sábado, 4 de maio de 2013

1 Ano sem Adam Yauch, dos Beastie Boys

O texto abaixo foi publicado na edição 69, junho/2012, da revista Rolling Stone Brasil, no mês seguinte à morte de Adam Yauch.


por Brian Hiatt | Tradução: Ligia Fonseca

Ele tinha ido tão longe, feito tantas coisas, desempenhado tantos papéis ao longo do caminho. Mas até nos últimos meses de sua vida curta demais, Adam Yauch continuou a todo vapor. Punk adolescente, brincalhão semimalicioso, atirador de ovos, baixista subestimado, o primeiro rapper branco com credibilidade do mundo, endiabrado entornador de cerveja, maconheiro, consumidor de ácido, esquiador, skatista e praticante de snowboard, budista, feminista, ativista pelo Tibete, amigo do Dalai Lama; diretor de videoclipes e documentários, distribuidor de filmes independentes, vegano, marido, pai – ele era tudo isso. “Se houvesse uma palavra para descrever o Adam, seria ‘evoluído’”, diz Matthew Allison, um dos amigos mais antigos. “Ele sempre levou as coisas mais longe, a um nível que nunca se esperava.”

Poderia ter sido suficiente ser apenas “MCA”, o mais determinado e musicalmente proficiente rapper do Beastie Boys – o trio de Nova York que alterou o curso da música popular e definiu o que era legal para uma ou duas gerações de moleques. “Yauch estava no comando”, diz o companheiro de banda Adam “Ad-Rock” Horovitz, talvez pela primeira vez. “Tinha aquela motivação a mais nele, de ver as coisas claramente.”

Sempre houve espaço para mais uma encarnação. Nos últimos anos, em meio aos tratamentos para o câncer nas glândulas salivares que se espalhou e acabou tirando a vida dele, em 4 de maio, Yauch começou a andar a cavalo. Se você está procurando uma imagem final de Adam Yauch, aqui está: magro, de barba branca, um chapéu de caubói cobrindo os cabelos grisalhos. Ele engancha suas botas nos estribos, segura as rédeas e cavalga por campos vastos, verdes e tranquilos em uma fazenda no interior do Tennessee.

A fazenda pertencia a Sheryl Crow, sobrevivente de câncer que fez uma amizade improvável com Yauch depois que ele começou a ligar pedindo conselhos sobre a doença (eles se conheceram em uma turnê de incentivo a votos nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2008). Yauch encontrou um centro de tratamento avançado em Nashville capaz de atingir geneticamente seu câncer, e perguntou a Sheryl onde poderia ficar – ela ofereceu seu próprio complexo de 62 hectares, a 45 minutos da cidade.

Sheryl tem uma lembrança vívida da primeira noite em que Adam apareceu ali, chegando de Nova York. “Eu esperava ver alguém muito fraco e pálido”, conta. “Só que ele parecia muito radiante, tão leve quanto a pessoa mais desperta que já encontrei. Teve muita esperança até o fim, acho. Sempre estava pendendo para a iluminação. Sempre esteve em linha com sua busca por serenidade, paz e compreensão. Eu amava isso nele. Aqui estava um dos Beastie Boys, e era uma das pessoas mais sábias que conheci.”

Com a esposa, Dechen, e a filha, Losel, frequentemente por perto, Yauch usou o rancho de Sheryl como um refúgio. Cozinhava pratos veganos (seu molho pesto sempre fez sucesso), levou para ela uma cópia de Country Mike’s Greatest Hits, o infame projeto country nunca lançado do Beastie Boys, brincou com os dois filhos dela e até se ofereceu para tocar baixo em seu disco de country. Em algumas de suas últimas aparições públicas, Yauch usava com orgulho um enorme chapéu de caubói.

Em novembro, ele se sentia fraco: tinha parado de atualizar os fãs sobre o progresso da doença, e alguns amigos não tinham notícias suas. No entanto, ligou para os parceiros Adam Horovitz e Mike “Mike D” Diamond e os chamou para se juntarem a ele no estúdio para as últimas sessões de gravação do Beastie Boys. “Foi bom para ele”, conta Diamond. “Estava fazendo um tratamento que provavelmente o deixava mal, e estar ativo e se sentindo envolvido era algo que o fazia bem – e ele podia estar perto de pessoas para as quais conseguia demonstrar que não estava legal.”

