sexta-feira, 7 de março de 2014

Laibach - The Whistleblowers

O Laibach nasceu em 1980 na pequena cidade mineira de Trbovlje, da Eslovénia, então uma república da Jugoslávia, algo que desde logo não agradava ao colectivo. Desde cedo provocaram o Estado com as suas aspirações de independência, o que originou a proibição do uso do seu nome e a expulsão do país. Esta interdição do uso do nome Laibach obrigou a que a capa do primeiro álbum do grupo não ostentasse nenhuma inscrição mas apenas uma cruz negra, símbolo que se tornou na imagem de marca da banda.
A sua primeira turnê europeia, “Occupied Europe Tour”, surgiu em 1983 acompanhada pela banda britânica Last Few Days e foi um autêntico sucesso, abrangendo 16 cidades em 8 países. Em 1984 fundaram a Neue Slowenische Kunst (Nova Arte Eslovena), um colectivo de guerrilha artística que mais tarde (1994) se viria a transformar num novo Estado mundial, reconhecido e anunciado, através de celebrações oficiais em Moscovo e Berlim. O Estado NSK emite passaportes, selos, e tem moeda e bandeira próprias, apesar de não ser um Estado físico com as tradicionais fronteiras em termos geográficos, mas sim um Estado extraterritorial que coexiste pacificamente dentro e fora de qualquer outro país.
Esta vontade de agitar as águas e de contestação não tem tornado a vida mais fácil à banda. Na Polónia eram apelidados de comunistas, nos Estados Unidos da América (onde também estavam proibidos de entrar) de comunistas radicais, e noutras partes da Europa, de fascistas. Parecia não haver consenso na catalogação da banda. Em "Volk", seu disco de 2006, composto por versões dos Hinos nacionais de vários países, há um conceito dúbio: em alemão, "volk" significa "povo", ao passo que em esloveno e russo quer dizer "lobo". Em 1987, a reprodução de uma suástica feita com machados no álbum “Opus Dei”, causou escândalo nos círculos politicamente corretos, até que os mais atentos divulgaram a informação de que este símbolo impresso no disco foi retirado do trabalho de um artista dadaísta, ativista anti-nazi, chamado John Heartfield. Foram estas e outras polémicas que levaram a banda a regressar apenas à sua terra natal a 26 de Dezembro de 1990, data em que atuaram numa estação de energia termoeléctrica.
Há quase 20 anos que o LAIBACH edita pela britânica Mute Records, editora de artistas como Depeche Mode, Nick Cave And The Bad Seeds, Einstürzende Neubauten, Moby ou Diamanda Galás. O espólio musical dos LAIBACH é muito extenso, contando-se mais de três dezenas de álbuns e EP’s, para não falar das inúmeras edições não oficiais que circulam por esse mundo fora.
O Laibach também é conhecido por se apropriar e de subverter a música pop-rock contemporânea. Um dos seus álbuns mais famosos é precisamente “Let It Be”, inteiramente composto por versões de Beatles. Dentre as outras versões que "cometeram" estão ou as versões industriais, ou épicas, ou electrónicas, ou heavy, ou militaristas, de “Life Is Life (Opus), “In The Army Now” (Status Quo), “The Final Countdown” (Europe), “Jesus Christ Superstar” (Adrew Lloyd Weber), “Alle Gegen Alle” (DAF), “Under One Nation” (Queen), ou “Sympathy For The Devil” (Rolling Stones).
Acabam de lançar um novo disco, Spectre, cuja faixa de abertura é a do belíssimo clip acima.
“A música pop é para cordeiros, e nós somos os pastores disfarçados de lobos…
Ouça no rádio amanhã, no programa de rock.
19H, 104,9FM em Aracaju e região

The Whistleblowers

We rise, we grow.
We walk and we stand tall,
we never fall,
as big as the sky,
as high as the dawn.
We walk and we do not fall.
We sleep, we dream,
with no time in between.
We never stop,
listening our chant in the heat of the nights.
We see, the spirit is clean.
From north and south,
we come from east and west.
Breathing as one,
living in fame or dying in flame.
We love, our mission is blessed.
We fight for you,
for freedom and for sin.
Thinking as one,
rolling along to the beat of the drum,
We watch,
to red cross machine
We rise, we grow,
we walk and we stand tall.
We never fall,
as big as the sky, as strong as the dawn.
We walk and we never fall.
We stand alone,
but soon the day will come ,
When freedom reach,
we meet again and we take the lead.
And walk, once more as one.
#


Nenhum comentário:

Postar um comentário