segunda-feira, 16 de agosto de 2010

PRÓXIMA SEXTA: SESSÃO NOTÍVAGOS - Autoramas + Nantes + Coração Louco


Dia 20/08 (Sexta-Feira), a partir das 23 Horas, acontecerá uma nova edição da Sessão Notívagos com a exibição do filme Coração Louco, Show de abertura com a Banda Nantes, de Aracaju e a presença da Banda Autoramas, do Rio de Janeiro, de volta a Aracaju depois de cerca de 5 anos. Antes, os rockers estarão AO VIVO no programa de rock para um bate-papo sobre esta "longa estrada da vida".

Os ingressos da Sessão Notívagos também serão vendidos através de comissários, cuja compra permite que a pessoa concorra a uma camiseta do evento. Essa promoção dura apenas até o dia 17 de agosto e só é válida para pessoas que comprarem com os comissários da Notívagos.

Contatos dos comissários para compra de ingressos em intercom2009sergipe@gmail.com ou através de nosso perfil do orkut ou do twitter @intercomsergipe

o ingresso custa R$15,00 e dá direito a 03 bebidas (cervejas Heineken ou refrigerantes).

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(Release) Autoramas Desplugado - Esqueça as baladas e as versões banquinho-e-violão dos DVDs acústicos. "MTV Apresenta Autoramas Desplugado" é fora da tomada sim, mas está mais Autoramas do que nunca. Ou seja, é puro Rrrrock! No novo trabalho, gravado em 29 de julho, em um casarão no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, a banda reinventa o formato, deixa de lado o cenário imponente e a parafernália de instrumentos e faz um acústico para tocar de pé e dançar.

Sem instrumentos complicados, mas nem por isso com um som menos sofisticado, a banda fica livre para fazer releituras de suas músicas no formato power trio e passear pelo blues, como em "A 300 km/h", com a participação especial de Big Gilson e sua guitarra slide modelo Gilsonator; pelo flamenco, como em "Hotel Cervantes", que, além das palhetadas afiadas de Gabriel, ainda tem a participação da Mulher Misteriosa Jane DeLuc nas castanholas e de Humberto Barros no acordeão; e pelo rock mais romântico como em "Música de Amor", com participação de Érika Martins, co-autora da música.
Duas baladas, no entanto, chamam a atenção: "Sonhador" (Vida Real) que ganha ainda mais força e melodia na voz de Frejat e "Agora minha sorte mudou" (Stress, depressão + Síndrome do Pânico), a primeira gravação da baixista Flávia Couri como vocal principal. As regravações da fase Gabriel Thomaz pré-Autoramas estão tinindo de frescas como a estouradíssima I SAW YOU SAYING (THAT YOU SAY THAT YOU SAW), gravada pelos Raimundos; e "Galera do Fundão", ainda da época de Brasília, com o Little Quail.
De outros artistas, o grupo investiu no rock´n´roll raiz de Elvis Presley, com Love Me; tocou Raul, com Let Me Sing, Let Me Sing; gravou "Eu vou vivendo", dos Walverdes, e surpreendeu resgatando um Reginaldo Rossi da época da Jovem Guarda, com "No claro e no escuro", que também tem a participação de Humberto Barros no piano.

Para deixar os fãs com gostinho de quero-mais, a banda lança duas músicas inéditas: "Gente boa" e o "Samba Rock do Bacalhau", um rock exaltação feito em homenagem ao baterista, que só fará parte dos extras.

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(Release) Nantes - A banda mudou de nome, mas não de sua postura musical, aliás aperfeiçoaram mais ainda sua verve pop. Estou falando do quinteto sergipano Nantes, antes chamava-se de Daysleepers, que nesses três anos de existência vem se expressando com os melhores argumentos sonoros.
Liderados pelo talentoso Arthur Matos, vocalista e compositor da nova safra popster local, inspiram-se pelo caminho interessante, e pouco explorado, do pop e rock sessentista, mais especificamente pelo folk rock, psicodelia pop e o progressivo soft. Não há o apego exagerado de revival, mas o acréscimo devocional sobre a estrutura musical da época, o que podemos citar, e os mesmos declaram, as influências e referências de lendas como Beach Boys, The Byrds, Flying Burrito Brothers e o nosso Mutantes, estes, entre outros, direcionando a exemplar conduta do Nantes.
O quinteto que consta de Arthur, Fabricio (guitarras e voz), Lelo (baixo), Rafael (teclados e voz) e Ravy (bateria e voz) executam com sublime desenvoltura canções de texturas envolventes, destacados vocais melodiosos, harmonias singelas e timbragens vintage. No final de 2008 lançaram seu primeiro disco no formato EP intitulado "Tempo", com seis faixas expondo uma sonoridade promissora. Para este ano de 2010 preparam seu primeiro disco cheio, com lançamento previsto para o mês de agosto, enquanto isso, lançaram - em fevereiro - um single do disco com as faixas "A Espera do sol" e "A Marcha", duas preciosidades pop que dão direito a uma produção refinada e caprichada, com perfeitas vocalizações e primorosos arranjos com timbragens vintage (guitarras de 12 cordas, glockenspiel, hammond, celesta, mellotrons e até umas campanellas). Sensacional! Sofisticação musical tanto nas idéias quanto na execução. Abordagem pouco vista nas atuais e urgentes produções do mercado independente nacional. A criatividade vem do passado, bem natural; o resultado é o futuro. Ou seja: hoje!

