














Fotos: Snapic e Marcelinho Hora.
Misturando influências do rock clássico inglês/americano e da tropicália, Mimi Lessa (guitarra), Fughetti Luz (cantor), Marcos Lessa (guitarra-base), Edinho Espíndola (bateria) e Pekos (baixo) produziram uma obra que aproximou-se da genialidade dos Mutantes. O lp "Por Favor Sucesso" resultou da classificação do grupo na fase regional no II Festival Universitário da Música Popular, em que o grupo defendeu a música que deu nome ao álbum, de autoria de Carlinhos Hartlieb.
Abrindo com a faixa título, o disco reúne um conjunto de ótimas composições, com instrumental acima da média e letras inteligentes e expressivas do cotidiano da juventude da época. Destacam-se no disco as ultra-psicodélicas "Olhai os Lírios do Campo", "Impressões Digitais" e "Voando", todas com um impressionante trabalho de guitarra - com distorção no talo e harmonias rebuscadas. A quase bossa-rock "Planador", a tropicalista "Paz e Amor", o folk-rock "Tão Longe de Mim" e o boogie stoniano "Que Pena" mostram a diversidade das composições assinadas por integrantes do grupo, pelo já citado Hartlieb e, ainda, pela dupla Hermes Aquino e Lais Marques.
Da estirpe de Lanny Gordin e Sérgio Dias, Mimi Lessa é um dos mais importantes e menos valorizados guitarristas do rock nacional - brilhante no disco e mais ainda nos memoráveis e, digamos, coloridos, shows que banda promoveu no Sul e no Rio de Janeiro, para onde foi no início dos anos setenta. Espécie de Kim Fowley dos pampas (pelo apoio às bandas novatas), também o cantor e compositor Fughetti Luz é figura lendária do rock gaúcho, com suas memórias registradas em livro do jornalista Gilmar Eitelvain.
Com o fim do grupo, Mimi, Marcos, Edinho e Fughetti somam-se ao ex-A Bolha, Renato Ladeira, para formar o também lendário Bixo da Seda, que gravou um lp em 1976. Extinto o "Bixo", Mimi, Marcos e Edinho passaram a acompanhar artistas como As Frenéticas e Robertinho de Recife, e desenvolver trabalhos individuais. Fuguetti Luz retornou ao Sul, onde permanece na ativa - depois de compôr, produzir e tocar com bandas como Bandaliera, Guerrilheiros Anti-Nucleares e Barata Oriental.
Passados mais de trinta anos, a música de "Por Favor Sucesso" não soa datada, cobrando com suas elaboradas composições e refino instrumental o reconhecimento que faltou no seu devido tempo. Editado pelo selo Equipe, o álbum perdeu-se na burocracia das fusões e extinções da indústria fonográfica.
Texto de Fernando Rosa, originalmente publicado na revista ShowBizz.
Liverpool foi uma das bandas focadas no primeiro bloco do programa de rock da semana passada, todo dedicado ao bom e velho e sempre presente rock gaúcho - desta vez em sua versão "nuggets". Além deles, tocamos dois outros grupos derivados do legendário combo gaúcho: Bixo da seda e Mimi Lessa e Orquestra de guitarras. E também a banda "Byzarro", espécie de Blue Cheer dos pampas, com "Betelgeus star", canção hard-progressiva gravada ao vivo numa das célebres sessões "Vivendo a vida Lee", que praticamente inauguraram as gravações ao vivo de rock no estado e eram veiculadas pela rádio Continental AM - em dois canais! Mais uma cortesia da sensacional coletânea "Gauleses irredutíveis merecem aplauso", que você pode baixar gratuitamente aqui.
Mais rock gaúcho no segundo bloco: valeu a pena ouvir de novo a faixa título do novo disco do Cachorro Grande, "Baixo Augusta", assim como a pedrada que Julico compôs para a Plástico e uma das mais bonitas baladas que o Mopho gravou em seu "vol.3".
Não costumamos ficar parados no tempo e por isso demos um salto para a primeira década do século XXI, de onde extraímos algumas pérolas dos discos "favourite worst nightmare", de 2007, do Arctic Monkeys; "¿Cómo Te Llama?", lançado em junho/julho de 2008 pelo guitarrista dos Strokes, Albert Hammong jr. (na época a banda estava parada); "Neon Bible", dos canadenses (de Quebec) do Arcade Fire, e "Sunlight makes me feel paranoid", de 2003, da banda novaiorquina Elefant.
No Block do ouvinte, Hard rock setentista mezzo obscuro por Idalício. Encerrando a parte musical do programa, nosso já tradicional bloco anual dedicado a bandas que se apresentarão no festival Abril pro rock, em Recife. Fechando tudo, uma entrevista com Victor Balde e Marcelinho Hora sobre o lançamento do livro "Mùsica pra ouvir", da Snapic - primeiro registro pictórico da cena musical sergipana no formato.
Sábado que vem não farei o programa - estarei no abril pro rock.
Até dia 28.
A.
