antônio</b> – Que eu me lembre, após a Bizz rolou uma fama de
arrogante, mas de encrenqueiros até que não. Pelo menos eu nunca soube. Éramos
tranquilos pra tocar com o que tivesse, fiz show com guitarra plugada em um
tojo de carro e rolou do mesmo jeito. No final a fama até que foi boa, hahaha.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Santos. Me lembro disso. Na Ilha. Fazíamos shows ali
direto. Na época sempre tinha um clube novo rolando ali. Era bem bizarro na
real. Fechava um, abria outro, nunca era o mesmo, mas sempre na ilha.<br />
<b>Zé Antônio</b> – o Tojo foi aqui em São Paulo mesmo. Não lembro o nome do
lugar mas foi uma noite de histórias incríveis, hahahaha. Estávamos no palco, o
dono nos pressionando pra começar o show e ninguém sabia do Luiz. De repente
abre a porta do banheiro e o Luiz sai de lá junto com a mulher do dono
hahahahahah! A noite terminou com um amigo, o Raul, que normalmente é um doce
de pessoa, totalmente alterado destruindo o lugar.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Lembro que uma vez um amigo marcou um show pra gente
na Baixada [Santista], não lembro em que cidade. Daí fomos, tudo bem. Quando
chegamos lá, não conseguíamos achar o amigo nem o lugar. Quando finalmente
achamos, era uma lambateria. OBA era o nome, hahahah. Três músicas ou quatro
depois de começarmos, o dono nos pagou pra não tocar mais. Talvez essa seja a
única memória q eu tenha de shows, não lembro mesmo.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Santos realmente rendeu muuuuitas histórias, mas essa da
lambateria foi em Itanhaém. Nunca havíamos tocado fora de São Paulo e um amigo
arranjou um show naquela cidade. Perguntamos onde e a resposta era sempre a
mesma: “um lugar que eu dou som de vez em quando, confia em mim”. Faltando
apenas alguns dias pro show ele disse: “o lugar se chama Lambateria Oba, mas no
dia eu vou discotecar e só vai público de rock”. Mentira, é claro. Tinham uns
gatos pingados pra nos ver, mas começou a chegar o público da casa sem entender
quem eram os estranhos.<br />
Entramos no palco, tocamos uma única música e então senti alguém agarrar o
meu braço. Era o dono do lugar, que me puxou para um canto e disse: “o cachê tá
aqui, tem até um pouco a mais, mas pelo amor de Deus, parem de tocar agora!” E
foi o que aconteceu, hahaha.<br />
Pra completar, voltamos de carona no carro de uma amiga, Tania, que chorou
metade do caminho depois de atropelar um pobre tatu.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Sim, o povo da casa. Tinha um ou outro surfista e
tals, mas nah, casais e tals.<br />
<b>Zé Antônio -</b> Não no clube, mas em boates da ilha, que normalmente
eram alugadas para shows alternativos. Rolou de tudo. Uma vez o palco eram em
L, em volta da cabine de som. Chegamos lá e não tinha nenhum amplificador, as
guitarras iriam ser ligadas diretamente na mesa de som. Eu avisei que não
rolava, mas depois de muita insistência liguei e queimei três canais da mesa. O
DJ, puto da vida só repetia uma frase: “Eu falei que não dá pra ter banda, tem
que ser sexta romântica!!” hahahaha<br />
Outra vez o Farofa, do Garage Fuzz, nos ligou perguntando se a gente ia
mesmo tocar em Santos, pois tinham vários cartazes na cidade de uma festa na praia
das vacas. E era mentira. Pegamos os instrumentos, lotamos um carro e fomos pra
tal festa. Na entrada, dissemos: Somos o Pin Ups, que vai tocar aqui, não é
isso? Os caras não sabiam o que fazer, inventaram desculpas de que o cartaz
estava pronto e não deu pra falar com a gente e coisas do tipo. Ofereceram open
bar, mas a bebida era tão ruim que fomos embora. Lembro do Luiz se divertindo
pondo fogo nas coisas com a vodca que eles serviam.<b> </b><br />
<br />
<b>A ENTRADA DA BAIXISTA ALÊ BRIGANTI</b><br />
<br />
<b>Zé Antônio – </b>O Luiz queria só cantar, ter mais espaço no palco.
Pensamos em algum baixista, mas não sabíamos quem. Um dia cheguei no Retrô e o
Marquinhos veio com a Alê e disse: “essa é a nossa baixista, já falei com ela
tá tudo certo”.<br />
Lembro que fiquei muito irritado e até hoje me culpo pelo quanto eu
hostilizei a Alê nos primeiros ensaios e shows. Fui bem mal educado com ela e
me arrependo. Mas logo ficamos muito amigos e eu percebi que eu fui ranzinza,
ela tinha tudo a ver com o Pin Ups. E, de todos que passaram pela banda, a Alê
é minha amiga mais próxima.<b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"> </span></b><br />
<br />
<b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">O LEGADO DO TIME WILL
BURN. HOMENAGEM A THE NAIL WILL BURN, DO LOOP?</span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"></span><b> </b><br />
<br />
<b>Marco Butcher – </b>Tem muita coisa que não me lembro mesmo, já fiz tanta
coisa depois disso. Tanto disco, banda, lugares, enfim… vira um bolo total
tudo. Haha, é tempo demais, e trabalhos demais entre aquilo e hoje. Eu não
tenho nem ideia. Eu não tenho o disco por exemplo. Ou, se tenho, não faço a
menor ideia onde está. Numa das pilhas de disco pela casa.<br />
Não faço nem ideia de quantas cópias vendemos. Mais de mil, com certeza, mas
fora isso não sei dizer mesmo. Acho que na época a tiragem mínima era de mil
cópias.<br />
<b>Zé Antônio -</b> O nome da banda foi sugerido por mim, mas o do álbum foi
pelo Luiz. Talvez seja inspirado no Loop, mas só ele pode responder isso
rsrsrs.<br />
Em relação ao álbum… Sou muito crítico com tudo o que faço então é claro que
quando ouço <i>o Time Will Burn</i> penso que gostaria de gravar tudo de outra
maneira, com mais guitarras e cuidados de produção. Mas tenho um carinho enorme
por esse álbum. Ele abriu muitas portas para a banda e selou a amizade com o
Luiz Gustavo e a Alê, me proporcionou histórias, e momentos inesquecíveis.<br />
Em relação à importância, acho que só comecei a perceber isso quando alguns
músicos citaram o disco como influência e pessoas que eu nunca havia visto
lembravam do <i>Time Will Burn</i>. Na época isso nem passava pela minha
cabeça. Fico realmente feliz em saber que algumas pessoas acham que de alguma
forma ajudamos a pavimentar algum caminho para bandas novas, mas prefiro ouvir
do que falar sobre isso. Se realmente deixamos algum legado, tudo o que
passamos valeu a pena.<br />
<b>Marco Butcher -</b> Na real, eu nunca penso em Pin Ups, man. Não sou do
tipo saudosista, tampouco me apego a discos ou bandas, acho que minha relação
com música é diferente disso. Gosto de estar em movimento e só, sempre tentando
trazer algo. Não sei dizer se muito lá atrás. Mas não é algo em que eu pense ou
tome como referência pra minhas coisas nem nada. Acho bacana que as pessoas
olhem pro <i>Time Will Burn</i> e tenham essa química com ele. Eu tenho, mas é
em outro sentido, foi nosso primeiro álbum. Mas nunca olhei pra trás e parei
pra pensar no que ele fez ou deixou de fazer pela cena, ou isso ou aquilo.<br />
<br />
NOTA: Amanhã tem "Time Will Burn" no programa de rock<br />
19H/104,9 FM em Aracaju e região<br />
<a href="http://www.aperipe.com.br/">www.aperipe.com.br</a> <br />
<br />
por Filipe Albuquerque<br />
<br />
<a href="http://www.bemparana.com.br/vox/25-anos-disco-time-will-burn-pin-ups/" target="_blank">BEM PARANÁ</a><br />
<br />
# programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-3256509469382084592015-09-11T09:28:00.001-07:002015-10-04T09:58:05.028-07:00Karina Buhr é um monstro ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcflB5Dsn9r_7u-EDthsEZmFq7A7ysTeyxihuVvRB5njSQjRSX2xRsRA72s6SR8R4iPyR2c9e1rIIqWwT6WU9IgS8GrrY953kstZkgvweucMzjLFWGbf0Q7tSPLD5ZOQzbotgPVxHStXM/s1600/karina-buhr.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcflB5Dsn9r_7u-EDthsEZmFq7A7ysTeyxihuVvRB5njSQjRSX2xRsRA72s6SR8R4iPyR2c9e1rIIqWwT6WU9IgS8GrrY953kstZkgvweucMzjLFWGbf0Q7tSPLD5ZOQzbotgPVxHStXM/s320/karina-buhr.jpg" width="320" /></a></div>
A cantora Karina Buhr lançou nesta terça-feira (8) o primeiro single de <i>Selvática</i>, seu terceiro álbum, programado para sair no dia 29 de setembro, através de download gratuito. Na definição da compositora, a faixa <i>Eu sou um monstro</i> é um grito feminista<i>. “<i>A </i><i>letra fala</i><i> da
canseira da princesa rosa-loira-adormecida que tanto nos atormenta e
vive querendo virar monstro, já sendo. É aquela fera puxando as rédeas e
escolhendo pr</i><i>a onde vai, saindo da inércia, q</i><i>ue resolve o que vai fazer e sabe o que vai acontecer com ela</i><i>”</i>.</i><br />
<br />
O show de lançamento do novo disco acontece nos dias 02 e 03 de outubro no Sesc Pompeia com participação especial de Denise Assunção. O novo álbum está em pré-lançamento no <a href="http://www.kickante.com.br/karinabuhr" target="_blank">site Kickante</a>. <a href="http://brasileiros.com.br/2015/09/ouco-o-novo-single-de-karina-buhr-eu-sou-um-monstro/" target="_blank">A Revista Brasileiros bateu um </a><a href="http://brasileiros.com.br/2015/09/ouco-o-novo-single-de-karina-buhr-eu-sou-um-monstro/" target="_blank">papo rápido com a cantora para falar sobre a música nova:</a><br />
<br />
<b>Brasileiros – A música tem uma letra super sucinta. De onde vem o lance de fazer uma letra tão direta? </b><br />
Tem ela no livro <i>Desperdiçando Rima</i> (Fábrica 231). Não sei
de onde veio isso da letra direta, na verdade nunca pensei nisso de ser
uma letra direta. Ela não ia ser letra de música, ia ser uma poesia do
livro, só depois fiz a música pra ela.<b> </b><br />
<br />
<b>De onde surgiu a ideia para a letra? Vem de uma história pessoal, de histórias de outras mulheres ou tudo isso junto? </b><br />
Vem de tudo junto. Não é uma história específica, é sobre muitas histórias de mulheres, que nascem sob um mesmo estigma. <b> </b><br />
<br />
<b>Por que escolher esta faixa para apresentar o álbum?</b><br />
Tinha que escolher uma delas e acho que ela tem uma agressividade e
peso que o disco tem. Achei que ela daria um bom “bom dia” do disco.<b> </b><br />
<br />
<b>O que é “o monstro” da música? Ouvindo a música senti que
cabem mil interpretações ali. Você sente isso também ou tem uma
interpretação mais definida do que escreveu? </b><br />
Tenho uma interpretação bem definida. Mas acho maravilhoso que você
sentiu que cabem mil interpretações ali. Acho essa a melhor parte de se
fazer músicas e letras, cada um que ouve, poder ouvir sua própria
versão. Não me sinto bem destrinchando uma letra, explicando tudo. Acho
que o mistério é justamente essas mil interpretações. Essa coisa que eu
falei sobre ela, que você cita nas aspas, já fiz um esforço grande pra
tentar traduzir um pouco a música. Esforço no sentido de achar que tava
fazendo uma coisa errada, que não ia dar certo isso de traduzir. E aí
tentar mais que isso acho que quebraria o encanto.<br />
<br />
(<a href="http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/musica/2015/08/10/noticia_musica,170496/em-entrevista-karina-buhr-fala-sobre-feminismo-musica-e-literatura.shtml" target="_blank">continuando ... </a>) <b>Você é vista como um ícone feminista pelo público. Você buscou essa posição ou surgiu naturalmente? Qual a importância de <br />difundir essas ideias <a href="http://imgsapp.divirta-se.uai.com.br/#" rel="nofollow" style="border-bottom: dotted 1px; color: #ff9900; cursor: hand; text-decoration: underline;">atualmente</a>?</b><br />
Essa posição foi vindo naturalmente, eu não tenho vontade de ficar construindo alguma <a href="http://imgsapp.divirta-se.uai.com.br/#" rel="nofollow" style="border-bottom: dotted 1px; color: #ff9900; cursor: hand; text-decoration: underline;">imagem</a>.
Sempre falei sobre essas coisas na vida, mesmo antes de ser artista,
mas minha ideia de feminismo é que um dia a gente não precise mais ser
feminista. O ideal é que seja tudo tão normal e cotidiano que a gente
não precise mais se defender quanto a isso. Vamos ser feministas
enquanto for preciso. É um saco bater sempre na mesma tecla? Sim, mas é
um saco maior ainda passar pelas coisas que as mulheres passam, então
vamos continuar.<br />
<br />
<b>Já foi cobrada pela família ou pela <a href="http://imgsapp.divirta-se.uai.com.br/#" rel="nofollow" style="border-bottom: dotted 1px; color: #ff9900; cursor: hand; text-decoration: underline;">sociedade</a>
para ser mais feminina? Acredita que rotular comportamentos e
características como femininas ou masculinas ainda é um tabu presente
na sociedade?</b><br />
Ainda está muito presente, tanto que é
uma luta muito grande a de quem tenta acabar com o preconceito de
transfobia, homofobia, pois tudo isso está impregnado no machismo. Desde
quando você nasce menina, com tudo rosinha, mesmo que hoje já não seja
proibido fazer isso ou aquilo, ainda tem o preconceito de quem pode
fazer o quê. Foi isso que vivi na minha vida, as meninas que iam jogar
futebol ou ser cientistas, eram as que quebravam todas as barreiras
possíveis, porque as condições e direitos não eram iguais. Essa ideia do
que é de homem e o que é de mulher é que atrapalha tudo. Existe esse
mito de que homem é irresponsável, imaturo e, para as mulheres, têm
aquilo de serem maduras, maternais. Qualquer pessoa pode ser as duas
coisas.<br />
<br />
<b>Você costuma defender suas causas políticas
publicamente, acredita que esse seja um dever do artista? De que
maneira a arte pode ajudar a propagar seus próprios ideais?</b><br />
Acaba
que como artista, quando você fala das suas questões, seja em uma
música ou em um show, e isso acaba se espalhando. Quando escrevo em
redes sociais, o tema se espalha mais rápido ainda. Assim, você acaba
disseminando o seu trabalho e suas ideias, mas acredito que é de cada
um, não precisa de uma regra. Tem gente que faz muito sem falar tanto,
tem gente que fala muito mas é superficial, tem gente que faz os dois.
