segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

# 213 - 21/01/2012

The Who Sell Out (1967): Na definição de Pete Townshend, eles eram no começo "meramente caras com narizes grandes e genitais pequenos tentando estar nas manchetes". OK, mas eram mods, com suas roupas impecáveis e ar invocado, membros de um grupo da juventude britânica que afirmava sua personalidade através de um modo estilizado de se vestir, de um comportamento intempestivo, das gírias e, é claro, das preferências musicais - o soul da Motown e Stax.

Foi nesse ambiente onde circulavam no final de 63, ainda com o nome The High Numbers, que foram descobertos pelos então cineastas Kit Lambert e Chris Stamp. A dupla decidiu empresariá-los e, para isso, trocou seu nome pelo que usavam anteriormente - The Who. O próximo passo foi realçar a aura da rebeldia e violência que impregnava suas apresentações. Assim, Townshend - que já impressionava por suas incríveis peripécias no palco - passou a deixar um rastro de guitarras destruídas por onde o grupo tocava, assim como Keith Moon literalmente demolia o seu kit de bateria após cada show. O complemento ideal era garantido pela técnica calculada do baixista John Entwistle e a presença e voz potente de Roger Daltrey.

Ao longo de 65, surgiriam os primeiros compactos da banda, clássicas composições de Townshend, como "I Can't Explain", "Anyway, Anyhow, Anywhere" e "My Generation", que, ao lado do álbum de estréia - My Generation -, os consolidaria como uma das sensações do rock britânico. No ano seguinte, uma nova sucessão de compactos, o segundo LP - A Quick One - e uma arrasadora tour pelos EUA projetaram definitivamente o nome daquele bando de malucos que tocavam incrivelmente alto, detonando os equipamentos e mesmo os hotéis por onde passavam. Eles estavam nas manchetes.

De volta à Inglaterra, o Who começou a preparar o terceiro LP, com a principal preocupação de abordar o relacionamento entre sua música e os meios de divulgação e consumo a ela associados. O resultado foi The Who Sell Out, que já revelava suas intenções a partir da capa: os quatro membros do grupo em anúncios (Pete com um desodorante, Roger mergulhado em feijão enlatada, Keith com um creme antiacne e John promovendo um curso de musculação). A banda assumia que era só mais um produto à venda.

Musicalmente, o LP foi concebido como se fosse um dos programas das rádios piratas que na época proliferavam em solo inglês, com as canções intercaladas por jingles e anúncios diversos. Desde a abertura, com o psicodelismo de "Armenia City In The Sky" (composta por Speedy Keen) até a longa canção final, "Rael (1 and 2)" - que prenunciava as óperas-rock que se seguiriam -, ficava claro que Townshend direcionava o Who para outras aventuras sonoras, além de suas obsessões mod. Músicas como "Tattoo", "I Can See For Miles" e, especialmente, a etérea "Our Love Was, Is" mostravam uma natural expansão da musicalidade do grupo, sem nunca perder contato com suas raízes.

Esse processo alcançaria a consagração popular com Tommy (68) - um fantasma que iria acompanhar a banda pelo resto de seus dias - e resultaria em mais dois álbuns essenciais: Who´s Next (71) e Quadrophenia (73), este um derradeiro tributo à geração mod. A partir daí, apenas mais dois LPs menos expressivos até a morte de Keith, em 78. Os discos e comebacks realizados desde então só serviram como um triste e interminável epitáfio para uma carreira tão gloriosa. Uma pena.

Fonte: Bizz Edição 60, Julho de 1990

por Celso Pucci

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A Penny Mocks surgiu em 2008 como uma geléia minúscula envolvendo alguns covers e viagens sonoras e de ritmos. Na metade de 2009, cansado de tanta tagarelice musical, Rodrigo Cunha, o estagiário, começou a mostrar algumas de suas composições secretas aos amigos: Bruno Luan (guitarra), João Alberto (guitarra e voz) e Renoir Dantas(bateria). Foi nesse momento, nessa convolução, que o quatro aleatórios, evoluiram para um grupo, que evoluiu para uma banda quase inteira. Com um repertorio inteiramente autoral, a Penny Mocks está engatinhando sua carreira musical, fazendo os primeiros shows no Capitao Cook, em Aracaju-SE e lançando suas primeiras músicas gravadas em um EP de demonstração.

Já desistimos de tentar definir o nosso som com uma palavra só, então definimos nosso estilo com duas palavras: Escuta aí.

Integrantes:
Rodrigo Cunha - Baixo e Vocal
João Alberto - Guitarra e segundo vocal
Bruno Trups - Guitarra
Renoir Dantas - Bateria
Telefone: (79) 88487882
E-mail: pennymocks@yahoo.com.br
Origem: Aracaju - se (Brasil)
Residência: Aracaju - se (Brasil)

Páginas:
http://pennymocks.tnb.art.br/
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Pixies - Hey
Sonic Youth - Massage the history

Judas Priest - Turbo lover
Iron Maiden - Wasted years
Dio - Holy Diver
Ozzy Osbourne - Mr. Crowley

DFC - Molecada 666 (versão demo)

Flowed - Negative air
Flowed - Glow
((( Drop Loaded )))

Eddie - Quando a maré encher (versão demo)
Pato Fu - Spock (versão demo)

Anneke Van Giesbergen - Everything is changing
Penny Mocks - Lacunda (radio edit)

Akira S. e As Garotas que erraram - Swing Basses serie 2
Fellini - Funziona senza vapore
G.U.E.T.O. - Borboleta psicodélica
DeFalla - It´s fucking boring to death

Discoteca Básica: The Who sell out
# Armenia City in the sky incl. 2 Radio London jingles
# I Can see for miles
# Mary Ann with the Shanky hand (US single version)
# Tattoo
# Early Morning cold taxi incl. Radio London News Bulletin
# Our Love was (Take 12 rejected mono mix)
# Summertime blues

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