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Bixo da seda - Trem
Byzarro - Betelgeus star (1976, Ao vivo no Mr. Lee)
Liverpool - àgua branca
Mimi Lessa e Orquestra de guitarras - Led BootsCachorro Grande - Baixo Augusta
Plástico Lunar - quase desisto
Mopho - quanto vale um pensamento seu
Arctic Monkeys - Fluorescent Adolescent
Albert Hammond jr. - Lisa
Elefant - make up
Arcade Fire - Keep the car running
Jeronimo - To be alone
Killing Floor - Acid Bean
Hawkwind - Assault & Battery
> por Idalício
Mundo Livre S/A - O velho James Browse já dizia
Brujeria - Marijuana (Escobar remix)
Exodus - Bonded by blood
Ratos de porão - Tô tenso (Patife band cover)
Cripple Bastards - Mondo plastico
Test - Na pele de Deus
Leptospirose - O instrumental desse som vai pro I shot cyrus e a letra que se foda pra quem é, nem vale a pena tocar no assunto
Leptospirose - Drasticamente barrado no baile
Leptospirose - Casa própria
Leptospirose - Chá é o que há
Marcelino Hora e Victor Balde
>Entrevista
Abaixo estão mais alguns artistas e grupos que merecem MUITO a sua atenção...
THE BAGGIOS - Se você é preconceituoso e pensa que do Nordeste só vem estas porcarias de bandas de forró de plástico, saiba que do interior de Sergipe surge um dos grupos mais interessantes do novo rock brasileiro. Este duo — formado pelo guitarrista e vocalista Julio Andrade e o baterista Gabriel Carvalho — faz um som sensacional, pesado e muito bem sacado em termos de letras e arranjos, capaz de deixar o Jack White e o pessoal do Black Keys mordendo seus próprios cotovelos de inveja. O disco que lançaram no ano passado e que leva o nome da banda é um dos grandes álbuns de rock brasileiro dos últimos tempos...
1. Trotamundos Coletivo: Queria que vocês falassem da trajetória de vocês?
Victor Balde: Meu envolvimento com a cena musical local começou em 2003, quando comecei a organizar pequenos shows com bandas independentes que formavam a cena naquela época. Conheci o Arthur nesse mesmo ano e foi ele, que em 2005, começou a registrar esses eventos. A gente sempre trocava idéia, ele me mandava o material produzido, mantivemos por um tempo essa relação, eu dando continuidade aos eventos e ele sempre registrando. Em 2007, após a visita de um amigo meu de São Paulo, resolvi investir na minha primeira máquina fotográfica e neste mesmo ano fiz o meu primeiro trabalho, registrando o show das bandas Inrisorio, Karne Krua e Ratos de Porão. Em 2008 acabei encontrando com Arthur no terceiro período da faculdade de Jornalismo. A convivência acadêmica evoluiu também para a fotografia, onde começamos a freqüentar e registrar os mesmos shows. Pesquisando sobre o universo da Fotografia de Música, descobrimos o livro ‘Fodido e Xerocado’ dos fotógrafos paulistas Daigo Oliva e Mateus Mondini. Esse trabalho virou nossa grande referência, pois mostrou a força de dois olhares sobre uma mesma cena musical.
Arthur Soares: Motivou a fazermos nossa primeira cobertura juntos, que foi o Projeto Dueto Cultural, com os shows da Maria Scombona e do Arnaldo Antunes, no Emes. A qualidade dos artistas e a boa estrutura de palco e luz ajudaram bastante para o bom resultado das fotos. Publicamos na internet e a aceitação foi muito bacana, gerando comentários positivos, a partir dai o trabalho ficou mais sério mesmo e criamos a Snapic!
2. Trotamundos Coletivo: O foco da Snapic sempre foi a música, mas acompanhando o trabalho de vocês, já vi coberturas de eventos como o CURTA-SE, desfiles de moda, etc. Isso não é sair do conceito?
Victor Balde: A idéia inicial sem dúvida era a de trabalhar com a música, pelo envolvimento mesmo, por já trabalhar na área, produzindo shows, por conhecer os músicos, as bandas que fazem a cena, facilitou demais e mostrou que o caminho era esse mesmo. Nosso foco foi e sempre será a música, porém, não vejo problema nenhum em aceitar outros trabalhos. Vejo inclusive como um reconhecimento ser convidado para atuar em outras áreas da fotografia, que não a de música. A própria cobertura do CURTA-SE, como você citou, do FICI (Festival Internacional de Cinema Infantil), fizemos dois anos consecutivos. Convites de editorial de moda (Serafina), coquetéis de lançamento (Samarra e Ponto Eletro), etc. São trabalhos que curtimos fazer e dão retorno financeiro. O que tenho certeza que nunca faremos é foto de formatura, porque eu acho que é o mais chato de se fazer. (risos)
3. Trotamundos Coletivo: A internet é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa de divulgação do trabalho de qualquer fotógrafo. Mas vocês não acham que falta um pensamento, uma ação mais crítica sobre o que é produzido e exposto na rede? Como vocês percebem esse fato em relação ao trabalho desenvolvido?
