sábado, 15 de maio de 2010

# 147 - 14/05/2010


Mini-Especial Rock Sertão
Entrevista com Danilo Santana e Jefeson Melo, produtores do Rock Sertão
Divulgação das bandas escolhidas na votação do site.

jucifer
Drop Loaded:

The Dead Lovers Twisted Heart:
• Backwards
• Mrs. McGill]
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Jucifer – Throned in blood
Interpol – Lights

The Dead rocks – Crash, crash and crash again
Retrofoguetes – A fantástica fuga de Magnólia Pussycat
Man or Astroman ? – Nitrous burn out
The Hunters – Teen scene
The Tornadoes – Bustin surfboards

Republique – que passa
Friendship – Zombies
Labirinto – Temporis

Joy division (peel session) – Love Will tear us apart
Nine Inch Nails – Dead Souls
Moby – New Dawn Fades
Tortoise – As you Said

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LABIRINTO - MÚSICAS PARA IMAGENS

Labirinto, por Carol Ribeiro
O Labirinto é um grupo paulistano. Foi formado em meados de 2003 por amigos que buscavam materializar suas diversas influências musicais e pessoais através da composição instrumental. Inspiradas por músicas climáticas, bandas experimentais, pós-rock e referências que vão além do som, como as artes plásticas, a fotografia e o cinema, as produções do Labirinto procuram criar texturas e climas imagéticos. Como em uma trilha-sonora de um filme cujas cenas ficam por conta da imaginação do ouvinte.

Junto com a Dissenso*, a banda também mantém relações próximas a diversas linguagens artísticas. Cria seus próprios cartazes para shows, faz projeções em suas apresentações ao vivo, e utiliza obras de artes gráficas em todo o seu material físico e virtual, sempre em parceria com artistas visuais e VJs. O grupo produz todo o seu material. O novo EP Etéreo é um exemplo disso. Com duas músicas que fazem parte da coletânea DIS1 "Arcabuz" e "Temporis", e mais a "Silêncio Póstumo" (remixada para este trabalho), todas gravadas pelos próprios integrantes, o disco vem em uma embalagem charmosa feita artesanalmente no ateliê da Dissenso.

Etéreo traz sonoridades e timbres que se mesclam, evitando a predominância de uma fonte sonora única. As construções harmônicas, compostas por guitarras, baixo e bateria, somadas às sonoridades experimentais de sintetizadores analógicos e digitais, violoncelo e violino, priorizam as diversas exaltações emotivas que a música percorre ao longo do labirinto estético, ideal e interpretativo.

Pluralidade instrumental, paisagens sonoras e unidade conceitual: seja bem-vindo ao Labirinto.

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Lost - 07/12/2009 - Labirinto lança EP e completa dois anos gravando Anátema, seu disco “cheio e orquestrado" que deve sair em 2010

Fonte: trama virtual

O estilo Lost das fotos de divulgação revela não só o equilíbrio sonoro de uma floresta - que ecoa mistérios, assim como faz o pós-rock -, mas também a própria recente trajetória da banda em questão. A “ilha” aqui, no caso, refere-se ao Labirinto, conjunto paulistano, que, no transporte da ilha da série para o ambiente da música, quanto mais caminhos apresenta, menos soluções oferece.

Exemplo deste excesso de opções de caminhos a serem escolhidos – seja na busca de timbres, harmonias ou modos de construção – é a longa produção do primeiro álbum cheio do Labirinto, Anátema, que completou dois anos desde o início das gravações e entrará em 2010 ainda no forno. Uma jornada, uma aventura quase “impossível”, ao estilo da série. O novo disco será marcado pela introdução de novos instrumentos, devendo levar a sonoridade da banda para um estágio mais avançado de orquestração, lembrando assim os canadenses do Godspeed You! Black Emperor.

Parte do time A do pós-rock nacional, o Labirinto lançou neste ano o EP Etéreo - baixe aqui -, que reforça a vocação imagética da banda, em canções que superam os dez minutos de duração e criam ambientações que se encaixariam perfeitamente em filmes imaginários ou, mais uma vez, na própria série que deve reentrar na programação da TV quando Anátema “estrear”. O EP é uma boa iniciação para Anátema: como um bom episódio piloto.