Atualmente aposentado, o pai de Yauch era um arquiteto com pendor artístico; a mãe dele trabalhava para o Conselho de Educação de Nova York. Eles criaram o único filho em um sobrado elegante e modernista no agora bairro chique, mas na época em transição, de Brooklyn Heights.

Yauch nunca foi um aluno aplicado e, aos 14 anos, mudou de uma pequena escola particular para uma instituição pública enorme no coração do Brooklyn. Quando entrou no ensino médio, ele e os amigos descobriram o punk – e logo o então garoto começou a se vestir como um. Espetava os cabelos (mais tarde, simplesmente os raspava), calçava coturnos e usava um sobretudo com o título da música “White Riot”, do Clash, pintado nele.

O visual foi incorporado suficientemente bem para seu futuro colega de banda Adam Horovitz ficar muito impressionado ao vê-lo pela primeira vez, em uma loja de discos. “Fiquei olhando para ele, pensando ‘É assim que devemos nos parecer’. Ele estava com raiva, era um moleque arruinado.”



Em um show do Bad Brains, quando tinha 16 anos, Yauch conheceu Michael Diamond, um “garoto punk incrivelmente esquisito”, como ele próprio se descreveu, e mais novo – e ficaram amigos na hora. “Depois daquele momento, todo fim de semana era ‘Que show vai ter?’, ou íamos dançar no Rock Lounge ou no Danceteria”, lembra Diamond. “Adam realmente me ensinou tudo, como fazer os botões para minha jaqueta. Era muito bom em me ensinar como falsificar documentos para entrar nos shows. Era uma habilidade importante! Até naquela época ele já tinha foco.”Com suas batidas de reggae e grooves acelerados, o Bad Brains era intimidante – era difícil para Yauch se imaginar tocando tão bem. Só que, um dia, ele e Diamond foram a um show no Peppermint Lounge do bem mais primitivo Black Flag, da Califórnia. “Foi a primeira vez que vimos gente fazendo mosh, pulando do palco”, conta Diamond, que já tocava em bandas com outro amigo, John Berry. “Depois daquele show do Black Flag, Yauch foi para a casa do John e disse: ‘Ok, vamos formar uma banda e vocês dois estão nela’. Era a mesma energia de sempre – aquele foco e a capacidade de nunca aceitar ‘não’ como resposta, de desejar que algo acontecesse.”

A versão inicial hardcore do Beastie Boys ganhou fãs locais e gravou um EP; mais tarde, Horovitz substituiu Berry na guitarra. No entanto, o som do hip-hop estava presente em todos os clubes do centro, e os Beasties o achavam ao menos tão empolgante quanto o punk. A linha entre os dois gêneros era estranhamente permeável: uma noite, em um rinque de patinação, eles e outros garotos punk se juntaram para assistir ao documentário The Great Rock ’n’ Roll Swindle, sobre o Sex Pistols – e ficaram até mais tarde vendo os ensaios do Rock Steady Crew, um dos primeiros grupos de b-boys, no mesmo local.

“Crescemos ouvindo discos de rap”, conta Horovitz. “Então dissemos: ‘Dane-se, por que não tentamos para ver o que acontece?’”

Foi “Cooky Puss”, um single divertido construído em torno de uma linha de baixo e um trote telefônico para uma sorveteria que abriu as portas – embora parecesse mais um protótipo do grupo de comédia Jerky Boys do que hip-hop de verdade. Rick Rubin, estudante da NYU e conhecido da cena hardcore, ouviu possibilidades no single e começou a insistir para que o Beastie Boys largasse os instrumentos e formasse o primeiro grupo branco de rap. “O hip-hop, naquela época, soava mais original do que o punk rock que todos escutávamos”, diz Rubin, que foi DJ do grupo por um curto período de tempo e ajudou a expulsar a baterista Kate Schellenbach da formação.

