segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

# 210 - 17/12/2011

A Alexkid foi formada no primeiro semestre de 2010 por integrantes de bandas que já estiveram em atividade na cena sergipana. Inicialmente, a banda era apenas uma brincadeira de estúdio que reunia amigos como Alex (Pró-x, Triste Fim de Rosilene, XREVERX) no baixo e voz, Kleber "mingau" (Clamor) na guitarra e Anderson "Kabula" (Shifty) na bateria. Posteriormente, visando dar mais versatilidade ao som, Anderson sai da bateria para assumir uma das guitarras e em seu lugar é convidado Kleber Gavião. A Alexkid passa a ensaiar com nova formação e em julho de 2011 entra em estúdio para a gravação de seu primeiro EP, "um longo adeus", lançado em 22 de outubro de 2011, data de seu show de estréia em Aracaju, ironicamente, no show de despedida da Reffer. A banda mistura as influências do hardcore melódico e post hardcore, a exemplo de Hot Water Music, Noção de Nada, Garage FUzz, etc.

www.myspace.com/officialalexkid

formação

Alex - baixo e vocal
Anderson - Guitarra
Kleber "Mingau"- Guitarra
Kleber Gavião - Bateria

Além do Alexkid, o último programa de rock do ano (voltamos dia 07 de janeiro de 2012) tocou também uma nova de Mark Lannegan, single de seu último disco, "Blues funeral", mais uma do EP "Beyond Magnetic", com 4 sobras de estudio de "Death Magnetic" que o Metallica lançou recentemente em comemoração aos 30 anos da banda.

No "Bloco do ouvinte", clássicos do gothic rock. Depois um bloco com pioneiros do punk rock: bandas fundadas "circa 1977" na California, no Canadá e na Irlanda do Norte. Na sequencia, musicas de bandas "underground" dos anos 90, com faixas lançadas apenas nas boas e velhas fitas "demo". Fechando tudo, um pequeno especial com a sensacional banda de rock industrial eslovena Laibach.

PS: Michael Meneses, da parayba records, como de praxe, está de férias por aqui e deu uma passada nos estudios da Aperipê FM. Ele é representante da polyson, a única fábrica de vinis do Brasil, e está com um belo acervo à venda a preços camaradas - "A tábua de esmeraldas" de Jorge Benjor, "cinema", do Cachorro grande, "Afrociberdélia", da Nação Zumbi e o último do Matanza, dentre outros. Se tiver interesse, contate-o via celular em (79)9846-6209 ou em seu perfil no facebook. Os discos também estarão á venda na Freedom, que fica na Rua Santa Luzia, 151 - centro de Aracaju - próximo à catedral metropolitana.

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LAIBACH - DO OUTRO LADO DO MURO

Havia uma época que a gente achava que o rock inglês seria o eterno modelo para nortear o nosso gosto musical. Não sei se devo dizer que feliz ou infelizmente, isso é passado. Várias bandas do continente europeu estão demonstrando isso, inclusive uma que chegou ao Brasil há pouco tempo, já no seu quarto LP, Opus Dei: o Laibach. Original da Iugoslávia, o conjunto trouxe consigo todo um clima de mistério que lhe é peculiar. Começa porque, até hoje, não se sabem os nomes dos componentes nem seus hábitos, porque eles não concedem entrevistas nem para remédio.

O pouco que se conhece a respeito do Laibach é que teve origem em 1980, em Trbovige, no norte da Iugoslávia. O nome do grupo é a versão alemã para Ljubljana (lê-se liub-liana). Uma cidade iugoslava que foi invadida pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.

Conheço o Laibach desde seu terceiro LP, Nova Akropola, de 1985. Ali já estavam as evidências de que eles queriam projetar-se como uma orquestra bélica de sintetizadores, com um som cuja característica principal é a austeridade. O vocalista cantava como um Peter Hammill enfurecido enquanto os "koleghas" forneciam o tapete sonoro tecnotrágico.

Curiosamente, as faixas eram cantadas em alemão (assim como são algumas de Opus Dei). Sendo que uma delas levava o nome paradoxal de "Die Liebe" (O Amor). Foi a maneira mais odienta pela qual alguém se manifestou a respeito do amor até hoje. Fica muito fácil de se compreender isso se levarmos em conta que os alemães não devem ter sido muito carinhosos com o povo de Ljubljana.