Victor Balde: A internet limita demais isso! Os comentários são sempre positivos e simples. Ninguém acha defeito, dá sugestões. Vejo o trabalho de vocês do Trotamundos Coletivo muito importante nesse sentido de levantar a discussão, analisar o que é produzido, sugerir recortes, caminhos. E do livro a gente espera que atraia outro tipo de comentário e crítica, até porque ele vai chegar às mãos da crítica especializada, sejam revistas, jornais, sites. Porque são veículos que estão consumindo arte o tempo todo, sabem diferenciar o que é bom ou ruim. E agente quer saber, ter esse retorno, receber uma crítica construtiva.
4. Trotamundos Coletivo: E vocês fazem uma análise crítica do que produzem? Como funciona?
Victor Balde: Uma coisa que agente sabe que tem que evoluir é no processo de curadoria do que produzimos. Às vezes por causa de prazo a gente acaba não tendo a possibilidade de se encontrar e analisar o que foi produzido e o que vai ser separado e enviado ao cliente. Perdemos muito com isso, deixa de aprender, deixa de enviar o que realmente fizemos de melhor. Quando começamos a trabalhar com Marcelinho Hora, a coisa mudou muito. Nós paramos pra discutir mais, estabelecer parâmetros de escolha, edição e finalização do material. Mas há muito ainda que melhorar. Precisamos buscar esse tempo, de ver, discutir, refletir sobre o que é produzido, aprender com o olhar do outro.
5. Trotamundos Coletivo: Vocês já pensaram em criar um portfólio e colocar à análise de alguém que trabalhe com fotografia de música? Ter um contato mais direto?
Victor Balde: Seria uma boa…
Arthur Soares: Sim, sim…
Victor Balde: Eu tenho uma grande dificuldade, seja com curadoria, seja em analisar o trabalho. Arthur, pela prática do dia a dia, por ser fotojornalista, conseguiu se desenvolver bem mais nesse aspecto. Eu sempre acabo separando muito material, tenho uma dificuldade em estabelecer critérios. Espero trabalhar mais, desenvolver essa habilidade.
6. Trotamundos Coletivo: Será que não está faltando planejamento?
Arthur Soares: Conseguimos fazer isso quando o show é mais produzido. Um lançamento de CD, ou quando viajamos juntos com alguma banda que vai tocar fora. Sempre há mais tempo de discutir e estabelecer critérios, tanto entre conosco, como com a banda. E realmente o resultado é bem melhor. Mas acho que isso também pode ser provocado por terceiros. Esses encontros, o planejamento, por pessoas que não são da fotografia, que pertencem a outras áreas e que também estão envolvidos na produção de algum show ou espetáculo. Quando existe uma equipe centrada para conversar sobre esse planejamento, consegue-se desenvolver um trabalho melhor. Sejam estes produtores, diretores, iluminadores…
7. Trotamundos Coletivo: Mas essa conversa não pode ser provocada por vocês? Não deveria?
Victor Balde: Sim, sim. Precisamos cobrar que isso aconteça com mais regularidade…
8. Trotamundos Coletivo: Como vocês sentem hoje o mercado da Fotografia de música no nosso estado? Vocês se sentem valorizados?
Victor Balde: Todo começo é sempre difícil, com o desenvolvimento do trabalho, a gente vem conseguindo passo a passo mudar a realidade. Um trabalho que era feito praticamente de graça há três anos, que não cobria nem os custos de transporte (risos), hoje, já é bem mais valorizado. Conseguimos fechar boas parcerias com as bandas. Mas ainda há muito que mudar…
Arthur Soares: No começo íamos fotografar porque achava a banda interessante, produzia um material, colocava na net, que tinha uma boa repercussão e ai, de repente, uma banda chamava a gente para um outro show. Com o passar do tempo, tudo vem se tornando mais sério. Mas porque agente também começou a mostrar mais seriedade. A gente prefere fechar shows que sejam mais produzidos, que tenham uma boa condição de luz, palco. Mostramos a importância disso às bandas para o próprio resultado fotográfico. Se uma banda entra em contato, sempre mostramos a importância da busca de referências visuais para a realização do trabalho. Eles precisam ter referências, buscar essa identidade visual, informações que vão ajudar a criarmos o recorte visual ideal. Quanto à parte financeira, hoje nós temos bandas que vão tocar e já solicitam orçamento antes, já pensam no nosso trabalho como investimento e isso é uma conquista!
Victor Balde: Temos tido muito cuidado com essa parte de orçamento. Inclusive criamos um ‘pré-orçamento’, em PDF, com um questionário base, que a banda preenche algumas informações, que vão servir de base pra gente, a partir dai, agente manda um orçamento via email. Mas é difícil. O meio é muito mal acostumado a fazer as coisas de qualquer jeito, mas agente tem feito a nossa parte. A Snapic tem dado a sua parcela de contribuição para que as coisas mudem. Mas a mudança vem aos poucos mesmo, agente sabe disso…
9. Trotamundos Coletivo: Como foi que surgiu a idéia de transformar essa documentação fotográfica da cena musical sergipana em livro?