A conexão com Rubin levaria a um contrato de gravação com seu selo Def Jam, que estava em crescimento. Tudo funcionou melhor do que qualquer um esperava: Licensed to Ill, lançado em novembro de 1986, foi o primeiro disco de hip-hop a chegar ao número 1, vendendo quatro milhões de cópias em um ano, muito mais do que qualquer álbum de rap ou punk tinha conseguido até então. Os vídeos deles não passavam despercebidos, especialmente o alegremente grosseiro “(You Gotta) Fight for Your Right (To Party!)”.

Mas quando eles acabaram a turnê para promover o álbum, o sucesso deixou Yauch se sentindo preso em uma gaiola – da mesma forma que as garotas que dançavam no palco todas as noites.

Um vídeo dos bastidores da turnê captura o tipo de comportamento que Yauch depois passaria anos para apagar: ele atira latas cheias de cerveja contra a parede do camarim e agarra uma fã depois de autografar seu peito. “É a coisa mais incrível que já senti”, diz com falsa empolgação, fazendo careta para uma câmera. Não foi seu melhor momento. Só que, em 1987, os Beastie Boys estavam tão perdidos em seus novos personagens que imortalizaram o incidente – junto com a visão de outras garotas sendo encharcadas de mel, chantilli e cerveja. “Todo mundo passa por essa fase quando está na faculdade e age como um idiota bêbado”, afirmou Yauch em 1997. “Só que a nossa está à venda na videolocadora.”

Yauch se divertiu no começo – possivelmente até tendo um caso com Madonna durante a turnê da cantora na qual o trio foi uma banda de abertura ridiculamente inadequada. “Daqui a cinco anos, posso estar vendendo carros usados”, ele disse na época a um repórter. “Realmente não me importo, porque estou me divertindo muito agora”. Só que isso não durou muito.

Enquanto os dois anos da turnê se passaram, eles ficaram mais famosos e tudo dava cada vez mais errado: uma passagem pela Inglaterra se tornou um desastre cheio de escândalos; eles assistiram a uma proposta para um filme degringolar, o que ajudou a levar a um rompimento catastrófico com a Def Jam e a um demorado processo na Justiça.


Yauch estava bebendo demais, e amigos dizem que, quando a banda acabou a turnê de Licensed to Ill, no final de 1987, ele estava convencido de que o Beastie Boys iria se separar. “Adam me disse: ‘Nunca mais volto para o Beastie Boys – já chega. Não vou mais fazer isso’”, conta Tom Cushman, amigo dele na década de 80.

Yauch voltou para casa e fez uma tentativa séria de formar uma banda de rock que chamou de Brooklyn, com Cushman e membros do Bad Brains e do Murphy’s Law, um grupo hardcore de Nova York. Horovitz viajou para rodar um filme e ficar em Los Angeles com a namorada, Molly Ringwald.

“A reação instintiva foi nos afastarmos o máximo possível dessa coisa que estava nos enlouquecendo”, diz Diamond. “Só que, de alguma forma, conseguimos nos encontrar.” Alguns meses depois, eles se reuniram em Los Angeles, com um novo contrato – e lentamente começaram a trabalhar no que acabaria sendo sua obra-prima.

Pouco depois de se mudar para Los Angeles, Yauch conseguiu uma grande quantidade de ácido líquido. Rapidamente decidiu consumi-lo, frequentemente enquanto esquiava, junto com o que Aura Walker, ex-namorada dele, lembra ser “uma quantia enorme de erva”. Por um tempo, as viagens intergalácticas de Yauch trabalharam a seu favor. Primeiro, sua expansão mental o abriu às possibilidades psicodélicas dos samples em muitas camadas – o que definiu o som do impressionante segundo álbum do Beastie Boys, Paul’s Boutique. Segundo Diamond, “a experiência com ácido lhe deu a habilidade de ver, tipo ‘Uau, isto é ótimo, aperte play em tudo ao mesmo tempo’. Mudou a cabeça dele o suficiente para ver isso – e foi uma influência importante naquele disco, com certeza”. Ele também começou a ler a Bíblia e a levar a espiritualidade mais a sério.

