sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dalí, de Salvador ...

Hoje não tem programa de rock. Na próxima sexta, também não. Mais uma vez, por conta de transmissões Ao Vivo da Aperipê FM. Surreal, não ? Desestimulante, eu diria. Reivindiquei à direção da radio um novo dia e horário para o programa que se choque menos com estas transmissões. Terei uma reunião segunda para discutir isso. Manterei-os informado.

A.

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Ouvidos atentos. A partir desta quinta-feira, os amantes da música brasileira vão poder curtir a segunda etapa do Conexão Vivo sintonizados nas emissoras da Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub). Entre os dias 11 e 13 de agosto, Salvador recebe 55 atrações – destaques da cena musical brasileira e personagens cativos na programação da Aperipê FM (104.9), que transmitirá boletins diários a respeito do evento, sempre a partir das 20 horas. O Conexão Vivo acontece desde 2009, sempre com o intuito de conectar artistas e realçar a riqueza da nossa cultura.

Embora reconheça nas apresentações dos artistas o seu ponto alto, o programa do Conexão Vivo é mais abrangente, e aborda elementos fundamentais na cadeia da produção musical brasileira. Em 2011, o festival incentiva 150 projetos selecionados por edital em sete estados dos país, e promove a realização de espetáculos, oficinas, debates e seminários, além de fomentar projetos de gravação de CDs e DVDs, circulação de artistas e turnês, apoio a estúdios, programas de TV e rádio.

O Conexão Vivo é um evento multimídia, transmitido por diversos veículos de comunicação no momento exato em que os shows acontecem. É o que explica o responsável pelos projetos especiais da Aperipê, Léo Levi. “Ao mesmo tempo em que os shows acontecem, nós transmitimos tudo automaticamente pela internet e pelas rádios que são associadas da Arpub em todo o Brasil. A transmissão é realizada por funcionários da Arpub de todo o país, utilizando várias linguagens com um único foco: transmitir o vento da melhor forma e mais rápida possível”.

Juntar o que há de novo na música brasileira com artistas consagrados em uma amplo intercâmbio é um dos objetivos do Conexão Vivo. “O Conexão trás a nova safra da música brasileira, juntando a nova cena com a antiga, uma troca artística de grande relevância, com grande público, unindo o novo e o velho”, finaliza Léo Levi.

Fonte: www.aperipe.com.br

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O movimento de renovação da música popular brasileira, que não passa pelas rádios comerciais e se materializa nos caminhos alternativos do ativismo independente (internet, festivais), pode ser parcialmente vislumbrado em Salvador a partir desta quinta-feira, na segunda edição baiana do Conexão Vivo, festival gratuito que vai até domingo, na Praça Wilson Lins.

O negócio é grande: no total, serão 55 atrações de oito estados (de quatro regiões, só o Sul ficou de fora) em quatro dias de som na caixa.

A denominação “festival”, contudo, pode soar inexata para o evento. Maurílio Kuru Lima, coordenador nacional do Conexão Vivo, esclarece que o projeto não é festival, e sim, uma “plataforma de incentivo”.

“(O CV) é uma turma gigante se lançando. É uma rede de trabalho, e não um evento. Este evento serve para mostrar a força dessa rede”, afirma.

“Não existe nenhum outro programa de incentivo à produção e à circulação de música articulado dessa forma, com essa dimensão. O Conexão Vivo é o (programa) de maior envergadura, sem dúvida”, acrescenta Kuru, sem medo de errar.

Totalmente dentro do espírito da época, o Conexão Vivo funciona à base de editais e do trabalho colaborativo, a partir de uma comunidade virtual (www.conexaovivo.com.br), no qual os artistas se cadastram e postam seus trabalhos e novidades.

Os projetos contemplados abrangem shows, festivais independentes, gravação de CDs e DVDs, produção de videoclipes, programas de rádio, oficinas e seminários.

Em 2010, o CV, no mesmo local, reuniu 40 mil pessoas nos quatro dias do evento – número bastante significativo de interessados para uma cidade, que, a se julgar pelo baixo nível do que é veiculado na grande mídia, só tem ouvidos para o popularesco caricato, de gosto duvidoso.

“Ficamos muito surpresos com a acolhida dos baianos para um show aberto de artistas que, ou estão em início de carreira, ou não foram devidamente reconhecidos”, admira-se Kuru.

"Conseguimos fazer uma programação inteira sem qualquer tipo de atração mais apelativa, ou popularesca, eu diria", reitera Kuru.

"E o publico respondeu tão bem a essa proposta! O que prova que é possivel, sim, fazer atividade cultural com inteligência, sem precisar apelar. O baiano é inteligente e essas açõs são a prova, de você ter um festival inteiro com atrações que não estão massificadas no rádio, mas mesmo assim, o público responde muito bem", reflete.

“Desta forma, a programação abrange desde artistas com um ou dois anos de atividades até grandes estrelas com até 50 anos de carreira. Nomes importantes como Elza Soares e Marku Ribas, por exemplo”, cita.

A principal característica dos shows do Conexão Vivo é a mesma que norteia a plataforma de incentivo do projeto: o trabalho coletivo, em colaboração. Assim, dos 27 shows na programação, apenas três bandas / artistas farão shows “solo”, sem contar com convidados.

São eles: Gaby Amarantos (a “Beyoncèe do Pará”, como é conhecida) e Lenine, fechando a sexta-feira, e A Cor do Som, encerrando o sábado. Todos os outros serão no esquema “Fulano convida Sicrano”.