www.myspace.com/nantesbr

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A primeira cena de Coração Louco (Crazy Heart, 2009) é icônica e resume bem a vida que leva o protagonista da trama. Embalado em música country, um carro percorre uma grande distância. Quando chega ao seu destino, um boliche decadente no meio do nada, sai dali a estrela da noite: Bad Blake (Jeff Bridges), com seu chapéu surrado, o cinto desafivelado, calça jeans aberta, camisa rasgada no cotovelo e um galão cheio de um certo líquido amarelo que ele despeja ao lado de sua picape vermelha enquanto amaldiçoa o seu empresário.

Blake, que já foi mais famoso, ainda consegue atrair um certo público aos shows que faz nessas cidades minúsculas do sul dos Estados Unidos. A audiência desses pequenos bares onde toca acompanhado de uma banda local é composta basicamente por pessoas da sua faixa etária, tão ou mais embriagadas que ele, mas felizes de ter uma estrela da música ali na sua frente. O único que parece indgnado de estar ali é Blake, que se reconhece como uma estrela já quase sem luz própria e busca algum consolo no fundo de uma garrafa.

Não que isso o impeça de ainda tirar proveito do que restou da sua fama e raramente dormir sozinho nos moteis baratos onde se hospeda. Em um desses poucos momentos em que é tratado como estrela da música, ele é requisitado para uma entrevista. Quando Jean (Maggie Gyllenhaal), a repórter do jornal local de Santa Fé, entra em seu quarto, ele se apaixona pelo seu jeito meigo e seus briilhantes olhos azuis. E ela também se encanta com o charme do velho artista, que durante a entrevista continua jantando e acendendo um cigarro no outro com a maior naturalidade, mas encerra a entrevista quando sua vida pessoal surge na pauta. Ele não comenta sobre sua antiga parceria com o atual "queridinho" do country, Tommy Sweet (Colin Farrell), nem fala de sua família.

Jean, que cuida sozinha de seu filho, sabe dos riscos de uma relação com Blake, mas não consegue resistir ao seu charme. E assim, aos poucos, vai descobrindo mais sobre os casamentos que não deram certo e o filho que ele não vê há mais de 20 anos. Ao mesmo tempo, Blake recebe o convite para um grande show. O problema é que ele teria de engolir seu orgulho e abrir a apresentação de seu antigo pupilo.

A conversa entre Blake e Tommy é fundamental ao que vem a seguir. Farrell, que estranhamente não aparece nos créditos principais, enruga a testa, faz cara de coitado e passa o tempo todo venerando seu antigo mestre, a quem superou no sucesso, mas não na qualidade das músicas. É esse dom de escrever as canções certas que Tommy precisa para seu próximo disco.

Os dilemas pessoais, a derrota para o álcool, a vida na estrada, enfim, todo o drama é encarnado em cada pelo branco da barba de Jeff Bridges, que prova o tanto que Blake apanhou da vida. Mas agora que ele tem a chance de dar a volta por cima, será que vai dar tempo ou já é tarde demais? Essa falta de confiança é o que separa Bad Blake do Dude, personagem que Bridges interpretou em O Grande Lebowski (1998). E ao interpretar isso tão bem e ainda conseguir manter o carisma para um personagem tão desgastado ele traz ao filme um brilho próprio, mais forte que os holofotes que iluminam cada um dos belos números musicais. Some isso ao apaixonante charme de Maggie Gyllenhaal e você certamente entenderá porque o filme vai continuar ecoando em sua mente tão forte quanto a música sai do violão de Bad Blake.

por Marcelo Forlani

Omelete

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