sábado, 10 de abril de 2010

# 143 - 09/04/2010

Korzus – Slavery
Mike Patton – Il Cielo in una stanza

Messias – Resilence
brincando de deus – The Best on you
The Dead Billies – Invasion of the Body Snatchers
The Honkers – something´s wrong with my girl
Vendo 147 – Satangoz (Versão demo)
Retrofoguetes – Fuzzmanchu

Lacertae (Caneco DAgua) – corpo fechado
Aldemir Tacer – O Calango

Entrevista com Deon, do Lacertae

-> Fora do ar <-

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O programa de rock foi interrompido de forma brusca em sua última edição porque a radio saiu do ar, provavelmente devido às fortes chuvas que caiam sobre a cidade.

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(Infonet) O Centro de Meteorologia de Sergipe, vinculado a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, chama a atenção para volume de chuvas que poderá ocorrer a partir da tarde desta sexta-feira, 9, em parte do Estado. A leitura das imagens do satélite do Centro de Meteorologia indica que a frente fria que saiu nesta última quarta-feira, dia 7, do Rio de Janeiro, passando pela Bahia, estacionou em Sergipe fazendo com que já tenha chovido 127 mm (milímetros).

A perspectiva de alerta do centro é de que as chuvas sejam intensas e torrenciais, podendo trazer perigo de inundações e desmoronamentos. Para o território Grande Aracaju, o prognóstico climático apontou possibilidade de chuvas iniciadas no período da tarde de hoje e com precipitação variável, podendo ocorrer a cada três horas.

De acordo com o meteorologista da Semarh, Overland Amaral, as chuvas estão ocorrendo fora do período esperado e chegarão a durar, no máximo, até mais três dias. "É um fato surpresa. O que esperávamos era que as chuvas somente ocorressem no início da estação chuvosa, compreendendo o período de maio a junho, conforme a sazonalidade. Houve, devido à frente fria, um adiantamento sazonal da época” explica.

Somente no sertão, na cidade de Poço Redondo, já choveu desde a madrugada cerca de 64 milímetros(mm). “Um índice elevado, mais que a média do mês. A frente fria trouxe para algumas regiões do Estado a condição de muita chuva em poucas horas de precipitação”, completou o meteorologista.

Fonte: Semarh

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Korzus: 25 anos de Metal e uma nova etapa na carreira

O TDM acompanhou a gravação do novo videoclipe da banda e conversou com os músicos sobre o atual momento do Korzus. Confira.

Eduardo Guimarães
Redação TDM

Fonte: Rock On Line

Quantas bandas surgiram no cenário nacional nos anos 80 e desapareceram no decorrer dos anos? Quantas se mantiveram na ativa passando por altos e baixos na carreira? Os motivos, tanto dos que fazem parte do primeiro grupo quanto do segundo, são variados. Mas talvez exista algo que represente os que continuam na estrada atravessando os momentos de calmaria e de turbulência: fé no trabalho.

Essa fé é o que parece emanar do Korzus neste ano em que a banda comemora 25 anos do primeiro registro oficial, a participação na coletânea “SP Metal”. Mas fé só dá resultado através de muito trabalho e é isso o que anda mantendo o grupo ocupado atualmente.

No início de março o Território da Música foi convidado a acompanhar uma parte desse trabalho: a gravação de um novo videoclipe. Nessa matéria você confere um pouco sobre como foram as gravações e outras curiosidades sobre essa nova etapa da carreira da banda.

Truth - A gravação

A locação escolhida para a gravação foi a casa de shows Espaço Lux, em São Bernardo do Campo. Cheguei ao local às 19h00 e a equipe técnica já trabalhava desde o início da tarde na montagem dos equipamentos.

À primeira vista o cenário parecia simples. Cinco telões montados em armações metálicas localizados no centro da pista da casa de shows formando um semicírculo. Duas tochas de luzes colocadas no chão à direita e à esquerda de cada telão, convergindo suas luzes para o centro da tela.

Uma equipe com cerca de 15 pessoas ajusta luzes, projetores e câmeras sob o comando de Ricardo ‘Micka’ Michaelis, o diretor do videoclipe. Micka é o responsável pelo documentário “Brasil Heavy Metal”, que está em fase de finalização. Em breve você confere uma matéria com o diretor aqui no Território da Música.

O que parecia simples se transforma quando as projeções começam a surgir nos telões e “Truth” - a música escolhida para ser o primeiro videoclipe - ecoa nas caixas de som. Em cada telão aparecem os rostos dos integrantes da banda: Heros Trech (guitarra), Antonio Araújo (guitarra), Dick Sieberg (baixo), Rodrigo Oliveira (bateria) e Marcello Pompeu (voz).