Victor Balde: Foi conseqüência. Começamos a fotografar como ‘Snapic’ em 2008, enquanto fazíamos o curso de Jornalismo. Nesse período, nosso acervo, a partir das constantes coberturas, só crescia. Produzíamos muito e o reconhecimento desse trabalho também. E na faculdade, a gente estava num momento de começar a pensar no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), o que íamos fazer.
Arthur Soares: Eram as duas coisas que estavam acontecendo naquele momento. Fotografia e conclusão do curso de Jornalismo…
Victor Balde: Foi uma coisa natural. Aí veio a idéia de pegar esse acervo, esse trabalho e conseguir formatá-lo dentro de um projeto de TCC. O recorte, focando na música sergipana, veio da possibilidade de fazer com que esse trabalho pudesse também gerar e dar um retorno cultural, incentivo, visibilidade mesmo, tanto pra cena musical, quanto pro estado. E a partir daí produzimos esse primeiro trabalho. No tamanho 20 cm x 25 cm, 40 páginas, foi aprovado na nossa graduação e a partir disso agente pensou na possibilidade.
Arthur Soares: De levar mundo à fora, de sair da academia e de certa forma pagar essa dívida que tínhamos com a sociedade…dar um retorno mesmo!
Victor Balde: Feedback mesmo. O que agente pode trazer para o nosso estado? Mostrar o que está sendo produzido aqui. Já rola uma discriminação com o Nordeste, imagina com Sergipe, menor estado da federação. Então quisemos mostrar que existe música bem feita sendo produzida aqui e vamos fazer isso a partir do nosso olhar, do que registramos…
Arthur Soares: E dá mais seriedade também, né? Sair daquele formato da internet, onde você só comenta, curte. Deixar o projeto mais tátil mesmo. No princípio agente não tinha pensando em fazer um livro, por conta do custo, da falta de recurso financeiro mesmo, agente tinha a idéia de fazer apenas uma exposição;
Victor Balde: Havia uma distância muito grande entre realizar uma exposição e publicar um livro. Eram sonhos muito distantes! (risos)
Arthur Soares: Mas a intenção era fazer uma exposição…
10. Trotamundos Coletivo: Quem deu o ‘start’? Quem mostrou que a publicação do livro seria possível?
Victor Balde: A Diretora de Cultura e Arte da Sociedade Semear, Cita Domingos.
Arthur Soares: Agendamos a exposição lá na Semear e o material que foi do TCC seria o catálogo. Faríamos poucas cópias, tudo dentro do orçamento que a gente tinha. Quando nós nos reunimos com a Cita, pra ajustar as datas, confirmar o período e todo o planejamento da exposição, fomos informados que a Petrobras tinha um recurso separado para a nossa exposição!
Victor Balde: Foi a nossa Megasena! (risos)
Arthur Soares: Com esse recurso começamos a sonhar mais alto. Vimos que algo maior poderia ser feito. Tínhamos cerca de 70% do valor do projeto em caixa, restava viabilizar o restante…
Victor Balde: Foi uma virada de mesa. Pensamos então em viabilizar o restante do projeto via ‘Financiamento Colaborativo’, onde conseguimos vender antecipadamente 80 livros. Com esse dinheiro finalmente viabilizamos a impressão do livro e só nos restava agora conseguir novos parceiros, empresas menores, que entrariam como apoiadores culturais para financiar a exposição. A captação de novos recursos deixou a exposição muito mais rica conceitualmente e também mais produzida. Conseguimos viabilizar várias idéias e contar com uma equipe muito profissional ao nosso lado. Para a curadoria do livro e da exposição tivemos Marcelinho Hora junto conosco; a ambientação ficou com o Daniel Almeida; a direção de arte do livro foi do João Henrique; produção executiva de Alex Rocha e a produção artística da Nah Donato. Teremos ainda como mestre de cerimônia Diane Veloso. Show da The Baggios, com participação da Karne Krua, Maria Scombona, Patrícia Polayne, Plástico Lunar, Elvis Boamorte o os Boas Vidas e Oganjah. A captação de áudio será do Luiz Oliva, a de imagens pela Snapic, Pronto Filmes e Raphael Borges (Mingau). O técnico de som será o Dudu Prudente, o roadie será o Raul Matos e assistentes Fernanda Vieira, Vivian Madureira, Ingrid Baracho, além das intervenções dos artistas plásticos Duardo, Fábio Sampaio e Cachorrão.
11. Trotamundos Coletivo: Quais os próximos passos da Snapic? Quais os projetos futuros?
Victor Balde: Após o lançamento do livro, nós estamos planejando levar a exposição para outros lugares. Levar nosso projeto para o maior número de capitais possíveis. Após essas excursões com a exposição, lançaremos um DVD que vai contar toda a história, fechando um ciclo. Esse DVD, a princípio, terá três etapas, sendo a primeira com o slide show de todas as fotos do livro, a segunda o show gravado na íntegra no dia do lançamento do livro/exposição e a finalizando com um documentário sobre todo o processo de criação. Começo, meio e fim do que foi o projeto ‘Música pra Ver’.
