segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Roberta Medina, uma entrevista

Vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina traz no sangue a vocação para o entretenimento e assume (em parte) as funções do pai Roberto Medina na organização do Rock in Rio, que volta à cidade natal 11 anos e seis edições europeias depois.

por Marcos Bragatto
REG

Não é todo mundo que tem como melhores lembranças de shows aqueles que nunca viu. Mas Roberta Medina ouviu falar tanto das apresentações de Frank Sinatra, no Maracanã, em 1980, e do Queen, no primeiro Rock in Rio, em 1985, que não titubeia em citá-los. Também pudera: eles foram as duas grandes primeiras façanhas de seu pai, Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio, que volta ao Brasil em setembro/outubro desse ano. Hoje mais discreto, o Medina pai continua batendo o martelo na hora de fechar a contratação de um artista (que é o que interessa para o público), mas colocou a filha Roberta na linha de frente do festival.

É ela quem aparece apresentando esta nova edição e seus patrocinadores, e no lançamento da pedra fundamental do “Parque Olímpico Cidade do Rock”. O local irá receber as próximas três edições do festival (já garantidas), além de servir como área de lazer para os atletas olímpicos em 2016 e para receber outros eventos da cidade. Ausente do Rio (e do País) por 11 anos, o Rock In Rio volta remodelado, com capacidade de público menor, graças à experiência de edições bem sucedidas em Lisboa (2004, 2006, 2008 e 2010) e Madri (2008 e 2010). E a coisa começou bem. Com apenas 11 artistas confirmados no palco principal do festival, 100 mil ingressos foram vendidos antecipadamente em 24 dias. Em julho, definidas todas as atrações, a carga definitiva de entradas começa a ser vendida.

Roberta está em Portugal negociando contratos com cerca de 60 artistas para o festival, mas arranjou um tempinho para atender ao Rock em Geral nessa entrevista exclusiva, via e-mail. Ela ressalta a importância do crescimento econômico brasileiro para a volta do festival ao Rio; da utilização de verba pública no evento; das pesquisas que apontaram o Metallica como a banda “mais pedida” do público brasileiro; de problemas de som que aconteceram na edição passada e do susto de ver o baixista do Queens Of The Stone Age subir no palco pelado. Se você ainda tinha alguma dúvida sobre o Rock in Rio, depois de ler essa entrevista vai é começar a contar os dias na folhinha. Divirta-se:

Rock em Geral: Este mês está completando dez anos da última edição do Rock In Rio no Rio. Por que o festival se afastou tanto da cidade de origem?

Roberta Medina: Infelizmente, a economia brasileira não estava estável o suficiente para viabilizar edições frequentes do Rock in Rio no País. Hoje, com a economia mais forte e mais estável, a pressão que coloca-se em patrocínios pode ser menor, aumenta-se a responsabilidade financeira da venda de ingressos, mas o poder aquisitivo da população já nos permite isso. Em 2001, o ingresso (inteira) custou R$ 35, hoje custa R$ 190.

REG: O quanto pesou na decisão de fazer o festival este ano a parceria com a Prefeitura, por conta dos Jogos Olímpicos de 2016?

Roberta: A parceria da Prefeitura foi fundamental para a volta do Rock in Rio. A volta do festival só foi possível depois que a Prefeitura se comprometeu a antecipar os investimentos previstos para a construção do parque de lazer dos atletas e redesenhar, em conjunto com o Rock in Rio, a infra-estrutura prevista para que pudesse ser um espaço permanente para a realização de grandes eventos ao ar livre no Rio de Janeiro. O acordo com a Prefeitura prevê a realização do Rock in Rio a cada dois anos. Isso faz com que o evento tenha uma grande responsabilidade para aperfeiçoar cada vez mais os seus planos de logística, transporte, trânsito e segurança da cidade, e ainda reforçar a imagem e a capacidade da cidade para receber e organizar grandes eventos.

REG: Passadas as Olimpíadas, você acha que, enfim, o festival vai ganhar periodicidade de realização do Rio?