Por volta das 22h00 os músicos tomam seus lugares em frente aos telões para darem início a gravação propriamente dita. Os trabalhos só terminaram na manhã do dia seguinte.

Quem pensa que fazer um videoclipe de qualidade é algo fácil - mesmo sem grandes efeitos digitais ou pirotécnicos - saiba que não é. São infinitos ajustes e correções para levar ao fã o melhor trabalho possível. E é isso que os fãs do Korzus terão quando o videoclipe for lançado.

Truth - A concepção

A idéia do vídeo surgiu de conversas entre os músicos e o diretor e faz parte do conceito dessa nova etapa na carreira da banda. A intenção é realmente mostrar os rostos dos integrantes, fazer com que o Korzus não seja apenas um nome, mas que seja reconhecido pela imagem daqueles que formam a banda.

Partindo desse princípio o diretor Micka teve a idéia das multi-projeções. “São eles sobre eles mesmos. Como a música é ‘Truth’, fala da verdade, vamos colocar um de frente para o outro”. É como se cada integrante encarasse sua própria verdade.

Cada membro do grupo foi gravado separadamente no estúdio e essas imagens são exibidas nos telões enquanto a banda executa a música. “Sempre que a gente enquadrar um plano, teremos a imagem do Pompeu e no fundo está o Heros, temos o Antonio e no fundo o Dick, então eles estão sempre presentes”, explica o diretor.

O baterista Rodrigo Oliveira contou porque a banda escolheu “Truth” para ser o primeiro videoclipe. “Ela foi a última música composta pela banda, foi a primeira a ser gravada e acabou mudando o nosso conceito do disco. Toda a força e a energia do álbum estão representadas na ‘Truth’. Se você escutar o CD inteiro vai perceber isso. O peso está nela”.

Discipline of Hate - O novo álbum

O novo álbum do Korzus é chamado “Discipline of Hate” e trará 14 faixas. A banda está em negociação para lançar o álbum na Europa e na América do Norte. Além das 14 faixas oficiais, a banda gravou outras músicas que serão lançadas como bônus nas edições internacionais do álbum.

Existe ainda a possibilidade do videoclipe de “Truth” ser inserido como faixa multimídia no disco ou ser lançado em uma edição especial. Tudo isso ainda está sendo negociado com a Laser Company, gravadora que vai lançar o CD. “Na verdade é tudo um jogo de tempo”, comenta Pompeu.

Músicas bônus, capa ‘digipack’, videoclipe. Esse é o caminho para incentivar o fã a comprar o álbum ou há outro modo? O vocalista Pompeu é enfático: “boas músicas. O que você pode fazer para as pessoas comprarem seu disco são boas músicas e boa divulgação. E não adianta divulgar e as músicas serem uma bosta que ninguém compra”.

Rodrigo também acredita que o principal ainda é a qualidade das composições. “Vejo um monte de bandas com atrativos legais, capas legais, só que não adianta a parte gráfica excelente e o som horrível. Tem um monte de CDs que vejo por aí e penso ‘essa banda deve ser animal’ mas quando coloco a primeira música já dá vontade de quebrar o CD. Mas, claro, nossa capa é legal, toda parte gráfica foi muito bem trabalhada nos mínimos detalhes”.

“Discipline of Hate” marca a estréia da nova formação do Korzus. Na verdade não tão nova assim, mas é a estréia em disco da atual formação contando com o guitarrista Antonio Araújo, ex-Chaosfear, que participou do processo de composição de quase todas as músicas novas.

“Colaborei na maioria delas, algumas já estavam prontas”, conta Antonio, até ser interrompido por Heros. “Teve duas [músicas] que a gente deu pra ele por um ‘riffizinho’... (risos). É brincadeira, o Antonio teve participação quase em 100% das composições”.

Por ser o ‘cara novo da banda’, Antonio é a vítima preferida das brincadeiras de Heros Trech. “Ele está aprendendo. Tá certo que o cara não é nada perto de mim, mas dá pro gasto”, afirma Heros entre gargalhadas gerais, inclusive do próprio Antonio.

Este clima de descontração acaba contagiando e ajuda a suportar a demora de todo o processo de gravação do videoclipe.

25 anos e o futuro

Depois de seis anos sem lançar um disco, 2010 será importante para a banda por ser o início dessa nova etapa na carreira. Além do novo álbum, o Korzus passou por algumas reformulações administrativas e pretendem se dedicar fortemente na missão de levar a música do grupo para além das fronteiras brasileiras. Sem esquecer, obviamente, dos fãs que os apóiam há mais de duas décadas.