12. Trotamundos Coletivo: Uma mensagem final…
Arthur Soares: Só queria finalizar, falando sobre a lição que estamos tirando nesse momento, que a fotografia não se faz apenas com fotos, mas com diálogo, conversa. Estamos à disposição de todo mundo que queira interagir e somar com agente em nossos projetos e idéias…
Victor Balde: É isso, a vida está passando, agente tem que produzir, sempre em prol da arte e da cultura e acreditar sempre! A partir do momento em que agente acredita em nosso trabalho, um dia vão começar a acreditar no trabalho da gente…
Em outubro de 2008 os estudantes de jornalismo Victor Balde e Arthur Soares se reuniram para, juntos (já o faziam em separado), registrar em fotos o Festival “Dueto Cultural”, que aconteceu no Espaço Emes e contou com a presença das bandas Maria Scombona e Capitão Parafina, além de Arnaldo Antunes. Era o nascimento da Snapic, assinatura pela qual os dois passaram a acompanhar e fotografar a efervescente cena musical sergipana em suas mais diversas manifestações, do Hard Core da veterana Karne Krua ao forró estilizado da Naurêa, passando pelo metal, MPB, rock, samba rock, blues e reggae de nomes como [maua], Patricia Polayne, Plástico Lunar, Mamutes, The Baggios, Elvis Boamorte e os Boavidas, Máquina Blues, Reação e Oganjah. Isto para ficar apenas no âmbito local, já que registraram também, através de suas lentes sempre espertas, bem posicionadas e com um olho no clique e outro na qualidade do acabamento, atrações de porte nacional e internacional, como Iron Maiden, Criolo, Vivendo do ócio, Jessie Evans, Roberta Sá, Kaki King, Racionais MC´s, Afrika Bambaata, Leonardo (ele mesmo, o ídolo sertanejo) e Fiuk (sim, o fenômeno teen), dentre muitos outros. Com a repercussão merecidamente obtida, foram publicados por periódicos como a Revista Rolling Stone e os jornais O Globo, A Tarde, Cinform, Jornal da Cidade, Jornal do Dia e Correio de Sergipe. Faltava-lhes apenas, para “eternizar” seu trabalho, um registro definitivo em papel de boa qualidade encadernado na forma de um livro – porque os livros ficam!
Não falta mais. Amanhã, na Galeria Jenner Augusto da sociedade Semear, em Aracaju, a dupla Snapic vai lançar, finalmente, seu livro, “Música pra ver”. Além de uma exposição de fotos ampliadas e da venda do livro, o evento contará com a participação de outra dupla, The Baggios, comandando o som com o auxilio luxuoso de convidados especiais da cena musical local.
The Baggios é a banda mais fotografada pela Snapic, portanto não é de surpreender que sejam eles a emoldurar capa e contracapa do belíssimo volume que é “Música pra ver” – impresso em papel couchê de altíssima qualidade (fator imprescindível para a valorização das imagens) e encadernado em capa dura. O trabalho foi realizado pela Gráfica Santa Marta, da Paraíba, empresa escolhida por eles devido ao trabalho realizado com o livro “Sergipe: Do litoral ao sertão”, de dos fotógrafos Lucio Teles, Marcio Dantas e Marcio Garcez.
Ao abrir o volume você se deparará, primeiramente, com mais uma foto dos Baggios – preto e banca, tirada no Morro do Cristo de São Cristóvão. Ao lado do belíssimo e sucinto texto de apresentação assinado pelo também fotógrafo (e guru) Marcelinho Hora (que também fez a curadoria da obra), Daniela, da Renegades of punk, aparece empunhando uma guitarra e vestida numa camiseta da banda Besta Fera em meio à penumbra da saudosa “Casa do rock”. Também em preto e branco.
Depois temos a ficha técnica e um pequeno texto informativo sobre o nascimento da dupla ilustrado por uma foto de Marcelinho Hora – agora colorida. Cores que explodem, finalmente, nas páginas seguintes, com fotos da Maria Scombona no Espaço Emes em 2008. Azul e vermelho se sobressaem. Nada mais justo que começar o livro propriamente dito com o primeiro grupo fotografado por eles, assim como é igualmente justo dar prosseguimento com a banda de rock mais antiga em atividade no estado, a Karne Krua. Nas duas páginas dedicadas aos veteranos, uma pose pra lá de expressiva do guitarrista Alexandre Gandhi e, logo abaixo, a que eu considero a melhor foto que já vi de Silvio – ele de costas, com o punho erguido.
Nas páginas seguintes, Jezebels e Alapada no Rock Sertão, e então uma deslumbrante fotografia promocional da Plástico Lunar apresentada em página dupla. Costumo preferir fotos de apresentações ao vivo, mas as fotos promocionais produzidas pela Snapic são igualmente excelentes. A Plástico aparece também no palco ao longo das 8 páginas dedicadas a eles – destaque para uma de Plástico jr. com o contrabaixo em primeiro plano.