Acho que é uma obrigação de todo mundo, não só do artista. Muitas vezes
o seu público pode não concordar com suas ideias, mas é importante
espalhar.<br />
<br />
<b>Quando começou a fazer arte, você pretendia utilizá-la para quebrar padrões? Aconteceu naturalmente?</b><br />
Eu
faço tudo muito naturalmente, não penso antes ‘eu vou quebrar padrões,
vou protestar’. Pode ser que eu faça um livro inteiro falando sobre o
mar e a lua, a gente tem que ter leveza também, pois existem os dois
lados. Desde uma banda como os Racionais, que são incríveis fazendo o
que fazem, até um cara como o Jack Johnson que toca violão na praia e
também é maravilhoso. É massa ter tudo isso misturado, cada um vai falar
melhor de uma coisa. Eu, na vida pessoal, não sou performática, sou
mais tímida, muitas vezes ninguém entende nada. Mas é que ali no palco é
aquele momento, que estou cantando aquelas músicas, na vida sou mais
pra dentro mesmo.<br />
<br />
<b>Já te ouvi dizer que era contra
expressões como o regionalismo. Por que motivo? Acredita que isso
atrapalha em vez de fortalecer?</b> <br />
Na verdade quando se fala
de música e cultura regional no Brasil, se está falando do Norte ou do
Nordeste, qualquer lugar que não seja o Sudeste, então isso é que é um
saco. Quando alguém diz ‘ah, sua música tem uma pegada de música
regional’. Regional de que região? De repente um som que tem muito
coco, maracatu.. é chamado regional, mas se for um samba, que é do
Sudeste, não é. Vira regional porque está fora do núcleo.<br />
<br />
<b>Sua
música é uma mistura de diferentes estilos e sua personalidade no
palco é forte. Leva a sua experiência como atriz do Teatro Oficina para
o show ao lado da música? O que mais te marcou em suas experiências
com Zé Celso e o que você leva delas na artista que você é hoje?</b><br />
Acredito
que inconsciente eu trouxe, passei sete anos lá. E lá a rotina era
cantar, tocar, dar texto, tudo ao mesmo tempo. E eu gosto disso, tudo
ao mesmo tempo, então vai para o meu show de alguma maneira. Foi quando
eu cheguei lá que entendi o que era o Oficina e o Zé Celso. Não foi
difícil, mas foi diferente de tudo o que eu tinha feito. Isso de tirar a
roupa no começo me assustou, mas depois virou algo completamente
natural e foi muito bom ter se tornado natural.<br />
<br />
<b>É
difícil para o artista tentar explicar de onde vem a sua inspiração,
você acredita que se coloca nas composições e poesias que cria? Ou tenta
criar a partir de algo externo? Que tipo de coisas, cheiros, lugares
ou pessoas te inspiram mais no processo criativo?</b><br />
Eu não
penso de onde eu tiro inspiração ou criação, acho que se eu pensar
muito não sai. É claro que a gente é inspirado por tudo que vê e que
ouve, mas quando eu vou fazer, não vou pesquisar ou procurar alguma
coisa específica. Pelo contrário, quando vou fazer, tento fazer o meu
melhor ali e depois acabo pensando que pode ter tido a ver com algo que
vi em outro lugar. É na confusão, no meio de tudo. Até já tentei ir
pra outro lugar. Uma vez fui pra uma praia lá perto de Ubatuba, ia
passar 15 dias escrevendo. Cheguei lá e passei 15 dias tomando banho de
mar, lendo, dormindo, não fiz nada disso. É um processo do dia a dia.<br />
<br />
<b>Na grande parte de suas entrevistas, você evita dar respostas muito fechadas, que tenham por base o certo ou errado, sim <br />ou não. Você acredita no equilíbrio e na existência de múltiplas possibilidades em tudo?</b><br />
Eu
evito sim, porque até pode acontecer de eu dizer que acho algo certo e
depois dizer que não, e tudo bem isso. Até porque a opinião pode
mudar, posso falar algo com muita certeza agora e depois ser outra
coisa. Não têm só dois lados de cada coisa. Isso de todo mundo ter que
dar opinião sobre tudo, tem que ter opinião fechada, não precisa. Às
vezes você não sabe sobre aquilo, ainda está percebendo ainda o que é. O
que me agonia é isso, todo mundo tem que ter uma opinião formada sobre
tudo. Tento entender melhor antes de falar, não tachar as opiniões.<br />
<br />
<b>Qual a importância da existência de pequenas editoras e gravadoras? Essa presença independente faz diferença no mercado?</b><br />
Acho
isso muito importante, fiz discos independentes, sempre segui esse
caminho. Esse caminho independente é muito importante, existe uma
liberdade total de tema, de formato, a limitação é só pela grana. A
tiragem é menor, mas tem outras coisas boas, outras trocas. Gente que
faz fanzine, HQ, isso é muito bom. Se tivesse uma gravadora e chegasse
com uma proposta massa, eu faria também, tem muito artista que já fez
coisa bacana com gravadoras, não é uma regra. A distribuição de música e
as coisas vão mudando e a gente descobre novos caminhos.<br />
<br />
(<a href="http://www.socialistamorena.com.br/" target="_blank">e mais</a>) <strong>Socialista Morena – Quando você fez a foto do disco sem blusa, achou que o Facebook fosse censurar?</strong><br />
<em><strong>Karina Buhr –</strong> Só pensei no Facebook depois. Mas
pensei: claro, tem grandes chances de ele vetar, porque vetam um monte
de desenho meu. Achava que isso podia acontecer, sim.</em><br />
<br />
<strong>Você já tinha sido bloqueada antes?</strong><br />
<em>Já. Com desenhos, com o </em><a href="http://issuu.com/sexoagil" target="_blank">Sexo Ágil</a><em>
(revista eletrônica que edita anualmente). Tem uns caderninhos que eu
fiz para a Livraria Cultura que tentei divulgar no Facebook e não
deixaram. O Sexo Ágil todo ano vetam, tanto quando a capa é desenho
quanto quando é foto.</em><br />
<br />
<strong>Qual foi a idéia da capa do CD?</strong><br />
<em>A idéia é ser este personagem, Selvática, que conta a história do
disco. Desde o começo eu imaginei ela assim, uma guerreira, uma mistura
de um monte de coisas. Aquela faca que eu uso, na verdade é uma lança
ianomâmi, estou com um punhal cigano… São umas referências misturadas,
mas simbolizando uma guerreira. Este nome eu tirei do Gênesis, da
Bíblia, que fala de uns animais selváticos, que são os bichos escrotos:
ratos, serpentes, escorpiões. E depois quando entra a mulher em cena,
comecei a viajar que ela também seria selvática, por tudo que rolou na
história até hoje e como elas são representadas também nestes textos
todos: sempre que tem mulher é relacionado à traição, à fraqueza.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>O que você acha de mamilos serem tão “polêmicos”? Estamos vivendo tempos conservadores demais?</strong><br />
<em>A gente sempre viveu, mas pelo menos na arte isso era uma coisa
tranqüila, era um lugar onde dava para respirar. O que não dava na vida
real, dava para respirar em foto, escultura, desenho… E agora está cada
vez pior e não é só no Facebook. A gente ficou pensando: e loja de
disco, será que vão querer botar tarja? Teve a história do disco de
Juçara Marçal no Itunes, né?</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Qual?</strong><br />
<em>Um desenho do Kiko Dinucci de uma mulher com o peito de fora que
foi censurado. Então tem essa história sobrevoando, é horrível. Quando
comecei a fazer o Sexo Ágil, o primeiro era falando basicamente disso,
da vontade de poder tirar a blusa na rua, onde estiver, porque é a nossa
burquinha. Eu chamo de mini-burca e a burca de blusão. Me lembro de
quando era pequena, do momento em que tive de botar o sutiã na praia, do
momento em que passei a andar de camisa. De como isso foi ruim pra mim,
na época, que é também a idade em que as meninas no mundo árabe têm que
botar véu, começar a se cobrir… É como se de repente chegasse numa
idade em que a gente ficasse muito perigosa e os homens não vão poder
resistir e só vai acontecer coisa ruim. Eu ligo isso, essa coisa de não
poder ficar com o peito de fora em qualquer lugar, ao momento em que
começou essa confusão toda, de você usar uma roupa curta e ser culpada
de qualquer coisa ruim que lhe aconteça. Começou ali. Eu lembro muito
dessa sensação de estar na praia, com 11 anos…</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Quando o peitinho da gente começa a apontar, né?</strong><br />
<em>E o meu demorou, então fiquei lá muito relax. Minha avó, mãe do
meu pai, ficava reclamando: ‘parece um menino, parece um menino’. Eu
ficava sem nada, só com 11 anos que eu fui botar na praia a parte de
cima do biquíni. E aí quando começa isso, começa a agonia na vida da
gente, que nem uma blusa transparente pode usar. Tá no frio acende o
farol, pronto: bota a bolsa na frente. É insuportável.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Parece uma coisa importada da direita americana.</strong><br />
<em>Isso vai tomando uma força muito louca. Essa coisa do Facebook
mesmo, parece uma besteira, dizem: ‘ah, é só sair’. Não, é uma
ferramenta muito poderosa de comunicação. Muita gente usa para trabalho,
é uma comunicação muito forte. E ela começa a decidir quais vão ser os
assuntos, quais vão ser as imagens que a gente vai poder usar. Então
cada vez menos aparece peito e cada vez mais fica como natural censurar
peito. O maior problema é esse: que quem faz as coisas comece a se
censurar antes que venha a censura de fora.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>E desde a arte clássica, peitos de fora nunca foram um grande drama…</strong><br />
<em>Pois é. Teve uma charge que recebi de um bando de homem olhando
revistas de mulher nua numa banca e do lado deles uma mulher com o
símbolo feminista, com o peito de fora, e a polícia levando. É bem isso.
Se for uma nudez de mulher dentro daquele universo que é para mostrar
para os homens, isso pode. Mas se é em outro contexto, se é uma mulher
tirando porque quer tirar, aí não pode, fica proibido. Aí é que é louco.</em><br />
<br />
<strong>Vira atentado ao pudor.</strong><br />
<em>É. E engraçado, essa coisa de ficar muito relax de ficar com o
peito de fora de novo, depois da infância, eu tive no teatro Oficina.
Maravilhoso ver isso lá dentro, como a gente é completamente livre de
fazer isso lá dentro. Mesmo. E é uma sensação muito boa, passar duas,
três, seis horas de peça sem roupa. E isso ser uma coisa completamente
natural. Tem muita gente que vai lá e se choca e são pessoas que não se
chocam de estar numa boate de strip. Acham natural este outro tipo de
nudez.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Você sempre foi uma pessoa muito engajada. Como está vendo a situação política que a gente está vivendo?</strong><br />
<em>Eu fico me sentindo sabotada o tempo todo, dá vontade de nem ler
mais nada do que está rolando, esperar pra ver o que vai acontecer e
depois respirar de novo. Porque é uma sensação de impotência muito
grande, é uma força muito grande da mídia inteira querendo defender as
suas causas. É um cenário fake que se criou e que a gente começa a viver
como se fosse realidade e de repente essa realidade é a maior de todas.
Essa coisa do impeachment, poucos meses depois de a mulher ser eleita
pela maioria das pessoas, começar este boicote e virar o que virou! É
uma coisa muito surreal, apesar de ser repetição de histórias que a
gente vê no mundo desde sempre. Só que estar presente dentro de uma,
quando está acontecendo, é diferente de analisar de longe o que ocorre
em outro país. É uma coisa muito esquizofrênica, na verdade, porque a
maioria das pessoas que votou em Dilma, eu incluída, acreditou nas
coisas que ela sempre defendeu, e de repente ela não só não representa
mais muito disso como também não assume que representa o outro lado. A
questão indígena, por exemplo, é muito absurdo como é tratada. É um
partido que está junto dos latifundiários e os latifundiários odeiam
este partido.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Tenho a impressão que ela, no atual momento, não está agradando a ninguém.</strong><br />
<em>Ela não agrada nem quem votou nela nem quem não votou. Fica uma
situação desesperadora. O Mato Grosso do Sul está em guerra e não se faz
nada. Quando teve aquele movimento dos Guarani-Kaiowá ela nem recebeu
eles! Uma coisa muito estranha.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Você iria para a rua defender o governo se houver impeachment?</strong><br />
<em>Eu não quero de jeito nenhum que role impeachment, não pode
acontecer, é surreal. Mas, ao mesmo tempo, me falta essa força de ir
para a rua defender o governo porque o governo também não está fazendo
as coisas que eu acredito. Esse é um problema muito grande. Vejo isso
como um problema geral, vejo muita gente nessa situação: não quer que o
impeachment aconteça de jeito nenhum, mas falta esse fogo pra ir para a
rua porque está vendo um monte de merda que está rolando no governo.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Quem votou na Dilma apostou em uma guinada à esquerda e o que
está acontecendo parece uma tentativa de agradar quem não votou nela…</strong><br />
<em>…E não está agradando. Não está agradando e nem vai agradar.
Então por mais que eu não queira que aconteça não tenho esse fogo para
botar mais uma camiseta.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Acho que muita gente iria para a rua defender a democracia, defender o voto que deu, não exatamente para defender o governo.</strong><br />
<em>Pois é, eu também teria que ir nesse carro de som aí (risos). Ia
ter que ir não no “defender o governo”, mas no “defender a democracia”.
Isso aí total. Mas essa que é a grande armadilha: você quer defender,
mas não isso que está aí rolando. Ao mesmo tempo sou contra o
impeachment com unhas e dentes.</em><br />
<br />
<em><strong>Seu disco pode ser baixado ou é vendido também?</strong></em><br />
<em>Dá para baixar grátis e vendo também. Trabalhamos de todas as
formas. Vendo disco, livro, caderno, desenho, copo… Mas eu não sou uma
empresária, não sei negociar. Faço e tento colocar junto do meu
trabalho, não é uma coisa de ‘tino para negócios’.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>Acho que a palavra deste século é independência, né? Artistas estão nessa, jornalistas estão nessa…</strong><br />
<em>Eu gasto uma grana nestes catarses, nestes kickantes da galera…
Compro livros, discos de todo mundo. Acho que é o caminho. É muito
direto, você não está sendo enganado. Sabe que aquilo ali é uma coisa
que você acredita. Agora o grande problema que eu acho é que tem um
descompasso entre a música que é feita hoje e o modo como a mídia trata.
O jornalismo de música continua agindo como era no passado. Tem essa
necessidade do novo, do CD, tem uma necessidade de coisas que não são
mais demandas reais de quem faz música. Tem uma mania, por exemplo, de
chamar de ‘alternativo’. Chamam de alternativo porque ganha menos
dinheiro, isso não diz nada sobre você. Ou ‘nova cena’, né? Eu fico
rindo porque ao chegar em São Paulo zerou, né? Porque em Recife a vida
inteira eu já ria muito disso lá – ria pra não chorar. E aqui zerou,
virei de novo “nova cena”, “nova geração”. Estou com 41 anos e sou ‘nova
geração’ para sempre… É muito engraçado. Você faz durante muitos e
muitos anos e fica sendo ‘nova geração’, ‘alternativo’ para sempre.</em><strong> </strong><br />
<br />
<strong>O legal do independente é que a gente coloca nosso grãozinho anticapitalista no mundo também.</strong><br />
<em>Sim, total! E eu falo sempre que não faço música querendo
agradar, pensando em agradar aquele público. Mas depois que eu faço fico
torcendo para que um número maior possível de gente goste daquilo.
Lógico, querer que seu trampo faça sucesso no sentido bom do sucesso. De
ficar tranqüila, viver do seu trampo, mas quando se está criando, é
liberdade completa. Inclusive assumindo os riscos de saber que aquela
coisa não vai agradar um monte de gente e, em vez de ganhar público, vai
perder. Então tem sempre esse friozinho na espinha no meio: e aí, será
que vai rolar? Puf. Joga. Vamos ver qual é. Este é um risco que escolhi.
Se eu não fizer assim, era melhor ter feito outra coisa na vida.</em><br />
<br />
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<br />
Cynara Menezes é a Socialista Morena<br />
Vinicius Félix para a Brasileiros<br />
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<br />
<span class="red cont_filme_left"></span> <span class="separador mr10"></span>
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<span class="dp"><a class="link" href="mailto:Jornalismo@uai.com.br">Isabella Andrade para o uai</a></span><br />
<br />
<span class="dp"># </span><br />
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<br />programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-32832092311822897512015-09-09T15:51:00.001-07:002015-09-09T15:51:11.938-07:00O Fim.<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTsT7wT7Lj3G2axgTgGI_yd7U-PJWmdUm1WI8HdDlUk7W84EQpgspVQFIO0XX4uge0J5Zcdj0_EPUXuQH7OcVfEMbXxFqQX1ZQIkFEOZizhLZ91Dd_VAunu-RJNSmj7en6vFwdJNawq4o/s1600/Sonic.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTsT7wT7Lj3G2axgTgGI_yd7U-PJWmdUm1WI8HdDlUk7W84EQpgspVQFIO0XX4uge0J5Zcdj0_EPUXuQH7OcVfEMbXxFqQX1ZQIkFEOZizhLZ91Dd_VAunu-RJNSmj7en6vFwdJNawq4o/s320/Sonic.jpg" width="320" /></a>Quando entramos no palco para o nosso último show, a noite
era toda dos rapazes. Por fora, todos pareciam mais ou menos os mesmos, como
nos últimos trinta anos. Por dentro era outra história.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Thurston deu dois tapinhas no ombro do nosso baixista Mark
Ibold e correu para a frente do palco, seguido por Lee Ranaldo, nosso
guitarrista, e em seguida Steve Shelley, nosso baterista. Achei aquele gesto
tão falso, tão infantil, tão fantasioso. Thurston tem muitos conhecidos, mas,
com os poucos amigos homens que tinha, nunca foi de falar coisas pessoais, e
nunca foi do tipo de dar tapinhas no ombro. Foi um gesto que anunciava: Estou
de volta. Estou livre. Estou solo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fui a última a entrar, e tive o cuidado de deixar uma
distância entre Thurston e mim. Eu estava exausta e cautelosa. Steve tomou seu
lugar atrás de sua bateria como um pai atrás de uma escrivaninha. O resto de
nós nos armamos com nossos instrumentos, como um batalhão, um exército que só
queria que o bombardeio terminasse.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurFqA538bthKiDZFkuAyDkJ7RkkoFFn9_VnWZRUH9QFs2KJEz2YzvC6c056xfezJnjJE-llwJUhViDcpotxuJs8xRphq4PgPGu9Xlrdx88EyernNWAaWVRb-z1_O_IiUlmetz-Xyk2qU/s1600/Kim+1397123177195.cached.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurFqA538bthKiDZFkuAyDkJ7RkkoFFn9_VnWZRUH9QFs2KJEz2YzvC6c056xfezJnjJE-llwJUhViDcpotxuJs8xRphq4PgPGu9Xlrdx88EyernNWAaWVRb-z1_O_IiUlmetz-Xyk2qU/s320/Kim+1397123177195.cached.jpg" width="320" /></a>Chovia torrencialmente, formando cortinas de água. A chuva
sul-americana é como a chuva em qualquer outro lugar, e faz você se sentir
igual também.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dizem que quando um casamento termina as pequenas coisas que
você nunca percebeu antes praticamente fazem o seu cérebro se partir ao meio.
Durante toda a semana isso tinha sido verdade para mim sempre que Thurston
estava por perto. Talvez ele sentisse o mesmo, ou talvez sua cabeça estivesse
em outro lugar. Eu realmente não queria saber, para ser honesta. Fora do palco,
ele estava sempre escrevendo no celular e andando em volta do resto de nós como
um garoto culpado e obsessivo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de trinta anos, aquela noite era o último show do
Sonic Youth. O Festival de Música e Artes SWU acontecia em Itu, nos arredores
de São Paulo, Brasil, a oito mil quilômetros da nossa casa na Nova Inglaterra.
