terça-feira, 15 de janeiro de 2013

# 257 - 05/01/2013

A formação mais clássica da Dorsal se reúne depois de 22 anos para gravar, graças ao apoio dos fãs - um sistema de financiamento coletivo conseguiu bancar o disco. Isso por si só já é motivo de comemoração, porém o melhor é que o novo trabalho é ótimo. Uma produção de altíssimo nível, desde o projeto gráfico até a gravação. Um instrumental poderoso e muito pesado. E embora não tocasse guitarra há dois anos, Carlos mostra que quem foi rei não perde a majestade. Norteiam o disco Riffs pesadíssimos, que remetem tanto ao thrash oitentista quanto ao heavy metal mais clássico. O instrumental é um dos destaques. Hardcore mostra que é um excelente baterista e que não fica a dever a nenhum baterista do gênero.

O disco abre com "Meu Filho me Vingará", uma paulada de tirar o fôlego com uma letra que cita Canudos, Euclides da Cunha e "Os Sertões" - a melhor faixa. Em seguida, outra que se destaca é "Stalingrado", com uma pegada punk, riffs que lembram sirenes e uma letra que fala sobre a batalha entre a USRR e a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Lopes continua sendo um ótimo letrista e especificamente nessas duas faixas as letras são enormes, com verdadeiras histórias. "Gol feito com a mão, gritam:  é Campeão! O motorista ciente estaciona/ Na vaga pra deficiente". "Corrupto Corruptor" é outra boa faixa. Encerrando, "Imortais",  homenageando os fãs, fundamentais para o retorno da banda, que esperamos não seja somente para esse disco.

"2012" marca a volta de uma das formações mais clássicas do Heavy Metal nacional em um dos melhores discos do ano.

Compre aqui: carloslopes68@gmail.com

por Gustavo Carneiro

r´n´roll Hell

Meu Filho Me Vingará

[Carlos Lopes]

Desconfiado sob um céu nublado, o coração pesado nervoso
15 de agosto, o vingador pediu um revólver para matar
Entrou na casa do amante, “o cão raivoso”
Arrombou a porta com o pé. “Onde está minha mulher?”
O campeão de tiro, o jovem rival
Cometeu o crime de matar um Deus sem igual
"Odeio-te, mas te perdôo." Meu filho me vingará!
O assassino absolvido em legítima defesa
O filho do morto foi se vingar, Assim não pode ficar sete anos depois,
O amante mais uma vez arrasou os Sertões
Absolvido o maldito “O Paraíso Perdido”
O campeão de tiro, o jovem rival
Cometeu o crime de matar um Deus sem igual
"Odeio-te, mas te perdôo." Meu filho me vingará!
Um tiro no braço, que quebrou
Outro tiro no pulso direito o desarmou
Por fim alvejado nas costas
Finalizado na porta da casa
“Ao invés de mandar o fuzil para Canudos matar, deveriam mandar a escola”
“O Brasil se separa por 300 anos na história”
Canudos matou a República
A República decidiu matar o escritor
Foi armada a cilada
O sangue do Conselheiro contaminou
A alma do escritor

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Ação Direta - Zeitgeist
Karne Krua - Justiça (sessão pdrock)
Banda Lúgubre - Canto triste
Necronomicon - The Black Priests of Chaos

Lolita Storm - I luv Daddy
Jucifer - Luchamos
Mastodon - Battle at sea
Judas Priest - Prisioner of your eyes

Dorsal Atlântica - Meu filho me vingará
Carpete red - Descontrução
Statik Majik - Shadows of hope
Darge - Meu desespero
Repudio - Imundo genital
Incendiall - Carne e osso
- por Michael Meneses

Módulo 1000 - Não fale com paredes
Casa das Máquinas - Mania de ser
A Barca do sol - Os pilares da cultura
Pão com Manteiga - Micróbio do universo
- por Lucas Fellipe

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