por Adolfo Sá (Viva La Brasa): Elvis Aaron Presley bateu seus blue suede shoes em 16 de agosto de 1977, aos 42 anos. Em apenas 21 anos de carreira lançou 59 registros, entre EPs e LPs, e até hoje é o artista solo c/ mais hits nas paradas e detém o recorde de vendas c/ 1 bilhão e ½ de discos vendidos em todo mundo. Fez várias turnês pelos EUA e tocou tanto em Las Vegas que tem sua imagem associada à cidade, apesar de ser de Memphis, Tenessee. Rei do Rock e um dos maiores pop stars de todos os tempos, The Pelvis só fez 1 show no exterior – em 1957 no Canadá. Sua única apresentação na Europa foi ao serviço militar obrigatório, que cumpriu na Alemanha de 58 a 60. Nada de rock’n’roll.
Talvez por causa disso, o finado tenha decidido sacudir a poeira das lantejoulas e desabotoar sua 'jumpsuit'. Desde 2004, Dead Elvis trocou Disgraceland por Amsterdamn e voltou a gravar singles em vinil, desta vez como ‘one-man-band’, cantando, tocando guitarra e bateria. Sozinho. Existe toda uma cena de monobandas, como são chamadas as bandas de um-homem-só. A mais conhecida delas é The Legendary Tigerman, de Portugal. Na América latina esse estilo 'faça-você-mesmo' é representado pelo mexicano El Monstro, o uruguaio Amazing One Man Band e os brasileiros Chuck Violence, Lendário Chucrobillyman e The Fabulous Go-Go Boy from Alabama, entre outros.
“Roger Duran não tem mais onde equilibrar os instrumentos”, escreveu Marcelo Naddeo na Trip. “Os braços estão ocupados com a guitarra e o pandeiro meia-lua; os pés com o bumbo, a caixa e o chimbau; a boca com a gaita e a corneta. Ele detona seu garage rock enquanto uma moça de shortinho e top sobe no palco. Sob o som daquela podreira ela tira a blusa, o short, o sutiã e a calcinha.” Duran é o X-Treme Blues Dog, mais um homem-banda: “As meninas entram no fim e dá aquele clima de que elas estão na platéia. Não é um show erótico, mas sim uma intervenção artística. Ela pode soltar a franga e ficar peladona. A galera, em geral, se encontra no show e sai pra dar uma. O pornô imita a realidade.”
A cena é alternativa e o formato é o mais independente possível – os caras não dependem de ninguém p/ tocar. Rola até o Dia Internacional das Monobandas, 29 de abril, homenagem à data de morte do precursor Hasil Adkins. E festivais como o B:O:M:B [Bremem One Man Band] na Holanda, e O Incrível Ataque das Monobandas, que aconteceu na noite de 23 de março em Belo Horizonte, c/ Amazing One Man Band, Fabulous Go-Go Boy e a lenda [morta-]viva Dead Elvis & His One Man Grave. Sim, ele está entre nós. Um artista tão underground que saiu debaixo do solo mesmo. E nem consta na Wikipedia.
No Brasil desde o início de março, Dead Elvis já fez 9 shows em 4 estados e neste fim-de-semana realiza seus últimos 3 shows no país – hoje no Wonka em Curitiba, amanhã no Porão 1007 em Floripa e domingo no Tavern Club em Blumenau – antes de seguir p/ Uruguai, Argentina e Chile na sua tour Rumble In The Jungle. Dia 17 ele retorna p/ o show de despedida em Porto Alegre, no Santander Cultural. Divulgando o disco DIG ‘EM UP, seu primeiro lançamento em formato CD desde 1956, a versão zumbi de Elvis conversou c/ Andye Iore, do blog Zombilly, e garante: “Há rock após a morte!”
ZOMBILLY - Como você teve a idéia de Dead Elvis?
DEAD ELVIS - Depois que eu morri, estava apenas zumbizando por aí sem fazer muitas coisas. Então, em Los Angeles, de repente, eu tive a idéia: fazer um retorno da sepultura! No começo eu pensei em chamar alguns amigos e montar uma banda com o nome ‘Dead Elvis & The Undertakers’ ou ‘Dead Elvis & The Gravediggers’ ou algo assim. Mas depois de refletir, percebi que seria melhor fazer sozinho.