Era um evento de três dias, transmitido pela televisão latino-americana e
também pela internet, com grandes empresas patrocinadoras, como Coca-Cola e
Heineken. As atrações principais eram Faith No More, Kanye West, Black Eyed
Peas, Peter Gabriel, Stone Temple Pilots, Snoop Dogg, Soundgarden, gente assim.
Éramos provavelmente os menores artistas da escalação. Era um lugar estranho
para as coisas chegarem ao fim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhurKZbX_O1Szo8Rr_LPYRyjAUucm5q0cOrcSeryOd9mPCbzmLytZUEFJ40v95SSjFnlxA3mZuKK6jxlO-duOYFgadfq_hZDvIgS4a1xwc7T6ADqKmzBAeX9TsR0yaNcwwVYlf9yo3NdkY/s1600/Kim+LR_BLOG_1622.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhurKZbX_O1Szo8Rr_LPYRyjAUucm5q0cOrcSeryOd9mPCbzmLytZUEFJ40v95SSjFnlxA3mZuKK6jxlO-duOYFgadfq_hZDvIgS4a1xwc7T6ADqKmzBAeX9TsR0yaNcwwVYlf9yo3NdkY/s400/Kim+LR_BLOG_1622.jpg" width="266" /></a></div>
Ao longo dos anos, nós tínhamos tocado em um monte de
festivais de rock. A banda os via como um mal necessário, embora o aspecto tudo
ou nada de não se ter passagem de som antes de tocar fazia com que eles fossem
emocionantes também. Festivais significam trailers e tendas nos bastidores,
equipamentos e cabos de alimentação em todo lugar, banheiros químicos
fedorentos, e algumas vezes encontrar músicos dos quais você gosta pessoalmente
ou profissionalmente, mas nunca consegue ver ou encontrar ou conversar.
Equipamentos podem quebrar, atrasos acontecem, o tempo é imprevisível. Há
momentos em que você não consegue ouvir nada nos monitores, mas você continua e
tenta fazer a música chegar a um mar de gente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Festivais também significam um set mais curto. Esta noite
nós iriamos encerrar tudo com setenta minutos de adrenalina, assim como
tínhamos feito nos últimos dias em festivais no Peru, Uruguai, Buenos Aires e
Chile.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que havia de diferente das turnês e festivais anteriores
era que Thurston e eu não estávamos falando um com o outro. Nós tínhamos
trocado talvez quinze palavras durante toda a semana. Após vinte e sete anos de
casamento, as coisas tinham desmoronado entre nós. Em agosto eu tive que pedir
a ele para sair da nossa casa em Massachusetts, e ele saiu. Ele estava alugando
um apartamento a um quilômetro de distância e indo e voltando sempre para Nova
York.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O casal que todos acreditavam que era de ouro e normal e
eternamente intacto, que deu a jovens músicos a esperança de que eles poderiam
sobreviver no mundo louco do rock-and-roll, agora era apenas mais um clichê de
um relacionamento maduro fracassado – uma crise de meia-idade masculina, outra
mulher, uma vida dupla.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Thurston fingiu uma reação surpresa quando um técnico lhe
passou sua guitarra. Aos cinquenta e três anos, ele ainda era o garoto magro e
desgrenhado de Connecticut que conheci em um clube no centro de Nova York
quando ele tinha vinte e dois e eu, vinte e sete anos. Ele me disse depois que
tinha gostado dos meus óculos de sol com lentes que levantavam. Em seus jeans,
tênis Puma antigo, e camisa branca de manga comprida para fora da calça, ele
parecia um menino de dezessete anos congelado em um diorama, que não queria ser
visto na companhia de sua mãe, ou de qualquer outra mulher, para falar a
verdade. Ele tinha os lábios do Mick Jagger, e braços e pernas finas que
parecia não saber como usar, e a cautela que você vê em homens altos que não
querem dominar outras pessoas com sua altura. Seus longos cabelos castanhos
camuflavam seu rosto, e ele parecia gostar assim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Aquela semana foi como se ele tivesse voltado no tempo,
apagado nossos quase trinta anos juntos. “Nossa vida” tinha voltado a ser
“minha vida” para ele. Ele era um adolescente perdido em fantasias de novo, e o
exibicionismo de rockstar que ele fazia no palco me irritava profundamente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Sonic Youth sempre tinha sido uma democracia, mas todos
nós tínhamos nossos papéis também. Fui para meu lugar no centro do palco. Não
tinha começado dessa forma e eu não tenho certeza de quando isso mudou. Era uma
coreografia que datava de vinte anos atrás, quando o Sonic Youth assinou com a
Geffen Records pela primeira vez. Foi então que soubemos que, para as grandes
gravadoras, a música importa, mas muito se resume ao visual da garota. A garota
ancora o palco, suga o olhar masculino, e, dependendo de quem ela é, lança seu
próprio olhar de volta para a plateia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como a nossa música pode ser estranha e dissonante, minha
presença no centro do palco também torna muito mais fácil vender a banda. Olha,
é uma menina, ela está usando um vestido, e ela está com esses caras, então
deve estar tudo bem. Mas não era assim que a gente funcionava como uma banda
indie, por isso eu estava sempre preocupada em não ficar muito na frente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu mal consegui me segurar durante a primeira música, “Brave
Men Run”. Em um ponto a minha voz parecia que estava raspando contra o seu
próprio fundo, e aí o fundo caiu. Era uma música velha, bem do começo, do nosso
disco Bad Moon Rising. Eu escrevi a letra na Rua Eldridge, em Nova York, em um
apartamento onde Thurston e eu morávamos na época. Essa música sempre me faz
pensar nas mulheres pioneiras da família da minha mãe ralando para chegar na
Califórnia através do Panamá, e minha avó sendo mãe solteira durante a
Depressão, sem nenhuma renda de verdade. Poeticamente, ela me lembrava de como
eu juntei pela primeira vez minhas influências artísticas na minha música. Eu
tirei o título de uma pintura de Ed Ruscha que mostra um veleiro deslizando
através de ondas e cristas espumosas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas isso foi há três décadas. Esta noite Thurston e eu não
olhamos um para o outro nem uma vez, e quando a música acabou, virei meus
ombros para o público para que ninguém na plateia ou a banda pudesse ver meu
rosto, embora isso tivesse pouco efeito. Tudo o que fazia e dizia era
transmitido de uma das duas telas de vídeo de quarenta metros de altura no
palco.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por algum motivo – simpatia, ou tristeza, ou as manchetes e
matérias em espanhol, português e inglês sobre a minha separação de Thurston
que nos seguiram por todos os lugares que fomos naquela semana – tivemos o
apoio apaixonado dos públicos da América do Sul. A multidão desta noite se
espalhava na nossa frente e se misturava com as nuvens escuras ao redor do
estádio – milhares de jovens encharcados de chuva, cabelos molhados, costas
nuas, camisetas regata, levantavam as mãos segurando celulares e meninas nos
ombros escuros dos rapazes.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O mau tempo tinha nos seguido pela América do Sul, de Lima
para o Uruguai, para o Chile e agora para São Paulo – um filme-espelho cafona
do estranhamento entre Thurston e eu. Os palcos dos festivais eram como versões
musicais de estranhas cenas domésticas – uma sala de estar, ou uma cozinha, ou
uma sala de jantar, onde o marido e a esposa se cruzam pela manhã e preparam
xícaras de café para si mesmos sem nenhum se importar com o outro, ou com
qualquer passado em comum.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois desta noite, era o fim do Sonic Youth. A nossa vida
como um casal, e como uma família, já tinha acabado. Nós ainda tínhamos nosso
apartamento na rua Lafayette, em Nova York – embora não por muito tempo – e eu
ia continuar morando com a nossa filha, Coco, na nossa casa no oeste de
Massachusetts que compramos em 1999 de uma escola local.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Olá!” Thurston gritou alegremente para a multidão pouco
antes de a banda começar com “Death Valley '69”. Duas noites antes, no Uruguai,
Thurston e eu tivemos que cantar juntos outra música antiga, “Cotton Crown”. A
letra era sobre amor, e mistério, e química, e sonhos, e sobre ficar juntos. Era
basicamente uma ode à cidade de Nova York. No Uruguai eu estava muito chateada
para cantá-la, e Thurston teve que terminar sozinho.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas eu ia conseguir cantar “Death Valley”. Lee, Thurston e
eu, e depois só nós dois, ficamos lá. Meu futuro-ex-marido e eu enfrentamos
aquela massa de brasileiros molhados pulando, nossas vozes juntas corrigindo as
palavras antigas, e para mim foi uma trilha sonora em staccato de energia crua
e surreal, de raiva e dor: Hit it. Hit it. Hit it. Bater. Bater. Bater. Acho
que nunca me senti tão sozinha em toda a minha vida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O comunicado para a imprensa emitido um mês antes por nossa
gravadora, a Matador, não dizia muito:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os músicos Kim Gordon e Thurston Moore, casados em 1984,
anunciam sua separação. O Sonic Youth, com a presença de Kim e Thurston, irá
manter as datas da sua turnê sul-americana em novembro. Planos para além dessa turnê
são incertos. O casal pediu respeito por sua privacidade pessoal e não pretende
comentar o assunto.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Brave Men Run”, “Death Valley '69”, “Sacred Trickster”,
“Calming the Snake”, “Mote”, “Cross the Breeze”, “Schizofrenia”, “Drunken
Butterfly”, “Starfield Road”, “Flower”, “Sugar Kane”, e encerrando com “Teen
Age Riot”. O set list de São Paulo nos levava de volta para quando começamos,
letras que Thurston e eu tínhamos escrito separados ou em conjunto, músicas que
fizeram o Sonic Youth atravessar os anos oitenta e noventa, e os nossos álbuns
mais recentes.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O setlist podia parecer uma compilação de nossas melhores
músicas, mas foi cuidadosamente pensado. Durante o ensaio e toda aquela semana,
eu me lembro de Thurston fazer questão de dizer à banda que não queria tocar
esta ou aquela música do Sonic Youth. Em um certo momento eu me toquei que
algumas músicas que ele queria deixar de fora eram sobre ela.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nós podíamos ter cancelado a turnê, mas tínhamos assinado um
contrato. É tocando ao vivo que as bandas ganham a vida, e todos nós tínhamos
famílias e contas para pagar, e no caso de Thurston e eu, a mensalidade da
faculdade de Coco para pensar. Ao mesmo tempo, eu não tinha certeza se seria
bom fazer esses shows. Eu não queria que as pessoas presumissem o que quer que
tivesse acontecido entre Thurston e mim, eu estava fazendo o papel da mulher
que aguenta tudo do marido, oferecendo apoio a ele. Eu não estava. E fora do
nosso círculo mais próximo ninguém realmente sabia o que tinha acontecido.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Antes de irmos para a América do Sul, o Sonic Youth ensaiou
por uma semana em um estúdio em Nova York. De alguma forma, eu consegui passar
por aquilo, com a ajuda de um Xanax, a primeira vez que tomei um durante o dia.
Em vez de ficar em nosso apartamento, que agora parecia contaminado para mim,
os outros concordaram em me deixar em um hotel.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fiéis à banda, todo mundo fingiu que tudo estava igual. Eu
sabia que os outros estavam muito nervosos sobre como as coisas estavam entre
mim e Thurston para interagirem comigo, considerando que todos sabiam as
circunstâncias da nossa separação, e até mesmo conheciam a mulher em questão.
Eu não queria que ninguém se sentisse desconfortável, e além de tudo, eu tinha
concordado em continuar com a turnê. Eu sabia que todos tinham suas próprias
opiniões e eram solidários, mas fiquei surpresa com a forma jovial com que
todos estavam agindo. Talvez todo mundo estivesse muito chocado pela
irrealidade. O mesmo aconteceu na América do Sul.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
[...]</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Alguém me disse que o show inteiro de São Paulo está online,
mas eu nunca vi e não quero ver.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Naquele último show, eu me lembro de querer saber o que o
público estava notando ou pensando sobre esta pornografia crua e estranha de
tensão e distância. O que eles viram e o que eu vi foram provavelmente duas
coisas distintas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Durante “Sugar Kane”, a penúltima música, um globo azul da
cor do oceano apareceu no telão atrás da banda. Ele girava muito lentamente,
como se exprimisse toda a indiferença do mundo em relação às suas próprias
voltas e giros. Tudo passa, o mundo dizia, como o gelo derrete, e os postes de
luz mudam de cor quando nenhum carro está por perto, e o mato cresce em paredes
e calçadas rachadas, e as coisas nascem e depois as coisas se vão.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quando a música terminou, Thurston agradeceu ao público. “Eu
mal posso esperar para ver vocês de novo”, ele disse.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A banda fechou com “Teen Age Riot” do nosso álbum Daydream
Nation. Eu cantei, ou cantei pela metade, as primeiras frases: “Spirit desire.
Face me. Spirit desire. We will fall. Miss me. Don’t dismiss me."</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Casamento é uma longa conversa, alguém disse uma vez, e
talvez a vida de uma banda de rock também seja. Poucos minutos depois, ambos
tinham acabado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nos bastidores, como sempre, ninguém falou nada sobre este
ser o nosso último show, ou sobre qualquer coisa, na verdade. Todos nós – Lee,
Steve, Mark, nossos técnicos de som – morávamos em diferentes cidades e regiões
do país, de qualquer maneira. Eu estava muito triste e preocupada que eu fosse
explodir em lágrimas se fosse me despedir de qualquer um, embora eu quisesse.
Em seguida, cada um seguiu o seu próprio caminho, e eu voltei para casa,
também.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Thurston já havia anunciado vários shows solo que começariam
em janeiro. Ele iria para a Europa e, em seguida, voltaria para a Costa Leste
dos Estados Unidos. Lee Ranaldo estava planejando lançar seu próprio álbum
solo. Steve Shelley estava tocando direto com a banda Disappears, de Chicago.
Eu faria alguns shows com um amigo músico chamado Bill Nace, e trabalharia em
obras de arte para uma futura exposição em Berlim, mas ficaria principalmente
em casa com a Coco, ajudando-a em seu último ano do ensino médio e no processo
de candidatura para a faculdade. Na primavera, Thurston e eu tínhamos colocado
à venda nosso apartamento da Rua Lafayette, em Nova York, e ele fora finalmente
vendido seis meses depois. Fora isso, assim como o comunicado para a imprensa
dizia, o Sonic Youth não tinha planos para o futuro.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
[...]</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sempre foi difícil para mim criar um espaço emocional
próprio perto de outras pessoas. É alguma coisa de infância, uma sensação de
nunca me sentir protegida por meus pais ou do meu irmão mais velho, Keller, que
costumava me provocar implacavelmente quando éramos pequenos – a sensação de
que ninguém ali estava realmente prestando atenção. Talvez para um artista é
isso o que um palco se torna: um espaço que você pode encher com o que não pode
ser expresso ou obtido em qualquer outro lugar. No palco, já me disseram, eu
sou opaca ou misteriosa ou enigmática ou mesmo fria. Mas mais do que qualquer
uma dessas coisas, eu sou extremamente tímida e sensível, como se eu pudesse
sentir todas as emoções se agitando em um ambiente. E acredite quando eu digo
que, uma vez que você ultrapassa essa minha personagem, não existem mais
quaisquer defesas ali.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
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</div>
<div class="MsoNormal">
<b>Kim Gordon, </b>a autora do texto - primeiro capítulo de sua autobiografia, "A Garota da Banda", <a href="http://www.rocco.com.br/index.php/livro?cod=2657" target="_blank">recém lançada no Brasil pela Editora Rocco</a> - é instrumentista, vocalista, artista visual,
produtora musical, diretora e atriz. Ganhou notoriedade como baixista da banda
pós-punk Sonic Youth, que ela formou com Thurston Moore e Lee Ranaldo em 1981.