A banda não adiantou os planos da nova turnê, mas assim que “Discipline of Hate” estiver nas lojas o Korzus deve voltar para a estrada e outras novidades surgirão.

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MESSIAS NO TOP 10 DA ROLLING STONE: A música "Resilience", que abre o disco de estreia de Messias, aparece na quarta posição do TOP 10 da revista Rolling Stone Brasil. Antes mesmo do lançamento do disco, a faixa já circula pela audiosfera.

O que foi dito: 4º - "Resilience" – Messias - O músico baiano, líder da banda indie brincando de deus, lançou o ousado CD triplo Escrever-me, Envelhecer-me, Esquecer-me, no qual mistura indie rock, dub e electro-jazz. A maioria das faixas é cantada em inglês, como “Resilience”

SHOWS DE LANÇAMENTO: O lançamento do disco em Salvador está previsto para 15 de maio de 2010, na Igreja da Barroquinha. São Paulo (Studio SP, 19.05) e Belo Horizonte (A Obra, 20.05) serão as próximas cidades no roteiro de shows.
O ÁLBUM: O álbum está saindo em MP3 e CD. Em breve, ganhará versões em vinil e cassete, numa provocação aberta aos formatos. Precedido pelos singles "Resilience", "The machines are my family" e "God, if you can hear me", a estreia solo de Messias chega a uma versão final com Escrever-me, Envelhecer-me, Esquecer-me, um álbum triplo (para os formatos CD, vinil e cassete, e inteiro para download), num total de 32 faixas. Para adquirir o disco ou fazer o download das faixas, visite a comunidade de Messias em www.messias.art.br . O download é gratuito, mas você pode fazer uma doação pelas músicas através da comunidade.
A COMUNIDADE: o novo site de Messias - Para reunir os interessados em sua música, Messias criou uma comunidade, uma espécie de rede social própria. Textos, fotos, blogs e músicas já estão disponíveis. Além disso, os membros podem criar suas próprias páginas na comunidade.

http://messias.ning.com

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Entrevista com os Retrofoguetes

Fonte : Overmusica

Lançado em 2009 pelo próprio selo da banda, no Festival Abril pro Rock, "Chachachá", o segundo disco dos Retrofoguetes, mostra, principalmente, que a veia criativa da banda deu um salto de 2003 para cá, transcendendo o status "rock" e conferindo uma identidade própria ao som do trio.

O baixista CH Straatman gentilmente respondeu por e-mail às perguntas do Blog Over Música, confere aí.

"Chachachá" foi lançado pelo próprio selo, "Indústrias Karzov", como foi isso?

CH: Sim, resolvemos que seria mais interessante neste momento da carreira termos uma mobilidade maior sobre a nossa obra e cuidarmos de todas as etapas dos nossos lançamentos. Daí tivemos a idéia de fundar o nosso próprio selo, o Indústrias Karzov, decisão que tem nos trazido resultados muito positivos.

Vi também que ele está disponível no Portal Fora do Eixo. Qual o esquema de lançamento e distribuição que a banda optou, já que o disco anterior havia saído pela Monstro Discos?

Estamos trabalhando por etapas. Primeiro planejamos um lançamento nacional, na mesma época surgiu o convite para o Abril Pro Rock. Percebemos que estrategicamente seria uma boa ocasião para realizar esse lançamento, pois teríamos num mesmo lugar a presença de toda a mídia especializada, selos, artistas, jornalistas; e além do show que apresentaríamos, que é nosso melhor cartão de visitas, teríamos ainda oportunidade de bons negócios. Depois veio o lançamento local no Teatro Castro Alves em Salvador, que é um dos maiores teatros da América Latina, tem uma estrutura espetacular. Nesse show reproduzimos o disco fielmente à gravação, com participação de orquestra de sopros, marimbas, vibrafone, percussão, ukelele, etc. Essa produção foi super trabalhada, com cenário, iluminação, figurino e foi um sucesso, lotação máxima do teatro, algo em torno de 1500 lugares. Com relação a distribuição estamos promovendo algumas parcerias com selos, lojas de departamento, lojas de disco e livrarias, mas a maior parte da vendagem tem vindo dos shows. Os lotes tem se esgotado muito rápido, estamos pensando em expandir um pouco mais isso, devemos inensificar a promoção do disco nos próximos meses.

Falando ainda dos dois discos do Retrofoguetes, houve um intervalo considerável do primeiro para o segundo. Geralmente hoje quando as bandas têm seis ou sete músicas prontas acabam lançando via EP. Como foi o trabalho da banda em cima desse álbum, dos produtores até o lançamento em 2009?