Z - Você teve bandas antes de começar a tocar como one-man-band?
DE - Eu passei algum tempo na sepultura, morto. Antes disso, toquei em várias bandas. Mas hoje eu tenho uma maneira muito obsessiva de trabalhar. Eu sou muito criativo. Trabalhar com outros músicos só iria me atrasar. Sozinho eu sou livre para fazer o que eu quero. Eu faço a minha própria música, capas de discos, sites, cartazes, vídeos e todos os outros trabalhos. Eu gosto de fazer essas coisas e isso me poupa muito tempo.
Z - Como foi o início como one-man-band?
DE - Desde que eu saí do túmulo foi tudo muito rápido. Lancei um monte de discos de vinil pela Squoodge Records e Luna Sounds, da Alemanha, e estou viajando por todo mundo para tocar. Tem sido uma montanha-russa desenfreada que eu nunca sonhei andar e eu adoro cada minuto dela!
Z - Como está sendo a turnê brasileira?
DE - Tudo está sendo incrível! Haverá mais shows no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, e acho que vai ser explosivo! Devo dizer que estou em muito boas mãos aqui. A Mamma Vendetta [que organizou a tour] está cuidando muito bem de mim.
Z - Você tem interesse em algo especial nessa turnê pela América do Sul?
DE - Eu normalmente faço as coisas conforme elas vão acontecendo, sem nenhuma expectativa. Mas seria legal viajar e ver um pouco mais desse belo país que é o Brasil. Também não me importaria de conhecer as belas praias!
Z - Você já tocou na Europa, Japão e até China... Quais são as diferenças entre esses públicos?
DE - A melhor coisa sobre viajar e fazer turismo em todo o mundo é descobrir que todas as pessoas em todos os lugares são iguais. Quando as pessoas vão aos meus shows, geralmente ficam bastante espantadas e chocadas! É isso que o selvagem rock’n’roll faz: você querer dançar!
Z - Qual a sua opinião sobre gravar um disco hoje? Um artista independente pode sobreviver só com a internet ou tem que fazer um registro físico?
DE - A internet é ótima para contatos, promover seu trabalho e vender material. Mas não há nada que supere lançar um disco de vinil, na minha opinião.
Ouça Dead Elvis ainda hoje, no programa de rock.
Talvez por causa disso, o finado tenha decidido sacudir a poeira das lantejoulas e desabotoar sua 'jumpsuit'. Desde 2004, Dead Elvis trocou Disgraceland por Amsterdamn e voltou a gravar singles em vinil, desta vez como ‘one-man-band’, cantando, tocando guitarra e bateria. Sozinho. Existe toda uma cena de monobandas, como são chamadas as bandas de um-homem-só. A mais conhecida delas é The Legendary Tigerman, de Portugal. Na América latina esse estilo 'faça-você-mesmo' é representado pelo mexicano El Monstro, o uruguaio Amazing One Man Band e os brasileiros Chuck Violence, Lendário Chucrobillyman e The Fabulous Go-Go Boy from Alabama, entre outros.
“Roger Duran não tem mais onde equilibrar os instrumentos”, escreveu Marcelo Naddeo na Trip. “Os braços estão ocupados com a guitarra e o pandeiro meia-lua; os pés com o bumbo, a caixa e o chimbau; a boca com a gaita e a corneta. Ele detona seu garage rock enquanto uma moça de shortinho e top sobe no palco. Sob o som daquela podreira ela tira a blusa, o short, o sutiã e a calcinha.” Duran é o X-Treme Blues Dog, mais um homem-banda: “As meninas entram no fim e dá aquele clima de que elas estão na platéia. Não é um show erótico, mas sim uma intervenção artística. Ela pode soltar a franga e ficar peladona. A galera, em geral, se encontra no show e sai pra dar uma. O pornô imita a realidade.”