Em Opus Dei, a voz principal é completamente diferente, e soa como se o tirano cantador tivesse usado um tubo de PVC para guia de onda, com a mixagem feita em rotação mais lenta. O alemão que me enviou a fita do terceiro LP classificou-o como pós-industrial, um rótulo que pode abrigar bandas tão díspares como Test Department e Cassiber.

O Laibach chegou ao Brasil graças ao contrato que a WEA firmou com a etiqueta inglesa Mute. Ela pertence ao Daniel Muller, um cara que adora ambigüidades. Por exemplo: o carro-chefe da Mute é o Depeche Mode, um grupo que namora com a esquerda inglesa mas esbanja um visual neoromântico decadente. A ambigüidade no Laibach reside no fato de ele trazer a Nova Arte Eslava (seguramente realista -socialista) embalada para presente com adesivos nazi-fascistas. E não estranhe o fato de haver no LP uma versão de ´One Vision´, do Queen, pois acho que é uma crítica a determinadas posturas do Fredy Mercury - ou você nunca reparou quando ele usa nos shows um quepe de policial e sente-se todo feliz por dominar a massa? Em resumo: o Laibach é um verdadeiro coquetel Molotoy especialmente preparado no leste europeu.

Fonte: Revista Bizz # 27 – outubro de 1987

OPUS DEI - Laibach (WEA)

Apesar das apologias a ideais de força e poder nas letras - cantadas em alemão - e da farta utilização de símbolos fascistas, seria um erro chamar este grupo iugoslavo de neo-nazista. Toda esta apropriação não tem sentido propagandístico e muito menos irônico. Serve apenas para firmar a música deles no pop industrial (dançante), onde o inconformismo e a força de vontade são tão grandes que não se expressam mais por meio de instrumentos e padrões convencionais. Com seus samplers, sintetizadores e vozes cavernosas, o Laibach é a primeira banda da geração do rock industrial a chegar aqui. Isto sim é música da nova era.

T.P.

LET IT BE - Laibach (Mute/Warner)

Por uma dessas coincidências estranhas este disco do quarteto esloveno saiu no Brasil (com um ano de atraso) exatamente quando o pau comia na Iugoslávia. Não existe trilha mais adequada para o que acontece por lá: Laibach mistura nazismo wagneriano, sadomasoquismo, viadagem, satanismo e Beatles. Este Let It Be é o Let It Be mesmo. Inteiro. Só não tem a faixa-título. E tem gente que ainda leva os caras a sério e se assusta com a violência com que perverteram os clássicos beatlenianos.

"I Me Mine" virou uma coisa tenebrosa, "I´ve Got A Feeling" foi miscigenada a Kiss e Queen, "One After 909" pesou e agora é rockão dos bons, e "Maggie Mae" um disco á la Giorgio Moroder de cara cheia numa choperia nazista.

C.E.M.

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“A música pop é para cordeiros, e nós somos os pastores disfarçados de lobos...”

http://ahoradosassassinos.blogspot.com/2010/03/laibach.html

O que é o LAIBACH ?

Uma banda cujos integrantes usam uniformes militares com músicas de forte conotação política, formalmente acusados de fazer apologia ao fascismo, ser de extrema direita ou extrema esquerda, com influências de Richard Wagner, porém fazendo covers de Beatles, Rolling Stones e Queen!! Esta é a grande e assustadora contradição chamada LAIBACH. Aliás, o nome já é uma provocação: tendo surgido na Eslovênia, a banda adotou o nome dado pelos alemães a capital Ljubljana quando Hitler ocupou o país. LAIBACH é guerrilha artística, uma afronta ao poder.

Subverter elementos da cultura pop a uma estética fascista, transformar conceitos da música clássica em experimentações tecnopop, questionar a democracia ocidental com a vulgarização de seus símbolos patrióticos. Esta parece ser a máquina de criar ambiguidades usada pela banda, o que gera interpretações equivocadas. De fato, o LAIBACH é a banda mais polêmica e difícil dos últimos anos. Na Polônia foram chamados de comunistas, nos Estados Unidos foram proibidos de entrar, considerados comunistas radicais, e em outras partes da Europa, considerados nazistas. Eles criaram um Estado que não tem fronteiras e pode coexistir pacificamente dentro de qualquer país, o NSK, que tem cidadãos por todo mundo.