Depois de uma Patricia Polayne estilosa em poses teatrais, mais uma excelente foto promocional em página dupla, desta vez com os “thrashers” da Nucleador – que também são clicados em ação durante sua excelente e energética apresentação no Rock Sertão do ano passado.
Aí você vira mais uma página e fica frente a frente com a imagem de Jimi Hendrix projetada num telão logo acima da cabeça de Rafael Jr., em sua encarnação como baterista do Ferraro Trio. Mais duas páginas com o Ferraro envolto em penumbra (gostei muito da que mostra Robson de costas, com o braço do contrabaixo se sobressaindo na escuridão) e então outra foto promocional, da banda Rótulo – que também é focada ao lado se apresentando ao vivo acompanhada com o que imagino que seja um garoto de rua “peralta” dando cambalhotas e tocando uma guitarra imaginária. Muito bom!
As seis páginas dedicadas à Naurêa incluem uma impressionante fotografia em página dupla tirada do alto que os mostra de frente para uma multidão. Destaque também para outra que flagra um abraço carinhoso entre os vocalistas Alex Santanna e Marcio de Dona Litinha - carinho também presente entre Karl Dy Lion e Rick Maia, da mamutes, registrado em preto e branco. Na foto seguinte, já colorida e em página dupla, uma figura não identificada com a cabeça baixa escondida por um boné e uma vasta cabeleira. Segundo Balde, é o “Coringa” do livro – ele me desafiou a descobrir quem é, mas eu só acertei depois de uma dica.
Seguimos em frente: Diane Veloso tomando vinho numa apresentação ao vivo da Banda dos Corações partidos; os vastos dreadlocks dos caras da Reação; um set list riscado, detalhes da decoração de palco e dos instrumentos dos Boavidas que acompanham Elvis Boamorte – 10 páginas para eles, com direito a um close nos pés do vocalista/guitarrista/ex-baterista; duas páginas para um oganjah ora reflexivo, ora descontraído; mais duas para um Alex Santanna que parece ser só felicidade em cima do palco; maua no rockaju e em Euclides da Cunha, Bahia, com destaque para uma sensacional foto de página dupla em preto e branco e para as caretas sempre engraçadas de Ericão, e depois um Renegades of punk em registro meio gótico, expressionista e sombrio, na Casa do rock.
Uma página preta – preta mesmo, sem nenhuma imagem – nos remete à parte final do livro, que traz uma bela sequencia de fotos da Máquina Blues, com o “velho guerreiro” (ele vai rir ao ler isto) num estiloso chapéu de “cowboy” erguendo os braças, saltando e dando socos no ar e, finalmente – e novamente – The Baggios. As 13 últimas páginas (18, se contarmos a foto de apresentação, a do encerramento, a capa e a contracapa) são merecidamente deles. O aparecimento de Julico no cenário musical local, que eu acompanho desde 1987/88, foi, para mim, uma das mais gratas surpresas. O cara veio meio que do nada (desculpe aí, São Cristóvão, mas vocês – e estou falando não do povo da cidade, mas do apodrecido e corrupto poder público - merecem, depois de não tê-los convidado nem para a comemoração da elevação da Praça São Francisco à condição de Patrimônio da Humanidade) e arrebatou a todos com seu vocal característico, suas composições bluseiras simples e certeiras e suas guitarras matadoras, o que os faz conquistar, aos poucos, a atenção e admiração dos amantes da boa música no Brasil e no mundo (foram recomendados pelo jornal inglês “The Guardian”!). Ou, pelo menos, dos que conseguem enxergar para além das comparações óbvias com suas influencias confessas, a saber o White Stripes, o Led Zeppelin, Raul Seixas e tudo mais de bom que o bom e velho rock and roll (e o blues) produziu nestas várias décadas de vida. The Baggios não inventou a roda, mas a faz girar ao seu estilo, com personalidade e competência acima da média. E são também, apesar de se resumirem a uma dupla – ou por isso mesmo – extremamente fotogênicos, como atestam as sempre belíssimas fotos da Snapic tiradas deles. Para o livro, foram selecionadas uma que mostra a dupla tentando tocar a lente do fotógrafo, outra que flagra Julico reverente num ambiente religioso, mais uma (muito usada por aí) com os dois “de role” pelas ruas da cidade histórica, uma com Julico abraçado ao violão, outra só com os instrumentos em repouso no estúdio, uma sequencia da gravação do primeiro disco e outra, matadora, com momentos de suas apresentações ao vivo.
