terça-feira, 31 de agosto de 2010

Muzzarelas, porra ...

"Imagine que existe um chiclete sabor cerveja. É isso que acontece cada vez que essa banda lança um disco novo. Uma gosma grudenda e deliciosa sabor cerveja. Amigo, você que gosta de Metal, Punkrock, Hardcore e tudo que não presta e sua mina odeia, você tem que ter esse disco. Se você é skatista, rockeiro, filho de puta, maconheiro, metaleiro, punk, bêbado, ou se simplesmente vive no mesmo planeta que eu … esse é O DISCO. Os Muzzarelas para mim estão na mesma estante em que se encontram os Ramones, Motorhead, AC/DC e Slayer - bandas que orgulhosamente fizeram a mesma coisa a vida inteira, no caso, gravar um disco melhor do que o outro, mesmo que parecessem o mesmo. Isso pode parecer algo pejorativo, mas, vai por mim, nesses casos, NÃO É."

Chuck Hipholito em http://www.myspace.com/osmuzzarelas

Muzzarelas abre o programa de rock da próxima sexta.








sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Autoramas na Sessão Notívagos


Autoramas pela terceira vez em Aracaju, desta vez na Sessão Notívagos, que acontece periodicamente no Cinemark do Shopping Jardins com a exibição de um filme seguida da apresentação de duas bandas no saguão do cinema.

Fotos: Skull Valentine & Janaina Amarante

Antes do show recebi os rockers para um bate-papo ao vivo no programa de rock. Confesso que estava empolgado por ter ouvido de novo, depois de muito tempo, o primeiro disco do Little quail e por isso programei 3 músicas deles para tocar, o que gerou um protesto do Gabriel. Por ele não rolava nenhuma, mas com o apoio da baixista Flavia falei que eu que mandava naquela porra e pelo menos uma ia tocar, então mantive o megahit “aquela”, sucesso na versão dos Raimundos. De quebra, ainda encaixei uma da AxBax, uma tosqueira, a primeira banda do Gabriel, na qual ele tocava quando tinhas seus 13, 14 anos.

A entrevista transcorreu num clima descontraído. Falamos sobre gravadoras, tours pelo mundo, cenário independente e sobre a relação deles com a lendária banda de garagem japonesa Guitar Wolf. Eu já era fã da banda e de Gabriel, especificamente, por sua trajetória brilhante no cenário independente (Gabriel Thomaz é “gente que faz”), mas naquela noite virei tiete de todos. Flávia é A baixista, classuda, elegante, uma verdadeira “rocker” e substituta à altura (ou talvez melhor) de Simone “Dash”, membro-fundadora da formação original. E Bacalhau, putz, o Bacalhau é sensacional. Gente finíssima, inteligente e divertido.

Jantei com eles e por isso perdi o início do filme, mesmo a sessão tendo começado com um grande atraso. Cheguei na sala a tempo de ver Jeff Bridges na cama com Maggie Gyllenhaal. Grandes atores, belíssima atuação. Bom filme, mas talvez não tenha sido a escolha apropriada para a noite, pois trata-se de um dramalhão daqueles de partir o coração embalado em musica country – que eu detesto. Mas BOA música country, frise-se bem. É apenas uma questão de gosto pessoal. Jeff Bridges está realmente fenomenal no papel de um artista decadente que é forçado a se dobrar às duras realidades da vida, no caso, o sucesso de seu pupilo em contraponto ao seu ostracismo e a incapacidade de se relacionar de forma decente com as pessoas que ama, por culpa de seu gênio irascível e do alcoolismo. É “classudo”, mas não deixa de ter aquele clima de “supercine”. Boa parte da platéia “chiou”, mas achei injusto: o filme é bom.

Bom também foi o show da Nantes. Não sou exatamente um apreciador do som que eles fazem (folk rock com influências da psicodelia dos anos 60), mas salta aos ouvidos que é uma banda super competente e que sabe compor. Mais uma vez, talvez não tenha sido a escolha ideal para tocar junto com Autoramas, que é uma banda de rrrrock, mas mandou muito bem o seu recado. Estão para lançar seu primeiro disco “oficial” – fiquem de olho, é um dos grandes nomes do atual cenário alternativo sergipano e merece ser prestigiado. Não posso dar muitos detalhes sobre a apresentação pois estava tendo uma verdadeira “conferência” com Bacalhau e Gabriela Caldas sobre a viabilidade de se produzir shows de rock alternativo “fora do eixo” e fora do “fora do eixo”. Confesso que o otimismo deles não me contagiou, contaminado que estava pelo clima caótico e pelas dificuldades que presenciei nos bastidores da produção do evento. É um território pantanoso, “onde os fracos não tem vez” . Admiro e apoio no que for possível quem faz, mas estou fora.

Por fim, Autoramas. Começaram “desplugados”, mas sempre rock. Excelente presença de palco – dos 3 ! A baixista Flavia há tempos já deixou de ser uma novidade mas ainda impressiona pela entrega, pela elegância e pela competência. Uma coisa realmente bonita de se ver, e com um belo figurino – adorei os óculos ! (veja a foto). Gabriel é aquela simpatia, nem há muito o que comentar. O cara é O frontman. Mas quem estava especialmente inspirado naquela noite era o Bacalhau. Além de detonar na bateria, como sempre, foi pra frente do palco, pogou e teve seu “momento stand up comedy” ao microfone. Musicalmente, não há destaques, tudo muito bom, mas que fique registrada a arrasadora perfomance de “surfin´bird” dos Thrashmen, aquela do “paumama-papapau-ma-ma-ma” imortalizada pelos Ramones. Rock and roll na veia e na artéria – mais uma grande noite pra ficar na memória de quem foi.

Por falar em “quem foi”, o público, pra variar, foi aquém do esperado – mas em quantidade, que fique bem claro. No quesito “qualidade” foi ótimo, animado e participativo. Foi bom pra mim, foi bom pra quem foi.

Foi bom pra vocês, Autoramas ?

Texto: Adelvan Kenobi

rock




Hoje não tem programa de rock, então aproveite pra estudar ... rock ! Não sei se foi impressão minha mas a Wikipedia em português deu um salto de qualidade depois que o inventor da criatura passou por aqui, há uns 2 ou 3 anos. Reproduzo abaixo (com uma boa revisada pra deixar o texto menos mecânico e mais preciso) o verbete sobre rock - um bom resumo dessa cultura tão ampla, rica e amada por todos nós.

* * *

( Wikipedia ): Rock é um termo abrangente que define um gênero musical popular que se desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no rock and roll e no rockabilly, que emergiu e se definiu nos Estados Unidos da América no final dos anos quarenta e início dos cinqüenta, evoluindo do blues, da música country e do rhythm and blues, entre outras influências que ainda incluem o folk, o gospel, o jazz e a música clássica. Uma combinação que resultou "rápida, dançável e pegajosa".

No final dos década de 1960 e início dos anos setenta, o rock desenvolveu diferentes subgêneros. Quando foi misturado com a folk music ou com o blues ou com o jazz, nasceram o folk rock, o blues-rock e o jazz-rock respectivamente. Na década de 1970, incorporou influências de gêneros como a soul music, o funk e de diversos ritmos de países latino-americanos. Ainda naquela década, o rock gerou uma série de outros subgêneros, tais como o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock, o rock progressivo e o punk rock. Já nos anos oitenta, os subgêneros que surgiram foram a New Wave, o punk hardcore e rock alternativo, e na década de 1990, o grunge, o britpop, o indie rock e o nu metal.

O som do rock geralmente gira em torno da guitarra elétrica ou do violão e utiliza um forte backbeat (contratempo) estabelecido pelo ritmo do baixo elétrico, da bateria, do teclado e outros instrumentos como órgão, piano ou, desde a década de 1970, sintetizadores digitais. Junto com a guitarra ou teclado, o saxofone e a gaita (estilo blues) são por vezes utilizados como instrumentos solo. Em sua "forma pura", o rock "tem três acordes, um forte e insistente contratempo e uma melodia cativante".[1]

A maioria dos grupos de rock são constituídos por um vocalista, um guitarrista, um baixista e um baterista, formando um quarteto. Alguns omitem uma ou mais destas funções e/ou utilizam um vocalista que toca um instrumento enquanto canta, às vezes formando um trio ou duo; outros ainda adicionam outros músicos, como um ou dois guitarristas e/ou tecladista. Mais raramente, os grupos também utilizam saxofonistas ou trompetistas e até instrumentos como violinos com cordas ou cellos.

O Rock and roll - O Rock and roll surgiu nos subúrbios dos Estados Unidos no final da anos 1940 e início da década de 1950 e rapidamente se espalhou para o resto do mundo. Suas origens imediatas remontam a uma mistura entre vários gêneros musicais populares da cultura negra naquele momento, incluindo o rhythm and blues, a gospel music, o country e o western.[2] Em 1951, na cidade de Cleveland (no Estado do Ohio), o discotecário Alan Freed começou a tocar rhythm and blues para uma plateia multi-racial e a ele é creditado a primeira utilização da expressão "rock and roll".

Há muita discussão sobre qual deveria ser considerada a primeira gravação rock & roll. Uma forte candidata é "Rocket 88", de Jackie Brenston e os Delta Cats (na verdade, Ike Turner e sua banda The Kings of Rhythm), gravada e lançada pela Sun Records de Sam Philips em 1951.[3][4] Quatro anos depois, em 1955, "Rock Around the Clock" de Bill Haley se tornou a primeira canção de rock and roll a chegar ao topo da parada de vendas e execuções da revista Billboard e abriu caminho mundialmente para esta nova onda da cultura popular. Mas uma edição da revista Rolling Stone de 2004 argumentou que "That's All Right (Mama)", de 1954, o primeiro single de Elvis Presley (com Scotty Moore na guitarra e Bill Black no baixo) para a Sun Records em Memphis foi o primeiro registro de rock and roll na história e a criação do som "rockabilly" caractéristico da gravador. No entanto, àquela altura, "Shake, Rattle and Roll" de Big Joe Turner, posteriormente regravada por Haley, já estava no topo da parada R&B da Billboard. Outros artistas que lançaram os primeiros sucessos do rock and roll foram Chuck Berry, Bo Diddley, Fats Domino, Little Richard, Jerry Lee Lewis e Gene Vincent.[8]

A década de 1950 assistiu ao crescimento da popularidade da guitarra elétrica e o desenvolvimento de um estilo de rock and roll especificamente tocado por expoentes tais como Berry, Link Wray e Scotty Moore. Também viu grandes avanços na tecnologia de gravação, como a gravação multi-faixas desenvolvida por Les Paul e o tratamento eletrônico de sons por produtores musicais inovadores como Joe Meek.

Os efeitos sociais do rock and roll foram massivos e mundiais. Muito além de um simples estilo musical, influenciou estilos de vida, moda, atitudes e linguagem. Alguns acreditam que o novo gênero pôde ter ajudado a causa do movimento dos direitos civis nos EUA, porque tanto jovens brancos quanto negros apreciavam a nova música. No entanto, até o início da década de 1960, grande parte do impulso inicial musical e do radicalismo social do rock and roll tinha se dissipado, com o aparecimento de ídolos teen, uma ênfase nas danças frenéticas e o desenvolvimento de uma leve música pop adolescente. Nos anos 1960 surgiu o som da Motown. De 1961 a 1971, havia 110 músicas da gravadora na listas das 10 mais tocadas, de artistas como Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Supremes, The Four Tops, e The Jackson 5. Todos estes cinco artistas da Motown foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame.

A Surf Music - O rockabilly influenciou um som selvagem e principalmente instrumental chamado surf music - apesar da cultura surf se considerar concorrente da cultura juvenil do rock and roll. Este estilo, que tem como grandes exemplos Dick Dale e os The Surfaris nos EUA e os Shadows, caracterizou-se por tempos musicais rápidos, percussão inovadora e sons de guitarra com reverbs e ecos. Grupos da Costa Oeste norte-americana como The Beach Boys e Jan and Dean reduziram a velocidade dos tempos musicais e adicionaram harmonias vocais que criaram aquilo que ficaria conhecido como o "California Sound".

Era de Ouro (1963-1974) - No Reino Unido, o movimento trad jazz levou muitos artistas do blues a visitar o país. Enquanto estava desenvolvendo o Concorde, o sucesso "Rock Island Line", de Lonnie Donegan, em 1955, foi a principal influência e ajudou a desenvolver uma nova tendência de grupos musicais de skiffle em todo a Grã-Bretanha, incluindo os Beatles. Foi em solo britânico que se desenvolveu uma grande cena rock and roll, sem as barreiras raciais que mantiveram a "gravações de raça" ou rhythm and blues separados nos Estados Unidos.