Embora hoje seja considerado um clássico absoluto, Paul’s Boutique foi um fracasso comercial, chocando os Beasties e sua nova gravadora, Capitol, que tinha acabado de lhes dar um adiantamento de US$ 750 mil. A banda usou o que restou do dinheiro para construir seu próprio estúdio em Los Angeles, e, enquanto vasculhava possível material para um terceiro álbum, percebeu que relutava em fazer rap – parcialmente porque se sentia deslocada com a mudança na cena do hip-hop. Em vez disso, os três voltaram aos instrumentos, gravando jams infinitas por um ano e meio. Foi Yauch quem os impulsionou a continuar com aquilo, gravando o rap “Jimmy James” sozinho com o produtor brasileiro Mario Caldato Jr. “Depois daquilo, enlouquecemos e as faixas começaram a fluir”, diz Caldato.

Enquanto os Beasties trabalhavam no que se tornaria Check Your Head – o primeiro álbum deles construído em torno do rap e de músicas ao vivo –, Yauch e a então namorada, a atriz Lisa Ann Cabasa, viajaram para a Índia. “A curiosidade dele lhe disse que precisava ir para lá”, relembra Caldato. “Aquilo parecia atraí-lo. Quando voltou, começou a usar roupas diferentes, deixou a barba crescer e mudou de dieta. Durante Paul’s Boutique, jantávamos no Lawry’s Prime Rib toda noite, mas durante Check Your Head, ele virou vegetariano.”


Na mesma época, ele começou a visitar um curandeiro holístico em Los Angeles chamado Quentin Rodemeyer, que o ajudou a largar as drogas e o álcool, e a encontrar maneiras de entrar em contato com sua energia espiritual sem maconha ou ácido. “Ele simplesmente estava pronto para fazer algumas mudanças”, diz Rodemeyer, “e mergulhou naquilo com coragem, força e dedicação para mudar de vida. Acho que tinha uma sensação de que precisava crescer para além de onde estava.”

Em 1993, Yauch voltou ao Oriente e visitou o Nepal, onde conheceu budistas tibetanos no exílio que lhe ensinaram sobre a religião e a delicada situação política do lugar. Suas crenças pareciam congruentes com as ideias que ele ouvia de Rodemeyer – e em 1996, Yauch começou a se considerar budista.

Em Check Your Head e, especialmente, Ill Communication – o álbum que restabeleceu totalmente a influência comercial do Beastie Boys –, Yauch levou a banda em direção a mensagens mais positivas. “Eu e Adam Horovitz não estávamos totalmente à vontade com aquilo”, diz Diamond, sobre a missão recém-descoberta de Yauch. “Precisamos nos acostumar. Mas todos nós também sentimos aquilo. Não foi como se ele estivesse sozinho.” O fato de Yauch sempre manter o senso de humor intacto também ajudou. Um imitador talentoso, admirava Peter Sellers e Monty Python tanto quanto seus heróis musicais – e não via conflito algum entre sua nova religião e seu pendor para coisas bobas.

Quando o Beastie Boys foi uma das principais atrações do festival Lollapalooza, em 1994, Yauch trouxe um grupo de monges tibetanos para a turnê de dois meses. Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins, se lembra bem da ocasião. “A vibração inicial era, sabe, são os monges do Yauch – o que quer dizer aquilo? Só que ele tinha uma reverência real por eles.” Corgan foi um dos poucos músicos da turnê a realmente falar com os monges e, afirma, essas conversas o levaram ao despertar espiritual que mais tarde o salvaria do desespero suicida.

Yauch havia sampleado vocais de outros monges tibetanos em Ill Communication e decidiu destinar os royalties das músicas em questão para a causa tibetana. Formou uma instituição beneficente chamada Milarepa Fund para esse fim – mas ela rapidamente se transformou em algo muito maior. Logo, Yauch estava organizando os shows do Tibetan Freedom Concerts, com o objetivo de conscientizar sobre a ocupação opressiva da China no Tibet.