O LAIBACH é uma instituição, um grupo de guerrilha artística, um Estado, e uma grande ironia, um chamado ao despertar do homem moderno para a mentira de nossas democracias e sistemas liberais, suas ambiguidades tem por objetivo mostrar que em meio aos Estados democráticos existem ditaduras totalitárias disfarçadas e ocultas, cujos símbolos a linguagem pop utiliza como armas para nos escravizar. Suas músicas marciais nos chamam para a guerra. Uma guerra talvez mental.

História:

A banda LAIBACH foi formada em 1980 em Trbovlje, uma cidade industrial de mineração de carvão no centro da Eslovênia (YU).

Após sua fundação o grupo preparou seu primeiro projeto multimídia "Red Districts" concebido para desafiar as marcantes contradições políticas que haviam em Trbovlje naquela época. O projeto foi suspenso antes da abertura, o que impediu a primeira aparição pública do grupo, mesmo assim houve uma furiosa crítica da mídia. O LAIBACH ressurgiu em 1982 com seu primeiro show em Ljubljana e depois em shows pela Iugoslávia (Zagreb, Belgrado) e uma participação no festival New Rock no centro de Ljubljana. Em 23 de junho de 1983 a banda fez sua primeira aparição na televisão em entrevista ao noticiário político "TV Tednik". A entrevista provocou inúmeras críticas e foi seguida de uma proibição político/administrativa de aparições públicas da banda e do uso do nome LAIBACH.

Em Novembro e Dezembro de 1983 ocorreu a primeira turnê europeia do grupo, a "Occupied Europe Tour" (com a banda inglesa Last Few Days). Em 17 dias eles percorreram 16 cidades em 8 países na Europa ocidental e oriental. A banda fez uma bem sucedida aparição anônima no Malci Belic Hall, em Ljubljana, em Dezembro de 1984. Em abril de 1985 saiu o primeiro album do LAIBACH, pelo selo Esloveno Ropot. Por causa da proibição, o disco foi lançado sem o nome da banda - em vez disso a capa trazia um símbolo, que se tornaria sua marca.

O album de 1985 "Rekapitulacija 1980-1984", pelo selo independente de Hamburgo Walter Ulbricht Schallfolien foi o primeiro disco da banda a ter lançamento internacional. Depois veio "Nova akropola", album de 1986 que saiu pelo selo Britânico independente Cherry Red, em seguida o grupo foi contratado pela Mute Records, de Londres. "Opus Dei", lançado na primavera de 1987, foi o primeiro album pela gravadora. A reprodução de uma suástica feita com machados na capa do disco causou escândalo nos círculos politicamente corretos, até que os mais atentos divulgaram a informação de que este símbolo foi retirado do trabalho de um artista dadaísta, ativista anti-nazi, chamado John Heartfield.

Em fevereiro de 1987 eles fizeram o primeiro show na Eslovênia desde 1984, o primeiro show oficial desde a proibição de 1983. O lançamento de "Sympathy For The Devil", em 1989, foi seguido por uma turnê pela Europa e Estados Unidos. Em 26 de dezembro de 1990 a banda se apresentou na estação termo-elétrica de Trbovlje, sua primeira apresentação em sua cidade natal desde o (abortado) projeto de 1980. O show comemorou o décimo aniversário do LAIBACH e a fundação do Estado NSK.

Em 1984 o LAIBACH criou (em parceria com o grupo de pintores Irwin e a companhia teatral Scipion Nasice Sisters) um amplo e informal movimento estético chamado NSK (Neue Slowenische Kunst, Nova Arte Eslava). Hoje os principais grupos do NSK são: LAIBACH, Irwin, Noordung, New Collectivism Studio, o Department of Pure and Applied Philosophy, e uma numerosa quantidade de subdivisões que surgem e desaparecem de acordo com a necessidade. O NSK teve uma grande importância nos anos oitenta, pelo menos na ex-Iugoslávia e na Eslovênia, e cresceu nos anos noventa com o estabelecimento do Estado NSK, com seus próprios passaportes, proclamações, embaixadas, consulados, bandeira, selos, etc. O LAIBACH reside e atua em Ljubljana.

