O ano é 1992 e o U2 está no topo do seu jogo. A turnê ZOO TV estava decolando, lançando um inédito conceito transgressor na relação ‘arte/música’, integrando a tecnologia de ponta da época ao showbizz. Até então, telões eram meros rebatedores de imagem, ampliando o tamanho daqueles homenzinhos na multidão, para que o pobre coitado lá de trás pudesse pelo menos entender o que se passava no palco. Mas a banda e, especialmente, Bono queriam mais. Queriam transformar a experiência toda. E o momento era perfeito. “O conceito do Bono para um show audiovisual era, onde ele pudesse interagir com o que estava passando no telão, com imagens ao vivo e pré-gravadas e misturar tudo isso”, disse Adam na biografia “U2 by U2”. “Nós realmente queríamos fazer algo que nunca tinha sido visto antes, usando TV, texto e imagens. Era um projeto muito grande e caro pra ser posto em prática. Nós nos permitimos ser levados por novas tecnologias”, completa o baterista.
E esse monstrengo começou pequeno e cauteloso em espaços menores para testar todo o processo, que nem eles mesmos sabiam se iria dar certo. Acredite: o primeiro show da turnê em Lakeland, na Flórida, foi ‘somente’ para 15 mil pessoas! Para Edge, “a Zoo TV não era uma apresentação, era um estado de alma”. A banda então foi para a Europa tocar em pequenos ginásios e voltou para a América para levar seu monstro aos estádios. Com o subtítulo de ‘Outside Broadcast’, a turnê se revigorou e ganhou novos contornos fantásticos, os elevando a um patamar jamais visto.
Segundo Paul McGuinnes, o ‘quinto U2; “a Zoo Tv foi entendida mundo afora como uma nova categoria de apresentação. Foi o surgimento do vídeo como um elemento criativo, muito mais do que nós chamávamos de i-mag – magnificação da imagem. Os críticos de arte e de arquitetura estavam escrevendo sobre nós. Era muito engraçado. Psicologicamente, isso elevou o U2 a um grupo de elite que incluía apenas Pink Floyd e The Rolling Stones. Me lembro de assistir a um dos shows com Mick Jagger. Ele se virou para mim e disse, “Isso vai ser como ‘Guerra nas Estrelas’. Se você faz alguma coisa tão grande quanto isso, nós teremos que fazer ainda melhor”. De certa forma ele estava certo, porque a partir daí o público não iria aceitar uma banda em uma caixa preta com um pouco de aço e uma lona sobre as suas cabeças e painéis brancos com algumas imagens ao lado do palco. Essas três produções, Pink Floyd, The Rolling Stones, e acima de tudo, o U2, elevou o nível para todo mundo.
Porém, quando a banda terminou essa parte da turnê e resolveu voltar para a Europa levando um show já encorpado e definido aos estádios de lá, os faniquitos de Bono começaram a tilintar. “Nós estávamos indo para o nosso segundo ano na estrada. Dai surgiu a ideia, ‘Nós vamos ter algum tempo de folga. Ainda temos algumas ideias do último álbum, vamos fazer um EP, talvez umas quatro novas músicas para dar um tempero a mais para próxima fase da turnê. Um item de colecionador. Vai ser legal’”, comenta Edge. “Então nós fomos para o Factory Studio, em Dublin, durante algumas semanas em fevereiro de 1993. Mas, na metade do processo de produção desse material, Bono, um eterno otimista, disse: ‘Se nós vamos ter todo o trabalho de fazer um EP, vamos nos esforçar e ver se conseguimos fazer um álbum completo’. Eu estava lutando na época para dar alguma forma a musica, e não fiquei muito entusiasmado com a ideia no começo. Mas dai vi que era um grande desafio, um pouco impressionante. Conseguiria o U2 fazer um álbum em doze semanas, que era todo o tempo que nós tínhamos, ou nós nos tornamos tão mimados pelos orçamentos sem fim das gravações que nós precisamos de um ano para fazer um álbum?”
Foi nessa imersão em um universo completamente diferente do já haviam experimentado que o ‘estado de espírito’ da ZOO TV os contaminou. Os contaminou não só para desafiarem-se logisticamente, mas também, musicalmente. Porque não tentarem ir onde nunca estiveram? “Nós tínhamos (os produtores) (Brian) Eno (ex-Roxy Music) e Flood (Depeche Mode e Nine Inch Nails), o que já era uma grande ajuda, mas por causa do problema do tempo, nós tínhamos que nos dedicar muito. Não havia nenhuma oportunidade para bagunças ou mesmo segundas opiniões, nós tínhamos que escrever, produzir, gravar e só”, comentou Edge.
