terça-feira, 7 de junho de 2011

25 Anos de "Reign in Bloog"

Eu já era fã de metal e do Slayer quando ouvi pela primeira vez "Reign in Blood", na época de seu lançamento. Mesmo assim, o impacto foi tremendo: nada, até aquele momento, havia sido feito com aquele nível de peso e velocidade. Pouco tempo depois a disputa foi finalmente vencida (e encerrada) pelo Napalm Death e seu "From slavemevment to obliteration", mas "Reign in Blood" permanece supremo no posto de obra-prima do thrash. É rápido, pesado E preciso. Une tudo isso ao virtuosismo, além de contar com a produção impecável do mestre Rick Rubin.

Ontem Tom Araya fez 50 anos. Este ano o Slayer faz 30, e "reign in blood" 25 anos de lançamento. Depois de amanhã eu verei o Slayer pela primeira vez em minha vida - mais um sonho de adolescencia realizado. Abaixo, uma matéria publicada ontem no site NOISECREEP em tradução de Nathália Plá para o http://whiplash.net.

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Quando ele ficou sabendo que o Noisecreep estava planejando prestar tributo ao Slayer hoje, 6/6, Scott Ian do Anthrax concordou plenamente. "Por que não? Todo dia é um bom dia para o Slayer", disse ele. Sim, qualquer dia é um bom dia para celebrar uma das bandas de metal mais influentes de todos os tempos. Contudo o Slayer Day esse ano é especial porque marca os aniversários de duas marcas distintas do Slayer.

A primeira marca do Slayer ocorreu há 30 anos em 1981, quando Jeff Hanneman e Kerry King formaram o gurpo em Huntington Beach, uma cidade costeira no sul da Califórnia. O duo então convidou Tom Araya, que tinha trabalhando previamente com King no Quits, para se juntar a eles. O resto, é claro, é história do metal.

A outra marca veio em 1985, há 25 anos, com o lançamento do 'Reign In Blood.' A maior estréia da banda em um selo levou o Slayer do estado de heróis ocultos no Metal Blade para o de verdadeiros ícones internacionais do metal.

"Eu vi o Slayer a primeira vez em um pequeno local em Orange County, Califórnia, em 1983", disse Brian Slagel, o presidente e CEO do Metal Blade, primeiro selo do Slayer. "O set deles consistia em sua maioria de músicas cover, mas os poucos originais que eles tocavam eram realmente bons. Além disso, eles fizeram o melhor cover da 'Phantom of the Opera' do Iron Maiden. Eles eram uma banda realmente boa e eu sabia que queria trabalhar com eles."

"Eu me atrasei um pouco em relação ao Slayer," disse o frontman do GWAR Dave Brockie, a.k.a. Oderus Urungus. "Eu ainda estava naquela de curtir hardcore e dizer que o metal não prestava há muito tempo. Foi só quando veio o 'Reign in Blood' que eu realmente os escutei. E aquilo foi provavelmente bom porque seus primeiros discos eram realmente ruins. Eu lembro do momento em que virei devoto do Slayer com clareza. Eu estava ouvindo o 'Reign in Blood' e estava sendo esmagado. Eu não conseguia acreditar que o metal podia ser tão bom, tão rápido ou ter tanta agressividade. E quando eu cheguei ao 'Altar of Sacrifice' com a famosa 'Satan'... Bem, eu me perdi totalmente. Dali para adiante, o Slayer era formado por deuses para mim."

Essa revelação foi feita por garotos em todas partes do mundo. "A primeira vez que eu vi o Slayer foi em 1986 logo depois que o 'Reign In Blood' saiu, no Warner Theater em Washington, DC", disse Dave Grohl à Killing Time Productions em seu vídeo no YouTube. "Foi o último show no Warner porque era o Overkill e o Slayer. E depois que o Overkill terminou o Slayer veio e a platéia destruiu as dez primeiras fileiras de assentos."

Pela crítica, o álbum também obteve tremendo respeito ao longo dos anos. Kerrang classificou 'Reign In Blood' de "o álbum mais pesado de todos os tempos" e a Metal Hammer declarou ele em 2006 como o melhor álbum de metal dos últimos 20 anos. Em apenas 30 minutos de uma energia frenética, o 'Reign In Blood' misturou a ferocidade do Iron Maiden com a batida dos Ramones e Stooges para criar um álbum que desde então foi reverenciado por muitos como o definitivo álbum de thrash metal.

Parte do legado do 'Reign in Blood' e sua massiva evolução dos dois álbuns anteriores da banda foi a produção de Rick Rubin, que assinou com o grupo pelo seu selo Def Jam. "Foi como, 'Uau – você pode ouvir tudo, e aqueles caras não estão apenas tocando rápido; aquelas notas estão no tempo certo'", Kerry King disse à revista Decibel sobre a produção.

O estilo de gravação mais precisa permitiu que as pessoas vissem que o Slayer trouxe a musicalidade de virtuosos renomados como o Rush ao thrash metal. "A primeira vez que ouvi o preenchimento da bateria de bumbo duplo na 'Angel of Death' eu soube que eu realmente queria fazer melhor. Inúmeros músicos tem de agradecer a (Dave) Lombardo e ao Slayer por sua influência", disse Dave Titte, do Municipal Waste.

Ao longo do último quarto de século, o impacto do Slayer continuou a crescer, como evidenciado pelos diversos artistas que fizeram cover da banda, tais como Korn, Deftones, Cradle Of Filth, e Hatebreed. Sem esquecer que Tori Amos, Less Than Jake, Modest Mouse, e Califone prestaram tributo ao Slayer.

Para realmente entender o impacto do Slayer, é necessário apenas ter ido ao Empire Polo Fields em Indio, California, em abril desse ano, quando mais de 50.000 metaleiros foram ao deserto para ver o grupo dividir o palco com Metallica, Megadeth, e Anthrax para o show do Big 4. O fato de que o metal ainda enche estádios e sites como o Noisecreep existirem é devido grande parte ao Slayer e seus irmãos. Então sim, concordamos com Scott Ian: qualquer dia é um bom dia para o Slayer.

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