Fonte: Blog do projeto
Mais uma cebolada! Esta edição não foi muito diferente das outras, mas o evento sofreu mudança entre algumas bandas, pois a Finitude não chegou apresentar seu show, seu baterista sofreu um corte na mão impossibilitando de tocar. A banda Aliquid, no entanto, os substituiu à altura. Já a Mundo Básico decidiu marca seu show para outra data da Cebolada. Fora a chuva e alguns corre-corres e tropeços, o rock persistiu a chispar.
Montamos uma estrutura diferente pra essa Cebolada, dois palcos, sendo que um perto do bar, outro na boate (Tradicional). O objetivo dessa mudança é simples: dar ao público menor tempo possível de uma banda para outra, mas isso não ocorreu, devido a energia da boate, mais uma vez deixou os fuzis torrados.
O show começou lá pelas 22h00 com a banda Conexão HC, com duas guitarras e um baterista muito louco, surpreendeu quem estava presente, hard core seco com tempero azedo, mas de muita qualidade, com um vocal dilacerante e sua guitarra nervosa junto a pequenos solos e distorções as duas guitarras definiam bem sua sonoridade, e seu baterista com uma pegada totalmente HC não teve pena da batera e mandou ver, estavam ensaiados e concentrados e fizeram um show de 45 minutos. É claro que estão começando e tem muito aprender com a música, mas bola pra frente galera e bons ensaios (Valeu Dré pela força).
A segunda banda foi a Motoroll. Fizeram um show com algumas canções da autoria da banda e algumas músicas do Matanza, a galera curtiu, quebrou o pau, alguns já estavam bêbados pelos cantos da boate, outros ficaram de longe presenciando o espaço ou fingindo curtir o show, a banda não deixou a peteca cair e mandou brasa. Muito boa, com duas guitarras um contra baixo e batera, estavam ensaiados e fizeram um show do caralho.
A noite encerrou com a banda Aliquid, com uma apresentação sensacional. Também com duas guitarras, além de teclado, contra baixo e um batera de altíssima qualidade. Fechou a noite com brilho. O vocalista vai dos agudos aos médios e graves em uma qualidade bem definida em tom, semi-tons, com oitavas, ou quintas justa, fez um show com muita simplicidade e vontade, a banda estava voltando aos shows, e fizeram na CEBOLADA um show de descontração e divertimento entre a banda e o publico presente, um contra-baixista de muita qualidade, técnicas e velocidade impressionante, duas guitarras falantes em solos, em notas, arpejos, nota-se harmonia e dinâmica e sintonia, velocidade e competência e muita simplicidade no que faz, o baterista impressionante, deu seu show a parte de solos duplos traduzidos em pedais e surdos, pratos, caixa, tudo bem definido ao seu espaço de musica mínimo entre contra-baixo e guitarras, ao fundo o suspiro das notas metaleiras de um teclado, dando um tom de mistério macabro formando a Aliquid. (Valeu Felipe pela força).
Continuamos botando tempero na Cebolada, querendo alguma coisa que não sabemos o que é, talvez falte comunicação, ou talvez cause irritações sonora para alguns, o importante para a Cebolada não é o ego de cada um que compões a equipe, mas sim a música que está na alma. Fazemos o movimento porque gostamos, sem objetivo de lucro, ao contrario, temos alguns prejuízos, simplesmente não temos que dar satisfação ou ter aprovação de alguns para fazer acontecer. Enquanto uns falam mal, outros trabalham para dar continuidade à Cebolada. Se um dia acabar é normal, é lógico, nada dura pra sempre, é a lei natural das coisas. Sei que estamos incomodando algumas pessoas, por motivos ainda desconhecidos, mas vamos continuar com nossa cebola e sal grosso, e nos divertindo com muita cerveja e muito rock and roll.
Nota: A matéria, originalmente, não é assinada
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