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Joseph Donald Mascis (pronuncia-se mass-kiss), cantor e guitarrista norte-americano de 45 anos, nascido no estado de Massachusetts, é um homem de poucas palavras. É fato: entrevistas não são o seu forte. Sua linguagem de preferência, como seus muitos fãs ao redor do mundo bem sabem, é a dos marcantes riffs de guitarra que notabilizaram sua banda, a Dinosaur Jr., como uma das mais representativas do rock alternativo norte-americano – um movimento que surgiu na esteira do pós-punk, se firmou no underground nos anos 1980 e arrebentou no mainstream na década seguinte, depois que o Nirvana meteu o pé na porta. Nesta entrevista exclusiva publicada no Blog Rock Loco, de Salvador, J. Mascis fala pouco – mas diz tudo.
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J. Mascis: Muitos hits, de quase todos os álbuns, mas nenhuma canção do The Fog.
P: Você é considerado um dos mais importantes músicos do rock alternativo norte-americano. Mas alternativo ao quê? As influências de rock clássico em seu som são bem claras – como Neil Young, por exemplo. Como você vê esse lance de "rock alternativo"?
JM: Suponho que é porque, quando começamos, éramos definitivamente alternativos, não tínhamos fãs. Só tínhamos uma ideia de que música queríamos ouvir. Nos espelhávamos nas bandas do (clássico selo independente) SST e queríamos excursionar no circuito que o Black Flag (banda punk pioneira dos EUA, liderada por Henry Rollins) estabeleceu. Não pensávamos em estar numa gravadora major ou vender toneladas de discos.
P: Após vários anos desativada, a banda voltou com a formação original. Está tudo bem entre os membros agora? Podemos esperar uma reunião definitiva, de longo prazo?
JM: Nós vivemos um dia por vez. E nossa relação está OK nesse momento.
JM: Greg Sage (da banda punk Wipers), Ron Asheton (The Stooges), Keith Richards, Mick Taylor (ambos dos Rolling Stones) são minhas influências. Sempre adorei barulho.
P: Farm (2009), seu último álbum, é um dos melhores da carreira do Dinosaur Jr. O que podemos esperar do seu próximo disco?
JM: Sem planos por enquanto. Mas vou lançar um novo disco solo em fevereiro.
P: É a primeira vez que a banda vem ao Brasil, não? Por que demorou tanto? Você conhece algo de música brasileira?
JM: Não sei muito de música brasileira. Não sei por que nunca tocamos no Brasil antes, sempre quisemos ir aí.
P: Se pudesse escolher um produtor, vivo ou morto, quem seria?
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P: Indicaria alguma banda surgida nos últimos dez anos de que gostou?
JM: Magik Markers (banda noise de Hartford, Connecticut. www.myspace.com/theemagikmarkers).
P: Qual seu álbum preferido do Dinosaur Jr? Por que?
JM: You‘re Living All Over Me (1987). Foi quando nos firmamos como banda e fizemos nossa música, nosso som. Nós meio que desmoronamos depois disso.
fonte: ROCK LOCO
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