E dessa ‘pressa’ nasceu o clima errático de “Zooropa”. O conceito era falar sobre o futuro através do presente, como um álbum conceitual. Imaginar um homem tão maravilhado com esse lugar que estava disposto a renegar tudo o que acreditava. Sobre esse período, Bono comentou; “Foi muito intenso, uma época de muita criatividade. Nós estávamos perdidos no nosso trabalho, na nossa arte e na nossa vida, tudo parecia ter se misturado em apenas uma coisa. As calças de plástico estavam ficando cada vez mais difícil de serem tiradas após os shows”.
Cada faixa não foi realmente pensada para um disco conceitual, porém, tudo acabou se encaixando de forma quase sobrenatural. “Era a nossa chance de criar um mundo ao invés de apenas música, e um mundo lindo”, completa.
Já na abertura, a faixa-título (que é dividida em duas partes: ‘Babel’ é a introdução hipnótica enquanto ‘Zooropa’ começa no mantra da guitarra de Edge, e nasceu em uma passagem de som durante a turnê), já tínhamos uma surpresa. O U2, famoso pelos seus refrões para estádios, começava seu rebento sem um deles. “É o nosso novo manifesto”, disse Bono. A letra: “Eu não tenho nenhuma bússola, eu não tenho mapas, e eu não tenho nenhuma razão para voltar’. “Brian Eno estava na sua ‘área’. O estúdio se tornou um instrumento, um parque de diversões, vários ataques plásticos com seus teclados DX7, várias levantadas de sobrancelha do Larry e do Adam. A faixa de abertura era o equivalente em áudio do visual de “Blade Runner”. Se você fechar os seus olhos, você pode ver o neon, o LED gigantesco advertindo sobre todas as maneiras de efemeridade. Eu queria me livrar do peso que eu estava carregando. Eu queria voar. Tinha muita melancolia a nossa volta. ‘E eu não tenho religião, Eu não sei o que é isso’. Há uma linha no Novo Testamento que diz que o espírito se move e ninguém sabe de onde ele vem ou para onde ele está indo. É como o vento. Eu sempre senti isso sobre a minha fé. A religião geralmente é inimiga de Deus porque ela nega a espontaneidade e a quase anárquica natureza do espírito”.
E é assim, questionando a sua fé, que “Zooropa” começa. E o mais estranho nisso tudo, é que mesmo os fãs mais quadrados compraram a ideia. “Deslizaram sob a superfície das coisas”, como a banda gostava de mencionar. Só dessa vez, a superfície escondia sim muito conteúdo mergulhado em estranheza. Não acredita? Pegue “Babyface”, a segunda faixa. Em uma melodia eletronicamente doce, Bono versa sobre sexo com uma imagem na televisão. Famosa pela religiosidade, em duas canções a banda consegue ir mais longe do que antes, negando a fama religiosa e exaltando o sexo via satélite. Detalhe: antes das Webcams dominarem o mundo.
"Numb”, escolhida pela banda para ser o primeiro single do álbum, é a antítese do que foi escolhida para ser: não tem refrão, paixão, explosão… Nada! Originalmente um demo que sobrou do álbum “Achtung Baby” chamado “Down All The Days” (que recentemente viu a luz do dia no box comemorativo de vinte anos do álbum lançado em 2001) e cantada pelo guitarrista The Edge, a faixa retrata um homem sem vida e sem vontades, totalmente absorto na programação da televisão vinte quatro horas por dia. O sensacional vídeo dirigido por Kevin Godley costurou o conceito audiovisual da banda ao extremo, mostrando Edge olhando nos nossos olhos como um robô saído de “2001 – Uma Odisseia no Espaço” enquanto a vida acontece a sua volta. “É um retrato cruel do que ele estava sentindo naquele momento e o que muitas pessoas estavam sentindo no mundo sobre a mídia. Ele estava bem nesse meio, mas se tornou uma grande metáfora para a mídia a incapacidade dessa geração de sentir qualquer coisa pelas imagens que você vê.”, comentou Bono.