Cliff Richard emplacou o primeiro sucesso britânico de rock 'n' roll com "Move It", que efetivamente inaugurou o rock britânico. No início da década de 1960, o seu grupo de apoio The Shadows foi um dos vários a obter sucesso fazendo música instrumental. Enquanto o rock 'n' roll caminhava em direção a um pop leve e a baladas fora de moda, os grupos britânicos, fortemente influenciados pelos pioneiros do blues-rock como Alexis Körner, tocavam cada vez mais em clubes e bailes locais e se distanciavam do rock and roll dos brancos norte-americanos.

Até o final de 1962, a cena do rock britânico tinha ganhado nomes como Beatles, debruçados sobre um vasto leque de influências que incluíam a soul music, o rhythm and blues e a surf music. Inicialmente, eles reinterpretaram sucessos-padrão norte-americanos, tocados para dançarinos de twist, por exemplo. Esses grupos acabaram introduzindo em suas composições originalidade, som distinto e conceitos musicais cada vez mais complexos. Em meados de 1962, os Rolling Stones foram um dos numerosos grupos surgidos que mostravam uma influência blues cada vez maior, juntamente com os Animals e os Yardbirds. No fim de 64, The Kinks, The Who, Small Faces e The Pretty Things representavam um novo estilo, o Mod. Perto do final da década, grupos de rock britânico começaram a explorar a chamada psicodlia, que faziam referência à subcultura das drogas e experiências alucinógenas.

Garage rock - A Invasão Britânica gerou uma onda de imitadores que tocavam principalmente para audiências locais e fizeram gravações baratas, que mais tarde seria chamado de "garage rock" (rock de garagem). Algumas canções desta tendência foram incluídas na célebre coletânea musical "Nuggets". Dentre algumas das bandas mais conhecidas deste sub-gênero estão The Sonics, The Troggs, Question Mark & the Mysterians e The Standells.

Folk rock - No final da década de 1950, o movimento beatnik foi associado ao movimento antiguerra surgido contra a nuclearizanção do planeta, especialmente o britânico Campaign for Nuclear Disarmament. Ambos foram associados a cena jazz e ao crescimento do movimento da música folk.

A cena folk foi feita de amantes da música que usava instrumentos acústicos, de canções tradicionais e de blues com uma mensagem socialmente progressista. O cantor Woody Guthrie é considerado o pioneiro deste sub-gênero. Bob Dylan encabeçou o movimento musical e levou a um grande público canções como "Blowin' in the Wind" e "Masters of War", chamadas de "canções de protesto".

O grupo The Byrds, que regravou Mr. Tambourine Man, também de Dylan, auxiliou na difusão da tendência do folk rock e a estimular o desenvolvimento do rock psicodélico. Dylan emplacou "Like a Rolling Stone" no topo da parada norte-americana de singles da Billboard. A inventividade das letras de Neil Young, associadas aos gemido de sua guitarra, iniciaram uma variação do folk rock.

Dentre outros artistas de destaque do folk rock norte-americano estão Simon & Garfunkel, Joan Baez, The Mamas & the Papas, Joni Mitchell, Bobby Darin e The Band. Na Grã-Bretanha, o Fairport Convention foi o primeiro a adaptar as técnicas do rock britânico ao folk. Foram seguidos por bandas como Steeleye Span, Lindisfarne, Pentangle e Trees. O francês Alan Stivell seguia a mesma abordagem.

Rock psicodélico - A música psicodélico surgiu dentro da cena folk, quando o grupo The Holy Modal Rounders popularizou o termo em 1964. Com um conhecimento adquirido que incluia as músicas folk e jug band, grupos como Grateful Dead e Big Brother & The Holding Company fizeram fama neste sub-gênero. O auditório The Fillmore, em San Francisco, foi um dos principais palcos para grupos - originalmente de jug band - como o Country Joe and the Fish e Jefferson Airplane. Em outra parte, enquanto o The Byrds emplacava o hit "Eight Miles High", The 13th Floor Elevators batizava seu disco com o nome "The Psychedelic Sounds of the 13th Floor Elevators". A música ficava cada vez mais associada à oposição à Guerra no Vietnã.

Na Inglaterra, o Pink Floyd vinha desenvolvendo desde 1965 o rock psicodélico dentro da cultura underground local. Em 1966, surgiu a banda Soft Machine e o cantor Donovan emplacou "Sunshine Superman", canção influênciada pela folk music que se tornou uma das primeiros gravações pop psicodélicas. Em agosto daquele ano, os Beatles lançaram Revolver, álbum caracterizado pela psicodelia nas faixas "Tomorrow Never Knows" e "Yellow Submarine", assim como na memorável capa do disco. Ao mesmo tempo, nos EUA, os Beach Boys "respondiam" com o LP Pet Sounds. A partir de uma bagagem cultural blues rock, o grupo Cream estreou em dezembro e Jimi Hendrix fazia sucesso em terras britânicas antes de retornar para o solo norte-americano.

A cena psicodélica verdadeiramente engatou em 1967 com os lançamentos de LPs como Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, e Their Satanic Majesties Request, dos Stones, além dos álbuns homônimos de estréia das bandas The Doors e Jefferson Airplane. Com o Verão do Amor atingindo seu pico, o Festival Pop de Monterey destacou as performances de Jefferson Airplane e apresentou Janis Joplin e Jimi Hendrix. O auge desta tendência de grandes festivais de rock foi o Festival de Woodstock, em 1969. Bandas da cultura Paisley Underground de Los Angeles também se destacaram neste cenário pós-final de década.

O Rock progressivo - As bandas de rock progressivo foram além das fórmulas estabelecidas dentro do rock e passaram a experimentar diferentes instrumentos, tipos de canções e formas musicais. Alguns grupos como Beatles, Eric Burdon & The Animals,The Doors, Pink Floyd, Moody Blues e Procol Harum experimentaram novos caminhos, incluindo seções com instrumentos de sopro e orquestras. Muitas dessas bandas caminharam das convencionais canções de três minutos em direção a composições mais longas, com acordes cada vez mais sofisticados. Inspirados em artistas daquela época, os "proto-prog", novas bandas surgiram e criavam seu próprio gênero, inicialmente baseado no Reino Unido, depois do lançamento do disco de estréia do grupo King Crimson, em 1969, chamado "In the Court of the Crimson King".

As bandas de rock progressivo tomavam emprestado idéias musicais da música clássica, do jazz, da música eletrônica e da música experimental. Suas canções variavam de belas e exuberantes melodias para experimentos atonais, dissonantes, e complexas harmonias. Poucos grupos atingiram grande sucesso comercial, mas alguns formaram uma legião de seguidores, entre os quais, Pink Floyd, Yes, Marillion, Rush, Jethro Tull, Genesis e alguns outros menos notáveis que foram capazes de alavancar a complexidade de suas canções no bojo de sucessos convencionais.

Já o chamado Glam rock emergiu de dentro das cenas psicodélica e art rock britânicas no final da década de 1960, capitaneado por nomes como T. Rex, Roxy Music, Steve Harley and Cockney Rebel e David Bowie, e também inspirados na performance de artistas como The Cockettes, Lindsay Kemp, Syd Barrett (vocalista do Pink Floyd, banda da qual David Bowie regravou "See Emily Play") e Eddie Cochran (de quem o T. Rex's regravou "Summertime Blues").

Hard rock e Heavy Metal - Uma segunda leva de bandas de rock britânicas e norte-americanas se tornou popular durante o início da década de 1970. Grupos como Grand Funk Railroad, Led Zeppelin, Kiss, AC/DC, Deep Purple, Queen, Alice Cooper, Judas Priest, Status Quo, Aerosmith, Black Sabbath e Uriah Heep, além dos alemães do Scorpions, intensificaram seu modo de tocar, conduzindo suas guitarras rumo ao hard rock.

Este sub-gênero pereceu em direção a imitação caricatural no final daquela década. Muitos de seus adeptos lançaram álbuns mais próximos do rock progressivo ou até da disco music. Poucas bandas - entre elas, Kiss, Black Sabbath, Queen, AC/DC, Led Zeppelin, Aerosmith, Rush e Scorpions - mantiveram um número significativo de fãs e ocasionalmente empalcaram sucessos comerciais. Apesar da esmagadora maioria da crítica musical ter aversão ao hard rock, este estilo musical ganhou uma sobrevida, com lançamentos como o álbum de estréia da banda Van Halen em 1978 e o Tokio Tapes do Scorpions . Os discos ajudaram a prenunciar uma era de maior comercialização do rock, estabelecida fora de Los Angeles. Depois que este "lado glam" do metal entrou em ascensão, bandas como Iron Maiden, Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax reconduziram o gênero a suas origens, no que passou a ser chamado de heavy metal. O heavy metal, no entanto, já existia, visto que várias bandas faziam músicas mais pesadas que o tradicional hard rock, como o Black Sabbath (tido como criador do rock pesado), o Kiss, o Judas Priest, o AC/DC e outras que conseguiam compor nos dois estilos. É meio que ponto passivo, hoje em dia, dizer que o heavy metal surgiu no começo dos anos 1970 com o Black Sabbath, originalmente uma banda de blues e hard rock.

O "rock de arena" - As origens do "arena rock" podem ser encontradas nos grandes concertos de bandas como Kiss, The Beatles, The Rolling Stones, Led Zeppelin, The Who e Black Sabbath, que "criaram a base para performances ao vivo em grandes estádios e arenas ao redor do globo." [9] O estilo em si, porém, foi criado por artistas como Boston, Styx, Foreigner, Journey, Queen, Kansas, Peter Frampton e - em sua "era Phil Collins" - Genesis. Estes grupos continuariam a "lotar os maiores estádios do mundo durante a maior parte da década de 1970) e além" e ajudar a popularizar o rock nos anos oitenta.

Essa popularidade atingiu o ápice na primeira metade da década de 1980, com nomes como Heart, REO Speedwagon, Cheap Trick, Asia, Bon Jovi, Kiss, Aerosmith e Guns N' Roses que. no auge de sua popularidade, venderam milhões de discos. O sub-gênero, enretanto, entrou em declínio e perdeu adeptos para o rock alternativo e o grunge no início dos anos 90. Muitos fãs mais jovens sentiram uma ligação mais pessoal com o punk, a new wave e o indie rock, enquanto os mais velhos simplesmente cansaram-se do arena rock. Outras causas do declínio incluem o "declínio nas vendas de ingressos e álbuns" e a reduação do tamanho dos estádios.

Punk Rock - As letras do punk rock são tipicamente francas e conflituosas em comparação com outros gêneros musicais populares e freqüentemente abordam questões sociais e políticas.[11] Canções como "Career Opportunities", do Clash, e "Right to Work", do Chelsea, lidam com o desemprego e a dura realidade da vida urbana. Principalmente em seu início, o punk britânico tinha como objetivo central ulttrajar e chocar o status quo. Clássicos dos Sex Pistols como "Anarchy in the UK" e "God Save the Queen" abertamente afrontavam o sistema político e os costumes sociais britânicos. "O punk foi uma completa revolta cultural. Foi uma grave confrontação com o lado obscuro da história e da cultura, com as fantasias da direita, com os tabus sexuais, uma investigação de maneira minuciosa que nunca havia sido feito antes por qualquer geração".

Contudo, outros temáticas se manifestaram, como representações anti-sentimentais dos relacionamentos e do sexo, exemplificada em "Love Comes in Spurts", da banda The Voidoids, ou ainda a anomia que se manifestou diversas vezes inspirados pelo "Blank Generation" ou na rudeza dos Ramones, como na letra "Now I Wanna Sniff Some Glue". Em outras vezes, as letras punk tratam de assuntos já tradicionais dentro do rock, como o namoro, decepções amorosas ou simplesmente "sair com alguém". Em 1976, os Ramones e os Sex Pistols realizaram uma turnê pelo Reino Unido que inspirou o surgimento da primeira leva de bandas de punk britânicas, como The Clash, The Damned, The Buzzcocks e muitas outras através do princípio do "Faça você mesmo". Quando os Sex Pistols excursionaram pelos Estados Unidos América, eles difundiram sua música para a Costa Oeste - antes o punk era um fenômeno basicamente da Costa Leste, em especial em New York e Washington DC - e deram impulso a grupos como Dead Kennedys, X, Fear, The Germs, Circle Jerks e Black Flag.