Roberta: Desde que começamos a conversar sobre a volta do Rock in Rio com o prefeito Eduardo Paes, a ideia é tornar o evento bianual. A intenção é realizar o Rock in Rio em 2011, 2013 e 2015…

REG: O apoio da Prefeitura prevê utilização de verba pública para a realização do festival? Você pode estimar qual o percentual do total da verba a ser investida que vem da Prefeitura?

Roberta: O compromisso da Prefeitura é a construção do Parque Olímpico Cidade do Rock e o apoio logístico para a realização do festival. O investimento de R$ 37 milhões, anunciado pela Prefeitura, é uma antecipação das verbas das Olimpíadas de 2016. O resultado desta antecipação de recursos vai significar grande retorno financeiro para a cidade, tendo em conta os números oficiais do impacto exclusivo do Rock in Rio 2001 na economia da cidade. Ainda assim, além deste impacto haverá a possibilidade de ativar o parque com outros eventos nos períodos não ocupados pelo Rock in Rio.

REG: E impossível realizar um festival do porte do Rock In Rio somente com investimentos da iniciativa privada, sem o apoio de órgãos do governo?

Roberta: Esse apoio é fundamental porque é critério número um ter o local em condições para receber o evento, e isso, geralmente, está nas mãos dos governos locais. Fora isso, eles têm que acompanhar todo o planejamento de logística do evento na cidade para garantir uma perfeita realização em conjunto com os organizadores. É assim em Lisboa e em Madri, e vai ser assim no Rio. O mais importante é observar que a repetição do evento nestas cidades comprova o retorno satisfatório da dedicação e investimentos em infra-estrutura e logística, uma vez que os retornos financeiros são muito superiores que os investimentos necessários. Em Lisboa, apenas a edição de 2008 gerou um impacto de 63 milhões de Euros para a economia da cidade, impactos diretos do evento.

REG: Podemos atribuir a mudança do local a esta parceria ou vocês queriam realmente um espaço menor? Pode confirmar a capacidade de público total, por dia de evento?

Roberta: A Prefeitura está construindo um espaço que servirá para a realização de eventos maiores na cidade. Hoje, o Rock in Rio é pensado para um público de 100 mil pessoas por dia, que é o que a nova Cidade do Rock comportará. Dessa forma ofereceremos lazer atrelado ao conforto e bem estar a todos os visitantes. Em 2001, a capacidade era de 250 mil pessoas. A organização do festival preferiu diminuir o número de pessoas para que o público tivesse um conforto maior.

REG: A decisão de mudar a data do festival, que tradicionalmente acontecia no mês de janeiro, partiu dessa parceria? Você considera esta mudança positiva ou isso pouco importa ante aos investimentos que estão sendo feitos?

Roberta: Este foi um pedido da Prefeitura, do prefeito Eduardo Paes. A ideia é que com a volta do Rock In Rio uma nova data forte para o turismo entre no calendário da cidade. Hoje, mais de 60% dos compradores do Rock In Rio Card são de fora do Rio.

REG: Em 2010 aconteceu outro festival de rock, o SWU, em Itu, no interior de São Paulo, num período bem próximo ao da data do Rock in Rio – de 9 a 11/10 – e deve acontecer a segunda edição este ano. Em que medida dois eventos de grande porte no mesmo segmento podem se atrapalhar ou se ajudar, acontecendo tão próximos um do outro? Você não acha que um festival pode “roubar” público do outro?

Roberta: O Rock in Rio não é um evento de música, apenas. É o maior evento de música e entretenimento do mundo. Hoje temos uma experiência que vai muito além do que a música, oferecemos parque de diversões, tenda de desfiles, a Rock Street, com shows de jazz, enfim, é muito mais do que apenas música. Além disso, o Rock in Rio se dirige a um público de diversas faixas etárias e com perfil distinto de consumo. Os festivais tradicionais, em geral, são frequentados por um público de nicho. Além de serem propostas de evento muito diferentes, o aumento da oferta de shows vai continuar aumentando e isso é um sinal muito positivo do fortalecimento da economia.