Houve um hiato de cinco anos, mas nesse período trabalhamos em projetos especiais de gravação, como foi o caso do Maravilhoso Natal dos Retrofoguetes, onde fizemos releituras de clássicos natalinos em versões Surf Music/Rockabilly e que foi lançado em CD e em compacto vinil. No âmbito autoral foi bom porque tivemos mais tempo para amadurecer as composições, percebemos que estávamos compondo para outros instrumentos também e conseguimos trabalhar melhor nossos timbres. O disco teve a produçãode andré T e Nancy Viegas.

E se você fosse comparar sonoramente os dois discos da banda, o que destacaria?

Levando-se em conta toda a bagagem que adquiriram tocando por aí... Sem dúvida, Maldito Mambo! foi um grande passo dentro da nossa música. Contamos com a ajuda do maestro Letieres Leite na condução dos arranjos de sopro e foi bastante desafiador compor pra uma orquestra. Inclusive recebemos com essa música o prêmio de melhor arranjo no Festival de Música da Rádio Educadora, que é um prêmio muito respeitado entre os músicos e artistas locais. No geral é um disco de múltiplas facetas e passamos a investir na sonoridade Retrofoguetes, o que significou que poderíamos fazer qualquer coisa mantendo nossas características, algo que creio ser buscado por 9 entre 10 bandas, mas nem todas o fazem com êxito.

Atualmente existe uma cena forte nacional de bandas instrumentais, evidenciada até por um prêmio à categoria criada pelo VMB. Na época em que o Retrofoguetes começou a tocar, como era? Que bandas instrumentais do País vocês estão ouvindo?

Não tínhamos referências nacionais para a música que fazíamos, naquele momento outras também começavam sua trajetória. Claro que sempre houve a música instrumental brasileira, com caras sensacionais como Hermeto Pascoal, Dominguinhos, Sivuca, Armandinho, Lanny Gordin e muitos outros, mas falando num segmento de música independente não víamos muita coisa no rock instrumental, era coisa rara. Cito o Pata de Elefante e os Dead Rocks, tanto como bandas que começaram ali, no mesmo período que a gente, como também sendo bandas que tenho escutado. A criação de uma categoria instrumental no VMB indica que estamos no caminho certo, todos crescendo e desenvolvendo essa nova cena.

Dos festivais nacionais que a banda tocou, qual você acredita ter feito realmente diferença para alavancar a carreira do grupo?

Abril Pro Rock, Festival DoSol e Goiania Noise foram bastante significativos, mas existem muitos outros que agregaram valor a nossa carreira... O importante dos festivais é que eles abrem inúmeras possibilidades na carreira de um artista, desde o intercambio cultural à expansão dos negócios dentro da música.

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Fonte: Overmusica

Há vários indícios de que uma das principais tendências atuais da década, inclusive no Brasil, parece ser o rock instrumental. Dessa vez, a pedrada surgiu da capital baiana, Salvador. Na verdade, não é apenas uma pedrada, são duas: além de duas guitarras e do baixo, Vendo 147 têm dois bateristas (!), que dividem o mesmo bumbo. Claro, os ouvidos aplaudem.

O EP de estréia, lançado a menos de três meses (julho/09) está disponível no MySpace, também para download, são apenas quatro faixas que confirmam a principal proposta da banda: tocar rock ´n roll, honesto, puro. O download pode ser feito também no acervo da Reverb Brasil; uma de suas músicas, "Hell", é tema de um vídeo de surf, sem falar dos convites para tocar em palcos renomados, como A Obra (MG) e no Festival Do Sol (RN).

"Você vai ouvir falar muito dessa banda" - as palavras não são minhas, mas de Dimmy, um dos bateristas do Vendo 147, que gentilmente respondeu, por e-mail, a entrevista a seguir.

OverMúsica: Eu li no release da banda no myspace que se trata de uma "importação" fazer rock com 2 baterias. Quando e onde foi que vocês tiveram a idéia de montar uma banda com essa proposta?

Dimmy: Na verdade eu toquei com uma banda da Suíça chamada The Monsters, em uma turnê que eu fiz com o Honkers em 2003. Foram 3 shows, o suficiente pra poder analisar como a coisa funcionava, eu achei aquilo a coisa mais sensacional do mundo e pensei comigo mesmo: "um dia vou montar uma banda com um clone", até que eu ouvi e vi a Vendo 147 e propus pros caras pra usarmos o clone drum; no início eles acharam que não ia rolar, mas depois do primeiro ensaio ficaram super animados. Mas era só um projeto e não levamos a sério; esse ano que resolvemos levar isso a sério e eu me senti meio que na obrigação de divulgar o clone drum pro Brasil.