Em 1990, dirigiu o videoclipe de “Cannonball”, do Breeders, em colaboração com
Spike Jonze. Anos mais tarde, lançou sua própria marca de moda, a X-Girl. Atuou
no filme Últimos dias, de Gus Van Sant, e participou de episódios das séries
Gossip Girl e Girls. Em 2012, após a dissolução do Sonic Youth, Kim formou o
Body/Head com seu amigo Bill Nace. Em junho de 2015, a 303 Gallery, de Nova
York, inaugurou uma mostra com seu trabalho.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<br />
<h1 class="titulo_livro">
A garota da banda</h1>
<span class="autor_livro"></span>
Autor: Kim Gordon<br />
ISBN: 978-85-68432-35-8<br />
Assuntos: <span class="desc_assunto">BIOGRAFIA/MEMÓRIAS/DIÁRIOS, MÚSICA</span><br />
<br />
<div style="text-transform: capitalize;">
Tradução: Alexandre Matias E Mariana Moreira Matias</div>
Preço: R$ 34,50<br />
<br />
15x22 cm<br />
288 pp. <span style="color: #9d9d9d;">|</span><br />
<br />
#<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-16208064718875170802015-09-04T07:03:00.004-07:002015-09-04T07:03:55.445-07:00Morrissey de volta, definitivamente ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj7zlvVXcrs-x-tbnmr9ROPfYZK8C1ynUoXLhz6IdvDZkKgpwEtRqUEuSSxjssObyXZGt9FDHdlX10frQr_w9X9W0MZ_WHvsad9Gwrsus_l_VGt2SVzQHDdOfSUIIb1VdHRETq6fBXNgCd/s1600/morrissey.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj7zlvVXcrs-x-tbnmr9ROPfYZK8C1ynUoXLhz6IdvDZkKgpwEtRqUEuSSxjssObyXZGt9FDHdlX10frQr_w9X9W0MZ_WHvsad9Gwrsus_l_VGt2SVzQHDdOfSUIIb1VdHRETq6fBXNgCd/s320/morrissey.jpg" width="313" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Chega de boato. O cantor Morrissey volta ao Brasil em novembro
para quatro apresentações, conforme antecipado antes. Os shows acontecem em São
Paulo, no dia 17, em “uma proposta mais intimista”, no Teatro Renault, e no dia
21, no Citibank Hall; no Rio de Janeiro, dia 25, no Citibank Hall; e em
Brasília, dia 29, no Net Live.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os ingressos custam entre R$ 70 e R$ 620, dependendo da
modalidade e da cidade, e a venda, para o grande público, começa no dia 15 de
setembro. Os clientes do dos cartões Citi e Diners Club, contudo, têm direito à
pré-venda exclusiva para os shows no Citibank Hall de São Paulo e do Rio de
Janeiro, entre os dias 8 e 14 de setembro.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os ingressos podem ser adquiridos nas bilheterias oficiais
(Teatro Renault e Citibank Hall, em São Paulo; Citibank Hall, no Rio de Janeiro
e Central de Ingressos, em Brasília), pela internet (<a href="http://www.ticketsforfun.com.br/">www.ticketsforfun.com.br</a>)
e demais pontos de venda em todo o país, nesse link:
<a href="http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv.">http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKXuPtp22IMu-ZMhTJIEen1UuucW59jlSnJFQ9n8DDIY97AGrfxb5fqHDM5-INhQmScDUlqoSNg8up-OJx0fFie2Rj2pEx0XcxfBUtDdZalNaPkR-D8MaaLdahuYwbRcYpZ8IoR2qYMrmF/s1600/Morrissey+20493158773_598dbaf5a3_k.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKXuPtp22IMu-ZMhTJIEen1UuucW59jlSnJFQ9n8DDIY97AGrfxb5fqHDM5-INhQmScDUlqoSNg8up-OJx0fFie2Rj2pEx0XcxfBUtDdZalNaPkR-D8MaaLdahuYwbRcYpZ8IoR2qYMrmF/s320/Morrissey+20493158773_598dbaf5a3_k.jpg" width="275" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Os shows fazem parte da turnê do álbum “World Peace Is None
of Your Business”, lançado em julho do ano passado. A última vez do cantor no
Brasil foi em março de 2012; veja como foi <a href="http://escarronapalm.blogspot.com.br/2012/03/morrissey-pode.html" target="_blank">aqui</a>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há cerca de dois anos, Morrissey cancelou uma turnê pelo
Brasil por questões de saúde. No ano passado, ele revelou que vem tratando um
câncer (saiba mais). Veja abaixo todos os detalhes da turnê de novembro:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
São Paulo</div>
<div class="MsoNormal">
Teatro Renault: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela
Vista</div>
<div class="MsoNormal">
Dia 17/11, terça, 22h</div>
<div class="MsoNormal">
Preços: R$ 620 (Setor Premium), R$ 580 (Setor Vip), R$ 620
(Camarote), R$ 510 (Camarote ZZ), R$ 510 (Plateia A), R$ 450 (Plateia B), R$
350 (Balcão A), R$ 250 (Balcão B), R$ 140 (Balcão Visão Parcial) ou R$ 200
(Setor Vip Visão Parcial)</div>
<div class="MsoNormal">
Informações e vendas: <a href="http://www.ticketsforfun.com.br/">www.ticketsforfun.com.br</a></div>
<div class="MsoNormal">
Pontos de venda:
<a href="http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv">http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv</a></div>
<div class="MsoNormal">
Bilheteria Oficial:</div>
<div class="MsoNormal">
Teatro Renault: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela
Vista, diariamente, das 12h às 20h (em dias de espetáculo, a bilheteria
funciona até o início da apresentação).</div>
<div class="MsoNormal">
Início das vendas grande público: 15 de setembro</div>
<div class="MsoNormal">
Pré-venda exclusiva entre os dias 8 e 14 de setembro</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkXd6MZvpBMg_2xws85YwJKlgSp7COPiZpcWAYy4N2nHBGYfMj9pxuVdtLHw_A4SSvv9RQ7J59QB2fZP9Sp6HVm6vF6Da97Xs9_I4iWNNZ9wj07QET-wznhbKgchePJrnowmWJtGv1Jm6I/s1600/morrissey-list-of-the-lost.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkXd6MZvpBMg_2xws85YwJKlgSp7COPiZpcWAYy4N2nHBGYfMj9pxuVdtLHw_A4SSvv9RQ7J59QB2fZP9Sp6HVm6vF6Da97Xs9_I4iWNNZ9wj07QET-wznhbKgchePJrnowmWJtGv1Jm6I/s400/morrissey-list-of-the-lost.jpg" width="260" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
São Paulo</div>
<div class="MsoNormal">
Citibank Hall: Av. das Nações Unidas, 17955 – Santo Amaro</div>
<div class="MsoNormal">
Dia 21/11, sábado, 22h</div>
<div class="MsoNormal">
Preços: R$ 600 (Camarote I), R$ 550 (Camarote II), R$ 580
(Pista Premium), R$ 270 (Pista), R$ 220 (Plateia Superior I), R$ 200 (Plateia
Superior II), R$ 180 (Plateia Superior III) ou R$ 100 (Visão Parcial Plateia
Superior)</div>
<div class="MsoNormal">
Informações e vendas: www.ticketsforfun.com.br</div>
<div class="MsoNormal">
Pontos de venda:
http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv</div>
<div class="MsoNormal">
Bilheteria Oficial:</div>
<div class="MsoNormal">
Citibank Hall: Av. das Nações Unidas, 17.955 - Santo Amaro,
diariamente, das 12h às 20h</div>
<div class="MsoNormal">
Início das vendas grande público: 15 de setembro</div>
<div class="MsoNormal">
Pré-venda exclusiva entre os dias 8 e 14 de setembro</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Rio de Janeiro</div>
<div class="MsoNormal">
Citibank Hall: Av. Ayrton Senna, 3000, Cj 1005 – Shopping
Via Parque - Barra da Tijuca</div>
<div class="MsoNormal">
Dia 25/11, quarta, 21h30</div>
<div class="MsoNormal">
Preços: R$ 260 (Pista), R$ 520 (Pista Premium), R$ 600
(Camarote) ou R$ 350 (Poltrona)</div>
<div class="MsoNormal">
Informações e vendas: www.ticketsforfun.com.br</div>
<div class="MsoNormal">
Pontos de venda:
http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv</div>
<div class="MsoNormal">
Bilheteria Oficial:</div>
<div class="MsoNormal">
Citibank Hall: Av. Ayrton Senna, 3000, Cj 1005 – Shopping
Via Parque - Barra da Tijuca, diariamente, das 12h às 20h</div>
<div class="MsoNormal">
Início das vendas grande público: 15 de setembro</div>
<div class="MsoNormal">
Pré-venda exclusiva entre os dias 8 e 14 de setembro</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDAryY500ITeiNzHYVEZScbtdkD0djhyhh_Mt3knIUyGTvgsd6ni0t_DDUpgei5JD_TUygDHnoIqGyPinGsnjEQYft6He-I_o27E20HsCodGn_eRGd9S6xprzIETXLsniNAfaTQOinrbSm/s1600/Morrissey_2006_06_05_-_PinkpopWebsiteImage.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDAryY500ITeiNzHYVEZScbtdkD0djhyhh_Mt3knIUyGTvgsd6ni0t_DDUpgei5JD_TUygDHnoIqGyPinGsnjEQYft6He-I_o27E20HsCodGn_eRGd9S6xprzIETXLsniNAfaTQOinrbSm/s400/Morrissey_2006_06_05_-_PinkpopWebsiteImage.jpg" width="265" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília</div>
<div class="MsoNormal">
Net Live: SHTN, Trecho 2, Conjunto 5, Lote A - Asa Norte</div>
<div class="MsoNormal">
Dia 29/11, domingo, 20h</div>
<div class="MsoNormal">
Preços: R$ 500 (Pista Premium, Lote 1), R$ 540 (Pista Premium
Lote 2), R$ 580 (Pista Premium Lote 3), R$ 300 (Pista Lote 1), R$ 340 (Pista
Lote 2) ou R$ 380 (Pista Lote 3)</div>
<div class="MsoNormal">
Informações e vendas: www.ticketsforfun.com.br</div>
<div class="MsoNormal">
Pontos de venda:
http://premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=pdv</div>
<div class="MsoNormal">
Bilheteria Oficial:</div>
<div class="MsoNormal">
Central de Ingressos Brasília Shopping: SCN Quadra 5 - Bloco
A Piso G2, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingos e feriados, das 14h
às 20h</div>
<div class="MsoNormal">
Início das vendas grande público: 15 de setembro</div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-58596704661220815922015-08-28T20:02:00.003-07:002015-08-28T20:04:27.801-07:00Cilibrinas do Éden<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiruu1-Yga6e1KDN_2AyeohOGYaqbmfTetgnPQKPVeyNYCPdYQwur9cDszZzyWDhUJT10TqwpBWWuyqmlDG8JxccuOIo_bp9-WYH5wZ40AKemGcqIIpNuRuzOsW6PeYDZLCGrBs-wI0QRI/s1600/cilibrinas-do-eden-lp-vinil-rita-lee-mutantes-lucia-turnbull-891601-MLB20351975542_072015-F.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiruu1-Yga6e1KDN_2AyeohOGYaqbmfTetgnPQKPVeyNYCPdYQwur9cDszZzyWDhUJT10TqwpBWWuyqmlDG8JxccuOIo_bp9-WYH5wZ40AKemGcqIIpNuRuzOsW6PeYDZLCGrBs-wI0QRI/s320/cilibrinas-do-eden-lp-vinil-rita-lee-mutantes-lucia-turnbull-891601-MLB20351975542_072015-F.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
(**)No mundo da música, se tornam folclore
as histórias de “álbuns perdidos”, discos que foram gravados, mas não
foram lançados durante anos, ou mesmo só “vazaram” para o público
através de edições piratas. “Smile”, dos Beach Boys, “Cocksucker Blues”,
dos Rolling Stones (esse, no caso, apenas um single), “The Ties That
Bind”, de Bruce Springsteen & E Street Band, “Tecnicolor”, d’Os
Mutantes e “Black Album”, do Prince, são alguns exemplos que nos levam a
preciosidade presente neste texto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1972, Rita Lee estava confusa. Ela já
tinha dois discos solos na bagagem que não cortavam o cordão umbilical
com Os Mutantes – o primeiro, “Build Up”, de 1970, havia sido produzido
por Arnaldo Baptista e Rogério Duprat, e o segundo, “Hoje é o Primeiro
Dia do Resto da Sua Vida”, de 1972, era um disco d’Os Mutantes creditado
a ela – mas havia finalmente deixado a banda (ou, segundo a própria,
convidada a se retirar) e não queria aceitar o conselho do diretor da
gravadora Phillips, André Midani, de sair em carreira solo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEe85QmIcZJZHxT_z_Fosmtr8fVeuZEThyCaNV7uVAY_QeAntk6LeZNyDmqxJN7Qcn2uci2ZfrdKsMHxst5EsI16JSe5lsxodNY2KP6w_aouMYQzTFHJK7wtsuoR60-H2pLDm-rVwjA5k/s1600/Rita+Lee+%2526+L%25C3%25BAcia+Turnbull+-+Cilibrinas+Do+%25C3%2589den+-+Front.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEe85QmIcZJZHxT_z_Fosmtr8fVeuZEThyCaNV7uVAY_QeAntk6LeZNyDmqxJN7Qcn2uci2ZfrdKsMHxst5EsI16JSe5lsxodNY2KP6w_aouMYQzTFHJK7wtsuoR60-H2pLDm-rVwjA5k/s320/Rita+Lee+%2526+L%25C3%25BAcia+Turnbull+-+Cilibrinas+Do+%25C3%2589den+-+Front.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Rita era amiga de Lucia Turnbull, uma
paulistana que, como ela, havia morado dois anos em Londres, e também
participado das gravações de “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua
Vida” fazendo vocais. Com Lucia, Rita Lee decidiu formar a dupla
Cilibrinas do Éden, buscando uma sonoridade calcada em violões e nos
doces vocais de ambas, que soavam maravilhosamente bem juntos.
“Cilibrina”, na gangue d’Os Mutantes, era a palavra código para maconha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A dupla negociou um contrato com a
gravadora, e logo foi escalada para tocar no mega-show Phono 73, um
festival de música realizado no Centro de Convenções do Anhembi, em São
Paulo, entre os dias 10 e 13 de maio de 1973, que reuniu todo o elenco
de contratados da Phillips, ou seja, o “crème de la crème” da música
brasileira da época (a lista, imensa, trazia Caetano, Chico Buarque,
Elis Regina, Jorge Ben, Raul Seixas, Wilson Simonal, Fagner, Erasmo
Carlos, Gal Costa, Jards Macalé, Ronnie Von, Odair José e muitos, muitos
outros).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a estreia da Cilibrinas do Éden, numa
quinta-feira, 10 de maio, abrindo para Os Mutantes, não poderia ter
sido… pior. Com músicas desconhecidas, vaias retumbantes soaram durante a
apresentação das moças no Anhembi. Rita sacou ali que o público não
aceitaria bem um som tão acústico, e tratou de montar uma banda mais
rock n’ roll, afinal, os tempos não estavam para sutilezas. Rita
encontrou o Lisergia, grupo do guitarrista Luis Sérgio Carlini e do
baixista Lee Marcucci, e partiu para o processo de composição e gravação
do álbum d’as Cilibrinas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O disco deveria se chamar “Tutti
Frutti”, e as gravações ocorreram ao vivo em dezembro de 1973, no
estúdio Eldorado, em São Paulo, sob coordenação de Liminha, em sua
primeira produção. O resultado não agradou André Midani, que preferia
muito mais Rita Lee solo do que um novo grupo, e vetou o projeto antes
do disco ir para a fábrica. Antonio Bivar, então habitué da corte de
Rita, conta que a produção foi caótica, divertida e amadora, e se a
gravação não chegou ao mercado, tem como mérito ter servido para formar o
que seria o embrião da nova banda de Rita Lee, a Tutti Frutti.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A única música aproveitada das sessões
d’As Cilibrinas, e regravada para o LP de estreia de Rita Lee com o
Tutti Frutti (“Atrás do Porto Tem uma Cidade”, 1974) foi “Mamãe
Natureza”, justamente o primeiro clássico de sua carreira solo. Nesse
disco, uma música foi o pivô da saída de Lucia Turnbull da banda:
“Menino Bonito” tinha uma levada totalmente a lá Cilibrinas, com duas
vozes e violões. Qual não foi a surpresa quando o disco ficou pronto, e à
revelia da banda, a produção (de Mazola) apagou a voz de Lucia deixando
apenas a de Rita com acompanhamento de pianos e cordas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O sucesso só viria para Rita Lee e o
Tutti Frutti, sem Lucia, no ano seguinte, em outra gravadora (Som
Livre), e com outro LP (“Fruto Proibido”, de 1975, produzido por Andy
Mills, também produtor de Alice Cooper), mas isso já é outro capítulo.
Lucia Turnbull ainda participaria do disco/turnê “Refestança”, de Rita
com Gilberto Gil, em 1977, e teria um certo reconhecimento emplacando
“Aroma”, disco de 1980 lançado pela EMI-Odeon (e até hoje não relançado
em CD).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como um bom “álbum perdido”, a estreia
d’As Cilibrinas do Éden circulou durante anos em fitinhas K7, nas mãos
dos fãs mais descolados, e quase foi lançado oficialmente nos anos 2000
pelo pesquisador Marcelo Fróes, que esbarrou em questões financeiras,
pois Lucia Turnbull, segundo <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u494411.shtml" target="_blank">entrevista ao jornal Folha de São Paulo</a>(ver abaixo), não aceitou a proposta de divisão de valores, alegando que o disco é de uma banda, não só de Rita, e o projeto foi engavetado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato do disco oficial não ter sido
lançado não impede que “Tutti Frutti” (ou “Cilibrinas do Éden”, como vem
sendo chamado) possa ser encontrado para download, com boa qualidade
de som, em blogs de compartilhamento na internet ou mesmo no Youtube
tanto quanto ser adquirido em CD e vinil pirata, pois foi lançado em
2010 pelo selo Nosmokerecords, e encontra-se atualmente na segunda
tiragem de 500 cópias – o preço em janeiro de 2014 ia de R$ 135 até R$
400 no site brasileiro Mercado Livre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Várias músicas do “disco perdido” das
Cilibrinas foram reaproveitadas por Rita em trabalhos posteriores. A
primeira estrofe toda de “Bad Trip (Ainda Bem)” reapareceu como
“Shangri-Lá”, no álbum “Rita Lee“, de 1980 (sem o provocante final:
“Tive sim vontade de… dar”). “Gente Fina é Outra Coisa”, com alterações
na letra, virou “Locomotivas”, tema da novela homônima da Rede Globo, em
1977. Quando Rita foi gravar sua participação no LP “Erasmo Convida”,
de Erasmo Carlos, a música escolhida foi “Minha Fama de Mau”, que também
fazia parte do repertório do álbum d’As Cilibrinas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1981 foi lançada a coletânea “Os
Grandes Sucessos de Ritta Lee” (assim mesmo, com dois “tês”), que
inexplicavelmente trazia duas músicas daquelas sessões: “Paixão da Minha
Existência Atribulada” e “Nessas Alturas dos Acontecimentos” (esse LP
atualmente também pode ser encontrado em sites como o Mercado Livre em
preços entre R$ 15 e R$ 150). Só quatro faixas não deixaram traços em
outras: “E Você Ainda Duvida”, “Festival Divino”, “Vamos Voltar Ao
Princípio Porque Lá É O Fim” e a música tema, “Cilibrinas Do Éden”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(*)Desta vez não teve quem segurasse. Impedido duas vezes de vir à luz,
aquele que seria o LP de estreia de Rita Lee fora dos Mutantes ganha sua
primeira prensagem 35 anos depois de ter sido gravado. A edição é
histórica, caprichada, limitada. E pirata. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
São apenas mil cópias numeradas --500 em CD, outras tantas em luxuoso
vinil de 180 gramas. Tudo é inventado: a ilustração psicodélica da capa,
o selo "original" da Philips, a quantidade e a ordem das faixas.