Formação:

Em 1978 Dejan Knez formou sua primeira banda: Salte Morale. Basicamente, a Salte Morale foi a primeira formação do LAIBACH. Nas férias de verão de 1980 o pai de Knez, o famoso pintor Sloveno Janez Knez, sugeriu que a banda mudasse o nome para LAIBACH. Esta formação incluía Dejan Knez, Srečko Bajda, Andrej Lupinc, Tomaž Hostnik e Bine Zerko. Logo após isso, o primo de Knez Ivan (Jani) Novak e Milan Fras ingressaram na banda. Nesta primeira fase LAIBACH era um quinteto, mas logo depois foi declarado que a banda tinha apenas quatro membros. Ás vezes esses quatro integrantes eram designados pelos seus pseudônimos: Dachauer, Keller, Saliger e Eber. Dos anos 80 até os 90 os quatro integrantes eram: Dejan Knez, Milan Fras, Ervin Markošek e Ivan (Jani) Novak. De tempos em tempos, algumas outras pessoas, como Oto Rimele (da banda Lačni Franc), Nikola Sekulović, famoso baixista do grupo Demolition, e vários outros músicos, como a cantora eslovena Anja Rupel, participaram do LAIBACH.

Discografia:

LAIBACH
Ropot, 1985 (1995), Ljubljana
REKAPITULACIJA 1980-1984
Walter Ulbricht Schallfolien, 1985 (1987), Hamburg
NEUE KONSERVATIW (Live)
Semi legal, 1985, Hamburg
NOVA AKROPOLA
Cherry Red, 1985 (1987), London
THE OCCUPIED EUROPE TOUR 83-85 (Live)
Side Effects Rec., 1986 (1990), London
OPUS DEI
Mute Rec., 1987, London
SLOVENSKA AKROPOLA
Ropot, 1987 (1995), Ljubljana
KRST POD TRIGLAVOM - BAPTISM/Klangniederschrift Einer Taufe
Walter Ulbricht Schallfolien, 1987, Hamburg (Sub Rosa, 1988, Brussels)
LET IT BE
Mute Rec., 1988, London
MACBETH
Mute Rec., 1990, London
SYMPATHY FOR THE DEVIL
Mute Rec., 1990, London
KAPITAL
Mute Rec., 1992, London
LJUBLJANA - ZAGREB - BEOGRAD
The Grey Area/Mute Rec., 1993, London
NATO
Mute Rec., 1994, London
OCCUPIED EUROPE NATO TOUR 1994-95
The Grey Area/Mute Rec., 1996, London
JESUS CHRIST SUPERSTARS
Mute Rec.,1996, London
LAIBACH
NSK Recordings,1999, London
THE JOHN PEEL SESSIONS
Strange Fruit, 2002, London
NEUE KONSERVATIW (reissue)
Cold Spring Records, 2003
WAT
Mute Rec., 2003, London
ANTHEMS (double CD release with booklet)
Mute Rec., 2004, London
VOLK
Mute Rec., 2006, London
LAIBACHKUNSTDERFUGE
Mute Rec., 2008, London

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Mark Lanegan - The Gravedigger´s song
Metallica - Just a Bullet away (shine)

The Sisters of Mercy - Possession
Nick Cave & The Bad Seeds - Sunday´s slave
The Cure - last dance
Tiamat - Gaya
- por Ismael jr.

The Dickies - You drive me ape (you big gorilla)
The Germs - Lexicon Devil
The Weirdos - We got the neutrom bomb
D.O.A - Smash the state
Stiff Little fingers - law and order

Sunburst - speed racer
Carnal Desire - profissão peão
Apocalixo - Gilberto Salomão
Pinheads - Oh! Ja
Cabeça - Tutupa

Trimorfia - Running in circles
Jason - A incrível arte de errar em tudo

Darge - Insanity
Alexkid - um longo adeus
Érika Martins - sacarina
Doidivinas - paredes frias

Laibach:
# God is God
# Opus Dei (life is life)
# In the Army now
# Tranz Mit laibach
# America

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