A partir da década de 1980, o punk rock evoluiu para muitos sub-gêneros. O primeiro deles é o movimento underground hardcore punk, nascido na América do Norte. O novo som era caracterizado inicialmente por tempos extremamente acelerados, canções curtas, letras baseadas no protesto político e social, revolta e frustrações individuais, cantadas de forma agressiva. Os principais expoentes desta vertente foram os Black Flag, Minor Threat e Bad Brains. Este estilo se fundiu com vários gêneros e sub-gêneros, alguns dos quais experimentaram sucesso comercial, como skate punk, hardcore melódico e metalcore.

Desde sua popularidade inicial na década de 1970 e interesse renovado surgido por uma reflorescimento na década de 1990, o punk rock continua sua luta para permanecer como uma forma underground de expressão anticorporativa. Essa postura radical resultou no surgimento de outros sub-gêneros de menor apelo comercial, como D-beat (de bandas como Discharge), anarco-punk (de bandas como Crass), grindcore (Napalm Death) e crustcore (Doom, Amebix, Nausea e Behind Enemy Lines). Estes estilos permanecem amplamente desconhecidos para a grande público em geral e tendem a se concentrar em questões como anarquismo, freeganismo, direitos animais, sexismo e racismo.

a New Wave - O punk rock atraiu devotos dentro de escolas de artes norte-americanas. Logo surgiram bandas com abordagens mais letradas e artísticas, como os Talking Heads e o Devo, que começaram a se infiltrar na cena. Para estas foi criado o termo Pós Punk, já as que flertavam diretamente com o pop foram denominadas "New Wave". Em alguns círculos, o termo New Wave começou a ser usado para descrever e diferenciar bandas abertamente "menos" punk.

Se o punk rock foi um fenômeno social e musical, ele não caminhou em direção a recorde de vendas (pequenas gravadoras específicas como a Stiff Records tinham lançado muitos artistas punks até à época). O mesmo se deu com o número de execuções nas estações de rádio norte-americanas, que continuou a ser dominada pelo formatos mainstream, tais como a disco music e vertentes do rock comercial. Executivos das gravadoras, a maioria deles desiludidos pela ideia do punk como algo vendável, reconheceram o potencial da New Wave como estilo mais acessivo e começaram a assinar e comercializar qualquer grupo que pudesse reivindicar uma conexão remota entre punk e New Wave. Muitas dessas bandas, como The Cars e The Go-Go's, eram essencialmente bandas pop disfarçadas de New Wave, outras, entre as quais The Police e The Pretenders, exploraram e deram impulso ao sucesso inicial dentro desse movimento e colheram frutos de uma carreira longa e artisticamente consagrada.

Entre 1982 e 1985, influenciada por Kraftwerk, David Bowie e Gary Numan, a New Wave seguiu em direção do New Romantic de artistas como Duran Duran, A Flock of Seagulls, Culture Club, Talk Talk e Eurythmics, muitas vezes utilizavam o sintetizador para substituir todos os outros instrumentos. Este período coincidiu com a ascensão da MTV nos Estados Unidos, o que levou a uma grande exposição destes artistas do synth-pop. Algumas bandas de rock reinventaram-se e lucraram muito com exibições na MTV, por exemplo o Golden Earring, banda que fez muito sucesso com uma única canção na década de 1970 - "Radar Love" - e conseguiu emplacar um novo hit na década seguinte - "Twilight Zone". Apesar da popularização das muitas coletâneas de canções "Greatest of New Wave" que caracterizaram aquela época, o termo refere-se mais a uma época anterior de "vacas magras", de bandas de rock como The Knack ou, mais notoriamente, Blondie.

Pós-punk - Paralelamente à New Wave, o pós-punk desenvolvia-se como uma conseqüência natural do punk rock. De certa forma, o movimento estava preso ao punk rock. Apesar de alguns virem um intercâmbio com a New Wave, o pós-punk foi tipicamente mais desafiador e artístico. Misturavam o experimentalismo das vanguardas artísticas, sons eletrônicos, e letras amargas e obscuras, com toda aquela atitude e frustração presente no punk rock. Alguns categorizam o pós-punk como a mistura da sensibilidade artística e musical do rock progressivo com a simplicidade e a proposital falta de técnica e profissionalismo dos punks. De fato não existe um padrão exato que caracterize o gênero, devido a liberdade musical que lhe é característica, porém há alguns pontos em comum entre as bandas, como a bateria seca e militar e o fato do baixo se tornar um instrumento de maior destaque, ao contrário da guitarra, que é muitas vezes deixada como pano de fundo.

O movimento foi efetivamente iniciado com as estréias do Public Image Ltd., Psychedelic Furs e Joy Division. Logo se juntariam a eles o Siouxsie & the Banshees, The Fall, Pere Ubu, Suicide, Talking Heads, Gang of Four, Bauhaus, The Cure, Echo & the Bunnymen e The Smiths. Predominantemente um fenômeno britânico, o sub-gênero seguiu nos anos oitenta com uma maior exposição comercial no Reino Unido e no exterior, mas a banda mais bem sucedida a emergir da era pós-punk foram os irlandeses do U2, que até o final daquela década se tornariam uma das maiores bandas no mundo, trocando o pós-punk pelo pop rock.

No Brasil, bandas como Legião Urbana (na música A Dança, por exemplo) e Titãs (no álbum Cabeça Dinossauro) começaram suas carreiras muito influenciados pelo Pós-Punk, mas com o passar do tempo ambos foram se convertendo para um estilo de maior apelo popular.

Glam Metal - Na década de 1980, o rock popular se diversificou. Este período também viu uma Nova Onda do Heavy Metal Britânico ganhar popularidade com bandas como Iron Maiden e Def Leppard. A primeira metade daquela década viu ainda Eddie Van Halen realizar inovações musicais com a guitarra, enquanto os vocalistas David Lee Roth (do Van Halen) e Freddie Mercury (do Queen, tal como havia feito durante toda a década de 1970) estiveram na linha de frente entre os mais performáticos. Concomitantemente, uma New Wave mais pop permaneceu populare, com artistas como Billy Idol e The Go-Go's atingindo o sucesso. No coração dos Estados Unidos, o rock popularizou nomes como Bruce Springsteen, Bob Seger, Donnie Iris, John Cougar Mellencamp e outros. Com o álbum "Reckless", Bryan Adams seguia rumo a uma bem-sucedida carreira comercial. Liderador pelo cantor folk Paul Simon e pelo antiga estrela do rock progressivo Peter Gabriel, o rock se fundiu com uma variedade de estilos de música popular. Esta fusão ganharia o nome no mundo anglo-saxão de "world music" e incluiu fusões com o rock aborígene. Ainda naquela década, formas mais extremas do rock evoluiram. No início dos anos oitenta, o som áspero e agressivo do thrash metal atraiu um grande público underground. Algumas bandas como Metallica e Megadeth caminharam em direção ao sucesso comercial.

Um dos sub-gêneros mais populares da década de 1980 foi o glam metal. Influenciado por vários artistas do hard rock/heavy metal da década anterior, tais como Aerosmith, Queen, Kiss, Alice Cooper, Sweet e New York Dolls, a primeira leva de bandas glam metal que ganharam notabilidade foram Mötley Crüe, Skid Row, W.A.S.P., Ratt, Poison, Quiet Riot, além da mais conhecida delas - apesar de formada nos anos setenta -, o Kiss. Ficaram conhecidos pelo estilo de vida excessivo, que se refletia no vestuário, na maquiagem e nos cabelhos espalhafatosos. Suas canções também eram geralmente focadas na tríade sexo, bebidas e drogas.

Em 1987 surgiu uma nova geração de artistas do glam metal, entre os quais Winger, Bon Jovi, L.A. Guns, Poison e Faster Pussycat. Formado a partir da fusão de integrantes do L.A. Guns e do Hollywood Rose, os Guns N' Roses emergiram desta cena rumo a um grande sucesso comercial, embora eles não sejam categorizado como uma típica banda de glam metal como as demais citadas neste tópico.

O Rock Alternativo - As primeiras bandas de rock alternativo - R.E.M., The Feelies e Violent Femmes - combinaram suas influências punks com outras de folk music e do mainstream (comercial). Destas, o R.E.M. foi a de maior êxito imediato; seu álbum de estréia "Murmur", de 1983, figurou no Top 40 da Billboard e inspirou uma série de seguidores, as bandas de jangle pop.[13] Uma das muitas cenas do jangle pop no começo dos anos oitenta foi a "Paisley Underground", em Los Angeles, que buscava inspiração em artistas da década de 1960 e incorporar a psicodelia, as ricas harmonias vocais e a interação da guitarra do folk rock, bem como de bandas que influenciaram movimentos musicais como o Velvet Underground.[13]

Selos independentes estadunidenses como SST Records, Twin/Tone, Touch & Go e Dischord ocuparam posição de destaque na mudança do cenário underground nos EUA dominado pelo hardcore punk em direção a diversos estilos do rock alternativo que emergiriam a partir dos anos oitenta.[14] Bandas como Hüsker Dü e The Replacements, ambas da cidade de Minneapolis, eram indicativos desta tendência. Estes dois grupos começaram como bandas de punk rock, mas logo diversificaram os seus sons e se tornaram mais melódicas,[13] culminando nos respectivos álbuns "Zen Arcade" e "Let It Be" (ambos de 1984). Foram aclamados pela crítica e chamaram a atenção para o florescimento do sub-gênero musical. Naquele mesmo ano, a SST Records também lançou os primeiros trabalhos dos grupos Minutemen e Meat Puppets, que misturavam punk com funk e country music, respectivamente.

O R.E.M. e o Hüsker Dü foram modelos para uma grande parte dos artistas alternativos dos anos oitenta, de forma que conseguiriam aproximar suas carreiras.[13] Na segunda metade daquela década, a cena alternativa e as rádios universitárias norte-americanas eranm dominadas pelas chamadas bandas college rock, como The Pixies, They Might Be Giants, Camper Van Beethoven, Dinosaur Jr e Throwing Muses - bem como por sobreviventes do post-punk britânico. Outro estilo ascendente dentro do rock alternativo, foi o noise rock das bandas Sonic Youth, Big Black e Butthole Surfers, entre outras. No final daquela década, um número crescente de grupos alternativos assinavam contratos com grandes gravadoras. Enquanto no início grandes gravadoras que assinaram com o Hüsker Dü e os Replacements obtiveram pouco sucesso, outros artistas que seguiram o mesmo caminho e também assinaram com grandes selos, como os casos do R.E.M. do Jane's Addiction, alcançaram grandes vendagens de discos que os conduziram anos depois em uma ruptura com o alternativo. Algumas bandas como os Pixies tiveram um grande sucesso no exterior, enqaunto eram igonorados em sua terra natal (USA). No início da década de 1990, a indústria fonográfica viu a possibilidade de comercialização do rock alternatico e ativamente incitou grupos como o Dinosaur Jr, Firehouse e Nirvana.

A Década de 90:

