por Gessy Kelly |
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Tudo isso aconteceu há mais de um mês, o que desencoraja a
publicação. Resenhas tão tardias, nestes tempos de velocidade supersônica e
informação instantânea, correm o sério risco de parecerem textos datados
discorrendo sobre assuntos agora irrelevantes, porque “já passou” e a grande
maioria já esqueceu – e pior, ninguém tem mais interesse em lembrar.
FODA-SE! NEM TODOS ESQUECEM!
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Mais tempo ainda tem a última Festa da Antevéspera, que aconteceu no apagar das luzes do ano
passado. Trata-se de um evento criado por fãs “auto-exilados” – leia-se “que moram
fora” - da banda Snooze com o intuito de aproveitar a presença da maioria deles
na cidade para as festas de fim de ano e promover um encontro para matar a
saudade. Esta última edição contou com as participações especiais de Arthur
Matos, Dani “renegades” – fazendo uma apresentação recheada de clássicos
alternativos acompanhada pelos “snoozers” – Julio, da The Baggios, e Patrícia
Polayne, que acabou de vez com qualquer dúvida que porventura existisse de que
ela é uma grande cantora ao interpretar a belíssima “Ivo”, do Cocteau Twins.
Inesquecível!
Muito bom, também, ter assistido à volta do rock ao palco
do Cultart, espaço cultural mantido no centro de Aracaju pela Universidade
Federal de Sergipe que já abrigou noites insanas e antológicas, como os show da
Mundo Livre S/A, do No Rest e do Jason – com direito a tiros de bacamarteiros!
– além, é claro, da inesquecível Boate do porão. Tinha esperança de que tivesse
sido uma volta “pra ficar”, mas a julgar pelo estresse que rolou no final da
noite, com a apresentação da snooze tendo que ser encurtada por conta das
restrições de horário, não vai rolar ...
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Vale o registro, também, de mais uma passagem do grande
bardo “punk brega” Wander Wildner pela terra dos cajueiros e dos
papagaios(sqn). Foi de surpresa, aproveitando uma visita dele à cidade
acompanhando a namorada, cuja irmã mora aqui. Foi acompanhado por uma excelente
banda formada por músicos locais que, ao final, nos brindaram com uma
sensacional sessão de covers de rocks clássicos, tipo Beatles, Bowie, Led
Zeppelin, Deep Puble, Black Sabbath, The Jam e The Kinks.
O show de Wander foi muito bom, metade acústico, metade
elétrico. Altos clássicos cantados a plenos pulmões pelos empolgadíssimos fãs
locais. O local, também, ajudou – apesar de, por ser pequeno, ter deixado a
mesma quantidade de gente que entrou do lado de fora. Foi na simpática Dogueria
do Artista, no Inácio Barbosa.
A.
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A.
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