Bem,
grandes, grandes, só estes mesmos.
Eu nem
sabia que existia essa tal NWOTHM, nem nunca tinha ouvido falar do Skull Fist.
Mas calhou de, por uma destas ironias do destino, um dos roadies dos caras ser
brasileiro, mais precisamente daqui, de Aracaju, então acredito que, por conta
desta relação de amizade (roadies no rock, mais ainda no metal, são sempre mais
amigos que funcionários), eles resolveram dar uma esticadinha até as terras do
Cacique Serigy, já que na divulgação original da turnê que fariam pelo Brasil não
constava esta data.
Foi tudo
um tanto quanto improvisado, pois não existem espaços adequados para este tipo
de evento por aqui. Aconteceu na CHE Petiscaria, um lugar quente – muito quente
– e sem isolamento acústico. Fechado, quente (de novo) e, acreditem, sem um
misero ventilador de teto ou de parede sequer, para aliviar o calor. Não fosse
por um cantinho aberto no fundo, por onde entra alguma brisa - e vaza o som
para a vizinhança - seria uma verdadeira sucursal do inferno! O que me leva a
pensar: será que os “empresários” que se dispõem a abrir espaços alternativos
na cidade não investem num mínimo de conforto para os seus clientes porque não
há retorno de público ou não há retorno de público porque os locais não
oferecem um mínimo de conforto para qualquer um que não seja um roqueiro
adolescente ensandecido sedento de rock and roll e disposto a enfrentar
qualquer “perrengue” pra ouvir umas guitarras distorcidas? A equação é complexa
mas, a meu ver, se não há capital para a instalação nem mesmo de ventiladores,
melhor deixar quieto ...
Como não
gosto de Heavy Metal (apesar de ser fã do Judas Priest) não fiquei muito impressionado
com os som dos caras, que achei inclusive meio “farofa”. Mas não há como negar
que fizeram uma grande apresentação, apesar dos irritantes gritinhos agudos a
cada 5 segundos. O vocalista e guitarrista, único membro original remanescente,
toca muito, e entregou uma perfomance visceral, com direito a todo o cerimonial
obrigatório em shows do estilo, como oferecer a guitarra para que a turma do
gargarejo, ensandecida, toque nas cordas, se jogar no chão e carregar um dos
outros membros da banda nas costas. Quanto ao repertório, não posso opinar, mas
me disseram que eles tocaram, inclusive, dois covers de clássicos do metal – em
deles do running Wild, se não me engano. Não sei. Não conheço, não gosto, não
identifiquei.
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