* Grunge: Não foi exatamente um estilo musical, mas sim um nome para um movimento que trazia diversas bandas sem um estilo definido. A principal banda grunge era o Nirvana, que tinha um som voltado para o punk. Outras como Soundgarden e Alice in Chains se inspiravam mais no metal e no hard rock, enquanto o Pearl Jam puxava mais para o lado do rock clássico e alternativo. Stone Temple Pilots, Bush e Silverchair chegaram ao mainstream depois da consolidação do movimento. Muitas dessas bandas atingiram o 1º lugar nas paradas em todo o mundo e até hoje vê-se influências delas em nomes como Everclear e Seether.
* Britpop: algumas bandas inglesas, por possuírem uma estética similar, embora sem representar um movimento unitário, costumam ser denominadas britpop. Entram nesta denominação grupos pop como Blur e Oasis, assim como grupos menos comerciais como Pulp, Suede, The Stone Roses e Supergrass.
* Riot grrrl: a grosso modo, uma versão feminina do grunge, porém com letras que deixam transparecer o ativismo pela causa feminista. Dentre as suas principais representantes podemos citar L7, Bikini Kill, Sleater-Kinney, Babes in Toyland e Bratmobile.
* Metal progressivo: aliando o peso do heavy metal ao rebuscamento do rock progressivo, algumas bandas deste estilo fazem dos seus membros referências para os entusiastas do heavy metal e, em alguns casos, do rock de uma forma geral. O exemplo mais proeminente é o Dream Theater, cujos integrantes são cultuados por seu talento (como o guitarrista John Petrucci, o tecladista Jordan Rudess e o baterista Mike Portnoy). Outros nomes importantes: Shadow Gallery, Evergrey, Symphony X, Queensryche e Vanden Plas.
* Metal alternativo: é uma forma eclética de heavy metal, que foge dos "dogmas" do metal tradicional. Exemplos: Deftones, Tool, Godsmack, Evanescence e System of a Down .
* Indie rock: bandas de garagem que participam do circuito "independente", fora do mainstream, como Radiohead, Pixies, Dinosaur Jr., The Strokes, The Libertines, White Stripes, Coldplay, Arctic Monkeys, Travis, Belle & Sebastian e Communiquè (banda de São Francisco), além de algumas bandas britpop.
* Post rock: estilo de rock oriundo do início dos anos 1990, quando algumas bandas iniciaram uma ousada proposta de unir elementos do rock alternativo com o rock progressivo. Slint foi considerada a banda precursora do estilo, seguido também por Coheed and Cambria.
* Nu metal: também conhecido como new metal ou nu-metal, é caracterizado por grupos que misturam outros estilos musicais nas suas composições, notadamente rap ou música eletrônica. Por causa disso, é ignorado pelos entusiastas puristas de heavy metal. Bandas deste estilo incluem Slipknot, Korn, Limp Bizkit, P.O.D., Otep, Linkin Park e Papa Roach. Alguns atribuem a origem do estilo ao Faith No More, enquanto outros remetem à sonoridade adoptada pelo Pantera a partir do seu quinto disco, Cowboys From Hell (91).
* Death metal: tendo suas origens na metade da década de 1980 com bandas como Mantas (futuro Death) e Celtic Frost, ficou conhecido como subdivisão dentro do heavy metal no final dos anos 1980 e começo dos anos 1990. O death metal é um estilo musical extremo que aborda em suas letras geralmente o satanismo, as guerras, assassinatos, suicídios e carnificinas. O death metal tem muitas outras vertentes dentro de si, como thrash death metal, tech death metal, splatter death metal, death metal melódico, etc. O som é caracterizado por riffs pesados e distorcidos e por vocais guturais. Bandas desse estilo incluem Morbid Angel, Cannibal Corpse, Death, Obituary, Deicide, Cryptopsy, Nile, Benediction, Krisiun, Dismember, Entombed, In Flames, Soilwork, e Children of Bodom.
* Black metal: é a vertente mais extrema e obscura dentro do heavy metal, e surgiu no começo dos anos 1980 com nomes como Venom e Mercyful Fate, bandas que tinham uma sonoridade bem mais parecida com o heavy metal tradicional do que com o que se conhece como black metal hoje em dia. O som é caracterizado por letras satanicas, vocais rasgados e riffs de guitarra rápidos e pesados. Os nomes mais conhecidos são: Venom, Sarcófago, Burzum, Marduk, Emperor, Gorgoroth, Hellhammer, Bathory, Immortal, Mayhem e Darkthrone.
* Rock industrial: faz uso da eletrônica em conjunção com o rock, mas ao contrário do new metal, não usa elementos sonoros de rap. As músicas deste gênero também são consideradas experimentais, por adicionar sonoridades e distorções fora do convencional. Exemplos incluem Marilyn Manson, Nine Inch Nails, Rammstein, Fear Factory, Deathstars, Ministry e Rob Zombie.
* Metalcore: vertente do heavy metal que começou a surgir no final da década de 1990 e hoje é um dos estilos mais popular entre os jovens. Mistura elementos do Heavy Metal com uma sonoridade mais melódica, alternando o uso de vocais limpos, ou melódicos, a vozes guturais. Algumas bandas dessa vertente: As I Lay Dying, Avenged Sevenfold, All That Remains, Bullet For My Valentine, Caliban e Killswitch Engage
* Visual kei: movimento originado no Japão que combina diversos estilos como gótico, punk, metal, ska, pop rock, etc, de uma maneira muito peculiar, apresentado usualmente sob uma imagem carregada e andrógena dos músicos. Alguns representantes são X Japan, Nightmare, Luna Sea, Glay, Buck-Tick, L'Arc~en~Ciel, Malice Mizer e Moi Dix Mois.
* Pop punk: uma mistura de punk rock, pop e o ska de Less Than Jake, o Pop Punk começou com um cenário independente muito forte, com diferentes estratégias de divulgação. Alguns representantes desse estilo: Yellowcard, Green Day, Blink-182, Sum 41 e The Offspring.

Década de 2000:

Com o pop dominando as paradas, o rock parece ter perdido parte de sua força no início do novo milênio. Muitas bandas surgidas nessa época são acusadas de apenas "requentar" fórmulas já experimentadas, notadamente durante a "new wave" ou o pós punk. Uma das bandas que comumente é associada a esse período é The Strokes. Tidos como "salvadora do rock", não se impuseram como um novo paradigma. No entanto, trouxeram à tona o hábito, por parte da mídia e do marketing, de eleger aquele que deveria segurar as rédeas do meio cultural ligado ao estilo, o que eventualmente acaba não acontecendo.

Mas não foram só os Strokes que viraram queridinhos da mídia: The Vines, The Hives, Yeah Yeah Yeahs, Interpol, Libertines e White Stripes também foram chamados de "the next big thing", tendo, no entanto, apenas uma importância módica na cultura pop.

No outro lado da questão, algumas bandas surgiram e se estabeleceram distante de círculos hypados dos jornais de Londres e das pistas de dança modernas, como o Queens of the Stone Age e The Mars Volta.

* Indie rock: O indie rock dessa década (que se afastou completamente da proposta original de se rotular bandas auto-produzidas) perdeu toda a ideia dos anos 1990 e ficou mais conhecido por serem bandas de rock alternativo se aproximando do pop. Os diversos subgêneros criados com esse estilo são marcadas pelo revivalismo do pós-punk do anos 1980 com uma pegada mais contemporâneo. Típicas bandas influenciadoras: Gang of Four, Blondie, Joy Division, The Cure. Alguns exemplos desse estilo: The Hives, Franz Ferdinand, Bloc Party, Kaiser Chiefs, 'The Coral, Raconteurs, She Wants Revenge, Arctic Monkeys etc.
* Dance-punk (ou disco-punk): Pode ser considerado um tipo de indie rock, pois também tem clara influencia do pós-punk. Tem como percussores as bandas Radio 4, LCD Soundsystem, Klaxons, Shitdisco e The Rapture. Sua maior característica é a mistura do punk rock, pós-punk e samples de Música Eletrônica. Em 2006 fora criado a New Rave, um movimento de Dance-punk europeu.

No Brasil:

O rock desembarcou no Brasil no início da década de 1960, uma época em que a Bossa Nova predominava. Os primeiros sucessos de rock genuinamente brasileiros foram "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido", da cantora Celly Campelo, no começo daquela década. Ainda nos anos sessenta surgiu a Jovem Guarda, primeiro movimento rock no país com sucesso entre boa parte da juventude. Inspirado nas letras românticas e no ritmo acelerado padrão nos EUA, o gênero se popularizou em terras brasileiras através de cantores como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.

No final da década, o grupo Mutantes misturou o rock à diversidade da música brasileira. Foram também os primeiros a ser conhecidos no exterior. Décadas mais tarde, seriam redescobertos e cultuados internacionalmente. Na virada para a década de 1970, surge no cenário rock brasileiro nomes como Raul Seixas e o grupo Secos e Molhados.

Na década seguinte, o rock brasileiro seguiu um caminho com uma temática mais urbana e cotidiana. Entre os principais destaques comerciais estavam nomes como Legião Urbana, que foi um das maiores bandas de rock dos anos 80 e 90 no Brasil, RPM, Ultraje a Rigor, Ira!, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso e Capital Inicial. Na virada daquela década, a banda brasileira Sepultura se torna um dos principais nomes do heavy metal no Brasil no mundo. Na década de 1990 outros ritmos e estilos ganharam maior espaço na mídia, obscurecendo ótimos grupos que surgiram no underground. Atualmente o mercado está praticamente fechado para o rock’n’roll, que anda encontrando sérias dificuldades para continuar existindo na cultura brasileira. Muitos consideram que o rock está vivendo um marasmo. Atualmente, as bandas de rock brasileira de maior destaque no mainstream são Pitty, Charlie Brown Jr , Capital Inicial e Skank. Há ainda grupos de característica comercialmente promissora, mas com qualidade musical nula, como NxZero e Fresno. O rock também pode ser representado na sua essencia pela Cachorro Grande, banda gaúcha que possui no estilo musical e visual elementos do rock setentista.

É impossível ignorar as misturas que o rock brasileiro traz. Uma banda que possui uma densidade e atitude rock, mas é oriunda do movimento cultural regionalista Mangue Beat é a Nação Zumbi. Devagar e sempre, o rock continua a desenvolver-se por aqui, chegando até mesmo a ter representantes do black e death metal conhecidos em todo o mundo, como o Krisiun.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NESTA SEXTA NÃO HAVERÁ PROGRAMA DE ROCK


Mas não fique triste, semana que vem a gente volta.

PROGRAMAÇÃO DE AMANHÃ NA APERIPÊ FM:

SERGIPE EM DEBATE
No ar: 06:00 às 09:00 – Messias Carvalho | Tema: I Fórum da Sergipanidade e o Resgate da manifestação popular (Samba de Cocô).

SELEÇÃO BRASILEIRA
No ar: de 09:00 hrs às 11:00 hrs Tema: O Sagrado e o Profano na Cultura Popular
· Prof.°Msc. Claudefranklin Monteiro – historiador e escritor

MURAL
No ar: 12:00 às 13:00h | Tema: Giro na cultura popular
· Apresentação de Isabela Raposo e Ricardo Gama

APERIPÊ DEBATE
No ar: 13:00 às 14:00h | Tema: Folclore e contemporaneidade
· Irineu Fontes – Secretário de Cultura de Laranjeiras
· Jorge Ducci – Integrante da banda sulanca

SONORA
No ar: 14:00 às 16:00h | Tema: A moda da cultura popular
· Erick Marinho
· Elza Santana
· Ana Badiale
· Isabele Ribeiro

ACERVO
No ar: 16:00 às 18:00h | Tema: O registro da cultura – fotografia
· Alejandro Zambrana (Coletivo Trotamundo)
· Lucio Teles (Fotographite)

CHOROS E CANÇÕES
No ar: 18:00 às 19:00h | Tema: A Cultura do repente e do cordel
· Chiquinho de Além Mar
· Seu Antonio – Cordelista
· Legão – repentista

NOSSA MÚSICA (Especial)
No ar: De 20:00 às 22:00 hrs l Tema: Especial Folclore
Apresentação: Irineu Fontes – (Secretário de Cultura de Laranjeiras)

ESPECIAL DAS 10
No ar: 22:00 às 23:00h | Tema: Pífanos de Sergipe
· Banda Pilão de Pif
· Banda de Pífanos Santa Rita

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amor verdadeiro pra caralho ...


Damn Laser Vampires, um dos "favoritos da casa" (Hail Reverendo Fabio Massari), acaba de disponibilizar um cover do Cramps para download gratuito. Abaixo, o texto que eles fizeram para acompanhá-lo - uma emocionane declaração de amor a "esse tal de rock and roll".

Enjoy.


“A mulher vestia púrpura e escarlate, adornada de ouro e jóias. Tinha na mão uma taça dourada, cheia de abominação e imundície de sua prostituição.

E na sua fronte estava escrito: STAY SICK”

-- Apocalipse, 17: 4 (dos pergaminhos originais)


O destino de muita gente na Terra foi traçado naquele dia quente de 1972 numa estrada de Sacramento, quando a jovem colecionadora de vinis Kristy M. Wallace estendeu o polegar e parou o carro guiado por Erick Lee Purkhiser. Ou pelo menos é assim que gostamos de imaginar que foi.

Nascia a imagem mítica que até hoje povoa nossas mentes – a porta batendo, o motor arrancando e o veículo indo embora na poeira ao som de um velho clássico de Link Wray. Nascia a semente do lendário The Cramps.

Como se uma fenda dimensional se rasgasse revelando a visão de uma realidade bizarra, o surgimento da banda, em 1976 (line up: Lux Interior, Poison Ivy Rorschach, Bryan Gregory & Nick Knox) criou na história do rock um capítulo sem igual. O Cramps era um enigma vindo do espaço, torto, sujo e absurdamente ofensivo, e por cima de tudo transbordando uma sensualidade festiva carregada de humor. A banda era por excelência o “Plano Nove” imaginado por Ed Wood. Ninguém, antes ou depois, sintetizou tão bem e tão generosamente como o Cramps o universo da ficção científica trash, das matinês de terror, da sexploitation (algumas tags pra vocês: Russ Meyer, Jesús Franco, Tura Luna Pascual Yamaguchi). O termo “esdrúxulo” é frequentemente usado na eterna tentativa de definir o som e o conceito da banda, e a dimensão paralela em que ela existe. E, é claro, “esdrúxulo” não é suficiente.