Chegaram ao preciosismo de reproduzir o número do CGC da gravadora na
contracapa.<br />
<br />
Até o título do álbum foi trocado. Se tivesse sido lançado quando
nasceu, em 1973, ele se chamaria "Tutti-Frutti". Na versão pirata, virou
"Cilibrinas do Éden" --nome da dupla que Rita montara com a cantora
Lucia Turnbull quando se desligou dos Mutantes, um ano antes de
registrar essas faixas.<br />
<br />
"Tutti-Frutti" foi gravado ao vivo em dezembro de 1973, no estúdio
Eldorado, em São Paulo, sob os olhos de uma pequena plateia. "Foi o
primeiro disco que o Liminha produziu", lembra o baixista Lee Marcucci.
"A gente era muito novo, estava cheio de gás. Dá para ouvir isso na
música que a gente fazia."<br />
<br />
"Eu estava louca para ser parte de outra banda, meu negócio não era ser
'front stage'", diz Rita, que na época somava 26 anos. "Preferia que a
Lucia fizesse os solos de voz e de guitarra para eu ficar lá atrás só
nos 'shubirú dau dau' e nos poucos instrumentos que consegui recuperar
dos Mutantes. Tudo o que eu queria era pertencer a uma gangue, dividir a
grana igualmente entre todos, dividir as parcerias mesmo que ninguém
mais tivesse composto nada."<br />
<br />
André Midani, então diretor da gravadora, queria transformar Rita numa
estrela e não gostou dessa política coletiva. Interditou o trabalho
antes de ele ir à fábrica. "Tutti-Frutti" (nome que batizou também a
banda de apoio de Rita Lee) caiu no buraco negro dos porões da gravadora
e só foi redescoberto no final dos anos 90 --conforme noticiado pela <b>Folha</b> na ocasião.<b> </b><br />
<br />
<br />
<b></b><b>Direitos</b><br />
<b> </b>
<br />
Uma edição "oficial" chegou aos limites de ser lançada, sob os cuidados
do pesquisador Marcelo Froes. "Infelizmente, um dos membros não topou o
valor e pleiteou que o disco seria um trabalho de banda, e não um disco
solo de Rita Lee, e que os royalties artísticos deveriam ser rateados.
Rita não concordou e o assunto ficou enterrado", ele lamenta.
<br />
<b> </b>
<br />
O membro em questão é Lucia Turnbull. Hoje, ela afirma que tudo não
passou de uma "falha de comunicação". "Propus uma conversa entre as
partes para a gente chegar a um ponto em comum, mas nunca mais fui
procurada. Não entendi o porquê dessa reação, afinal é natural você
fazer um trabalho e ganhar por ele", diz. E enfatiza a importância de o
álbum vir à tona de forma oficial: "Tudo é documento. E, mais que isso,
acho esse trabalho um barato. É puro, inocente. Uma fase superlegal do
trabalho da Rita e de nós todos".<br />
<br />
Ao que tudo indica, a edição pirata foi produzida na Espanha pela
obscura gravadora Nosmokerecords. Indícios levam a crer que se trata de
uma iniciativa de brasileiros que moram na Europa.
<br />
Conseguir um exemplar do álbum não é tão difícil. Eles estão disponíveis
em alguns sebos do centro de São Paulo, em sites como Mercado Livre e
eBay e de pequenas lojas estrangeiras. Uma cópia em vinil chega a custar
salgados R$ 400.<br />
<br />
"E esse preço só vai aumentar", garante Alexandre Lopes, do sebo Cel-Som
Discos. Ele comprou oito exemplares de uma distribuidora espanhola.<br />
<br />
NOTA: Amanhã tem Cilibrinas do Éden no programa de rock<br />
104,9 FM em Aracaju e região<br />
<a href="http://www.aperipe.com.br/">www.aperipe.com.br</a><br />
19H <br />
<br />
** por André Fiori<br />
<a href="http://screamyell.com.br/site/2014/01/08/discos-perdidos-cilibrinas-do-eden/" target="_blank">Scream & Yell</a><br />
* por Macus Preto<br />
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2009/01/494411-album-solo-de-rita-lee-de-1973-surge-em-edicao-nao-autorizada.shtml" target="_blank">Ilustrada</a> <br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
# </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-87773324609175370302015-08-20T09:58:00.000-07:002015-08-20T09:58:08.571-07:00Nuclear Assault em tour de despedida ...<div class="context">
No próximo dia 24 de agosto, o Nuclear Assault subirá a um
palco – o do Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro –, pela última vez no
Brasil. Ícones e pioneiros do trash metal mais extremo, o grupo
nova-iorquino está rodando o mundo com a turnê <i>Final Assault</i>, a despedida da banda dos palcos, que passa ainda por Curitiba (dia 21), São Paulo (22), Manaus (23) e Belém (24).<br />
<br />
“Existe uma emoção extra conforme as pessoas percebem que esta é a
última vez que elas nos verão fazendo nosso thrash”, diz o vocalista
John Connelly, em entrevista à <i>Rolling Stone Brasil</i>. Para ele,
continuar tocando heavy metal para plateias de todo mundo 30 anos depois
do início da banda é surpreendente: “Nunca imaginaria que as pessoas
ainda dariam tanta importância à banda.”<br />
<br />
O Nuclear Assault lançou o primeiro álbum de estúdio, <i>Game Over</i>,
em 1986, abusando de palhetadas furiosas e baterias na velocidade da
luz. As músicas eram tão rápidas que mesmo as mais densas não passavam
de quatro minutos (algumas não chegavam a 1 minuto). Em seguida, vieram
os registros mais conhecidos da banda: <i>Survive</i> (1988) e <i>Handle With Care</i> (1989).<br />
<br />
Em 1989, eles chegaram a se apresentar no Brasil, junto ao Sepultura,
na finada casa de shows Dama Xoc. “Continuo recordando da primeira vez,
em 1989, com o Sepultura, em São Paulo”, conta Connelly. “Os fãs são
super intensos e muito dedicados.”<br />
<br />
Com músicas como “Critical Mass” e “Brainwashed”, o Nuclear Assault
caracterizou-se por tecer críticas ácidas e infames à hipocrisia da
sociedade. E, pelo menos segundo Connelly, esta sociedade pouco mudou em
30 anos. “O mundo está mais fodido do que nunca!”, compara.<br />
<br />
Nos shows em Curitiba e São Paulo, o Nuclear Assault se apresenta com
abertura do Exciter. Da formação clássica, apenas o guitarrista Anthony
Bramante não está mais com a banda – sendo substituído por Erik Burke. O
prolífico baixista Dan Lilker, que já tocou no Anthrax, segue no grupo,
assim como o baterista Glenn Evans, no Nuclear Assault desde 1985.<br />
<br />
O mais recente álbum de inéditas do Nuclear Assault, <i>Third World Genocide</i>, saiu em 2005, mas a banda soltou o EP <i>Pounder</i>,
no último mês de junho – sendo este o último registro da história do
grupo. “Apenas o trash metal old-school raivoso da maneira que deveria
ser feito!”, descreve o vocalista.<br />
<br />
Abaixo, leia a íntegra da entrevista com John Connelly e, em seguida,
mais informações sobre os últimos shows da banda no Brasil.<b> </b><br />
<br />
<b>“Último álbum. Última turnê. Última chance”, vocês escreveram no Facebook. Como chegaram a essa decisão definitiva?</b><br />Nós
preferimos fazer alguns shows especiais para encerrar os trabalhos do
que ficar fazendo isso para sempre até que isso se tornasse chato.
Também é difícil continuar por causa das famílias e trabalho dos dias
atuais.<b> </b><br />
<br />
<b>O que há de mais particular em fazer uma última turnê (se é que há algo)?</b><br />Há
um sentimento especial no ar. É difícil colocar em palavras, pra ser
sincero, Existe uma emoção extra conforme as pessoas percebem que esta é
a última vez que elas nos verão fazendo nosso thrash.<b> </b><br />
<br />
<b>O próximo show de vocês no Brasil será, provavelmente, o ultimo de
banda reunida por aqui. O que você lembra dos shows que fez no Brasil?
Tem algo de que vão sentir falta?</b><br />Vou lembrar-me para sempre do
Brasil como um lugar incrível para tocar. Continuo recordando da
primeira vez em 1989, com o Sepultura, em São Paulo. Os fãs são super
intensos e muito dedicados, por isso é um prazer tocar para eles – e
tomar uma com eles também.<b> </b><br />
<br />
<b>Há 30 anos, se você pudesse olhar para o futuro, imaginaria que faria uma turnê de despedida?</b><br />Nunca imaginaria que as pessoas ainda dariam tanta importância à banda, e justamente por isso que é uma honra [<i>fazer a turnê de despedida</i>].<b> </b><br />
<br />
<b>O mais recente EP de vocês é uma clara – e poderosa – abordagem do
passado, sem preocupações em soar “atualizado”. Isso aconteceu de
propósito? Vocês queriam que soassem como um disco antigo?</b><br />Com
certeza! Sem influências modernas. Apenas o trash metal old-school
raivoso da maneira que deveria ser feito! Fico feliz que tenha notado,
significa que executamos nossa ideia com sucesso.<b> </b><br />
<br />
<b>O que você sentiu quando compôs essas músicas? Havia muita nostalgia envolvida?</b><br />Sim
e não. Sou capaz de evocar o estado de espírito para compor puro trash
metal quando a hora chega. Mas é claro que me fez pensar nos dias do
passado também<b> </b><br />
<br />
<b>Vocês eram bem ácidos em criticar a hipocrisia da sociedade nas
letras das músicas. Décadas depois, você acha que algo mudou? Como você
vê o mundo hoje em dia?</b><br />Há! O mundo está mais fodido do que nunca. A boa parte disso é que temos muito do que falar em nossas letras.<b> </b><br />
<br />
<b>Como veteranos do heavy metal, como você encara o gênero atualmente? Acha que o metal perdeu um pouco da criatividade?</b><br />Deve
ter caído um degrau no sentido da criatividade devido ao fato de que o
gênero está por aí há 30 anos. Mas, mesmo quando as bandas me lembram de
bandas mais antigas a elas, significa que o coração deles está no lugar
certo, então não me preocupa tanto. Não ouço muita música atualmente,
estou bem ocupado tocando metal extremo e isso é suficiente para mim.
Prefiro ouvir um Rush ou Black Sabbath.<b> </b><br />
<br />
<b>por </b><b><span>Lucas Brêda</span></b><br />
<a href="http://rollingstone.uol.com.br/noticia/nuclear-assault-nunca-imaginaria-que-ainda-dariam-importancia-diz-vocalista-sobre-turne-de-despedida-brasil/" target="_blank"><span>RS Brasil</span></a><b><span> </span> </b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtMgf_Q5tVmANnXjXUzsy1z5jcEhsCAX-WMGf2lN2fQAErvHnkIEyawVOs4eDTsHBykwyRvLcIbJ2HVDsPcVIQPlv3DTa7oAt69a2KdPOZ3qWcMeUwx7VbevDHlv8Swx7mdfaHHtulnM4/s1600/forkill_nuclear-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtMgf_Q5tVmANnXjXUzsy1z5jcEhsCAX-WMGf2lN2fQAErvHnkIEyawVOs4eDTsHBykwyRvLcIbJ2HVDsPcVIQPlv3DTa7oAt69a2KdPOZ3qWcMeUwx7VbevDHlv8Swx7mdfaHHtulnM4/s400/forkill_nuclear-1.jpg" width="235" /></a></div>
<b>Nuclear Assault no Brasil</b><br />
<br />
<b> </b><b>Curitiba (PR)</b><br />21 de agosto (sexta-feira), às 20h<br />Music Hall: Rua Eng. Rebouças, 1645<br />Ingressos: entre R$ 200 e R$ 300 (há meia-entrada)<b> </b><br />
<br />
<b>São Paulo (SP)</b><br />22 de agosto (sábado), às 19h<br />Clash Club: Rua Barra Funda, 969<br />Ingressos: entre R$ 240 e R$ 320 (há meia-entrada)<b> </b><br />
<br />
<b>Manaus (AM)</b><br />23 de agosto (domingo), às 18h<br />Teatro Manauara – Manauara Shopping – Av. Mário Ypiranga, 1300 – Adrianópolis<br />Ingressos: R$ 240 (há meia entrada)<b> </b><br />
<br />
<b>Belém (PA)</b><br />24 de agosto (segunda-feira), às 22h<br />Botequim: Avenida Gentil Bittencourt, 1445 – Nazaré<br />
Ingressos: R$ 140 (há meia entrada)<b> </b><br />
<br />
<b>Rio de Janeiro (RJ)</b><br />25 de agosto (terça-feira), às 19h<br />Teatro Odisseia: Av. Mem de Sá, 66 - Lapa<br />
Ingressos: entre R$ 80 e R$ 100<br />
<br />
#<br />
<br />
<br />
</div>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-10034626109139995142015-08-13T08:16:00.000-07:002015-08-20T10:00:00.239-07:00+ Alec Empire<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirsJBblvgi-XhfwATnSi8MSHirguQMXuKSSruVGXfT9tDKry8ZAtTw-ud2aS8dygtwukkq0Ri0hRB5kV7EO7gPegtQoFnNWK1zV6ksFioDgr4fD7-41GvqKVlbXucQnCUHQCBB2jQ8LlY/s1600/Atari+t.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirsJBblvgi-XhfwATnSi8MSHirguQMXuKSSruVGXfT9tDKry8ZAtTw-ud2aS8dygtwukkq0Ri0hRB5kV7EO7gPegtQoFnNWK1zV6ksFioDgr4fD7-41GvqKVlbXucQnCUHQCBB2jQ8LlY/s320/Atari+t.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: small;"><b>Infelizmente </b><b>não poderei ir ao show do Atari Teenage Riot próximo dia 19, em São Paulo.</b></span> Mas eu e você, que também não vai, podemos colher pelo menos um fruto positivo da nova vinda do grupo ao Brasil, com o renovado interesse da mídia que, aliada à disposição de sempre do vocalista e mentor Alec, tem produzido uma série de entrevistas antológicas. Abaixo, mais uma, desta vez <a href="http://zp.blog.br/?m=interviews&id=303" target="_blank">publicada originalmente no site Zona punk </a>...<br />
<br />
---------------------------------------------------------------------------------<br />
<a href="mailto:homerpress@gmail.com"></a><br />
<br />
<div class="interview_intro">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi061w1Z8IjN4Dx5m3uLnNf2EWMJN3RkQOutfgeqkkoJ_bMycK2AW2tzV_TSJTuelxKMMk-2foBaWb-8qFV_EmAdOLRGwSXDDo3wSTCECqVzctBDtN4j479xS3x_foBj_9poAO4G5DLqa8/s1600/Atari+93fb193b891b070e-IMG_6492.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi061w1Z8IjN4Dx5m3uLnNf2EWMJN3RkQOutfgeqkkoJ_bMycK2AW2tzV_TSJTuelxKMMk-2foBaWb-8qFV_EmAdOLRGwSXDDo3wSTCECqVzctBDtN4j479xS3x_foBj_9poAO4G5DLqa8/s400/Atari+93fb193b891b070e-IMG_6492.jpg" width="266" /></a></div>
Os alemães do Atari Teenage Riot ajudaram a criar uma nova roupagem para
o punk quando o trouxeram à era digital. Esse foi, inclusive, o
objetivo de Alec Empire, idealizador, compositor, vocalista e força
criativa do trio. A ideia de se expressar por meio de um som nervoso e
minimalista tomou corpo e, hoje, 23 anos após sua concepção,
transformou-se em uma máquina de beats velozes e discurso contundente.<br />
<br />
Quando estava ficando cada vez mais reconhecido, no fim dos anos 1990, o
caos sonoro deu lugar a um turbilhão de problemas que culminaram em uma
parada de quase dez anos. Mesmo sem produzir material ou fazer shows, a
obra do grupo seguiu conquistando novos adeptos. Em 2010, Alec achou
por bem retomar as atividades com a antiga parceira Nic Endo e o novo
companheiro CX KiDTRONiK. Desde então, o ATR fez barulho com dois discos
de estúdios e performances intensas.<br />
<br />
Um pouco dessa energia viva criada milimetricamente entre os músicos e
um velho computador será mostrada no Brasil em agosto, em uma única
apresentação, dia 19, no Cine Jóia, em São Paulo. Aproveitando o gancho
da nova passagem pelo país, descolei uma entrevista virtual com Alec
Empire. Sempre solicito, ele mostrou-se disposto a responder um catatau
de perguntas que vão desde a história da banda até o processo criativo,
passando pela luta antifascista e pelo engajamento com o ciberativismo.