Conversamos com o guitarrista Erick Cruxen.

Em que pé está a produção do Anátema? Quando será lançado?
Estamos na metade das gravações; temos um longo caminho, ainda. O Labirinto prepara esse álbum há dois anos, dedicando muito zelo às composições, arranjos, efeitos e à qualidade das gravações, e mixagem. É um processo lento, já que experimentamos ao máximo as sonoridades das músicas, timbres e dinâmicas, e são muitos os instrumentos gravados para o Anátema. Além do violoncelo e sintetizadores analógicos, que são instrumentos já utilizados na banda, agregamos o violino, piano, banjo, sopros e cítara em músicas do disco, assim como participações especiais de músicos convidados. A previsão é que Anátema seja lançado até meados de 2010.

Como será o disco? Deve seguir a mesma linha do EP Etéreo?
Anátema será completamente conceitual, com músicas longas e imagéticas. O disco será a narrativa de uma história que criamos; cujas composições farão parte desse contexto. A similaridade com as músicas do EP Etéreo acontece, devido à construção e ao desenvolvimento das harmonias, dinâmicas, arranjos e efeitos, que se tornaram mais complexos em relação aos primeiros EPs da banda.

É o disco da excomunhão do Labirinto?
(risos) Depois de Anátema, nosso primeiro álbum, todos do Labirinto serão excomungados. Certamente, é um dos significados do disco. Existem outros, mas só ouvindo, e vendo o álbum poder-se-á percebê-los.

Como foi a participação da banda na coletânea de Dissenso e como a banda trabalha a construção de imagens a partir do pós-rock?
Foi muito bacana participar da Dis1, houve ótima repercussão e elogios em relação à coletânea, que juntou quatro bandas experimentais, de diferentes regiões do Brasil (Constantina, Fóssil, Labirinto e Ruído/mm), e diversos trabalhos gráficos de artistas visuais. Estamos ansiosos pelo segundo volume da coletânea. Como as músicas são instrumentais, construímos melodias e arranjos, como uma paisagem sonora. Uma pluralidade de timbres, efeitos e texturas se mesclam para desenvolver uma idéia, uma cena ou um sentimento que pretendemos materializar. Tentamos fazer músicas para imagens, buscando influências além da música. Nossas referencias vêm de diversas formas de manifestações artísticas, como o cinema, a literatura, fotografia, enfim, diversos meios com os quais convivemos no dia-a-dia.

Acredito que o pós-rock está hoje um pouco saturado, se pegarmos a produção atual de bandas clássicas como Mogwai, Explosions in The Sky e Pelican. Mas ainda assim tivemos bons discos nacionais como os das bandas Fóssil e ruído/mm. Há como ser criativo no pós-rock? Como?
Creio que essa “saturação” seja algo pontual. Talvez, seja um grande paradoxo, pois o que é o pós rock? Certamente, é uma das classificações mais abrangentes e subjetivas; já que em sua própria “definição” aponte para inúmeros estilos e influências musicais, que se reinventam a cada instante. E discos piores ou melhores são comuns em quase todas as bandas, de todos os estilos. Existem muitos projetos bons surgindo, chamados de pós rock, experimental, pós metal. O importante é não ficar preso aos paradigmas e clichês, buscando conhecer novas bandas e referências, em diferentes pontos do planeta; já que temos a internet como ferramenta. No Labirinto, buscamos diversas referências musicais, que nos facilitam experimentar e explorar texturas e climas imagéticos. Essa tentativa pode ser chamada de pós rock, progressivo, rock experimental, música instrumental. Deixamos livre paras as pessoas definirem.

Quais os planos para 2010?
Inicialmente, lançar o disco, e realizar alguns shows de lançamento e divulgação. Para o início do segundo semestre estamos fechando uma turnê pela Europa. Além disso, esperamos organizar alguns eventos e projetos pela Dissenso; promovendo e divulgando o material de excelentes artistas/bandas alternativas.

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