E é isso. Espero, sinceramente, que meu (não tão) pequeno porém singelo (ui!) texto tenha feito justiça a esta belíssima obra, que será ainda melhor degustada com o passar do tempo, quando poderemos, literalmente, ver em perspectiva este momento único pelo qual vivemos. Espero também que, daqui a alguns anos - ou décadas - as coisas evoluam e este livro seja encarado como o registro do princípio de algo ainda maior, ao invés de trazer à mente o tristemente célebre bordão “a gente era feliz e não sabia”. Em todo caso, não se contente com a leitura de minhas palavras. Vá e veja com seus próprios olhos. Amanhã, terça feira, 17 de abril de 2012, às 19:30, na Sociedade Semear. Entrada grátis. Já o livro custa 50 pilas – não considere como um gasto, é investimento.
por Adelvan
O livro reúne apenas imagens de artistas sergipanos. São 20 ao todo: The Baggios, Patrícia Polayne, Alapada, Reação, Máquina Blues, Plástico Lunar, Maria Scombona, Ferraro Trio, Karne Krua, NaurÊa, Rótulo, Elvis Boamorte e os Boavidas, [maua], Mamutes, Nucleador, Banda dos Corações Partidos, Oganjah, The Jezebels, Renegades of Punk e Alex Sant’anna.
A Galeria de Artes Jenner Augusto fica na sede da Sociedade Semear - Rua Vila Cristina 148 - Aracaju - Sergipe - Tel: (79) 3302-6323 / 3214-5800
Os dois responsáveis pelo projeto, Victor Balde e Arthur Soares, estarão ao vivo nos estúdios da Aperipê FM na próxima edição do programa de rock.
Mais Informações: http://www.snapic.com.br/
Nascido na mesma Londres em 1923, Marshall começou como baterista antes de entrar no ramo dos negócios e criar a Marshall Amplification em 1962. Por volta de 1960, o jovem Pete Townshend, que mais tarde foi o guitarrista do The Who, havia sugerido que ele expandisse sua loja de música para vender também guitarras e amplificadores, além de baterias.
De acordo com uma entrevista que ele deu há vários anos, a loja de Londres rapidamente se transformou em uma "troca de trabalho de rock 'n' roll", e Marshall contratou um engenheiro de uma gravadora para ajudá-lo a construir protótipos de amplificadores. Depois de rejeitar as cinco primeiras tentativas, ficou satisfeito com o som da sexta – e recebeu 23 encomendas para o novo equipamento apenas no primeiro dia.
Músicos lendários, incluindo Jimi Hendrix e Eric Clapton, estavam entre os primeiros usuários dos amplificadores Marshall. Quando Hendrix entrou na loja, ele lembra de ter pensado: "Que inferno, aqui está outro guitarrista americano querendo algo por nada." Mas o guitarrista pagou o preço total por tudo que ele comprou sem atraso.
Marshall é reverenciado como um dos quatro antecessores dos equipamentos de rock, juntamente com Leo Fender, Les Paul e Seth Lover. Dentre outras homenagens, recebeu uma honra da Ordem do Império Britânico pelos serviços prestados à indústria da música e à caridade, por ter doado milhões de libras para "causas nobres", de acordo com seu website - dentre elas estão o Royal National Orthopaedic Hospital, em Stanmore, onde ele teria sido tratado de tuberculose quando era criança.
That´s all folkls! Até próximo sábado, às 19:00H.No set list, apenas as músicas do álbum em questão, lançado em 1979, mas que se mantém ainda atuais. Todas as inquietudes do final da década de 70 ainda estão presentes se analisarmos o mundo tendo como paramento “The Wall”. As angústias de um mundo que parece não mudar (ou talvez só pareça piorar) eram projetadas no muro gigante que envolvia o palco, pois em todo o espetáculo vemos imagens de fotografias, desenhos, grafites e filmes de forte impacto, provocando um fascínio generalizado no público e fazendo daquilo um ponto a parte.
Se na noite anterior o Rio de Janeiro tinha recebido o ativista americano e fundador de umas das maiores bandas do Hard Core de todos os tempos, Jello Biafra, (ex-Dead Kannedys), naquela noite tínhamos o também ativista Roger Waters, talvez o sujeito mais punk do rock progressivo e quiçá muito mais punk que muito moleque por aí que corta o cabelo igual a jogador de futebol e se diz punk.
Enfim, esses conflitos de gostos ideológicos vão alem, o fato é que Roger Waters apresentou um espetáculo altamente politizado e crítico às injustiças do planeta e com várias homenagens a personalidades e pessoas comuns, mas que hoje se tornaram imortais de alguma causa, como por exemplo o brasileiro Jean Charles de Menezes, morto ao ser confundido com um terrorista pela polícia inglesa e que vem tendo sua foto exibida no palco nesta turnê e a quem Roger Waters dedicou o concerto.
"Gostaria de dedicar este concerto à Jean Charles, sua família e sua luta por verdade e justiça; e também a todas as famílias das vítimas do terrorismo de estado em todo mundo. 'The Wall' não é sobre mim, mas sobre Jean e todos nós".
O espetáculo tem inicio com “In the Flesh?” que desde seu princípio deixava ecoar no estádio o som de um avião de guerra em combate. Ao final da música, o avião se choca com parte do muro, que é destruída, e a partir dali todo o muro é reerguido até esconder todo o palco ao fim da primeira parte do concerto, ao som de “Goodbye Cruel World”.