A cena é alternativa e o formato é o mais independente possível – os caras não dependem de ninguém p/ tocar. Rola até o Dia Internacional das Monobandas, 29 de abril, homenagem à data de morte do precursor Hasil Adkins. E festivais como o B:O:M:B [Bremem One Man Band] na Holanda, e O Incrível Ataque das Monobandas, que aconteceu na noite de 23 de março em Belo Horizonte, c/ Amazing One Man Band, Fabulous Go-Go Boy e a lenda [morta-]viva Dead Elvis & His One Man Grave. Sim, ele está entre nós. Um artista tão underground que saiu debaixo do solo mesmo. E nem consta na Wikipedia.
No Brasil desde o início de março, Dead Elvis já fez 9 shows em 4 estados e neste fim-de-semana realiza seus últimos 3 shows no país – hoje no Wonka em Curitiba, amanhã no Porão 1007 em Floripa e domingo no Tavern Club em Blumenau – antes de seguir p/ Uruguai, Argentina e Chile na sua tour Rumble In The Jungle. Dia 17 ele retorna p/ o show de despedida em Porto Alegre, no Santander Cultural. Divulgando o disco DIG ‘EM UP, seu primeiro lançamento em formato CD desde 1956, a versão zumbi de Elvis conversou c/ Andye Iore, do blog Zombilly, e garante: “Há rock após a morte!”
ZOMBILLY - Como você teve a idéia de Dead Elvis?
DEAD ELVIS - Depois que eu morri, estava apenas zumbizando por aí sem fazer muitas coisas. Então, em Los Angeles, de repente, eu tive a idéia: fazer um retorno da sepultura! No começo eu pensei em chamar alguns amigos e montar uma banda com o nome ‘Dead Elvis & The Undertakers’ ou ‘Dead Elvis & The Gravediggers’ ou algo assim. Mas depois de refletir, percebi que seria melhor fazer sozinho.
Z - Você teve bandas antes de começar a tocar como one-man-band?
DE - Eu passei algum tempo na sepultura, morto. Antes disso, toquei em várias bandas. Mas hoje eu tenho uma maneira muito obsessiva de trabalhar. Eu sou muito criativo. Trabalhar com outros músicos só iria me atrasar. Sozinho eu sou livre para fazer o que eu quero. Eu faço a minha própria música, capas de discos, sites, cartazes, vídeos e todos os outros trabalhos. Eu gosto de fazer essas coisas e isso me poupa muito tempo.
Z - Como foi o início como one-man-band?
DE - Desde que eu saí do túmulo foi tudo muito rápido. Lancei um monte de discos de vinil pela Squoodge Records e Luna Sounds, da Alemanha, e estou viajando por todo mundo para tocar. Tem sido uma montanha-russa desenfreada que eu nunca sonhei andar e eu adoro cada minuto dela!
Z - Como está sendo a turnê brasileira?
DE - Tudo está sendo incrível! Haverá mais shows no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, e acho que vai ser explosivo! Devo dizer que estou em muito boas mãos aqui. A Mamma Vendetta [que organizou a tour] está cuidando muito bem de mim.
Z - Você tem interesse em algo especial nessa turnê pela América do Sul?
DE - Eu normalmente faço as coisas conforme elas vão acontecendo, sem nenhuma expectativa. Mas seria legal viajar e ver um pouco mais desse belo país que é o Brasil. Também não me importaria de conhecer as belas praias!
Z - Você já tocou na Europa, Japão e até China... Quais são as diferenças entre esses públicos?
DE - A melhor coisa sobre viajar e fazer turismo em todo o mundo é descobrir que todas as pessoas em todos os lugares são iguais. Quando as pessoas vão aos meus shows, geralmente ficam bastante espantadas e chocadas! É isso que o selvagem rock’n’roll faz: você querer dançar!
Z - Qual a sua opinião sobre gravar um disco hoje? Um artista independente pode sobreviver só com a internet ou tem que fazer um registro físico?
DE - A internet é ótima para contatos, promover seu trabalho e vender material. Mas não há nada que supere lançar um disco de vinil, na minha opinião.
Ouça Dead Elvis ainda hoje, no programa de rock.
Olá, td bem? Não estou +atualizando o spaceblog, ok? Estou com o blogspot. confira, estarei colocando o seu banner lá tbm, certo? Um grande abraço. Ah, ótimo programa, parabéns!
ResponderExcluir