Tudo isso, na longa transcrição a seguir.<b> </b><br />
<br />
<b>O Atari Teenage Riot tem uma ligação com o punk, tanto musical quanto
liricamente. De onde vem esse interesse por uma sonoridade mais
agressiva e por temas contestadores? Vocês estiveram envolvidos com a
cena punk da Alemanha antes de começar o ATR?</b></div>
<b>
Alec Empire</b> Eu divido o mundo da música em duas partes. Uma é só
entretenimento, sem nenhum propósito além de vender um produto. É algo
baseado no contexto do escapismo, de fugir da realidade. A outra é a
música sobre assuntos que interessam às pessoas, que revela verdades e
tem significado. Ao invés de tirar o ouvinte da realidade, isso os ajuda
a confrontá-la, a lidar com ela e superá-la, a criar um futuro melhor.
Quando eu cresci na Berlim ocidental dos anos 1980, a cidade estava
dividida pelo muro, uma consequência da Segunda Guerra Mundial.
Estávamos em meio a Guerra Fria naquele tempo. O punk era muito
politizado, assim como a cena de vanguarda. A ideia de diversão pura não
desafiava o ouvinte, era considerada chata. O punk e os primórdios da
música eletrônica foram muito importantes porque sua mera existência
questionava o status quo. Fomos capazes de expressar nossos sentimentos e
ideais de uma forma bem crua e sem filtros, o que mudou a direção da
música popular. Sem essa era musical, não teríamos um cenário tão
diversificado no mundo hoje em dia.<br />
<br />
<b>Berlim é uma cidade com vários squats, como o Kopi, um dos mais
conhecidos. Essa cultura de ocupações underground ajudou o ATR durante a
carreira ou seu desenvolvimento como artista?<br />
Alec Empire</b> Sim, certamente. Esses foram os primeiros locais onde
pudemos fazer shows, embora houvesse certa resistência em relação à
música eletrônica no começo. Usar um computador para programar músicas
que uniriam pessoas por meio de objetivos políticos era algo estranho
para muitos na época. O computador era considerado uma ferramenta
capitalista que substituiria os humanos. Levou um tempo para convencer a
galera de que o punk podia ser transportado para a era digital.<br />
<br />
<b>Quais bandas você costumava escutar e hoje cita como influência? E fora da música, o que o inspira?<br />
Alec Empire</b> Sempre tive um gosto musical bem amplo. O começo do
hip hop, de Grandmaster Flash e Africa Bambaataa ao Public Enemy, por
exemplo. Teve também o punk dos anos 70, da era CBGB. Dead Boys, Richard
Hell, Ramones, Velvet Underground e o Suicide, que foi uma banda chave
pra gente, claro. Embora seu som não tenha nos influenciado tanto, eles
abriram portas. Eu curtia muito dub dos anos 1970 e ska jamaicano da
década de 1960. Além disso, o jazz de nomes como Charlie Parker, Miles
Davis e John Coltrane. Compositores como Stockhausen, Bach, Wagner,
Schönberg e outros foram muito importantes para mim quando adolescente.
Eu ficava um bom tempo ouvindo música clássica. Fora da música, sempre
fui interessado em filosofia (Gilles Deleuze, Foucault etc).<br />
<br />
<b>Foi natural juntar música eletrônica e hardcore quando o ATR nasceu? E
sobre os elementos do rap, por que a ideia de também incorporá-los?<br />
Alec Empire</b> A única razão pela qual nós começamos o Atari Teenage
Riot foi porque eu queria achar um jeito de transportar o espírito punk
para a era digital. Comecei a trabalhar nessa ideia antes de recrutar os
outros membros. Não foi fácil, num primeiro momento. Eu não queria
apenas combinar dois estilos, queria que o digital hardcore se tornasse
uma sonoridade única, um gênero. O ATR foi baseado em um conceito de
colagem. Meu objetivo era juntar muitas referências musicais que tinham
alguma energia revolucionária. Samplear a tecnologia fez isso possível
naquela época. Eu continuo acreditando que uma gravação captura muitas
informações que são complicadas de se recriar. Por que os músicos tocam
de um jeito em um dia e de forma diferente em outro? Executar as notas é
fácil, mas há muito mais coisa envolvida no processo.<br />
<br />
<b>O ATR sempre levantou a bandeira antinazista, desde os primórdios. É
verdade que a banda foi criada justamente para confrontar a idiotice
conhecida como neonazismo?<br />
Alec Empire</b> Isso mesmo, o Atari Teenage Riot começou a combater a
ideologia neozista com música. Naquele tempo, a gente esteve envolvido
em várias brigas de rua com neonazis. Em certo ponto, percebi que isso
era perda de tempo, que tínhamos de ter conceitos mais firmes. Foi então
que me voltei à música e à não violência. O som pode transportar ideias
bem embasadas e fortes. Por isso eu optei pela música.<br />
<br />
<b>Por que escolher um velho Atari para ser elemento tão importante no estilo de arte que desenvolvem?<br />
Alec Empire</b> O computador Atari era o Mac, da Apple, daquele tempo.
A diferença é que ele é mais estável em se tratando de MIDI. Acabou
virando nossa assinatura sonora e foi por isso que permanecemos usando.
Ele é o Stradivari (famoso luthier italiano) do techno-punk.<br />
<br />
<b>Poderia nos dizer como as músicas do ATR são criadas? Uma
curiosidade: alguém toca guitarra nos discos ou o som do instrumento é
sampleado/programado? Já pensaram em adicionar um guitarrista ao vivo?<br />
Alec Empire</b> Depende da música. Geralmente, eu mesmo toco guitarra.
Mas, obviamente, há outros guitarristas envolvidos. Tom Morello (Rage
Against the Machine) e Dino Cazares (Fear Factory), por exemplo, já
participaram em músicas nossas. Também fizemos um som com o Slayer.
Todas as guitarras devem ser sampleadas, pois elas não têm espaço ao
vivo. Talvez mudemos isso em algum ponto, mas gostamos de usar o mínimo
de equipamento no palco.<br />
<br />
<b>Além da música, algo mais é programado na banda? Digo: você pensa
sobre tudo que será executado ou apenas deixa rolar para ver como
termina?<br />
Alec Empire</b> Tudo é programado. Às vezes, rolam acidentes e são
criados sons que acabamos usando mais tarde nas músicas. O Atari Teenage
Riot nunca foi um bando de gente curtindo e fazendo jams para ver o que
rola. Não é assim que procedemos. Existe um objetivo e corremos atrás
dele. Isso vem com a natureza da programação musical. Para criar um
beat, primeiro o visualizamos, depois, sentamos e programamos. É um
processo bem diferente de uma banda tradicional de rock, na qual os
músicos tocam juntos para ver qual é a vibe.<br />
<br />
<b>O ATR tem uma mensagem para passar. Então, acredito que seja
importante atingir o maior número possível de pessoas. Espalhar a
palavra ao máximo! Vocês pensam nisso quando estão criando as
composições? A música é elaborada para atingir as massas?<br />
Alec Empire</b> Não nos comprometemos com o que você chama de massa.
Mas, sim, nós pensamos sobre como simplificar a mensagem. É importante
que o ouvinte sinta isso.<br />
<br />
<b>Acredita que as pessoas prestam atenção ao recado do ATR?<br />
Alec Empire</b> Muitas sim, outras não. É escolha de cada um. As
pessoas podem usar nossa música como uma ferramenta, mas isso depende
delas. Muitos ativistas políticos e hackers que conheço escutam o Atari
Teenage Riot e dizem que são inspirados pela banda. O que é ótimo! O que
não queremos é manipular quem nos ouve. Isso é o que o pop faz. Nossa
abordagem é diferente.<br />
<br />
<b>Lembro-me de escutar o ATR pela primeira vez na segunda metade da
década de 1990. Ao menos no Brasil, foi um período no qual a internet
começou a ganhar força e ficar mais acessível. Qual a importância da web
para a banda divulgar suas ideias? E qual o valor dela para a sociedade
como um todo durante os últimos 20 anos?<br />
Alec Empire</b> Penso que entramos em uma nova era. Muitas visões que
tínhamos sobre a internet e como ela poderia melhorar o mundo no meu
caso, levando mais música para educar as pessoas , forçando o público
na direção de sons mais desafiadores, não se tornaram realidade. Na
indústria musical os independentes foram quase aniquilados, enquanto a
hierarquia que impede avanços ficou ainda pior.<br />
<br />
<b>Enquanto o mundo online ia ganhando espaço, ainda era interessante
ter uma boa gravadora. O ATR trabalhou com a Grand Royal, capitaneada
pelos Beastie Boys. Isso ajudou vocês a conquistar um público maior?
Ficaram amigos dos BB?<br />
Alec Empire</b> Depois que Carl Crack morreu nós perdemos contato. A
gravadora deles quebrou e nós fomos em direções diferentes. Porém, claro
que eles nos ajudaram muito naquela época. Fomos colocados no contexto
certo. As pessoas estão erradas quando pensam em nos deixar ao lado de
nomes como Nine Inch Nails e similares. Nossas raízes são o hip hop e o
techno que eu vejo como uma evolução do hip hop. Os Beastie Boys nos
deram força antes de muita gente saber sobre a gente. Alguns críticos
dizem que eles pularam no trem quando ele já estava em movimento, mas
isso não é bem verdade. O trem poderia estar se andando, mas penso que
quando os BB vieram a bordo, estávamos aptos a aumentar a velocidade.<br />
<br />
<b>No fim do século passado, quando o ATR estava em evidência, Hanin
Elias deixou a banda. Poucos anos depois, Carl morreu. Pode-se dizer
que, após esses acontecimentos, uma parada foi necessária?<br />
Alec Empire</b> Hanin deixou a banda várias vezes e pediu para voltar.
Ela não é muito confiável. Isso não é algo completamente ruim.
Precisamos de músicos imprevisíveis. Os piores são os cachorrinhos de
estimação das boy bands. Muitos artistas pop são construídos, não há
integridade nem autenticidade, são artistas substituíveis. Aí, óbvio que
a música fica comprometida. Acredito que muita gente está frustrada com
o pop hoje em dia. Por isso o estilo está encolhendo. Sobre a morte do
Carl, foi algo que nos devastou. O cara não estava numa boa há um tempo
e, pelo que sabemos, ele não via jeito de melhorar. Ainda não está claro
o que aconteceu na noite em que ele morreu no próprio apartamento, em
Berlim. Eu e Nic Endo começamos uma banda com meu nome na época, que
também contava com Gabe Serbian (The Locust) e Charlie Clouser (ex-Nine
Inch Nails). Com morte do Carl nós simplesmente não sentimos que era
possível continuar com o ATR. Houve quem dissesse que a banda
separou-se, o que não é verdade. O Atari Teenage Riot não é uma banda de
rock com membros constantes. Viemos da cena techno underground e
operamos mais como um Wu Tang Clan ou algum coletivo hip hop. Apesar
disso, a imprensa sempre nos vendeu como uma banda.<br />
<br />
<b>Durante o tempo em que o ATR esteve inativo você lançou alguns discos
solos e fez interessantes parcerias musicais uma delas com o rei do
noise Merzbow. Da perspectiva artística, como foram esses anos?<br />
Alec Empire</b> Sempre lancei mais trabalhos como artista solo do que
com o ATR. Durante toda a década de 1990, fiz vários discos. De The
Destroyer a todo o trabalho como Mille Plateaux. Eu apenas segui fazendo
a minha. Não é porque o ATR parou que eu precisei achar uma
alternativa. Apenas fiquei mais apto a tocar projetos que havia
construído anteriormente.<br />
<br />
<b>Qual foi a motivação para reunir novamente a banda, fazer shows e gravar?<br />
Alec Empire</b> Apenas me senti bem. Mais e mais pessoas se tornaram
interessadas no Atari Teenage Riot e no significado das músicas. A
temática cyperpunk que usávamos nos anos 1990 era ficção científica para
muita gente. Mas, e em 2010? Aí, o cenário era outro. Qualquer um tem
computador, ou até mesmo um smartphone, e está ativamente online. Então,
assuntos como vigilância, libertarianismo e techno-anarquismo ficaram
mais fáceis de entender.<br />
<br />
<b>O trabalho de retorno foi Is This Hyperreal, primeiro disco em mais
de uma década, que contou com o novo colaborador CX KiDTRONiK. Vocês são
velhos amigos? A banda ficou satisfeita com o álbum?<br />
Alec Empire</b> A gente colaborou com CX antes de o Atari voltar. Essa
parceria nos fez pensar ser possível uma nova formação. Novamente, as
coisas rolaram no momento certo. Is This Hyperreal é, provavelmente, o
disco mais importante do Atari Teenage Riot, pois conectou o grupo a uma
nova geração de hackers, ativistas anônimos, Wikileaks e muitos outros.
Olhando para trás, o registro realmente se destaca. O vídeo viral para
Black Flags é um pequeno documentário do ativismo de 2010 e 2011. Acho
que o vídeo Live at Fusion 2010 é, disparado, o melhor registro visual
do Atari Teenage Riot. Zan Lyons (diretor e músico alemão) filmou o
material.<br />
<br />
<b>O disco em questão tem o som Codebreaker, com participação de Steve
Aoki, que já colaborou com LMFAO, will.i.am and Iggy Azalea. É, de
algum modo, algo parecido com o que fez o Refused recentemente, ao
trabalhar com o conterrâneo sueco Shellback, conhecido por seus
préstimos ao lado de nomes como Taylor Swift, Pink and Maroon 5. Era a
ideia tentar uma aproximação com o pop ainda que a música seja rápida e
raivosa?<br />
Alec Empire</b> Em 2010, o selo Dim Mak, do Steve Aoki, foi um bom
parceiro para lançar o álbum nos Estados Unidos. Eles foram,
provavelmente, os únicos do meio eletrônico a se conectar com o
hardcore. Não tão radicalmente quanto o DHR (Digital Hardcore
Recordings, selo capitaneado por Alec dedicado às barulheiras
eletrônicas), mas nem precisaria ser. Steve ouviu ATR quando era jovem e
queríamos trabalhar juntos em uma faixa de hardcore eletrônico. Foi
nessa época que o Skrillex abriu para o Atari Teenage Riot em Nova York.
Um ano depois o EDM (eletronic dance music) estourou e esses caras,
repentinamente, tornaram-se mainstream.<br />
<br />
<b>O ATR, principalmente você, sempre apoiou o ativismo hacker. Como
parte desse engajamento, em fevereiro de 2015, rolou um discurso no
maior congresso hacker do mundo, o 31c3, sobre usar essa cultura como
arma. Por que o ciberativismo é tão importante?<br />
Alec Empire</b> O ativismo não violento irá trazer mudanças e a ação
hacker é peça chave para isso acontecer. Espalhar informação, fazer os
governos serem transparentes e criptografia são alguns exemplos.<br />
<br />
<b>Como o cidadão comum pode usar a criatividade e a tecnologia em seu próprio benefício?<br />
Alec Empire</b> A tecnologia está se movendo muito rápido. Qualquer
coisa que eu diga agora pode ser absurda em algumas semanas. A única
dica que posso dar é para as pessoas pensarem em como usar as
ferramentas modernas, não seguir o hype. Só porque todos seus amigos
estão em uma rede social e deixam seus dados pessoais lá, você não
precisa fazer isso. Quem controla sua vida é você. E você é responsável
pelas ações que realiza.<br />
<br />
<b>Falando em ciberativismo, isso me remete ao caso Wikileaks, que
parece ter tido um impacto forte no disco novo, Reset (2015),
considerando que a cultura da vigilância é tema de algumas letras. Isso
procede? Você acredita que a maioria das pessoas tem noção sobre essa
invasão de privacidade que vivemos?<br />
Alec Empire</b> O álbum principal sobre esse assunto é o Is This
Hyperreal. Acredito que as pessoas deveriam saber, a essa altura, sobre o
que está em jogo. O problema é que a indústria da música tenta evitar
que se fale sobre o assunto. Tem muito a ver com quem detém o poder.
Inúmeros músicos ficam em silêncio e isso nos assombrará no futuro.