Em tempos de Wikipedia e afins, não vai ser preciso dar uma biografia resumida do Cramps, já que vocês mesmos podem levantar qualquer informação que quiserem sem largar o mouse (não é só uma impressão sua, o ciberespaço ficou mesmo sem graça), por isso vamos pular essa parte. Em vez disso vou falar sobre o que nos trouxe até o texto que você está lendo, nossa relação “espiritual” com o Cramps e a versão dos Damn Laser Vampires para “It Thing Hard-On”.

A história curta: Fomos convidados em 2009 a participar de uma coletânea de homenagem ao Cramps, recheada de boas bandas brasileiras; escolhemos “It Thing Hard-On”, enviamos a música e nunca mais tivemos notícia alguma. Fim.

Fim? Não. Agora a história um pouco mais longa, o director’s cut: Nosso amigo Joe Strume nos chamou recentemente a escrever algumas palavras sobre The Cramps para o Blog Rock de Plástico, já que nosso amor pela banda é conhecido e nos une a outros admiradores numa confraria de gente torta da cabeça – o que muito nos orgulha. Curtimos a idéia e prometemos atender assim que tivéssemos tempo, e enquanto isso aguardávamos resposta dos organizadores da compilação. Bem, a resposta nunca veio, então propusemos ao Joe presentearmos os leitores do blog com a música pra download e, agora sim, nossa história ganhou um belo final.

“It Thing Hard-On” saiu de um dos discos menos celebrados do Cramps e um dos nossos favoritos (Big Beat From Badsville, 1997). Foi produzida em dezembro de 2009 pelo grande Alex Cichoski juntamente com a nossa versão de “Boom Shack-a-Lak”, que mais tarde ganharia um bem-sucedido clipe. Já havíamos gravado uma versão para “Human Fly” alguns anos atrás, quando o Cramps ainda estava na ativa. A faixa ficou disponível pra download durante a semana do Natal de 2007, e hoje deve estar por aí, na web. Tanto “Human Fly” quanto “It Thing Hard-On” estavam no setlist dos três shows em honra ao Cramps que fizemos em São Paulo, Porto Alegre e Belém do Pará (e que, apesar de terem sido um sucesso, não serão repetidos).

Desde que os Vampires surgiram, a associação que as pessoas fizeram ao Cramps (para o bem e para o mal) foi automática, embora a gente negue a comparação por mais lisonjeira que seja. As diferenças são muito claras, não só pelas gigantescas proporções que nos distanciam da banda, mas simplesmente porque nada pode ser comparado a The Cramps. Como temos dito desde sempre, as semelhanças são muito mais visuais e “orgânicas” (a presença da Francis na guitarra, a formação duas guitarras e bateria, etc). Mas posso garantir que entendemos e recebemos a menção sempre como um elogio.

Eles não eram santos – bem pelo contrário; souberam como poucos se apropriar de muito do repertório de seus ídolos a ponto de recriar canções como se fossem suas e ainda por cima convertê-las em clássicos da banda, caso de “Goo Goo Muck” (Ronnie Cook), “I Can Hardly Stand It” (Charlie Feathers), “Sunglasses After Dark” (que é uma canção do Cramps, mas cujo célebre riff foi desavergonhadamente chupado de “Ace Of Spades”, do mentor Link Wray). A pergunta que mata essa charada é: quantas bandas lhe ocorrem neste instante capazes de imprimir esse nível de originalidade ao que comumente se chamaria de “cover”?

Com a morte inesperada de Lux Interior em fevereiro de 2009, e o subseqüente buraco que ela abriu nos nossos corações atrofiados, tivemos que abandonar o sonho de ver nossos ídolos ao vivo. E nem vamos descrever o impacto de tristeza que nos fez calar por uma semana, como se um abalo de repente partisse em dois alguma coisa adorada e até então intocável.

Mas hoje, observada de uma distância mais segura, a trajetória da banda se revela um caminho completo, impecável do começo ao fim, imune a qualquer tentativa de descrevê-la (o que inclui o meu falatório apaixonado) e imensamente influente. O legado infinito de imagens que fervilha na memória de um fã de Cramps é único. A garota pelada caindo da escada, a mulher-diabo espreitando atrás da moita, a patética e genial mosca humana, o “raio sexual hipnótico”, o jantar com Drácula, a criatura de couro negro, a inquietante dúvida sobre o que há dentro de uma menina (“tem coisas, baby, que eu não consigo engolir; minha mãe falou que as garotas são ocas”), o “meu pai pilota um UFO”, as garotas de biquíni com metralhadoras, o fim de semana em Marte, e por aí vai.

Havia muito mais do que um simples gesto na mão de Poison Ivy Rorschach naquela rodovia, quase quarenta anos atrás. O futuro estava ali, preparado, como uma mola comprimida prestes a pular. Estávamos todos ali dentro daquele gesto como num óvulo recém fecundado, todos nós que hoje temos o privilégio de conhecer e amar o Cramps, e que sabemos que essas coisas de amor incondicional não existem pra serem explicadas ou compreendidas.

The Cramps é um lugar onde se refugiar quando tudo fica entediante. É um carregador de energia quando as reservas estão no fim. E principalmente um lembrete do quanto é bom arrancar o cérebro do crânio, arremessá-lo, pingando, na parede, se desfazer de tudo que é pesado e incômodo – como a necessidade de fazer sentido – e assumir que não passamos de uma raça retardada e rastejante que devia, de uma vez por todas, aprender a se divertir.

Porto Alegre, Agosto 2010

Ron Selistre

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ozzy, sempre ...



Dr. Ozzy - Com novo disco, autobiografia e longa turnê pela frente, a pai do metal chega aos 61 anos intrigado com fatores científicos da própria sobrevivência e se reinventando como colunista médico. Publicado na Billboard 10, de julho de 2010.

por Marcos Bragatto
REG

Se a imagem que você tem de Ozzy Osbourne é a de um velho gagá reclamando dos cachorros de estimação enquanto pisa do cocô deles, precisa rever seus conceitos. Bem mais feliz é ter a lembrança do vigor dos shows que passaram por Rio e São Paulo em 2008. O problema é que o público somado das duas apresentações não chega a 50 mil pessoas, e o mundo inteiro assistiu às trapalhadas da família Osbournes na TV. E agora o próprio Ozzy revelou, em sua coluna médica no periódico britânico “The Sunday Times”, que, à época, tomava cerca 42 tipos de medicação – muitas delas certamente ajudaram a moldar o personagem lesado da série. Não, você não leu errado. Desde o dia 6 de junho Ozzy Osbourne é Dr. Ozzy, o colunista semanal que dá conselhos sobre saúde aos leitores do tradicional jornal.

Ozzy está em alta e não apenas no quesito celebridade. Está lançando “Scream”, o décimo álbum de sua carreira solo, depois de ter mudado a cara do rock à frente do Black Sabbath, nos anos 70. O disco é o primeiro sem o guitarrista Zakk Wylde, que o acompanhava há 22 anos, e foi substituído por Gus G, da banda de power metal Firewind. Wylde, dono da banda Black Label Society, foi o responsável por um dos vários renascimentos da carreira de Ozzy, ao gravar com ele o álbum (que incluía música de mesmo nome) “No More Tears”, em 1991. À época, os médicos deram um equivocado diagnóstico segundo o qual Ozzy sofria do mal de Parkinson e deveria se aposentar.

A troca foi decidida porque Ozzy estava achando os álbuns dele e do Black Label muito parecidos. “A única diferença era a minha voz”, admite o cantor, em entrevista, por telefone, direto de sua casa, em Oakland, Califórnia. “Mas eu não quero que ninguém fale uma vírgula sobre mim e o Zakk. Ele é da família, é o guitarrista que ficou mais tempo comigo e tenho certeza que vamos voltar a trabalhar juntos. Mas eu tinha que dar um passo diferente”. E o passo veio após uma busca da equipe que trabalha com o cantor. “Eu nunca tinha ouvido falar nele (Gus G) antes. Precisava de um guitarrista, e sempre há milhões de interessados que querem tocar as mesmas coisas, então eu oriento para selecionar uns 50 e ouço com atenção até chegar a dez. Daí ouvi o Gus e disse: ‘Ok, essa cara é muito legal’”, explica Ozzy, que tem orgulho do bom faro para achar grandes parceiros na guitarra (veja boxe): “Quando ouço um bom guitarrista que pode se encaixar na minha banda, sei instintivamente que vai dar certo”.

“Scream” chegou às lojas no final em junho, mas uma semana antes todas as faixas foram liberadas para audição na página do MySpace.com. O artifício faz parte de uma planejada ação na qual Ozzy e sua turma vêm trabalhando desde o final do ano passado. Ciente da mudança dos tempos e dos novos paradigmas do mercado, Ozzy entrou de cabeça em mídias sociais, com perfil no Facebook, onde mais de 700 mil pessoas “curtiram” o novo álbum, e no twitter – até o fechamento desta edição eram mais de 671 mil seguidores. Foi após anunciar o título do disco no site oficial que ele, inclusive, mudou de idéia. Inicialmente, se chamaria “Soul Sucka”, título também de uma das músicas, mas o termo “sucka”, ligado ao hip hop, desagradou aos fãs que esbravejaram e fizeram Ozzy adotar como título “Scream”, a partir da faixa “Let Me Hear You Scream”, um de seus gritos “oficiais” de palco. A ex-faixa-título virou “Soul Sucker”.

MARKETING NO MUSEU - O plano de dominação incluiu também uma maciça divulgação em rádios e TVs americanas nas quais Ozzy vai ao ar praticamente todos os dias. “Let Me Hear You Scream” ainda foi lançada como parte da trilha em um episódio do seriado “CSI: New York”, que antecipou o disco em abril na TV. Mas a ação de marketing mais hilária aconteceu no badalado Museu de Cera Madame Tussauds, em Nova York. Dessa vez pelo menos Ozzy se divertiu ao se passar por estátua e assustar os visitantes, resultando num vídeo viral que já foi assistido por quase 2 milhões de pessoas. Tudo isso ainda empolga o cantor de 61 anos. “Agora é tudo diferente porque poucas pessoas compram disco, elas baixam. Então não sabemos como vai funcionar”, comenta, sem saber responder ainda o tamanho da nova turnê, cuja expectativa de duração é de nada menos que 18 meses.

Essa “guerrilha global” poderia justificar a imagem da capa do CD: um Ozzy conquistador, segurando uma bandeira numa montanha. Mas a explicação não confere. “Eu perguntei: ‘Sharon, que porra é essa de eu segurando essa bandeira no topo de uma montanha?O que tem a ver com ‘Scream’? Eu não entendo qual a ligação! Eu não pirei com a capa, no início me vi como uma porra de um comunista”, detona Ozzy, em meio a gargalhadas.

Se um novo disco não bastasse para movimentar a vida do Príncipe das Trevas, o lançamento da biografia “Eu Sou Ozzy” aconteceu pouco antes, disparando várias tardes de autógrafos, o que rendeu o segundo lugar entre os mais vendidos nos Estados Unidos, atrás de “Game Change”, sobre os bastidores da eleição de Obama. “É autobiográfico, ele fez tudo sozinho, com uma caneta”, orgulha-se a esposa e empresária Sharon. Ela está de olho no filme sobre a história do marido, com roteiro adaptado a partir do livro, e até dá pistas de que gostaria de ver Carey Mulligan (estrela do recente “Educação”, roteiro de Nick Hornby) interpretando ela própria. Para o papel principal, Ozzy diz preferir Johnny Depp, por “entender de rock”, mas Christopher Walken (“Anjos Rebeldes”), Brad Pitt e Jack Black (“Escola de Rock”) são cogitados.

E ainda teremos o Ozzfest, festival criado por Ozzy depois de ele ter sido vetado no Lollapalooza, em meados dos anos 90, e que havia sido suspenso – teoricamente no ano passado por conta da crise econômica. Ozzy, que será uma das atrações principais junto Mötley Crüe, Rob Halford e Black Label Society, nega a tese. “Virou uma obrigação ter que ir para o palco, mas é preciso ter prazer em fazer isso, senão você fica igual a um rato numa roda. Por isso demos um tempo e voltamos este ano.”

Antes de ser perguntado, Ozzy fala – e muito – sobre o Black Sabbath, seja para lembrar que em fevereiro o disco de estreia do grupo que inventou o heavy metal completou 40 primaveras, ou para explicar como músicas que estão em “Scream” remetem ao grupo. “Nunca é uma coisa intencional”, defende Ozzy. “Mas o Kevin Churko (produtor) fez um grande trabalho. Quando um já não aguentava o outro, com tudo finalizado, eu disse: ‘Uau, posso ver minhas raízes do Black Sabbath aparecendo!’ Acho que esse disco é uma combinação de Black Sabbath, da minha carreira e do meu momento atual”, avalia.