REG: É verdade que no passado os contratos do Rock In Rio com os artistas tinham uma “cláusula de exclusividade” que não permitia que eles se apresentassem em outras cidades da América do Sul, em um período anterior e posterior ao festival? Ainda funciona assim?

Roberta: Não é verdade, cada contrato tem uma realidade diferente.

REG: Quando perguntada sobre a escolha dos artistas anunciados para o festival, você costuma argumentar que ela é feita a partir de pesquisas de mercado. Você pode explicar melhor qual é a metodologia dessas pesquisas?

Roberta: Em todas as edições, tanto no Brasil quanto em Portugal e Madrid, o Rock in Rio realiza pesquisas junto ao público e aos formadores de opinião para saber o que gostariam que o Rock in Rio apresentasse. Aqui no Brasil esta pesquisa é feita pelo IBOPE. A ideia é saber quem são as atrações que o público quer ver e nos esforçar para trazer esses artistas. Em agosto do ano passado, encomendamos ao IBOPE uma pesquisa que foi realizada no Rio e em São Paulo, com 1200 pessoas. A banda mais pedida foi o Metallica, que já anunciamos com a principal atração do Dia Metal para o Rock in Rio 2011.

REG: Como você montou a direção artística do festival e quais pessoas participam? Há consultores externos?

Roberta: Temos um diretor artístico para cada palco. Palco mundo: Paulo Fellin. Palco Sunset: Zé Ricardo. Eletrônica: Miguel Marangas. Rock Street: Bruce. Todos são comandados pelo Roberto Medina.

REG: Em 1985 Roberto Medina consultou os diretores da Rádio Fluminense FM (a rádio rock da época) quanto aos artistas a serem contratados. Esse procedimento continua sendo adotado?

Roberta: Como falado anteriormente, contratamos uma pesquisa de mercado para saber qual é a vontade do público e também ouvimos formadores de opinião e certamente pessoas ligadas à área de música – jornalistas, músicos etc, são consultadas e participam da pesquisa.

REG: Do ponto de vista artístico, quem é o “homem forte” do Rock in Rio, que bate o martelo quanto à contratar um a atração?

Roberta: Desde a primeira edição, todas as contratações são feitas e definidas pelo Roberto Medina. Mas há uma equipe trabalhando junto a ele para que tudo isso seja possível e viável.

REG: No Rock in Rio de 2001, parecia haver uma preocupação em trazer de volta artistas que haviam estrelado as outras duas edições (de 1985 e 1991), como Iron Maiden, Guns N’Roses, James Taylor etc. Pelos nomes anunciados até agora, vê-se muitos artistas que participaram das edições “europeias”. É essa a intenção ou isso acontece mais pelos contatos já estabelecidos com os agentes desses artistas?

Roberta: Sempre procuramos trazer artistas que estão em evidência, e que o público quer ver. Algumas vezes, esses artistas já participaram de outras edições do evento, mas isso acontece por serem artistas que estão no auge e fazem sucesso em qualquer lugar do mundo.

REG: Você tem dito que está negociando com cerca de 60 artistas para completar o cast do festival. Qual é a previsão de anúncio de todo o elenco? Você pode citar alguns desses nomes ou o perfil deles?

Roberta: Ao todo, serão mais de 100 artistas contratos para o Rock in Rio 2011, o que inclui Palco Mundo, Sunset, Eletrônica e Rock Street. A previsão é que até julho todos sejam anunciados.

REG: Fala-se que artistas como Lady Gaga, Paul McCartney, Soundgarden, Arcade Fire, Alice In Chains, Van Halen e The Who estariam nesse rol de negociações. Você confirma ou descarta algum deles?

Roberta: Os artistas confirmados para o Palco Mundo até agora são: Red Hot Chili Peppers, Metallica, Coldplay, Snow Patrol, Stone Sour, Motörhead, Slipknot, Coheed and Cambria, Skank, Capital Inicial e NX Zero. No palco Sunset, espaço que receberá todos os dias quatro encontros especiais entre artistas consagrados e novos nomes da cena musical nacional e internacional, tem confirmados no line-up: Erasmo Carlos, Arnaldo Antunes, Sepultura, Angra, Tulipa Ruiz, Cidadão Instigado, Marcelo Camelo, Orkestra Rumpilezz e Céu, que terão os seus parceiros e datas anunciados nos próximos meses.

REG: Dos seis dias do festival, já foram anunciados o “Dia Metal”, “Dia Rock” e “Dia Rock Alternativo”. Quais serão os temas dos outros três dias?

Roberta: Temos que aguardar os anúncios das próximas atrações.

REG: Por que fazer shows com reuniões de artistas no “Palco Sunset” e não o show de cada artista, como no “Palco Principal”?

Roberta: Porque não queremos ter simplesmente outro palco. Queremos ter um palco único que se destaque pela liberdade de experiências artísticas, pelo ineditismo. Queremos oferecer ao público algo que ele só pode ver se for ao Rock in Rio.

REG: Há uma queixa no meio do rock independente quanto à colocação de um palco específico para esses artistas. Você tem conhecimento disso? Chegou a ser ventilada a criação de um palco para bandas independentes?

Roberta: Nunca ouvimos falar disso e não temos esta intenção para esta edição.

REG: A venda antecipada do Rock In Rio Card foi um sucesso, mas o que acontecerá se muitas pessoas optarem pelo mesmo dia? Não pode ocorrer uma demanda grande por poucos ingressos para este dia? Pode explicar como funciona, na prática a utilização do Rock in Rio Card?

Roberta: Limitamos a venda de 100 mil Rock in Rio Cards exatamente para não correr nenhum risco. A capacidade do local é para 100 mil pessoas por dia, isto é 600 mil pessoas em 6 dias. O que vai acontecer é haver menos ingressos disponíveis para determinados dias quando a venda oficial for aberta porque quem comprou o Rock in Rio Card já terá escolhido o seu dia. Esse era o benefício de comprar antecipado.

REG: Boa parte dos artistas anunciados para este ano esteve no Brasil há pouco tempo. Isso não tira um pouco o elam do festival, que se caracteriza por trazer artistas que o Brasil nunca viu?

Roberta: Se analisarmos o mercado da música hoje versus a realidade do mercado de entretenimento de massa no Brasil, chegamos a uma lista bastante reduzida de talentos que tenham capacidade de mobilizar grandes massas. O Rock in Rio é um evento para 100 mil pessoas por dia e, realmente, grande parte dos artistas que tem essa capacidade, felizmente, já veio ao Brasil. Ainda assim, o que o público busca no Rock in Rio, comprovado por pesquisa em todos os mercados onde passamos, é a festa. São 14 horas de evento com entretenimento diversificado. Pessoas que não costumam ir a shows ou festivais tradicionais vão ao Rock in Rio pela confiança na segurança, logística e diversas ofertas de atividades que atendem a públicos de perfis e idades diferentes. O perfil de shows diferenciado de dia para dia é o que ajuda na escolha da data.

REG: Em 1985 reclamou-se muito da desigualdade de condições técnicas oferecidas aos artistas internacionais e nacionais. Já em 2001, seis artistas de grande nome no Brasil “boicotaram” o festival em cima da hora. Essas questões foram equacionadas para esta edição?

Roberta: As condições técnicas são as mesmas. Muitas vezes os artistas internacionais trazem elementos técnicos que fazem parte das suas turnês, mas que não têm nada a ver com o festival. A maior discussão acontece sempre ao redor dos horários de atuação, mas neste sentido há pouco a discutir porque toca mais tarde quem atrai maior publico. Não significa que os artistas nacionais tenham menos fãs, mas como estão mais acessíveis durante o ano, é natural que o que mobilize mais as pessoas para escolherem determinado dia sejam os nomes internacionais. Já conseguimos algumas mudanças neste cenário, mas não é espaço para grande debate.

REG: Desses artistas (O Rappa, Skank, Raimundos, Cidade Negra, Charlie Brown Jr. e Jota Quest), até agora só o Skank foi anunciado para este ano. Há alguma pendência com os demais, ou eles podem vir a ser anunciados como atração para este ano?

Roberta: Na verdade, o que aconteceu foi um mal entendido e não há rancor nenhum por parte dos artistas e do Rock in Rio. As bandas estão sendo anunciadas conforme os contratos estão sendo fechados. O Rock in Rio tem interesse em oferecer ao público os maiores artistas nacionais e internacionais.

REG: Um dos problemas da edição de 2001 foi a qualidade do som, cujo volume oscilava muito no meio de uma única apresentação. Como isso está sendo tratado dessa vez?

Roberta: O volume é controlado pelos técnicos de som de cada banda. O festival oferece o melhor equipamento disponível no mercado fornecido pela Gabisom – quarta maior empresa de som do mundo. O que fazemos para tentar minimizar é deixá-los operar o equipamento com tranquilidade nas passagens de som. No entanto, se durante o show resolvem operar de outra forma, não é de controle do festival. Os técnicos são impostos pelos artistas.

REG: Você era uma criança quando o Rock in Rio foi idealizado. Como você vê o processo de assumir o festival? Era uma vocação sua ou a produção do festival foi “sobrando pra você” naturalmente?

Roberta: Descobri minha paixão pela concretização de ideias, por tirá-las do papel, no meu primeiro emprego, que não foi no Rock in Rio nem mesmo com meu pai. Depois de perceber essa paixão acabei por dar conta de que fazia sempre pequenas produções desde nova, nas festas em casa. Está no sangue. Nunca, nem eu nem meus irmãos, fomos direcionados para fazer o que fazemos, penso que foi um presente para o nosso pai essa vocação vir no sangue. Cada um se dedica a uma área, mas todos estão envolvidos com entretenimento e comunicação.

REG: De que forma sua participação como jurada do programas “Ídolos”, em Portugal, te ajudou na hora de selecionar os artistas para o festival?

Roberta: O Rock in Rio tem uma equipe própria de contratação artística que é liderada pelo Roberto, que usa como base de informação a pesquisa de mercado que realizamos e os contatos com parceiros estratégicos do mercado onde será realizado o evento. Minha participação no “Ídolos” não interfere nesta área.

REG: Das edições realizadas no Brasil quais shows você pode citar como aqueles que marcaram sua trajetória profissional?

Roberta: Os shows que mais marcaram a minha trajetória profissional foram os que eu não assisti: Frank Sinatra, no Maracanã, e Queen, no Rock in Rio I. São shows que vi por imagem centenas de vezes e que mobilizaram e emocionaram muitas pessoas. Essa emoção é o que me fez gostar de trabalhar com entretenimento e por isso é a marca maior.

REG: Alguma história de bastidor interessante para contar, das edições passadas?

Roberta: Queens Of The Stone Age, Rock in Rio 2001. Era o meu primeiro festival, o cantor resolve tocar nu (na verdade, era o baixista do grupo na época, Nick Oliveri). Achei que ele ia fazer uma “gracinha” na primeira música e depois se vestir de novo. Quando ele já ia para a terceira música nu, fui correndo para o palco para orientar que se vestisse. Tarde demais! O Juizado de Menores já estava lá, ameaçando prendê-lo. Que cena!

REG: Com a experiência e os contatos no exterior, você não se interessa em produzir shows internacionais no Brasil, não só para o Rock in Rio?

Roberta: Não é nossa área de interesse. Trabalhamos eventos, conceitos de comunicação, que mobilizem as pessoas e envolvam as marcas desde o primeiro momento. Nosso foco é no entretenimento do público de por vários estímulos, e a musica é o elo.

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