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Para conhecer as intenções da Ode, no entanto, eu precisei encher a cara com o vocalista e principal compositor da banda à qual é creditada a responsabilidade pela (re) descoberta da música brasileira em terras sergipanas. Rafael Oliva, dono da Ode, não conhece comedimento na hora de expor suas idéias. Mamado, então…
Quem primeiro chamou minha intenção para a importância da Ode no cenário local foi o boa vida Allen Alencar, ex-guitarrista da banda. “Aqui em terras sergipanas, eu acredito que nestes últimos anos, a Ode ao Canalha teve um papel importante pra que esse olhar sobre a música brasileira começasse a vingar e a se disseminar. Já não se pode cravar por exemplo, o som da Cabedal de “rock”, isso serve tanto pra gente (a Elvis Boamorte e os Boa Vidas), quanto pra Villa Carmen. Na minha opinião, a Ode ao Canalha, quando veio com sambas em seu repertório, teve seu papel nisso”.
Rafael Oliva não nega a própria importância, mas faz ressalvas reveladoras. Ele tem consciência de que, no passado, a Ode vacilou. Agora, com um inventário de erros e acertos aconchegados no colo, ele pretende investir mais energia na produção da banda, ciente de que o palco, ainda que seja a natureza de qualquer artista, não suplanta o cuidado com a produção, necessário para fazer tudo acontecer.
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Prova de que a intenção é sincera, os caras estão empenhados na gestação do coletivo “Cajuína Lab”, formado pelas bandas Ode ao Canalha, Villa Carmen, Cabedal e Elvis Boamorte, que pretende integrar os novos personagens aos veteranos de nossa cena.
Quando isso ocorrer, eu tenho certeza, Buracaju fará justiça aos versos carnavalescos da banda Eddie.
riansantos@jornaldodiase.com.br
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