INQUIETAÇÃO INTROSPECTIVA - Ele se refere basicamente às lentas e arrastadas “Soul Sucker” e “Life Can’t Wait”. Nessa última, assim como em “Time”, há certa inquietação introspectiva, coisa rara de alguém que viveu cerca de 40 anos na esbórnia. “Um cara esperto percebe que deve aproveitar a vida. Você só tem uma vida para viver, eu não acredito em ressurreição, pessoas voltando ao mundo, pra mim isso é uma bobagem. Não quero virar brisa ou um espírito que vaga, isso não funciona”, diz o bom e velho Ozzy.

Outras faixas de destaque, no melhor álbum de Ozzy desde “Ozzmosis” (1995), são “Crucify”, com show de Gus G, e “Diggin’ Me Down”, com riffs pesados bem ao estilo que consagrou a carreira solo de Ozzy. “Kevin começou com uma batida pesada, dururum, dururum (imita com a boca), e eu vi que iria funcionar”. A música volta a questionar as religiões, um dos dogmas do heavy metal que Ozzy ajudou a criar no Black Sabbath. “É ruim quando Jesus Cristo vem e diz o que é bom para você. Não entendo isso, eu também não entendo de política, só sei que vivemos num só mundo”, conclui Ozzy.

Mas menção a Kevin Churko não é ai acaso. Pode ser atribuída a ele a sonoridade da nova fase, iniciada no apenas razoável “Black Rain” (2007). “Dessa vez ele fez um trabalho excepcionalmente bom e o tornou muito, muito pesado”, elogia Ozzy, que levou cerca de seis meses trabalhando com o produtor em sua própria casa. Churko assina todas as músicas com Ozzy e gravou todas as baterias e alguns teclados. “Ele me mostra certas direções a tomar e me enlouquece com tantas idéias e tanta disposição para produzir”, confessa Ozzy, que contou ainda com o baixista Rob “Blasko” Nicholson e Adam Wakeman, filho daquele mesmo - Rick, ex-tecladista do Yes.

O assunto volta ao Sabbath quando o próprio Ozzy se lembra que nunca veio ao Brasil com sua banda de origem – o grupo esteve no País em 1992 e 1994, com Dio e Tony Martin nos vocais, respectivamente. “É uma coisa que precisamos fazer, é possível, mas agora não”, acreditava Ozzy. Acreditava. Porque tudo mudou de figura com a morte de Ronnie James Dio (veja boxe), que vinha se apresentando com Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice, uma das formações do Black Sabbath, sob o nome Heaven & Hell (a entrevista foi concedida dois dias antes do óbito). Ozzy falou da uma possível reunião com outro olhar: “Eu amo esses caras e nunca mais digo nunca, porque você nunca sabe o que está para acontecer”. Três dias depois seria publicada a notícia de que ele e Tony Iommi haviam chegado a um acordo sobre a disputa judicial sobre a marca Black Sabbath (os termos desse acordo estão em sigilo). Ozzy entrou com um processo há um ano exigindo metade dos direitos sobre a marca (que pertence a Iommi) e ainda parte dos ganhos que o guitarrista venha a ter sobre o uso do nome no futuro.

Uma reunião do Sabbath original, entretanto, não vai acontecer de imediato. Ao menos se a promessa dos tais 18 meses de turnê for cumprida. E é nesse momento que a dúvida quanto à permanência de Gus deve ser colocada à prova pelo velhaco Ozzy: “Quando você escolhe um guitarrista, nunca sabe se vai dar certo. Às vezes não dá certo nas turnês e precisa trocar. Uma vez tivemos o Jason Newsted, que era do Metallica, um grande baixista, mas não funcionou. Gus fez um ótimo trabalho e eu espero que funcione na estrada”.

Na estrada é onde Ozzy mais funciona. Ele topou fazer exames para mapear toda a sua sequência genética, em testes oferecidos por uma empresa norte-americana, a fim de desvendar um dos grandes mistérios da humanidade: o porquê de ele estar vivo e ainda com vitalidade, depois de tantos anos abusando de álcool e drogas, proibidas e legais. Sobre essas últimas, em décadas de automedicação, ele aprendeu muito. Tanto que agora responde a perguntas dos leitores na coluna dominical no “Sunday Times” citada lá no início do texto. Alguma dúvida sobre saúde ou problema emocional? Pergunte ao Dr. Ozzy!

SUBSTITUTO À ALTURA - A comunidade roqueira sofreu um baque com a perda do cantor, na manhã do domingo, 16 de maio. Dio, cujo trabalho de maior relevância se deu à frente do Black Sabbath, como substituto de Ozzy Osbourne, não resistiu às complicações decorrentes de um câncer de estômago diagnosticado em novembro do ano passado. Tinha 67 anos.

Ronald James Pardovana nasceu em Portsmouth, Estados Unidos, em 10 de julho de 1942. Adotou o nome artístico por conta da origem italiana. Era vocalista do Elf até ser chamado para formar o Rainbow com Ritchie Blackmore, que estava deixando o Deep Purple, em 1975. Seu maior desafio, porém, foi entrar no lugar do insubstituível Ozzy Osbourne, expulso do Black Sabbath, em 1979. No período, gravou com o grupo os álbuns “Heaven & Hell” (1980) e “Mob Rules” (1981). Dio é o único vocalista que pode ser comparado com Ozzy, numa lista que inclui Ian Gillan e Glenn Huges (ambos do Deep Puprle), Rob Halford (Judas Priest) e Tony Martin, entre outros.

Em 1983 montou sua própria banda e lançou “Holy Diver”, clássico do heavy metal que marcaria sua trajetória com um conceito fantasioso hoje usado pela maioria dos grupos de metal melódico. Voltou a liderar o Black Sabbath no início dos anos 90, quando o grupo laçou o álbum “Dehumanizer”, e passou pela primeira vez pelo Brasil. Dio voltaria outras vezes ao País, com sua própria banda, como convidado do Deep Purple, em 2000, e à frente do Heaven & Hell, no ano passado.

Dio foi o responsável pela propagação de um dos maiores símbolos do heavy metal, o “Moloch”, feito com todos os dedos da mão fechada, exceto o indicador e o mínimo – o popular “chifrinho”. O cantor dizia ter aprendido a fazer o gesto com a avó, para espantar os “maus espíritos”. Com o tempo, o “Moloch” virou símbolo do heavy metal e hoje é gesto exibido por toda a juventude fã de rock, além de artistas do gênero.

A morte de Ronnie James Dio foi lamentada por todo o mundo do metal, incluindo o “rival” Ozzy e também artistas não ligados ao gênero, como Brian May (Queen), Billy Corgan (Smashing Pumpkins) e Krist Novoselic (Nirvana). A homenagem mais emocionante foi a carta aberta escrita pelo baterista do Metallica, Lars Ulrich, na qual relembrou o primeiro encontro com Dio, nos anos 70, quando ia para porta de hotel atrás dos ídolos. Além de destacar a potência vocal e toda a trajetória de Dio, é notável a referência que todos fazem ao vocalista como um cara “gente boa”. No Facebook, mais de 22 mil pessoas prestaram solidariedade ao músico, nas primeiras dez horas após a notícia da morte ser publicada.

A última declaração de Dio à imprensa se deu dez dias antes, quando o tratamento foi intensificado e o Heaven & Hell anunciou o cancelamento da turnê europeia. Em nota, Dio disse acreditar na superação do momento difícil com a ajuda dos fãs e amigos. O vocalista prometeu “mais turnês, mais música, mais vida e muito mais mágica”. Cabe à viúva e ex-empresária Wendy Dio administrar o legado do cantor, que inclui instituições para ajudar crianças carentes e o recém criado Ronnie James Dio Stand Up And Shout Cancer Fund.

ISSO É OZZY OSBOURNE - Drogas, álcool, família, fama, fortuna. Tudo isso está na autobiografia “Eu Sou Ozzy”

“Nos últimos quarenta anos, tomei muito álcool, cocaína, ácido, sedativos, cola, xaropes, heroína, Rohypnol, Klonopin, Vicodin e muitas outras substâncias pesadas que nem daria para listar nesta nota de pé de página. Em mais de uma ocasião, tomei todas ao mesmo tempo.”

“Não acreditei quando descobri que as pessoas realmente “praticavam o ocultismo”. Esses loucos com maquiagem branca e túnicas negras apareciam depois dos nossos shows e nos convidavam para missas negras no cemitério. Eu dizia pra eles: “Olha, cara, os únicos espíritos do mal em que estou interessado se chamam uísque, vodca e gim”.”

“A coisa mais importante que precisava descobrir depois de mudar foi uma linha de suprimento de drogas. Liguei pra um dos meus fornecedores norte-americanos e pedi que começasse a mandar cocaína por via aérea. Funcionou bem, apesar de que terminei esperando o carteiro todo dia como um cachorro.”

“Eu estaria mentindo se dissesse que não me senti traído pelo que aconteceu com o Black Sabbath. Não éramos uma banda artificial, cujos membros eram descartáveis. Éramos quatro caras da mesma cidade que tinham crescido juntos no mesmo bairro. E me mandar embora por estar drogado era uma merda hipócrita. Estávamos todos loucos. Se você está drogado e eu também, e você me manda embora porque eu estou drogado, que merda é essa?”

“O problema era o Mötley Crüe. Eles eram completamente loucos. O que, obviamente, eu via como um desafio. Senti que precisava ser mais louco que eles, ou não estaria fazendo a minha parte de maneira apropriada. Mas eles também viram isso como um desafio. Os shows eram a parte fácil. O problema era sobreviver entre eles.”

“Tornei-me o inimigo público número um dos Estados Unidos. Abri o jornal e havia uma foto minha com uma arma apontada para minha própria cabeça. Eles devem ter feito uma montagem, porque eu nunca posei para isso. Comecei a receber ameaças de morte em todos os lugares.”

“Eu não estava reclamando porque “The Osbournes” estava me dando toda uma nova audiência, mas tudo aquilo parecia a Beatlemania com LSD. Nunca tinha sido tão famoso – nem de longe. Então fugi pra a Inglaterra. Assim que desci do avião, havia uma parede de flashes e milhares de pessoas gritando.”

“Em 1965, as roupas que roubei valiam umas vinte e cinco libras e eu achei que estava rico. Nunca poderia acreditar que, quarenta anos depois, eu teria coisas que valessem dois milhões de libras e que alguém iria querer roubá-las – e tanto dinheiro a ponto de não sentir falta desses dois milhões. É ridículo, de verdade. Minha vida nunca deveria ter sido assim.”

“- Sharon! Quem é esse homem das cavernas na minha biblioteca? Quero ele fora da minha casa!
- Relaxa, papai. É só o Lemmy.
- Não importa quem é. Quero ele fora daqui!
- Ele é de uma banda, papai. Estão abrindo para o Ozzy.
- Pegue uma cadeira e coloque-o ao lado da piscina. Ele parece um morto-vivo.”

ESCOLHIDOS À DEDO - Ozzy Osbourne usa o instinto para selecionar o guitarrista certo para mantê-lo em evidência.