Em “Another Brick In The Wall Part 2″ o coral de crianças foi feito pelos alunos da Escola de Música da Rocinha, que foram apresentados por Roger Waters em bom português. Éramos colocados de frente com inúmeras fotografias e desenhos de protestos que me faziam pensar que estava diante dos livros da série “Baderna”. A música cumpria o seu papel, como já esperado. Em “Goodbye Blue Sky” eram exibidas imagens de centenas de aviões bombardeiros que arremessavam símbolos de religiões, países, sistemas políticos e multinacionais. Se o propósito era passar uma mensagem contra essas ideologias, o recado foi bem dado.
Tijolo a tijolo, “O Muro” continuava a ser erguido e aos poucos o palco foi sumindo. Roger Waters, além de baixista e vocal, também atacava de ator no palco. Uma performance completa!
Com o fechamento do muro, o espetáculo tem uma pausa de 25 minutos e neste momento são projetadas dezenas de fotos e um texto de apresentação em inglês de revolucionários e vítimas que ao longo da história sofreram com o terrorismo, didaturas e injustiças. Novamente Jean Charles de Menezes é homenageado, e nesse caso o Brasil não parou por ai, pois o líder seringueiro Chico Mendes também foi lembrado e estava lá entre Gandhi, Emiliano Zapata, Salvador Allende e tantos outros.
A clássica “Hey You” abre a segunda parte do espetáculo, e durante toda música a banda se coloca atrás do “Muro”. Ninguém a vê, só a ouve, e vislumbrando todo o espetáculo visual de luz e projeções que agora acontece em todo o muro. A partir daí pequenos espaços entre os tijolos se abrem temporariamente em algumas músicas, como em “Is There Anybody Out There?” onde apenas Waters e mais um músico podem ser vistos. Já na seguinte, “Nobody Home”, ele canta em uma pequena sala montada entre os tijolos. O momento apoteótico da noite, no entanto, é “Comfortably Numb”, com Roger Waters cantando sozinho na beira do palco e diante da imensidão do muro enquanto o guitarrista Dave Kilminster manda ver na guitarra no alto do muro.
Outro momento memorável foi em "Run Like Hell". Roger Waters mantinha todo o estádio em palmas sincronizadas, quando um híbrido inflável de porco com javali sai de trás do palco e é puxado como uma pipa lentamente até o meio do público. O porco todo pichado com palavras e frases de ordem segue pelo céu do estádio até o final de “The Trial”, e em sincronia com “O Muro” que veio abaixo como um balão em tempos de festas juninas. Detalhe: o porco foi solto praticamente em cima DA MINHA CABEÇA! Naquele momento todos que estavam próximos queriam arrancar um pedaço dele, como se seu esquartejamento fosse pôr fim à todas as injustiças que aquele suíno carregava grafitadas em sua pele plástica como: "Chega de Corrupção", "Porcos Fardados", “Fora Impunidade”, “Racismo”...
Lógico que peguei um bom pedaço daquele rabicó e juntamente com uma das mascaras das crianças do clip de “Another Brick in the Wall”, que foram produzidas por um grupo de fãs/amigos da cidade de Itaguaçu/ES que fez uma "vaquinha" - diria até que esses são os verdadeiros "Atom Heart Mother" - e mandou rodar 3.000 unidades na única gráfica da cidade, distribuindo-as antes do inicio do espetáculo. Pedaço do Rabicó e mascara entraram para minha coleção de souvenirs do rock, da qual constam uma toalha do Bruce Dickinson e palhetas do Motorhead, Slayer e Scorpions, dentre outros ítens.
Finalizando o espetáculo, “Outside the Wall”, que ganhou uma nova versão acústica e ao final Roger manda a letra: "Obrigado, Rio. Vocês foram uma platéia magnífica".
Durante toda a noite de 29 de março de 2012, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, a palavra a que poderia representar tudo que vi foi ‘espetáculo’! Evitei usar o termo ‘show’ pois show talvez seja pouco.
Fotos: Michael Meneses, Mel, M Rossi e Rafael Koch Rossi
Texto: Michael Meneses
Set list:
PARTE 1
“In the Flesh?”
“The Thin Ice”“Another Brick in the Wall (Part 1)”
“The Happiest Days of Our Lives”
“Another Brick in the Wall (Part 2)”
“Another Brick in the Wall (Part 2) Reprise”
“Mother”
“The Show Must Go On”
“Goodbye Blue Sky”
“Empty Spaces”
“What Shall We Do Now?”
“Young Lust”
“One of My Turns”
“Don’t Leave Me Now”
“Another Brick in the Wall (Part 3)”
“The Last Few Bricks”
“Goodbye Cruel World”
PARTE 2
“Hey You”
“Is There Anybody Out There?”
“Nobody Home”
“Vera”
“Bring the Boys Back Home”
“Comfortably Numb”
“In the Flesh”
“Run Like Hell”
“Waiting for the Worms”
“Stop”
“The Trial”
“Outside the Wall”