Vivemos um tempo importante, parecido com o do final dos anos 1960,
quando a música teve papel fundamental no fim da Guerra do Vietnã. Um
músico que não fala verdades tem papel irrelevante.<br />
<br />
<b>Edward Snowden denunciou que a agência estadunidense NSA estava
espionando o governo brasileiro. Você sabia disso? Na sua opinião,
porque grandes nações vigiam países emergentes? Seria parte de um novo
modelo de colonialismo ou algo do tipo?<br />
Alec Empire</b> Acho que essa é a natureza dos governantes. Sempre
foi. Às vezes, não há nem mesmo uma má intenção por trás disso. É uma
corrida. Se a tecnologia possibilita atitudes assim, eles a usarão antes
que outros utilizem.<br />
<br />
<b>Mesmo explorando verdades não muito positivas nas letras de Reset, o
álbum parece passar sinais de esperança no futuro. Não sei se a
expressão se aplica, mas seria algo menos negativo. Essa visão um tanto
otimista é intencional?<br />
Alec Empire</b> O futuro está em nossas mãos, mas temos de nos importar com ele. Não apenas reagir.<br />
<br />
<b>As partes instrumentais de Reset parecem conduzir o ouvinte por
ritmos menos pesados do que em seus outros álbuns, embora a
agressividade esteja presente nas faixas. São beats mais acessíveis. É
algo como disse Emma Goldman disse: se eu não posso dançar, não é minha
revolução?<br />
Alec Empire</b> As pessoas sempre dançaram com nosso som. Quanto mais o
tempo passa, mais elas entendem nossa música. Não pensamos em ser mais
acessíveis quando compomos, apenas criamos a música que amamos. Não há
rótulos envolvidos, nós controlamos o Atari Teenage Riot e somos livres
para fazer o que bem entendermos.<br />
<br />
<b>Sendo classificado de digital hardcore um dos pioneiros do gênero,
inclusive , gostaria de saber como vocês percebem que a comunidade punk
reage à postura do ATR hoje em dia e no passado?<br />
Alec Empire</b> Realmente não sei. Os punks que ouvem nosso som
obviamente gostam, mas existem alguns que simplesmente não curtem música
eletrônica e preferem coisas mais tradicionais do estilo. O que é
normal.<br />
<br />
<b>Já tiveram alguma encrenca por estar tanto tempo alertando sobre o
autoritarismo e engajados com algumas verdades? Tipo algum tipo de
violência, perseguição política ou censura? <br />
Alec Empire</b> Nosso disco Future of War (1997) foi censurado na
Alemanha. Desde então, sou tratado como um radical extremista. Quem me
conhece e segue o que estou dizendo sabe que não me enquadro nessa
categoria. Acho que as autoridades germânicas cometeram um erro nesse
caso. Criamos músicas que fazem as pessoas pensar e que nunca manipulou
ninguém para agir de forma violenta. Quando os fãs ouvem nosso som eles
aprendem a lidar com a raiva. Todos que frequentam shows do ATR sabem
disso.<br />
<br />
<b>Vemos muitas bandas falar sobre revolução, amaldiçoar o capitalismo e
reclamar sobre a situação em que vivemos. Mas, muitas delas apenas na
teoria. Como você diria que é possível trazer isso para a vida real e
agir contra aquilo nos oprime? Vocês participam de ações diretas?<br />
Alec Empire</b> Em primeiro lugar, é preciso pensar antes de agir. Por
isso a música é importante. Tocamos em festivais antifascistas e até
mesmo em protestos. O ativismo pessoal á algo que não gostamos de nos
gabar em público. É um lance que fazemos como cidadãos, e não como
artistas. Determine sua própria vida e não deixe ninguém controlar você.<br />
<br />
<b>Há um trecho na letra da música Amerika, do Rammstein, que diz:
coca-cola, sometimes war. Pode parecer bobo, mas isso me faz pensar
sobre como o imperialismo cria distrações para a população enquanto
grandes corporações escravizam nossas mentes para pensar de acordo com o
que elas querem. Minha pergunta é: o quão importante é usar da
visibilidade para fazer as pessoas refletirem sobre o mundo que nos
cerca, principalmente no que há de errado no planeta?<br />
Alec Empire</b> Penso que todo artista tem a responsabilidade de usar
sua voz e fazer as pessoas pensarem. Não creio que há um emburrecimento
das massas, no entanto. Permaneça leal a você mesmo e não se comprometa
com a audiência. É preciso encontrar o balanço ideal. Claro que queremos
novos admiradores, mas, muitas vezes, é preciso fazer o que se acha
correto. Não se tornar um escravo do público. Isso geralmente resulta em
suicídio, abuso de drogas e outras coisas destrutivas.<br />
<br />
<b>Aproveitando o gancho da pergunta anterior: você curte a cena
eletrônica/industrial alemã que tem bandas como Rammstein, Wumpscut,
Oomph, KMFDM e Die Krupps? Quais artistas da Alemanha recomendaria?<br />
Alec Empire</b> Eu curto mais o velho krautrock. Bandas como Neu!,
Cluster, Faust e Harmonia. Também recomendaria o new wave alemão dos
anos 1980. Tudo de D.A.F a Der Plan.<br />
<br />
<b>Se você pudesse apertar o reset e programar um restart na humanidade, como seria?<br />
Alec Empire</b> Isso é, às vezes, um mal-entendido. Não usamos a
palavra reset no sentido de começar tudo novamente após uma bomba
atômica. Nossa ideia é de que precisamos focar no futuro ao invés de
compreender e se desculpar por conflitos de muitos anos atrás. Reset é
um interruptor que todos podemos acionar. Veja o ser humano em primeiro
lugar e, então, tente construir um futuro melhor trabalhando em
conjunto. Todos devemos ter liberdade.<br />
<br />
por <a href="mailto:homerpress@gmail.com">Homero Pivotto Jr.</a> <br />
<br />
# <br />
<h2>
</h2>
programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-1007904809346041672015-08-10T07:29:00.004-07:002015-08-10T07:31:37.527-07:00"[A internet] virou a mais eficaz ferramenta de controle mental de que já se teve notícia". Alec Empire.O Atari Teenage Riot é uma de minhas bandas preferidas. Quando a
gente tem a oportunidade de escrever sobre os artistas que contribuíram
para a nossa formação política, é difícil deixar a primeira pessoa de
lado. Esta é a segunda vez que tenho a chance de trocar ideia com Alec
Empire, o vocalista e ideólogo do grupo de hardcore digital anarquista
formado em 1992 em Berlim. A primeira foi há dezessete anos, quando eles
tocaram no KVA, em São Paulo, e pude entrevistá-los para um fanzine que
tinha. Aquela turnê precedia o terceiro álbum do ATR, <i>60 Second Wipe Out (1999)</i>.
Eles estavam em sua melhor forma, e o show foi uma explosão de revolta,
tendo como ponto alto a execução de faixas como "Destroy 2000 Years of
Culture", "Speed" e "Fuck All". Esta última, com versos agressivos como
"Cut all policemen into pieces".<br />
<br />
Me lembro de ter perguntado para
ele no backstage se a incitação a esse tipo de violência contra os
policiais, propondo o combate do fogo com fogo, era mesmo uma forma
produtiva de falar de política. E ele retrucou: "Essa gente é o braço
armado do sistema, não tem como criar um diálogo positivo com tipos
assim". De qualquer forma, o tempo passou, um dos integrantes do ATR, o
Carl Crack, morreu no meio de um tratamento psiquiátrico com um monte de
remédios fortes no estômago, o Alec se indispôs com a outra vocalista, a
Hanin Elias, e o grupo encerrou as atividades em 2001. Foi chato. Mas é
sempre melhor quando uma banda acaba no auge de sua produtividade do
que na sua própria miséria criativa.<br />
<br />
Em 2011, quando eles
anunciaram um retorno, com a Nic Endo no posto de Hanin e CX KiDTRONiK
no posto de Crack, o espírito de rebeldia que estava rolando, com o
lance do WikiLeaks, Anonymous, o ativismo hacker, as manifestações
organizadas via internet, o cyber terrorismo naquele contexto foi
responsável por inspirar um álbum com um discurso menos "foda-se tudo" e
mais elaborado, que lançava em seu título o convite à discussão: <i>Is This Hyperreal?. </i>Uma trilha de protesto alinhada perfeitamente às angústias da era Google.<i> </i><br />
<br />
<i>Reset, </i>o novo trabalho que o trio vem promover em São Paulo no próximo dia 19, num show que farão <a href="http://www.livepass.com.br/atari-teenage-riot/" target="_blank">no Cine Joia</a>,
estica o papo de seu predecessor. E o som, por sua vez, está mais
poderoso e radical do que nunca. Puta álbum foda! Se a revolução não
será televisionada, ao menos ela já tem o seu pano de fundo musical.<br />
<br />
<b>THUMP: E aí Alec. Vamos começar falando do álbum novo de vocês e de
como vocês remodelaram o som da banda desde o retorno, com o <i data-redactor-tag="i">Is This Hyperreal?</i>. Eu vim para o escritório escutando <i>Reset, </i>e senti o mesmo impacto incendiário de quando conheci vocês com o <i>Delete Yourself</i>. Mas esteticamente, tem algo de novidadeiro na música...<br /> Alec Empire:</b>
O som do Atari Teenage Riot tem um DNA que acredito não ter mudado
tanto nesses anos todos. Continuamos uma banda crítica, e um monte de
gente continua nos odiando, esse tipo de coisa ainda é igual [risos]. É
claro que há diferenças. Se você comparar um álbum como <i>Future of War (1997)</i> com o novo, <i>Reset</i>,
são investidas bem distintas. Algo nunca muda, que é aquela energia do
ATR, mas as emoções vividas em cada momento da vida que influenciam o
som. <i>Future of War</i> é muito mais sombrio, enquanto o <i>Reset</i>... Bem, algumas pessoas acham que tem uma pegada parecida com o primeiro álbum, <i>Delete Yourself (1995)</i>,
que não é tão niilista, tão destrutivo. Tem uma parcela do nosso
público que gosta justamente da nossa faceta destrutiva e, de certa
forma, sentiram falta disso, daqueles hinos de rebeldia, enquanto outros
fãs odeiam essa fase. O ATR sempre transitou entre essas duas
expressões, uma um pouco mais amena, outra bem mais raivosa. Depende de
como estamos nos sentindo no momento da produção de cada trabalho. Mas
se for pra apontar algo que definitivamente está diferente, diria que
nos anos 90 nós estávamos naquela onda jungle/drum and bass e aí
acabamos nos cansando desses beats. Eu entendo que tem um monte de gente
que pira naquelas coisas que fizemos, mas o foco do ATR nunca teve a
pretensão de ficar engessada numa vertente, a nossa identidade na
verdade sempre foi resultado de uma mistura de várias coisas, as
influências que eu trago do meu projeto solo. As vozes também estão
diferentes, mas os vocais sempre foram distintos de um som para outro,
sempre experimentamos com isso, gritos de manifestações, de
cheerleaders... O que a Nic trouxe para o novo álbum foi um estilo mais
discursivo do que gritado.<br />
<br />
<b>A Nic tentou imprimir um estilo diferente para evitar comparações com o vocal da Hanin?</b><br />
Ela não quis absorver o estilo da nossa vocalista anterior. Ao
contrário, chegou e disse: "Vou cantar do meu jeito". E é bem isso. Se
você escutar aos álbuns solo dela, assim como os outros integrantes, ao
longo desse tempo todo, os nossos trabalhos individuais sempre foram bem
diferentes. Completamente. Tem gente que nem percebe que são trampos
nossos até [risos]. Por exemplo, quando fizemos uma turnê pela América
em 2011, foi engraçado porque teve um pessoal que chegou até mim e
falou, "Po, gostei da sua entrada no ATR, substituindo aquele cara que
morreu" [risos]. Ele falava, "você trouxe uma pegada breakcore, muito
bom" [risos]. Mas o que importa é que a galera entenda a essência da
proposta, que é o fato de que não somos uma banda de rock nos moldes
tradicionais, saca? Quando o ATR começou, a mídia roquista não fazia
ideia de como lidar com a filosofia do techno. Eles ficavam confusos com
o lance de sermos ao mesmo tempo um coletivo, uma banda, com três
vocalistas, que também discotecam, produzem, sampleiam, soltam bases e
beats junto de instrumentos... Esse tipo de gente fica confusa quando
não consegue rotular as coisas dentro do esquema padrão.<br />
<br />
<b>Quando vocês surgiram, pouca gente sacava o que era o "digital
hardcore". Basicamente só quem era do underground e já estava
familiarizado com isso. A crítica de música e a mídia tradicional, </b><b>nem sabia como apresentar vocês para o público. Você acha que hoje em dia esse estranhamento já foi superado?</b>Mas
você sabe que até a cena hardcore mudou. Se você parar para observar a
evolução de vertentes como o breakcore, o digital hardcore, o drum and
bass mais pesadão, tudo isso fazia parte de uma cultura de nicho e se
encontrava na música do ATR... Depois, o diálogo entre essas vertentes
foi se diluindo um pouco, no começo dos anos 2000, embora sempre tenha
havido pessoas focadas em preservar o estilo. Mas já não é como nas
antigas. Em Berlim, há dez anos um evento de breakcore atraía duas mil
pessoas, hoje isso não rola mais. O ATR conseguiu atravessar tudo isso,
somos sobreviventes dessa geração. Alguns, dizem que é porque começamos a
investir em faixas de bpm mais lento, deixando pra trás aquela fase de
"Start The Riot", mas nós sempre fizemos faixas lentas e aceleradas
também. A verdade é que sempre vai ter aquela parcela do público da
geração antiga do hardcore que vai detestar qualquer coisa nova, dizendo
que o nosso auge foi o passado. Esse tipo de clichê. Pode esperar,
quando lançarmos o próximo álbum, alguém vai chegar e falar que <i>Reset</i>,
o anterior, era melhor. Dá vontade de falar pra esses caras, "Porra,
porque você não se acostuma logo com o nosso som?!" [risos]. Não dá pra
ficar dando ouvidos a todo mundo que pragueja, o importante é investir
naquilo em que você acredita. O que fazemos é 100% o que desejamos, não
tem nenhuma preocupação com mercado, opinião de gravadoras, direcionando
a nossa criação. Eu mesmo produzo todos os álbuns, quem nos acompanha
tem que se ligar nisso.<br />
<br />
<b>Acho interessante como vocês constroem a crítica política da banda em
torno de termos ligados à tecnologia e à cultura digital. Tudo é bem
amarrado. No primeiro álbum, vocês clamavam "Delete-se", e agora chegam
com esse discurso de resetar. Qual a retórica por trás da palavra
"Reset"? Um recomeço do zero? Destruir tudo e reconstruir?</b><br />
Entendo o seu ponto, não há uma diferença muito grande no sentido dessas duas palavras. Tipo, <i>Delete Yourself</i>
tinha a ver com "apague a sua identidade e faça parte do sistema"...
Mas a mensagem da palavra "reset" aqui tem a ver com a ideia de que
precisamos tomar cuidado com a influência negativa da tecnologia em
nossas vidas, estamos absorvendo as inovações de um jeito nocivo, sabe?
Quinze anos atrás, achávamos que a internet era sinônimo de liberação.
No fim, virou o oposto, virou a mais eficaz ferramenta de controle
mental de que já se teve notícia. Acho que é importante se ligar nisso,
não se deixar afundar na armadilha. Esse é o significado por trás do
nome do álbum. Precisamos repensar um monte de coisas, tudo o que
parecia sinônimo de liberdade e independência virou um negócio
frustrante. Veja só a cena musical. Os artistas se libertaram do esquema
das majors, porém não dá pra dizer que surgiu com isso uma revigorante e
vanguardista produção artística. As massas não estão consumindo as
músicas mais espertas e inovadoras, na verdade elas continuam sendo
fisgadas pela mesma merda de sempre [risos]. É foda. Toda a esperança
que a internet e a comunicação digital trouxeram no final dos anos 90
foram abafadas.<br />
<br />
<b>Sim. Talvez seja mesmo uma estratégia muito mais eficiente apostar
num controle comportamental que vende uma suposta liberdade de escolhas e
opiniões. Ao invés de enjaular todo mundo. Estamos ocupados demais com a
manutenção de nossos personagens on-line, afinal...</b><br />
Acho que
isso acontece porque as pessoas não desenvolveram um entendimento
político da situação. As pessoas usam ferramentas como o Facebook e
Twitter reduzindo da pior forma suas possibilidades. Elas estão apenas
alimentando uma máquina sem obter nada recompensador em troca. Vira e
mexe ficamos sabendo de histórias de violência surgindo na rede, e isso
alcança repercussões enormes... Sei lá, acho que essas plataformas não
são exatamente uma maravilha para o diálogo saudável entre as pessoas,
sabe... Falta substância. Eles ainda querem nos vender anúncios e nós
não temos nada a ganhar com isso.<br />
<br />
<b>Você acha que atualmente a música pode mesmo representar um perigo ao sistema?</b><br />
Eu seria capaz de discursar por horas sobre isso, mas, pra resumir meu
pensamento, basta você perceber que as corporações e os políticos ainda
temem o poder da música como ferramenta de conscientização e rebelião.
Por exemplo, tocamos num festival na Alemanha, e não por coincidência,
quando a televisão transmitiu o evento, eles não mostraram o nosso show,
não nos entrevistaram, ignoraram totalmente a nossa existência. Já as
outras bandas foram promovidas normalmente. Sempre fica aquele clima de
temor, tipo "Eles vão dizer algo que não podemos mostrar, precisamos
tomar cuidado. Eles são imprevisíveis". Sempre que alguém diz que a
música não é uma ameaça ao sistema, eu me lembro dessas coisas. Existe,
sim, um cerceamento para que a voz dos artistas que escrevem músicas de
protesto não chegue tão longe ou seja esvaziada de sua essência. Eles
temem que a música forme um público inteligente, porque senso crítico
vai de encontro ao desejo deles, que é o consumo sem noção. As
corporações estão no controle da cultura do entretenimento.<b> </b><br />
<br />
<b>Quando
o ATR começou, estava rolando uma movimentação neo nazi na cena da
Alemanha que vocês confrontaram. Queria saber se os skinheads ainda têm
vez entre a molecada por aí e se, nas antigas, você já foi atacado ou
saiu na mão com os caras na rua. Esse tipo de coisa pela qual todo jovem
que é diferente já passou nas metrópoles do mundo.</b><br />
Eu cresci
nos anos 80 em Berlim, e durante toda a minha juventude tive que tomar
cuidado nas ruas, nos transportes públicos, não dava pra colar em todas
os clubs e shows. Semanalmente, às vezes diariamente, eu entrava em
confronto com esses skinheads. Mas nos anos 80 eles não eram tão
militantes como foram nos anos 90. Já os neo nazis russos sempre foram
muito mais militantes. Andavam armados e queriam matar as pessoas. Nos
anos 80 era aquela coisa igual dos filmes, as tretas entre gangues de
mods e rockabillies. Uma versão meio infantil do negócio [risos]. E
então foi se desenvolvendo, vários daqueles caras acabaram virando
terroristas, foram responsáveis pelos escândalos de <a href="http://oglobo.globo.com/mundo/alemanha-planeja-reformas-contra-grupos-neonazistas-5515643"><b>assassinatos de imigrantes na Alemanha</b></a>. Os mesmos caras com quem eu saía na mão acabaram entrando para o NSU (<b><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/National_Socialist_Underground">National Socialist Underground</a></b>),
não sei se você está ligado. E esse pessoal recebia armamento direto do
serviço secreto daqui. O esquema todo acabou sendo revelado nos últimos
anos. Foi isso mesmo que aconteceu. O governo patrocinou essas mortes.