A criação das bases do heavy metal até pode ser atribuída a Ozzy, mas, convenhamos, a tarefa seria impossível sem a participação de guitarristas criativos e identificados com a música pesada. Depois de trabalhar com Tony Iommi no Black Sabbath, ele quase sempre acertou em suas escolhas. Veja quem já tocou com o Príncipe das Trevas:

Tony Iommi (1969 - 1979) - É um dos maiores inventores de riffs de que se tem notícia. Com a saída de Ozzy em 1979, passou a carregar o Black Sabbath nas costas, mas nem sempre soube escolher o vocalista certo.
Momento inesquecível: qualquer um entre os seis primeiros discos do Black Sabbath

Randy Rhoads (1980 – 1981) - Aos 16 anos entrou para o Quiet Riot, de onde foi convidado para fazer parte da primeira banda de Ozzy Osbourne. Após sua morte, num estúpido acidente envolvendo um pequeno avião e o ônibus da banda, virou lenda.
Momento inesquecível: Riff de “Crazy Train”, primeiro sucesso da carreira solo de Ozzy

Brad Gillis (1981 – 1983) - Guitarrista da banda Night Ranger, foi chamado às pressas depois da morte de Rhoads, para gravar o álbum “Speak Of The Devil” (1982) só com clássicos do Sabbath.
Momento inesquecível: nenhum

Jack E. Lee (1983 -1988) - Recrutado para substituir Randy Rhoads, tocava em bandas menores e chegou a ser testado no grupo de Ronnie James Dio, antes de gravar com Ozzy os álbuns “Bark at the Moon” (1983) e “The Ultimte Sin” (1986).
Momento inesquecível: Introdução de “Bark at the Moon”

Zakk Wylde (1988 – 2010) - Guitarrista que mais tempo ficou na banda de Ozzy, tem carreira relevante à frente do Black Label Society e em projetos paralelos como o Pride And Glory, voltado para a música country.
Momento inesquecível: solo de “No More Tears”, música que recolocou Ozzy Osbourne nas paradas

Joe Holmes (1995) - Foi guitarrista do grupo do ex-vocalista do Van Halen, David Lee Roth, e substituiu Zakk Wylde temporariamente durante a turnê do álbum “Ozzmosis”, de 1995. Consta que foi aluno de Randy Rhoads.
Momento inesquecível: nenhum

Jerry Cantrell (2005) - O guitarrista do Alice In Chains participou da gravação de “Under Cover”, disco de releituras gravado por Ozzy em 2005. O álbum teve ainda as partcipações de outros guitarristas, como Joe Bonamassa e Paul Santo.
Momento inesquecível: Guitarras dobradas em “Sunshine Of Your Love”, do Cream

Gus G (2010) - Nascido Kostas Karamitroudis, na Grécia, é guitarrista do grupo Firewind, com o qual lançou seis álbuns. Já participou de discos das bandas Arch Enemy e Dream Evil, entre outras.
Momento inesquecível: ainda está para acontecer

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

# 158 - 20/08/2010

Leonard Cohen (Ao Vivo) – lover, lover lover

The Name (Ao Vivo no Sala Especial Loaded)
• Where you back now
• Liquid liquid optimo
(Drop Loaded)

Entrevista com Autoramas

Little Quail And The Mad Birds - Aquela
AxBax – Mundo de ilusão

Autoramas:
• Mundo Moderno
• Se eu enlouquecer
• Gente Boa
• Ex-Amigo

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

No Ar: Coquetel Molotov - Dinosaur jr. finalmente confirmado


Finalmente foi confirmada oficialmente a presença do Dinosaur jr., um dos grandes ícones do rock alternativo dos anos 90 no Festival No Ar: Coquetel Molotov, em Recife. Para nós, sergipanos, há inclusive uma opção mais barata, já que tudo indica que no dia seguinte ao show de Recife eles se apresentarão em Salvador na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. No coquetel Molotov teremos também a presença dos conterrâneos da The Baggios, fruto de uma articulação entre a Sessão Notívagos de Aracaju e a produção do evento. Como parte desta articulação, em setembro Aracaju estará recebendo, em 3 edições da Notívagos, as bandas Apanhador Só (dia 11), A Banda de Joseph Tourton (dia 18) e Do Amor (dia 24), que se apresentarão acompanhadas de bandas locais.

Abaixo, tudo que você precisa saber sobre o festival.

Fonte: Divulgação.

Chegando ao seu 7º ano de vida, o festival No Ar Coquetel Molotov dá mais um passo em sua trajetória marcada por shows memoráveis e por consolidar no Recife um público que prestigia e aplaude calorosamente o evento. Em 2010, apresentado pelo Conexão Vivo e Petrobras, o festival prossegue com uma programação musical que prima pela ousadia e qualidade artística e ainda amplia seus dias de evento com mais oportunidades de aperfeiçoamento técnico e momentos de reflexão cultural.

E se expandindo para além do Recife, o Conexão Vivo apresenta uma edição especial do festival No Ar Coquetel Molotov em Salvador, que conta com aprovação do edital FazCultura, do Governo da Bahia. A edição baiana do festival acontecerá quase que simultaneamente à edição do Recife, com alguns shows em comum e outras atrações exclusivas. Em Salvador, os shows acontecerão na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, nos dias 25 e 26 de setembro, em parceria com a Caderno 2 Produções Artísticas.

Além dos shows nas etapas do festival No Ar Coquetel Molotov no Recife e Salvador, o Coquetel Molotov também realiza mais uma edição do projeto Invasão Sueca, desta vez com atrações femininas vindas da Escandinávia. Taxi Taxi!, Anna Von Hausswoff e Taken By Trees fazem shows no Recife nos dias 24 e 25 de setembro e se apresentam também em Fortaleza, no Órbita Bar, no dia 26, e em São Paulo, com shows no SESC Pompeia nos dias 24 (Taken By Trees e Anna Von Hausswolff) e 30 (Taxi Taxi!).

Atrações – Após uma maratona de quase um mês de atividades, o festival No Ar Coquetel Molotov 2010 atinge seu auge nos dias 24 e 25 de setembro, de volta ao Centro de Convenções da UFPE, palco que sediou shows memoráveis na história do evento como o Teenage Fanclub, em sua primeira edição, os americanos do Tortoise, em 2006, e o encontro de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães, em 2008. Além do palco principal, no Teatro da UFPE, o festival realiza uma “matinê” de apresentações ao vivo na Sala Cine UFPE, agora reformada e com maior capacidade para o público.

Será na Sala Cine UFPE onde se apresentarão os grupos Voyeur (PE), Massarock (SP), Taxi Taxi! (Suécia) e Bemba Trio (BA), na sexta-feira, a partir das 17h. No sábado, no mesmo horário é a vez de shows com os grupos Wassab (PE), Ubella Preta (PB), Anna Von Hausswoff (Suécia) e Do Amor (RJ). O acesso para os shows neste espaço é gratuito.

Teatro – O grande destaque e que encerra a primeira noite de evento no Teatro da UFPE é o cantor pernambucano Otto, que mostra com sua grande banda o repertório do incrível disco “Certa manhã acordei de sonhos intranquilos”. Otto não se apresenta no Recife desde o carnaval, mas de lá até agora, ele tem alcançado vôos cada vez maiores, tendo sido headliner na edição baiana do Conexão Vivo e com música até em trilha de novela.

Na sexta-feira, apresentam-se também a cantora francesa SoKo e Zé Cafofinho e Suas Correntes. Com canções simples de melodias cativantes e de letras intensas tal qual seu primeiro hit “I’ll kill her”, a jovem SoKo surgiu como um fenômeno do MySpace e hoje em dia já consegue fazer shows com ingressos esgotados na Escandinávia, Inglaterra e Austrália. Imagine o encontro entre Beirut e Bezerra da Silva. Assim pode
ser descrita rapidamente a música que o multi-instrumentista Tiago Andrade, conhecido como Zé Cafofinho, faz com sua banda. Maduro na inventividade e seguro em seu olhar poético e social, “Dança da noite”, seu segundo disco traz participações especiais de Arnaldo Antunes e Rildo Hora.

A noite de sábado no Teatro da UFPE começa com o show de lançamento do disco de estreia dos pernambucanos da A Banda de Joseph Tourton. O grupo, que foi alçado a condição de revelação no festival No Ar 2008, agora retorna ao evento tocando as composições de seu disco, produzido por Felipe S e Marcelo Machado, da Mombojó, e contemplado pelo Programa Petrobras Cultural. A banda, de som instrumental, apresenta um som maduro e repleto de referências que vão de grupos como Hurtmold e Tortoise a Nação Zumbi e Asian Dub Foundation.

A cantora Victoria Bergsman dá continuidade à noite de shows com seu projeto solo Taken By Trees. Victoria, que é uma das fundadoras do The Concretes, é bem conhecida mundo afora por sua parceria nos vocais com o trio Peter Bjorn and John no hit “Young Folks”. Apesar da veia pop inerente, Victoria curte o experimentalismo musical de grupos como Animal Collective, de quem fez uma versão para a música “My Girls”, presente em seu segundo e mais recente disco, “East of Eden”, gravado no Paquistão com percussões, flautas e instrumentos de corda da cultura Sufi.

Dando voz à um dos mais versáteis rappers da atualidade, o No Ar 2010 vem trazendo pela primeira vez ao Recife o EMICIDA. Nome da vez no hip hop brasileiro, Roque de Oliveira fez do apelido uma sigla que significa “Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte”. EMICIDA coleciona um grande número de vitórias incontestáveis contra seus adversários em batalhas de rap e improviso, graças a suas rimas precisamente ácidas e debochadas. Suas mixtapes vendem pela Internet como água em dia quente porque ele consegue com versatilidade, descontração na medida certa e profundidade literária fazer um rap que conquista qualquer espectador em seus shows.

E finalmente, encerrando a última noite de eventos, o festival No Ar Coquetel Molotov tem a honra de apresentar em solo recifense um dos maiores ícones do rock alternativo dos anos 90: Dinosaur Jr. Com guitarras altas, distorção e barulho somado a um som temperado por letras depressivas, vocais desleixados e riffs melódicos, o Dinosaur Jr criou um estilo que foi seguido por boa parte do cenário alternativo em meio a um cenário dominado pelo punk e hardcore nos EUA daquela época.

Com mais de 20 anos de estrada, nem mesmo o tempo que J. Mascis e Lou Barlow pararam com a banda e se dedicaram a seus trabakhos solos, no começo dos anos 2000, deixou a banda desmotivada. Os dois últimos discos do Dinosaur Jr receberam muitos elogios da crítica e “Farm” (2009) ficou em 36° lugar entre os 50 melhores álbuns de 2009 do site Pitchfork. Não é à toa que Dinosaur Jr. é citado como grande influência para o Sonic Youth, Nirvana, Mudhoney e toda uma geração de bandas surgidas nos anos 90.

Prévias – Em sua programação oficial, o No Ar 2010, conta com debates, workshops, mostra de filmes, lançamento de livro, exposição e muitos shows. O início do festival
acontece no dia 03 de setembro, com o projeto Coquetel Molotov no Pátio Sonoro, com shows das bandas Team.Radio (PE) e Labirinto (SP) no Pátio de São Pedro. A cada semana, grupos locais e nomes nacionais se apresentam no palco do Pátio de São Pedro em uma parceria do festival com o projeto Pátio Sonoro. As bandas Sweet Fanny Adams (PE), Apanhador Só (RS), D.Mingus (PE), Debate (SP), The Baggios (SE), Semente de Vulcão (PE) e FireFriend (SP) completam a escalação de shows no local.

No dia 18 de setembro, o projeto Ouvindo Música, do Santander Cultural recebe em parceria com o festival No Ar Coquetel Molotov o cantor paulistano Rômulo Fróes. Considerado pela crítica como um dos compositores mais incríveis do início deste século na música brasileira, Rômulo foi do samba ao experimentalismo roqueiro mantendo sempre em sua carreira uma preocupação com a canção. Com três discos lançados, sendo o último “No Chão Sem o Chão” um ousado disco duplo com 33 músicas, o cantor vem ao Recife pela primeira vez e se apresenta em um show solo no local, às 17h, com ingressos a R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia).

Oficinas – A partir do dia 13, tem início a Plataforma Integrada de Encontros Musicais no Centro Tecnológico de Cultura Digital – Nascedouro de Peixinhos, com oficinas voltadas a comunidade local, com técnicas aplicadas a áreas como empreendedorismo cultural, moda, design e música. As inscrições são gratuitas e limitadas a 20 pessoas em cada dia, mas a preferência nas vagas fica para moradores de Peixinhos. Na semana seguinte, entre os dias 20 e 23, o Memorial Chico Science abriga uma segunda rodada de oficinas, desta vez com conteúdo mais avançados focados na música, com temas sobre Transmissão de Shows na Internet, Remixes musicais e Sound System para produção.

Em um dos dias do Laboratório de Arte, Música e Ideias no Memorial Chico Science, o artista plástico Stephan Doitschinoff, conhecido como “Calma”, realiza um bate-papo com o púbico falando de sua técnica e mostrando um vídeo sobre suas obras. Calma é uma figura singular no mundo dos designers. Influenciado por motivos religiosos, candomblé, umbanda, folclore e gravuras alquímicas, o trabalho dele consegue fundir o universo pop do grafite ao universo devocional medieval. Nos anos 90, antes de trabalhar com murais e telas, o artista fazia cenários de shows de bandas punk e capas de discos.

Debates – Em parceria com a Faculdade Barros Melo – AESO, o festival No Ar 2010 realiza seminários e debates nos dias 22 e 23 de setembro no auditório da faculdade pela manhã. Jornalistas e produtores culturais convidados de outras partes do país participam de discussões sobre temas ligados à crítica musical e a difusão das informações nos meios de comunicação. Nos dias 24 e 25, os debates passam a acontecer no Centro de Convenções da UFPE, focando temas como incentivo cultural privado e mobilização dos agentes culturais nas políticas públicas.