Enquanto isso, ele estava se aprofundando o suficiente no budismo para considerar uma vida de celibato, mas um dia conheceu uma aluna tibetano-americana de Harvard chamada Dechen Wangdu – e se casou, em uma cerimônia alegre e multicultural que combinou rituais tibetanos com uma banda de casamento formada por integrantes do Rancid. O casal teve uma filha, Losel, em 1998. “No minuto em que conheceu Dechen, acho que decidiu que passaria o resto da vida com ela”, diz Cey Adams, amigo de longa data dos Beasties. “E, se você quer ver o melhor de Adam Yauch, olhe para uma foto dele com a filha.”


O Beastie Boys fez o que acabou sendo o último show em 12 de junho de 2009, para milhares de fãs no festival Bonnaroo. A última música foi uma versão animadamente descuidada, quase desastrosa, de “Sabotage”. Saindo do festival, a garganta de Yauch o estava incomodando, mas todos culparam a poeira do lugar. Em menos de um mês, ele avisou Diamond e Horovitz por telefone que tinha sido diagnosticado com câncer nas glândulas salivares. “Vou ficar bem”, garantiu.

Algumas pessoas na vida de Yauch, como o proeminente budista e ativista Bob Thurman, imploraram para que ele evitasse totalmente a medicina ocidental. No entanto, fez tratamentos convencionais e não-ocidentais, e continuou muito otimista durante os três anos da batalha. Mesmo nos piores momentos da doença, manteve seu entusiasmo pelo absurdo – escrevendo, dirigindo e produzindo, em 2010, um vídeo longo do Beastie Boys recheado de astros (Will Ferrell, Seth Rogen) e baseado em uma luta profundamente ridícula entre a banda na era de Licensed... e uma versão futura dos integrantes.

Em abril do ano passado, Yauch estava suficientemente bem para o Beastie Boys lançar um novo álbum. Hot Sauce Committee, Pt. Two era uma versão alterada do álbum que a banda tinha finalizado pouco antes do diagnóstico de Yauch e o primeiro lançamento desde 2004. No entanto, uma nova turnê nunca esteve em consideração. “Só queria que o Adam melhorasse”, diz Horovitz. “Minha esperança era de que só gravássemos quando fosse divertido e ele se tornasse um grande diretor de cinema.”

Yauch estava tão constantemente otimista que os colegas de banda nunca realmente consideraram a possibilidade de ele perder a batalha. “Do jeito mais bonito possível, ele enganou a todos nós”, diz Diamond. “Nunca realmente considerou que morrer de câncer era uma opção, de verdade. Por causa disso, não consideramos que essa era uma opção.”

Em abril deste ano, o câncer tinha se espalhado. Enquanto Mike D e Ad-Rock viajavam para Cleveland para a indução do Beastie Boys ao Hall da Fama do Rock, Yauch era internado no Cornell Weill Medical Center, em Nova York, onde passou as últimas semanas de sua vida, cercado pela família. Logo após a morte dele, monges em mosteiros de todo o mundo começaram a cantar para facilitar a passagem de sua alma – fizeram isso a cada sete dias, durante sete semanas. Mais perto de casa, depois de um velório pequeno para a família, amigos como Michael Stipe, Ben Stiller e Jack White se reuniram na cobertura de um hotel no centro da cidade para uma noite de celebração da vida.

Horovitz e Diamond não fazem ideia do futuro musical do Beastie Boys. “Estou totalmente confuso”, diz Horovitz. “Totalmente entorpecido. Vou andar com meu cachorro e começo a chorar no meio da rua. Não sei o que fazer. É uma droga.”

Só que Diamond consegue imaginar seu velho amigo os impulsionando uma última vez. “Acho que Yauch realmente iria querer que tentássemos algumas coisas doidas que desejávamos fazer, mas nunca fizemos”, diz, em sua casa no Brooklyn, a apenas seis quarteirões de onde Yauch passou a infância. Ele se anima, como se ouvisse a voz familiar mais uma vez. “Ele diria: ‘Isso é exatamente o que vocês deveriam estar fazendo agora’.”

ORIGINAL AQUI

#

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário