NUNCA É TARDE PARA FALAR DE ALEX CHILTON E O BIG STAR
Fonte: Rock Loco
por Franchico
Chilton, praticamente um desconhecido no Brasil, era o líder da cult band americana Big Star e um dos heróis deste peão das palavras que vos escreve.
Ele morreu no último dia 17, em um hospital de Nova Orleans, onde vivia há alguns anos.
A banda que fez sua fama vinha de berço nobre: Memphis, um dos nascedouros do rock 'n' roll, terra de Elvis Presley.
O Big Star nunca alcançou o sucesso comercial enquanto existiu, entre 1971 e 1975. Lançou apenas três álbuns – todos clássicos: # 1 Record (1972), Radio City (1974) e Third / Sister Lovers.
Este último, depois dos fracassos de vendas dos dois anteriores, foi recusado pela gravadora, sendo lançado somente em 1994 – depois que todo o rock alternativo americano e inglês já havia se rendido à genialidade que poucos compreenderam nos anos 70. Em 2005, com novos membros, lançou In Space – que poucos ouviram.
Beatles + Who + Byrds
Uma piada sobre o Velvet Underground diz que pouquíssimas pessoas assistiram o grupo ao vivo enquanto ele existia, mas que quase todo mundo que foi a um show montou uma banda depois.
O mesmo nível de influência pode ser dito do Big Star.
Entre as bandas obviamente influenciadas pelo Estrelão pode-se citar: R.E.M., Teenage Fanclub (praticamente um Big Star 2), Lemonheads, The Replacements e todas as bandas do chamado power pop – movimento que sequer existiria sem o Big Star.
Uma pena que poucos na nova geração, pelo menos aparentemente, conheçam um trabalho tão encantador e fundamental como o desta banda, que conseguia fundir, de forma única, as melodias perfeitas dos Beatles, as guitarras faiscantes do The Who e as complexas harmonizações vocais dos Byrds.
No cenário do rock atual, devastado por uma tosquidão sem precedentes, a garotada teria muito a aprender ouvindo esta banda. E aí, galera, vamos comer Alex Chilton e o Big Star ?
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