Após os debates nos dias 24 e 25, o Centro de Convenções da UFPE também será o local escolhido parao público conhecer alguns dos mais recentes lançamentos de livros voltados para a área musical. O jornalista e produtora cultural Leo Salazar e o jornalista Hugo Montarroyos vão apresentar ao público seus livros “Música Ltda.” e
“Devotos: 20 Anos” respectivamente. Através de um bate-papo, autógrafos e venda dos exemplares, os dois irão falar sobre seus trabalhos.

Cinema – Documentários inéditos e filmes de cineastas independentes de várias partes do país integram a programação da Mostra Play The Movie. De norte a sul do país, diversos personagens e cenas musicais dialogam entre si na mostra deste ano, montando um belo quebra cabeça de estilos e gêneros. A Play The Movie volta a acontecer no Cine-Teatro Apolo, entre os dias 20 e 23 de setembro, com sessões a partir das 17h e com entrada gratuita. As bandas Anjo Gabriel e Adis Abeba Dub fazem cine-concertos nesta edição da mostra apresentando ao vivo suas músicas como trilha para outros filmes. No terceiro dia de exibição, o DJ Patrick Tor4 apresenta sua discotecagem após a exibição de “Brega S/A”.

Entre os demais filmes selecionados estão o documentário “O Rei da Munganga”, de Carolina Pires, sobre a vida e obra do irreverente cantor paraibano Genival Lacerda. A irreverência continua na tela do cinema com a exibição de “Do Morro?”, de Mykaela Plortkin e Rafael Montenegro, com a trajetória do fenômeno João do Morro. O rap e o reggae ganham espaço com a exibição dos documentários “Freestyle: Um estilo de vida”, do cineasta Pedro Gomes, e “Dub Echoes”, de Bruno Natal.

E além dos documentários apresentados, a Mostra Play The Movie deste ano encerra com a ficção “Bitols”, de André Arieta. Evidente troça com o nome do quarteto de Liverpool, “Bitols” narra uma noite dos anos 90 na vida dessa fictícia banda gaúcha, entremeada por participações especiais e imagens de arquivo de ícones do rock gaúcho como Frank Jorge, Plato Divorak e Júpiter Maçã.

Histórico – Antes de se tornar festival, o Coquetel Molotov surgiu como um programa de rádio. Foi no ano 2000, quando o embrião deste projeto apareceu pelas mentes de Tathianna Nunes, Viviane Menezes e Thiago Marinho em um programa piloto, que em pouco tempo passou a ser veiculado duas vezes por semana, ganhando as colaborações de Ana Garcia e Jarmeson de Lima. O programa Coquetel Molotov, que atualmente é transmitido na Universitária FM, foi por um bom tempo o único programa das rádios FM de Pernambuco que divulgou, de fato, o trabalho dos novos artistas do cenário pernambucano e independente brasileiro. De lá pra cá, o projeto amadureceu e está focado na abertura de um espaço cada vez maior para a valorização dos grupos e artistas independentes.

Mundo Livre S/A, Eddie, Profiterolis, Academia da Berlinda, Devotos, Júlia Says, Siba Vamoz!, China, Isaar, Alessandra Leão, Sweet Fanny Adams, Chambaril e Mombojó foram só algumas das bandas e artistas que passaram pelo programa Coquetel Molotov nos dois últimos anos. E apesar das mudanças em sua equipe principal e as eventuais mudanças de horário e dial, o Coquetel Molotov sempre manteve seu compromisso inicial de “tocar música boa”, seja ela de qualquer estilo e região.

E neste meio tempo, surgiu o festival No Ar Coquetel Molotov, que em sete anos percorreu uma gratificante trajetória, provando que não é preciso subestimar o gosto popular para se fazer um evento de sucesso. O festival, que nasceu no Recife em 2004, surgiu com a necessidade de se tornar um diferencial na região, primando em sua
programação pela criatividade e pela constante inovação. Esta sintonia entre público e produção fez com que o No Ar Coquetel Molotov tenha crescido gradativamente e tenha conseguido lotar a capacidade do local onde é realizado nos últimos anos.
O festival já trouxe ao Recife grupos como Beirut (EUA), Nouvelle Vague (França), Tortoise (EUA), Peter Bjorn and John (Suécia), Spleen (França), Those Dancing Days (Suécia), CocoRosie (EUA), Sebastien Tellier (França) e Teenage Fanclub (Escócia), além de muitos outros. Crescendo a cada ano, o festival se torna sucesso entre público e crítica não apenas por sua programação internacional, mas também pela diversidade de suas atrações locais e nacionais. O foco na qualidade musical está sempre presente no festival, que tem uma preocupação constante em trazer nomes interessantes da cena independente em seus diversos estilos: folk, rock, experimentalismos eletrônicos e o que mais couber.

Conexão Vivo – Assim como o festival No Ar Coquetel Molotov, dezenas de projetos musicais de todo o país fazem parte do Programa Conexão Vivo, que reúne shows, festivais independentes, gravação de CDs e DVDs, produção de videoclipes, programas de rádio, oficinas e seminários que compõem uma rede nacional e permanente de atividades culturais envolvendo artistas, gestores e produtores culturais, iniciativas públicas e privadas.

O Conexão Vivo realiza ao longo do ano um circuito próprio de eventos onde toda essa diversidade de ações acontece conjuntamente. Além disso, o programa também está presente em muitas das mais importantes iniciativas da cena musical brasileira, seja com o patrocínio de projetos ou parcerias artísticas em eventos de destaque no calendário nacional, e outros festivais independentes.

A construção e articulação de redes culturais nacionais, em diferentes segmentos artísticos, é o foco da Política Cultura da Vivo, que tem no Conexão Vivo uma de suas principais iniciativas. Detalhes sobre as outras linhas de atuação e sobre as formas de participação nos Programas Culturais Vivo estão disponíveis no www.vivo.com.br/cultura. E para saber mais sobre o Conexão Vivo, acesse o portal www.conexaovivo.com.br.

Programa Petrobras Cultural – O festival No Ar Coquetel Molotov é patrocinado pelo Programa Petrobras Cultural, que apoia iniciativas culturais em todas as regiões do país. Desde que foi criado em 2003, o Programa já patrocinou mais de mil projetos culturais em todos os estados brasileiros.

Este ano, a Petrobras está investindo R$ 3 milhões em 17 festivais de músicas de todas as regiões do país. Os projetos foram contemplados pela seleção pública de festivais realizada no início do ano. Além da área de música, o Programa Petrobras Cultural patrocina projetos de formação e educação para as artes; preservação e memória; artes cênicas; audiovisual; cultura digital e literatura.

Com a seleção pública de festivais, a Petrobras busca proporcionar acesso democrático aos recursos e ampliar o espaço de circulação comercial e cultural da produção
artística brasileira, incentivando ações formadoras de novos públicos e valorizando a cultura brasileira em toda a sua diversidade regional.

Conexão Vivo e Petrobras apresentam:

FESTIVAL NO AR COQUETEL MOLOTOV 2010

De 03 a 23 de setembro: Atividades culturais descentralizadas
Dias 24 e 25 de setembro: Shows no Centro de Convenções da UFPE
Patrocínio: Petrobras, Vivo, Trident, Fundarpe e Prefeitura do Recife
Apoio Cultural: FADE/UFPE, Faculdade Barros Melo, Red Bull, Literato, Revista Continente, TV
Universitária e Mingus
Ingressos à venda no DeltaExpresso (Shopping Recife, Plaza Casa Forte, Tacaruna e Recife Antigo)
Mais informações: www.coquetelmolotov.com.br

PROGRAMAÇÃO

De 03 a 23 de setembro: Atividades culturais descentralizadas

COQUETEL MOLOTOV NO PÁTIO SONORO – SHOWS

SEX – 03/09 – 21h

Team.Radio (PE) e Labirinto (SP)

SEX – 10/09 – 21h

Sweet Fanny Adams (PE) e Apanhador Só (RS)

SEX – 17/09 – 21h

D.Mingus (PE), Debate (SP) e The Baggios (SE)

QUI – 23/09 – 21h

Semente de Vulcão (PE), FireFriend (SP) e Guizado (SP)

SANTANDER CULTURAL – SHOW

SAB – 18/09 – 17h

Rômulo Fróes (SP)

CTCD / NASCEDOURO DE PEIXINHOS – OFICINAS

SEG – 13/09 – 09h

ECONOMIA SOLIDÁRIA – Trabalhando em conjunto

TER – 14/09 – 09h

MODA – Aprendendo a customizar e criar acessórios

QUA – 15/09 – 09h

DESIGN – Cartazes criativos e divulgações melhores

QUI – 16/09 – 09h

HOME STUDIO – Edição de som em software livre

MEMORIAL CHICO SCIENCE – OFICINAS

SEG – 20/09 – 14h

TRANSMISSÕES ONLINE: Como realizar webcasts ao vivo

TER – 21/09 – 14h

REMIXANDO – Criando novas músicas com loops e beats

QUA – 22/09 – 14h

TECNOMELODY: Das aparelhagens aos batidões

QUI – 23/09 – 10h

MURAIS URBANOS: Técnica de criação

QUI – 23/09 – 14h

ANATOMIA DE UM SOUND SYSTEM – Improvisação com rimas, sons e delays

TEATRO APOLO – MOSTRA PLAY THE MOVIE

SEG – 20/09 – 17h

Freestyle: Uma forma de vida (2008) – 45 min – Dir: Pedro Gomes

Dub Echoes (2008) – 80 min – Dir: Bruno Natal

Cine-concerto: Adis Abbeba Dub (PE)

TER – 21/09 – 17h

Do Morro? (2010) – 20 min – Dir: Mykaela Plotkin e Rafael Montenegro

Moleques Maravilhosos (2010) – 30 min – Dir: Cristiano Bastos e Pedro Hahn

Cine-concerto: Anjo Gabriel (PE)

QUA – 22/09 – 18h

O Rei da Munganga (2008) – 70 min – Dir: Carolina Paiva

Cantoras do Rádio (2009) – 81 min – Dir: Cristiano Xavier de Oliveira

Brega S/A (2009) – 60 min – Dir: Vladimir Cunha

DJ Set: Patrick Tor4

QUI – 23/09 – 18h

Profissão Roadie (2010) – 50 min – Dir: Gabriel Câmara e Gilmar R. Silva

Bitols (2010) – 75 min – Dir: André Arieta

DEBATES (AESO)

QUA – 22/09 – 10h

ONDAS DE RÁDIO PARA TODOS: QUEM TEM VOZ NOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO PÚBLICOS?

Patrick Tor4 (ARPUB) / Alexandre Ramos (TVU)

QUI – 23/09 – 10h

DEMOCRACIA DE LINKS: COMO IDENTIFICAR NOVOS E PROMISSORES TALENTOS NA INTERNET?

Tiago Agostini (Scream&Yell) / Mateus Potumati (+Soma) / Alex Antunes (Na Agulha)

24 e 25 de setembro: Centro de Convenções da UFPE

DEBATES (UFPE)

SEX – 24/09 – 15h

PCULT: MOBILIZAÇÃO POLÍTICA EM TORNO DE AÇÕES CULTURAIS

Pablo Capilé (Fora do Eixo) / Gilberto Monte (FUNCEB) / Rafael Cortes (Fundarpe)

SAB – 25/09 – 15h

MECENATO CULTURAL: O PAPEL DA INICIATIVA PRIVADA NO FOMENTO À CULTURA MUSICAL

Marcos Barreto (Vivo) / Renato L (Prefeitura do Recife)

LANÇAMENTOS DE LIVROS

18h (Intervalo entre os shows da Sala Cine UFPE)

SEX – 24/09 – Música Ltda. (Leo Salazar)

SAB – 25/09 – Devotos: 20 Anos (Hugo Montarroyos)

SHOWS

SEXTA (24/09)

Sala Cine UFPE – A partir das 17h

Voyeur (PE)

Massarock (SP)

Taxi Taxi! (Suécia)

Bemba Trio (BA)

SEXTA (24/09)

Teatro da UFPE – A partir das 21h

Zé Cafofinho e suas Correntes (PE)

SoKo (França)

Otto (PE)

SÁBADO (25/09)

Sala Cine UFPE – A partir das 17h

Wassab (PE)

Ubella Preta (PB)

Anna Von Hausswoff (Suécia)

Do Amor (RJ)

SÁBADO (25/09)

Teatro da UFPE – A partir das 21h

A Banda de Joseph Tourton (PE)

Taken by Trees (Suécia)

Emicida (SP)

Dinosaur Jr. (EUA)