Domingão, dia de ficar em casa. Mas o chamado do rock é mais forte, então dá pra fazer uma excessão, especialmente quando se trata de uma banda consagrada no cenário de passagem por Aracaju, fato já não tão raro porém ainda longe de ser corriqueiro.
Show marcado para as 18:00, começa depois das 21:00. Ainda bem que levei algumas criaturas divertidas a tira-colo para ajudar a passar o tempo. Começa com a IMPACT, boa banda thrash naquela linha bem tradicional, ointentona. Nada de novo, evidentemente, mas competente, um bom show para os apreciadores do gênero.
Na sequencia, Karne Krua. Nem tem muito mais o que dizer ... Levantou a galera. É bonito de se ver como a Karne, mesmo depois de 25 anos de serviços prestados ao rock sergipano (é provavelmente a banda punk mais antiga em atividade no nordeste, e o mais importante, sem grandes paradas pelo caminho, 25 anos de atividade praticamente ininterrupta) ainda empolga a galera e bota o povo pra “agitar”. Um conhecido me fala que acha estranho “cabras” velhos como Bilal, Cícero “Mago” e demais dinossauros ainda terem essa disposição pra estar ali numa roda de pogo, e eu respondo que não concordo com o comentário dele, não tem nada a ver com a idade, mas com o espírito da coisa. As pessoas deveriam se livrar desses estereótipos limitadores, tipo só se pode ser “roqueiro”, “revoltado” e socialista quando jovem, negro tem que fazer música suingada, não pode gostar de Heavy Metal (conheço um indivíduo que já me veio com essa pérola), e demais baboseiras do tipo. Só que, na sequencia, fui pego numa aparente contradição, quando outro amigo me perguntou porque a ETC/Nora Kuzma/120 Dias de Sodoma não fazia mais shows e eu admiti que era por minha causa, pois eu não estava a fim, tava velho demais pra isso. Mas falei de brincadeira – a verdade é que não sinto mais tesão pela empreitada , acho que já deu o que tinha que dar, e é legal que a banda vire “lenda” – quem viu ao vivo, viu e provavelmente se divertiu, quem não viu, agora só pelo youtube.
Nucleador no palco. Murilo, a palhetada mais rápida da cidade, manda ver nos riffs endiabrados, bem acessorado por uma cozinha competente. O novo vocalista se mostra mais a vontade no palco, mas ainda tem pouco fôlego para as partes mais rápidas e berradas, o que prejudica um pouco o desempenho do grupo, mas nada que comprometa seriamente o resultado final, que é satisfatório.
E Finalmente, Bandanos. Curto e grosso ´- acho que foi, no máximo, meia hora de show, mas que satisfez os punks, headbangers e demais roqueiros sem tribo presentes. Empolgou inclusive a “turma do sofá”, RAS, Bilal e um figura lá que eu não lembro o nome, que assistiam a tudo confortavelmente instalados no referido móvel mas quase o destruíram com moshs durante o show dos paulistas. Chegaram inclusive a fazer uma tentativa frustrada de carregar o sofá no final do show ...
O som “segurou a onda”, o que é importante para o sucesso da empreitada, mas o ponto negativo, desta vez, foi o público reduzido, o que provavelmente motivou o comentário de Murilo (que, diga-se de passagem, vestia uma camiseta bacana estampada com a capa do “schizophrenia” do Sepultura): “Rapaz, acho que vou desistir, vou deixar esse negócio de rock pra você mesmo”. Bom, de PRODUZIR SHOW EM ARACAJU eu já desisti faz tempo - o último que idealizei e executei praticamente sozinho foi um no extinto teatro “Engenho e Arte”, no já distante ano de 1995. É coisa para abnegado. Mas eu sei que o rock seguirá em frente, apesar dos pesares ...
Até domingo, no Oceanário, no show de comemoração dos 14 anos da Tchandala.
E Dia 20, no cinemark Jardins, Autoramas de volta a Aracaju.
Adelvan Kenobi.
Adelvan, o resgistrador!
ResponderExcluirPow, eus oube que o público foi bem reduzido o que é uma pena, pois desestimula qualquer um. Eu mesmo nem me empolguei em fazer o Bandanos aqui em SSA, porque sabia que seria um show pra mim e pro meus broders, o que não daria pra pagar nem as passagens dos caras.
ResponderExcluirDepois nego ainda reclama que não tem shows.
só soube do show em cima da hora, e perdi pra variar, mas esse eu queria ver... finalmente uns punks da nova geração que bebem uísque e não têm tattoos bonitinhas tipo nxzero... meia hora de porrada sem frescura, porra! é isso aí.
ResponderExcluirA banda é relativamente nova, mas os caras em si, da Bandanos, não são bem da noooova geração, não, pelo contrario, sao aqueles coroas malucos que tão no rock até morrer.
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