segunda-feira, 29 de novembro de 2010

The Baggios, de volta a Salvador


Deu no jornal "A Tarde", de Salvador. Por Franchico, do Rock Loko:

A aprazível Aracaju, capital vizinha cuja qualidade de vida é de dar inveja (ou vergonha) aos soteropolitanos, guarda uma cena roqueira que, se não impressiona pela quantidade, prima pelo que é mais importante: a qualidade (olha aí de novo).

Da veterana Snooze, velha conhecida do público roqueiro local desde os anos 1990, até bandas mais recentes, como Plástico Lunar e Rockassetes (recentemente extinta), a rapeize sergipana manda muito bem quando o quesito é rock ‘n’ roll.

Mais recente ainda é o The Baggios, duo de guitarra e bateria que já se apresentou algumas vezes por aqui e volta no dia 3, para a festa de aniversário do Big Bross Records, com Theatro de Séraphin, Reverendo T & Os Discípulos Descrentes e Pastel de Miolos.

Mas por que The Baggios? Basta ouvir o single gratuito O Azar Me Consome, recentemente distribuído pela dupla. Pau na orelha é pouco para definir o belíssimo esporro que é a canção-título.

Com um riff demoníaco que deve ter sido conjurado das profundas do Hades, uma levada dançante irresistível e uma letra em português impagável, a faixa não sai do play list do colunista há vários meses.

“O Azar Me Consome traduz de forma perfeita nosso som”, admite Julio Andrade, a metade responsável pela voz e a guitarra no The Baggios. A bateria fica a cargo de Gabriel Carvalho.

“Ela dá uma boa noção do que vai ser o nosso disco. Nós exploramos muito essa pegada rock anos ‘70 – inclusive o rock brasileiro da época, como Mutantes, Casa das Máquinas, Made in Brazil, Raul”, conta Júlio.

“Eu tinha dificuldade de escrever letras em português, mas depois que ouvi essa galera, eu saquei que dava para fazer uma coisa massa, bem expressiva”, observa o músico.

Ele conta que, inicialmente, ele e Gabriel tocavam sem baixista por falta de opção, mas depois, “criamos uma identidade nesse formato”.

Sem o baixo, as composições tiveram de, necessariamente, ir de encontro a uma linguagem específica, mais hard. “Outras bandas nos mostraram que era possível fazer disso um diferencial. Principalmente na composição. As músicas devem cobrir essa ausência do baixo. É uma coisa mais direta, crua, mesmo”, diz. Recomendadíssimo.

10 anos Bigbross Records / Theatro de Séraphin, The Baggios (SE), Reverendo T & Os Discípulos Descrentes e Pastel de Miolos / Dia 3 de dezembro, 20 horas / Pça. Pedro Archanjo, Pelourinho / Gratuito

Ouça: www.myspace.com/baggios

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