Eles chegavam atirando nas pessoas, bem na cabeça. E a polícia
estranhamente nunca encontrava vestígios, era aquela novela toda.<br />
<br />
<b>Os primeiros shows do ATR eram perigosos por conta da presença dos skinheads?</b><br />
Nos primeiros shows do ATR os nazis chegaram a atrapalhar. Na época em que nos apresentávamos em <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Squatting"><b>squatts</b></a>,
isso era um grande problema. Mas depois que a banda cresceu, eles nunca
mais apareceram. Digo, com tanta frequência. Porque eles sabiam que
estariam em menor número. Isso ainda é um problema para as bandas punks
na cena. Isso rola mais na parte Leste da Alemanha, embora eles estejam
presentes no Oeste também. Infelizmente eles continuam se manifestando e
angariando seguidores por aqui. No inverno passado <a href="http://www.vice.com/pt_br/read/a-cidade-alema-que-fez-neonazistas-marcharem-por-uma-boa-causa" target="_blank">rolou um protesto</a>,
inclusive, que atraiu 20 mil pessoas. Isso é assustador. Tem gente que
me pergunta por que eu acho que essa tendência está voltando, só que a
real é que isso nunca deixou de acontecer, o lance é que a mídia não
andava prestando atenção. Só é noticiado quando dá em alguma merda. E
tem uma nova geração sendo influenciada por eles. Não existe um empenho
do governo em educar as pessoas contra o racismo. Isso é frustrante.<br />
<br />
<b>Levando em conta que o ATR ficou dez anos parado, pergunto: quando
o Carl Crack morreu, vocês decidiram acabar com a banda ou só queriam
dar um tempo até que as emoções se acalmassem? Ou o motivo desse hiato
foi sua indisposição com a Hanin?</b><br />
Depois que o Crack morreu, nós
não conseguimos continuar. Foi um baque. Eu já estava tocando meu
projeto solo desde 1999, e ele morreu em 2001. Tem gente que confunde
porque demos um tempo um pouco antes da morte dele, aí em alguns lugares
consta que ele morreu em 99. Nesse meio tempo, a Hanin engravidou e
saiu da banda, depois de um show que fizemos na Brixton Academy.
Estávamos já desgastados, após anos e anos de turnês incessantes, quando
isso aconteceu. Mas a ideia era dar um tempo de um semestre, não de uma
década [risos]. O motor foi pifando naturalmente. A Nic assumiu o posto
da Hanin até o final daquela turnê. O meu trampo solo estava recebendo
um feedback positivo, então acabei me empolgando com isso. Só que antes
que pensássemos em retomar a banda, o Crack morreu. Daí juntando com o
fato de que eu já não estava me dando bem com a Hanin, resolvemos
desencanar. Ela ficava naquelas de sair da banda, depois vinha e pedia
pra voltar. Não sei que porra aconteceu, se ela não curtiu a turnê, se
ficou de bode do hotel, só sei que ela voltou pra banda e saiu de novo.
Estou ligado que as bandas às vezes têm que lidar com essas situações
caóticas, mas isso acabou virando algo pessoal, sabe? Ela deu mancada,
isso é falta de respeito.<b> </b><br />
<br />
<b>Mas a Nic chegou a gravar os vocais de <i data-redactor-tag="i">60 Second Wipe Out</i>. Então ela já tinha assumido o posto da Hanin. Dava pra vocês terem voltado antes. Não?</b><br />
Também entram nisso alguns fatores criativos. Nic e eu queríamos fazer
uns sons mais pesados, e o resultado dos meus álbuns solo exibe um pouco
dessa vontade. Uma parada curiosa é que em 2010, quando pensamos em
voltar, foi justamente a Hanin que veio com a ideia. E eu confesso que
não dei muita bola. Para mim o bagulho já era página virada, eu estava
fazendo coisas diferentes, produzi um álbum com o Patrick Wolf, remixei
umas coisas. E a Hanin ficava dando ideia, falou que de repente seria
legal se fizéssemos só um show comemorativo e tal. O contexto era o
seguinte: eu tinha um show marcado em Londres, e meu álbum demoraria
mais uns três meses para sair na época, então eu propus ao promoter de
tocar com o ATR. O promoter concordou, meio reticente. Mas pouco antes
disso estava rolando uma crise econômica na Inglaterra e as pessoas
passaram a mostrar interesse em discussões políticas novamente. Daí que a
Hanin mais uma vez faltou à apresentação... [risos]... Mas acabou que o
contexto todo se mostrou revigorante e nós planejamos seguir com esse
retorno para uma série de shows de três meses. Achamos que seria só um
revival, porém tudo acabou engrenando de tal forma que voltamos pra
valer. O mundo estava pegando fogo, e o público demandava o nosso
retorno, com um discurso focado nos novos tempos. A eletrônica começava a
ser dominada por esse lance da EDM, e um monte de gente ficava pedindo
um retorno de verdade, demonstrando uma carência por algo mais
substancial. E foi assim que aconteceu.<b> </b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeXymUc86mviMD6BLkmC_FRU_MK5qJHXDUM0OETaRJkc3y3WA_V9nEZDsRmAEzAu6RveRfCp84oFN4atwSC_Ivl5WBtRQfA5v4VcXPHNxJ7-6ymRg7ZOfky6g24vAdf1wJzpP6kfBIYuU/s1600/atari-teenage-riot.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeXymUc86mviMD6BLkmC_FRU_MK5qJHXDUM0OETaRJkc3y3WA_V9nEZDsRmAEzAu6RveRfCp84oFN4atwSC_Ivl5WBtRQfA5v4VcXPHNxJ7-6ymRg7ZOfky6g24vAdf1wJzpP6kfBIYuU/s400/atari-teenage-riot.png" width="266" /></a></div>
<b>Atari Teenage Riot, dia 19 de agosto, em São Paulo</b><br />
<b>Local:</b> Cine Joia. Praça Carlos Gomes, 82 - Sé.<br />
<b>Ingressos:</b> R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada)<br />
<b>Link para venda dos ingressos:</b> <a href="http://www.livepass.com.br/atari-teenage-riot/">http://www.livepass.com.br/atari-teenage-riot/<br /><b>Classificação etária:</b> 18 anos</a><br />
<br />
por Eduardo Ribeiro<br />
<br />
<a href="http://thump.vice.com/pt_br/article/um-monte-de-gente-continua-nos-odiando-diz-alec-empire-do-atari-teenage-riot?utm_content=bufferb982d&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer" target="_blank">THUMP</a><br />
<br />
#<br />
<br />
<br />programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5530695949266017791.post-56480417919252847172015-07-31T09:31:00.000-07:002015-08-01T06:27:33.736-07:00Alunte.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWIH3CxWjYLE7OszeyMVyrCYpU2h7baEcWVJJAU6Fj_aGg9zM0mu2TWR0ydkcn8lWs0KHxmDJ2ae9h3x9USEt_QNcxzmk68BNasdxZqPjy5j-Dv8P0pj15ROtk__2_Tm9V7do17A_sOdc/s1600/Alunte+10153925_662513357129070_1336240601431425784_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWIH3CxWjYLE7OszeyMVyrCYpU2h7baEcWVJJAU6Fj_aGg9zM0mu2TWR0ydkcn8lWs0KHxmDJ2ae9h3x9USEt_QNcxzmk68BNasdxZqPjy5j-Dv8P0pj15ROtk__2_Tm9V7do17A_sOdc/s400/Alunte+10153925_662513357129070_1336240601431425784_n.jpg" width="266" /></a></div>
<span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Quando vcs decidiram formar a banda?<br /> <br />
A banda foi apenas uma idéia de Fábio (guitarra e vocais) durante um
tempão, depois ele se juntou com Sean (nosso primeiro baterista) e por
um tempo ficaram tentando recrutar um<span class="text_exposed_show"> baixista, e aí cheguei eu (João), a terceira tentativa de baixista da banda e foi a formação que se encaixou durante um tempo.<br /> <br /> Qual o significado do nome?<br /> <br />
A gente roubou de uma música dos Novos Baianos chamada "Linguagem do
Alunte", nesse som a Baby fala de uma "palavra nova que não tem
explicação" e a gente acabou pirando nisso não só por gostar da idéia do
nome, mas também com a potência desse som, a coisa acabou vindo como
uma bomba: o nome tem que ser esse! E, velho, foi um alívio quando a
gente finalmente escolheu, demoramos um tempão tentando achar um nome
pra gente.<br /> <br /> A sonoridade da banda nasceu de influências anteriores que vcs possuíam ou optaram por seguir um novo rumo?<br /> <br />
Acho que é natural pra uma banda querer fazer algo novo, mas a gente
nunca escapa do fantasma das coisas que a gente ama, acho que as
primeiras canções são mais fiéis esteticamente ao punk e suas vertentes
mais recentes (ou diria, um pouco menos antigas) dos 90s. Depois a gente
foi querendo fazer músicas mais soltas, com mais efeitos e climas e
isso também se relaciona muito com o que a gente vinha consumindo
recentemente - acho que Pink Floyd é a referência mais evidente desse
segundo momento. Eu sinto que a gente vai fazendo basicamente o que acha
massa e essa coisa das influências vai se encaixando bem naturalmente.<br /> <br /> Como surgiu o ep "Muro da moral"?<br /> <br />
O "Muro da Moral" surgiu quando Sean,um dia decidiu gravar as baterias
num estúdio sozinho, sem a intenção mesmo naquele momento de fazer um
disco, mas a gente acabou gostando e resolveu aproveitar o que tinha
sido feito, então chamamos Gabriel, o Mago, que na época tinha um
pequeno estúdio, chamado Yellow, numa galeria e que se juntou com a
gente pra gravar o resto das coisas. Esse primeiro ep tem algumas
músicas bem antigas (que Fábio anotava em cadernos durantes as aulas há
não sei quantos anos atrás);até algumas que foram compostas já comigo na
banda, como "Muro da Moral" e "Memo".<br /> <br /> O álbum foi lançado em edição física ;foi independente ou teve apoio de algum selo?<br /> <br />
Os dois ao mesmo tempo, a gente teve apoio do Brechó Discos e do Big
Bross, que nos ajudaram a prensar e distribuir algumas cópias. Fomos
independentemente ajudados, vamos dizer assim.<br /> <br /> Quem elaborou a arte das capas dos discos?<br /> <br />
No "Muro da Moral" a capa foi feita por Raul Matos, um amigo nosso que
toca em bandas muito fodas daqui como a Seu Montanha e a Skabong. Já o
nosso último, "A morte do seu Super-Herói" foi basicamente uma foto de
Janaína Vasconcelos, que tem um trampo muito foda no Sobre Mundos (<a href="https://www.facebook.com/demasiar.ser.sobremundos" rel="nofollow">https://www.facebook.com/<wbr></wbr><span class="word_break"></span>demasiar.ser.sobremundos</a>)<br /> <br /> No que vcs se basearam em retratar nessas faixas do muro da moral?<br /> <br />
Olhe, engraçado, eu não sei muito bem no que a gente se baseou, nem sei
se a gente se baseou em algo pra fazer isso. Mas eu considero que é
mais um grito anti-conservador como vários outros trabalhado da nossa
maneira, esse cansaço em relação ao "dever ser", a "trajetória de vida",
emprego, do papai-mamãe. Acho que são temas que nunca cessam e nem
devem cessar, embora a nossa perspectiva sobre eles tenham tomado uma
forma mais "propositiva" no segundo ep. São temas que podem parecer
batidos à primeira vista, mas na real eles continuam aí constituindo os
sonhos de muitas pessoas por gerações, né? Então acho que faz sentido
falar sobre essas coisas!<br /> <br /> Qual a diferença entre o "muro" e o mais recente ep "a morte do seu super herói"?<br /> <br />
Acho que o segundo ep soa diferente mas ainda parece a mesma banda, os
temas (como vinha dizendo antes) carregam o mesmo incômodo,
principalmente em "Fome de mim", "Ela é dela" e "Cidadela", mas a gente
também quis experimentar mais desse mundo doido dos sons, colocamos
outros instrumentos e faixas longuíssimas com mais climas e momentos. Na
verdade, a gente não tinha nenhum compromisso mesmo em fazer algo
parecido com o "Muro da Moral" e acabou acontecendo assim!<br /> <br /> Há intenção de lançar também em cd?<br /> <br />
Eu gostaria, mas não creio que há uma necessidade muito grande no
momento de fazermos. Por enquanto há só uma possibilidade de que
aconteça. Eu acho que tendo mais algum outro rolê pra fazermos, vamos
pensar melhor sobre isso!<br /> <br /> Como tem sido os shows da banda,e como foi essa passagem pelo sudeste recentemente?<br /> <br />
A gente não tem feito muitas apresentações recentemente, basicamente
voltamos a tocar em abril. Tivemos primeiro uma pausa com a saída de
Sean em abril do ano passado depois fizemos algumas apresentações com o
batera novo e fomos nos dedicando vagarosamente a esse segundo EP. Então
acho que as apresentações foram pegando corpo a cada gig, no final da
passagem pelo sudeste a gente tava querendo que tivesse mais pra gente
continuar na pegada. Eu diria que os últimos shows foram os melhores.
Sobre a passagem pelo sudeste, foi a nossa primeira juntos e a gente
recebeu uma linda ajuda do Abraxas, que contatou pessoas de outros
grupos e bandas pra fecharem shows com a gente. É um momento muito massa
pra qualquer banda, essa coisa de tocar com bandas diferentes, conhecer
seus espaços, e notar a dedicação das pessoas pra que façamos mais
essas coisas, mais música, mais encontros entre as bandas é muito
enriquecedor mesmo e sempre nos dá idéias novas do que fazer na nossa
cidade e com as nossas bandas e amigos.<br /> <br /> Como surgiu "vida punk floydeana"?<br /> <br />
Pô, essa música surgiu no show de lançamento do "Muro da Moral", velho!
Sabe aquelas jams que às vezes rolam no começo só pra dar uma
passadinha rápida no som? Foi desse jeito que ela surgiu, depois o Fábio
aproveitou a idéia e fez uma letra. Eu e Sean nem tínhamos percebido
como seria massa utilizar esse som, ainda bem que Fábio notou, acho que é
uma das músicas mais queridas por nós e o título dela representa
bastante esse nosso último momento.<br /> <br /> O que vcs esperam pro futuro?<br /> <br />
Então, do futuro a gente ainda não sabe muita coisa, o baterista novo
(João Mateus) também vai ter uma longa temporada fora daqui e vamos
ficar desfalcados mais uma vez <i class="_4-k1 img sp_fM-mz8spZ1b sx_765e87"><u>Emoticon unsure</u></i>
. Mas ainda temos coisas pra lançar por aí, três amigos nossos que
trampam com cinema (Maria Camila Medeiros, Matheus Aragão e Leonardo)
nos acompanharam nessa tour pelo sudeste e a documentaram e isso tudo já
tá em edição, então ainda devemos lançar isso junto com esses amigos. E
também devemos fazer a trilha pra um curta realizado por Maria Kika e o
Leonardo logo mais! A gente vai disponibilizar esse registro.</span></span></span><br />
<br />
<span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show">NOTA: Amanhã tem Alunte no programa de rock.</span></span></span><br />
<br />
<span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show"><a href="http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Falunte.bandcamp.com%2F&h=kAQEkpN6C&enc=AZOW5UEZiF_THME_Gn4LDXOt02v7MpAhGrMLs0cbCOq4tds3CAPSmNXN5IENRRwl_37HFyx5-OwcsRz0_cbpLq3wnTrpswHsoO1ZE7cFeuH8AK38Ix9gCrrXK1bKUhCetqMxLj-QW0kGgmtGHAdOfz04&s=1" rel="nofollow nofollow" target="_blank">alunte.bandcamp.com</a></span></span></span><br />
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<span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show">Fonte: <a href="https://www.facebook.com/rarozine/photos/a.543830065724554.1073741829.542961525811408/800207620086796/?type=1&theater" target="_blank">Raro Zine</a></span></span></span><br />
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<span class="fbPhotosPhotoCaption" data-ft="{"tn":"K"}" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption"><span class="text_exposed_show"> </span></span></span>programa de rockhttp://www.blogger.com/profile/17876966549070863930noreply@blogger.com0