Não é de hoje que os integrantes trabalham e fazem rock na Bahia. No caso do Vendo 147, a banda carrega algum elemento "baiano" nas composições?

Total, só o fato de termos dois bateristas na banda ja é mais que uma prova da baianidade da coisa, a bateria é um dos elementos da percussão, ou seja, temos dois percussionistas na banda! Uma outra novidade é que vamos começar a utilizar uma guitarra baiana, que foi desenvolvida pelo Elifas (luthier de Aracaju que fabrica guitarrras bainas), Pedro, um dos guitarristas virou endorse dele e vai usar uma guitarra baiana modelo Les Paul (é sério) com captação direcionada pro rock. Quer mais baianidade do que isso?

Como foi que surgiu essa idéia de usar a guitar baiana e esse contato com o luthier? Fiquei curioso pra saber como seria a "cara" dessa guitarra.

Na verdade Pedro sempre teve a intenção de usar uma guitarra baiana na banda, quando fomos tocar em Aracaju, veio a idéia de visitar a fábrica do Elifas (o luthier) e nessa visita os caras levaram um material da banda e na conversa foi acordado um endorse, o Luthier gostou da idéia e resolveu abraçar a coisa. Como Duardo desenha e cria a nossa arte, ele desenhou uma guitarra que ficou num formato de Les paul e mandou pro Luthier desenvolvê-la, guitarra essa que em breve o mundo irá ver. Hehe

Mesmo ouvindo o EP completo dá vontade de ouvir outras músicas da banda. Vocês estão produzindo mais?

Nós gravamos esse ep, lançamos virtualmente e em formato físico pelo selo Big Bross records, acabamos de disponibilizar o clipe de uma de nossas musicas (Hell) no youtube e estamos cumprindo alguns shows que estavam agendados há algum tempo e depois da nossa tour pelo nordeste em novembro, vamos começar a pré produção do nosso primeiro disco cheio.

E quais os planos (ou diretrizes) da banda? Já existe contato ou interesse de algum outro selo?

Nossa pretenção é compor trilhas pra cinema, teatro, comercial... essa sempre foi a nossa maior pretenção, enquanto banda, o que queremos mesmo é circular por aí, mostrar o nosso trabalho pro maior numero de pessoas e cidades possiveis e tocar nos festivais que existem pelo país, que aliás, cada dia tem aumentado. Sobre o disco, existe contato, existe interesse, mas temos que primeiramente compor as músicas, depois entrar no processo de produção, gravar, mixar, masterizar e aí sim ver como isso pode ser distribuido e divulgado pra que todo mundo possa consumir esse produto (a música).

O que você faz além da banda?

Vou citar todos os integrantes, até porque eu geralmente respondo as entrevistas por ter um tempo mais tranquilo do que os outros membros da banda: Eu (Dimmy) sou portuário, trabalho no porto de Salvador. Glauco Neves é técnico de audio, trabalha no laboratório de audio da Unifacs e é técnico de som de um estúdio, além de ter uma produtora de audio e vídeo. Duardo Costa é diretor de arte e trabalha na SLA. Pedro Itan é engenheiro eletricista e trabalha na área. Caio Parish é estudante de fisioterapia da Ucsal.

E de onde vem o nome do grupo e essa idéia de usar máscaras e avental?

Bem, sobre o nome da banda: Glauco gravou umas músicas em 2006 e criou uma página no Trama Virtual e pediu pro amigo de trabalho Eduardo Penna (ex-vocalista da Los Canos) pra ele dar um nome pra ele colocar no projeto, porém Penna tava vendendo um carro e estava lendo o anuncio que iria colocar no jornal, lendo em voz alta: "Vendo 147, ano tal, cor tal.." e Glauco disse, "perfeito"!, gostei desse nome aí, Vendo 147, Penna que estava desligado perguntou o que estava acontecendo, que não tinha falado nome nenhum e tals, e acabou ficando esse nome aí. Sobre Avental, isso foi usado na época que era só um projeto, quando tocávamos quase nada, tipo uma vez por ano. Esse ano quando resolvemos levar a coisa a sério, virar banda de verdade, resolvemos não usar os aventais e usar sim as máscaras, mas todos usarem máscaras que seriam desenvolvidas com exclusividade pra banda.

Falando em exclusividade, aquele logo que tem nas camisetas da banda, foi algum integrante que fez?

Toda a arte da banda é feita por Duardo Costa.

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