“O Conexão no nome do projeto não é de brincadeira”, reitera Kuru. “Colocamos duas coisas diferentes, mas que conseguem dialogar, em cima do palco. Coisas que você só vai ver ali. Aí misturamos Geronimo com alguém do Norte do País (a cantora paraense Iva Rothe) e é aquilo ali”, exemplifica.

“É verdade, vou dar uma canja no show dessa moça”, confirma Geronimo, que confessa que ainda não conhecia Iva Rothe. “Mas recebi uma música dela e achei muito interessante. E ela disse que canta uma música minha”, conta.

Kuru observa que os festivais de música costumam ser organizados por segmentação, mas o Conexão Vivo vai na contramão disso. “Misturamos tudo no caldo da música brasileira, que é plural e diversa por que bebe do regional e dialoga com o internacional. Por isso é uma das músicas mais fortes do mundo”, acredita o organizador.

Outro dado interessante é que o festival não tem um curador oficial. “A grade foi montada de forma colaborativa, a proposta é horizontalizar o processo. Em vez de ter um curador, criamos uma lista de discussão e tudo é debatido de forma compartilhada. Aí vai juntando (os artistas). Pegamos os que já são patrocinados pela Vivo e os aproximamos de outros com interesses comuns”, explica.

Os espectadores na Praça Wilson Lins poderão testemunhar encontros interessantísimos, como o que juntará, no domingo, a baiana Manuela Rodrigues (leia mais dela na página 8) com o paulista Romulo Fróes. “Fiquei feliz (com o convite), por que é tão difícil tocar fora de São Paulo”, celebra Romulo.

“Ainda que não seja com minha banda, mas é uma oportunidade grandiosa. Vou tocar a música-título do disco da Manuela (Uma Outra Qualquer Por Aí) e mais uma ou duas do meu repertório, que vou ensaiar com a banda dela”, adianta.

Veteranos do CV (conectados desde 2006), a banda mineira Porcas Borboletas também deve protagonizar um belo encontro, com o Titã Paulo Miklos, na quinta-feira. “Curto muito esse lance de colaboração”, afirma Enzo Banzo, vocalista do PB.

“Somos de Uberlândia, e em 2005, quando a gente estava começando, nos inscrevemos, fomos classificados, e em 2006, entramos para a rede de artistas patrocinados”, relata. “Nós crescemos com o projeto. Já fizemos esse formato de show com Arnaldo Antunes, Otto, Arrigo e Paulo Barnabé”, enumera.

Outro encontro curioso será o que vai reunir a cantora mineira Erika Machado com os baianos do duo Dois Em Um e Rebeca Matta. “Foi um convite massa, ficamos super felizes”, disse Luisão Pereira, do Dois Em Um.

“Temos pontos em comum (com Erika), uma certa estética de simplicidade. E nosso próximo disco (previsto para 2012) sai pelo Conexão“ , revela.

Quem sobe ao palco duas vezes é o grande Armandinho Macedo. A primeira é na quinta-feira, com o violonista Gilvan de Oliveira. E a segunda, sem convidados, com a antológica banda A Cor do Som. “Conheci o Gilvan por que fui convidado dele no CV de Belo Horizonte, dois meses atrás. E tive o prazer de conhecer um grande músico”, conta Armandinho.

Com A Cor do Som, o show será basicamente de hits: “Não tem coisa nova ainda. O show vai ser o trabalho já conhecido do grande público”, adianta.

De volta à estrada desde 2005, A Cor do Som está conquistando uma nova geração de público. “Tem sido muito bom voltar a tocar com a Cor do Som, eu vejo uma galera jovem animada, cantando nossas músicas de 30 anos atrás. Aí a gente vê que nosso som ainda tá vivo, é atual”, comemora.

Conexão Vivo / 55 atrações musicais / De quinta-feira a domingo / Praça Wilson Lins (antigo Clube Português), Pituba / às 18h30 (quinta a sábado) e 17 horas (domingo) / Gratuito

por Franchico

Rock Loco

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Atrações

11/08 – quinta-feira – às 18h30

Juliana Sinimbú (PA) convida Felipe Cordeiro (PA)

Black Sonora (MG) convida Di Melo (PE)

Juarez Maciel (MG) e Grupo Muda (MG) convidam Edgard Scandurra (SP)

Marku Ribas (MG) convida Zérró Santos

Gilvan de Oliveira (MG) convida Armandinho (BA)

Porcas Borboletas (MG) convida Paulo Miklos (SP)

Ortinho (PE) convida Pepeu Gomes (BA)

12/08 – sexta-feira – às 18h30

Babilak Bah (PB) convida Chico Correa (PB)

Iva Rothe (PA) convida Gerônimo Santana (BA)

Três na Folia - Cláudia Cunha, Manuela Rodrigues e Sandra Simões (BA)

Márcia Castro (BA) convida Mariella Santiago (BA), Mariana Aydar (SP) e Mayra Andrade (Cabo Verde)

Pedro Morais (MG) convida Maglore

Gaby Amarantos (PA)

Lenine (PE)

13/08 – sábado – às 18h30

Sertanília (BA) convida Nego Henrique (PE) e Emerson Calado (PE)

Família de Rua na Estrada (MG) apresenta Duelo de MC´s (MG)

Alisson Menezes e a Catrupia (BA) convidam Paulo Monarco (MT) e Maviael Melo (BA)

Érika Machado (MG) convida Rebeca Matta (BA)

Senta a Pua! (MG) convida Elza Soares (RJ) e Eduardo Neves (RJ)

Samba do Compositor (MG) convida Mariene de Castro (BA)

A Cor do Som (BA)


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