terça-feira, 21 de maio de 2013

rip Ray Manzarek

Norte-americano descendente de poloneses, Ray Manzarek nasceu em Chicago, em  1939. Tomou aulas de piano desde criança. Apesar disso, se formou em economia e só depois se mudou para a Califórnia, aonde cursou cinema na famosa UCLA. Lá conheceu Jim Morrison e formou a banda que o lançou para a glória.

Após a morte de Jim Morrison em 1971 e a subsequente dissolução do The Doors, Manzarek se dedicou a inúmeras atividades como músico, produtor e cineasta. Descobriu e produziu álbuns de uma banda clássica da cena punk de Los Angeles, X, da cantora tcheca naturalizada norte-americana Exene Cervenka.

Produziu e tocou com a banda inglesa Echo & The Bunnymen em sua versão para o hit People Are Strange (1987), que entrou na trilha sonora do filme de vampiros adolescentes Os Garotos Perdidos (The Lost Boys, 1987), um clássico das sessões da tarde. Na época, a versão fez tanto sucesso que alavancou a redescoberta da banda pelas novas gerações. Esse processo acabou levando ao polêmico filme de Oliver Stone, The Doors (1991), com Val Kilmer em grande atuação como Jim Morrison. Manzarek acabou renegando o filme, descontente com a visão de Stone sobre Morrison, retratado como um drogado maluco, imprevisível e incontrolável. Nos últimos anos, juntou-se ao guitarrista original Robbie Krieger e ao vocalista Ian Astbury, da banda inglesa The Cult, para para apresentações como The Doors of The 21st Century.

Manzarek nunca parou. Era artista de verdade, pois estava sempre em atividade, envolvido com música ou cinema de alguma forma. Mas seu maior legado será mesmo a criação do som do The Doors com seu teclado Fender Rhodes sempre à frente, respondendo inclusive pelo som do baixo, já que a banda não tinha baixista. O som de Manzarek definiu os Doors, tanto quanto a poética alucinada de Morrison.

Se Jim Morrison era o coração dos Doors, Manzarek era o cérebro, o maestro de assinatura inconfundível e insubstituível.

Ray Manzarek faleceu no dia 20 de maio de 2013 na Clínica Romed em Rosenheim, Alemanha, após uma longa batalha contra um câncer do ducto biliar

Um mestre do rock, deixa uma obra maior que a vida.

por "Franchico"

rock loco

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