sexta-feira, 30 de abril de 2010
plastique noir no Abril pro rock - os Bastidores
Airton S., vocalista da plastique noir, deu uma esclarecida sobre os problemas técnicos que a banda enfrentou no show do Abril pro rock na comunidade deles no orkut. Apesar dos pesares, o que importa é que no final das contas parece que deu pra todo mundo se divertir, como atesta a foto acima do grande Marcio Mazela em boa companhia ...
Abaixo, a reprodução do texto do orkut na íntegra:
(Sobre os problemas técnicos no show do Abril pro rock) : " Bom, já que a o "quente" do episódio passou, agora me sinto mais confortável pra falar sobre ele sem que, sei lá, alguma eventual reclamação nossa aqui ou em outras páginas pudesse soar como mal-educação ou mal-agradecimento nosso aos olhos do festival.
Depois de uma viagem relativamente confortável, chegamos em Recife com sangue no olho pra destruir tudo, conforme costumamos fazer em 99% dos casos pelo Brasil afora.
Saímos do ônibus direto pra van do festival que nos levou, ainda de manhãzinha, pro Centro de Convenções. Íamos passar o som. Chegando lá, o brother Zeca Viana ainda nem tinha começado a passagem dele! Já estava tudo atrasado havia mais de uma hora. Já senti que as coisas não estavam indo bem. Mas beleza.
Começou a passagem. Não tinha o case que eu pedi como suporte. Estava bem claro isso no nosso rider e mapa de palco, que tem 4 páginas. No Calango, esse case já estava no nosso palco como que por mágica (mágica não, claro: eles são organizados e leram todo o documento). mais problema: nosso sampler estava com um som bem baixo, o que não é normal. Eu ia e voltava do palco pra mesa várias vezes pra saber o que estava acontecendo. O técnico disse que eu devia aumentá-lo no máximo porque o volume da mesa dele não ia mais além. Porra, uma mesa profissazaça, zilhões de canais? Mas vá lá, pus o sampler no máximo, coisa que não costumo fazer. O resultado disso era óbvio: som "mastigado". Mal se ouvia a caixa da bateria. Aos trancos e barrancos, chegamos a um resultado mais ou menos ok. Voltamos pro hotel.
À noite, já no palco, começamos a montar nossas coisas. A desorganização era completa! Pra vocês terem uma idéia tinha uns 3 caras só pra montar o tripé que segurava nossa guitarra reserva, enquanto eu berrava do outro lado precisando de ajuda pra identificar quais seriam as minhas direct boxes. Alguns dos técnicos se desentendiam, gritavam uns com os outros. Bizarro.
Começou o show. Phantom In My Stereo estava 80% ok, deu pra tocar. Aí vem Imaginary Walls. Então, inesperadamente, apareceram BAIXO E GUITARRA ALTÍSSIMOS NO MONITOR. Sem razão alguma para isso. Ninguém pediu pro cara aumentar, nenhum sinal, nada. Inclusive, nós nem precisamos de guita e baixo nos spots, o retorno simples dos amps sempre são o suficiente pros meninos se ouvirem. Parei a música nos primeiros segundos e eu e Danyel saímos dando esporro geral. O cara da mesa acordou pra vida e o resto do show foi 80 a 85 % decente.
Descemos do palco e veio feedback dos fãs, sempre muito positivo. Tinha nego dizendo que foi o melhor show que já viram. Mas sabe como é, às vezes a gente curte muito uma coisa e não percebe certas coisinhas que realmente acontecem ali, no meio do processo técnico. Por isso um ouvido treinado como o do Adelvan vem a calhar, porque a gente pode analisar as situações com um rigor mais profissional que, no nosso caso, sempre exigimos ao máximo de nós mesmos.
Eu dei nota 8,5 ao show. Do meio pro fim, acho que a gente foi se encontrando legal. Agora, do festival em si, eu esperava mais. Bem mais. Público muito numeroso, bandas fodas, receptivo muito carinhoso, mas a organização deixou um pouco a desejar. Não vi quase nenhuma imprensa, também. Mas é isso. Ganha-se num dia, perde-se no outro - e nesse caso, nem achei que foi uma perda completa, como a resenha do nosso camarada aí aponta bem. Como currículo, foi mais do que excelente, vai somar muito pra gente daqui pra frente. Agora é seguir adiante. "
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