Depois dessa tríade de abertura, já poderíamos esperar qualquer coisa e o hino “Lemon” só reforça a estranheza. Totalmente cantado em falsete por Bono, a canção versa sobre a memória mais antiga de sua mãe, Iris, morta quando ainda era criança. “Eu tenho poucas lembranças da minha mãe porque o meu pai nunca falava sobre ela depois que ela morreu”, conta ele. “Então foi uma experiência muito estranha receber pelos correios, de um parente muito distante, um filme Super 8 da minha mãe ainda nova, com 24 anos, mais jovem do que eu, participando de um jogo em câmera lenta. Essa linda e jovem garota irlandesa, com uma cintura bem fina, curvilínea e com cabelos negros como de uma cigana. O filme era em cores e parecia extraordinário. Era um casamento, onde ela era a dama de honra vestida em um lindo vestido cor de limão. Eu cantei com a minha voz de ‘Fat Lady’, mas havia uma aspereza na letra. Havia duas coisas acontecendo, memória e perda, o retrato de uma garota em um vestido limão cintilante, que a deixava sexy e alegre e o fato de um homem se separar das coisas que ele ama. Eu realmente senti pelo Edge naquele momento, porque ele teve que se mudar de casa. A sua primeira esposa, Aislinn, era uma garota muito especial e ele era muito próximo da sua família. ‘Lemon’ é sobre deixar ou não deixar a casa”, complementa.
A faixa é uma canção dançante e cíclica. Quase uma homenagem a grande tecnologia que, em 93, prenunciava mudar o mundo. A reciclagem. Quem não se lembra do Doutor Brown usando lixo como combustível em “De Volta Para o Futuro 2”?
“Stay”, construída a partir de uma demo chamada “Sinatra”, é a única coisa “quase” U2 tradicional no álbum. Inspirada pelo filme alemão “Tão Longe, Tão Perto”, de Wim Wenders, continuação de “Asas do Desejo” e mais conhecido por aqui pela refilmagem norte-americana “Cidade dos Anjos”, ela é quase que como um pedaço de céu, porém, cinza. Melancólico, Bono lamenta sobre a distância das coisas. Sobre a impessoalidade que a tecnologia impõe, ao mesmo tempo em que versa sobre anjos caídos, tema central dos filmes. Uma obra prima reverenciada até pela própria banda. “É a principal faixa do álbum”, segundo Edge.
E esse é o lado A. E pensar que era o lado mais fácil do disco. O lado B consegue ser ainda mais difícil que o anterior, porém, com uma angústia quase Joy Division. Pós-Punk e industrial.
Já na abertura com a bluesy “Daddy’s Gonna Pay For Your Crashed Car” (outra que nasceu das jam sessions durante as passagens de som), nos sentimos dentro do palco da ZOO TV. Sob uma introdução sampleada das fanfarras preferidas de Lênin e uma bateria marcial, perfeita para um desfile de soldados marchando, Bono versa sobre a imaturidade de um viciado como um demônio convencendo alguém a pular de um precipício. O mesmo vale para a canção seguinte, “Some Days Are Better Than Others”, com uma linha de baixo matadora de Adam Clayton e uma guitarra que mais parece um zunido do que aquele velho instrumento de seis cordas. Edge está totalmente a vontade com um novo universo nas suas partes. Ele não está ali como um Guitar Hero. Quando aparece, são para intervenções, barulhos dissonantes. A letra é ainda mais cínica: “Alguns dias você se sente um pouco bebê procurando por Jesus e sua mãe. Alguns dias são melhores do que outros”. Na melhor linha Lou Reed.
Durante sete faixas, o narrador desconfia do mundo e o rejeita. Faz amor e fica entorpecido pela televisão. Alcança o cume de sua arrogância e cai de joelhos do seu pedestal e, como um anjo caído, brinca com a fossa dos outros. Chegou então a hora do arrependimento.
Na sua parte final, a temática é autocontida. O personagem que afirmava e questionava agora se mostra arrependido e quer voltar para casa, em uma jornada de autopunição. A tríade “The First Time” (que originalmente se chamava “The Prodigal Son” e foi escrita como um tema soul para Al Green, grande expoente da música negra norte-americana e uma das maiores influências de Bono), “Dirty Day” e “The Wanderer” fecham esse disco com chave de ouro. “The First Time” é uma música muito especial”, explica Bono. “Me parece muito certo que bem no meio de todo esse caos e luzes ofuscantes haveria um momento muito simples, poético. É a história do filho pródigo, mas nela o filho pródigo decide que não irá mais retornar. É sobre perder a sua fé. Eu não tinha perdido a minha fé, mas eu era muito simpatizante com as pessoas que tinham a coragem de não acreditar. Eu vi várias pessoas perto de mim terem experiências ruins com a religião, sendo tão maltratados que eles sentiram que não podiam mais ir lá, o que é uma vergonha.
Já “Dirty Day” é uma música sobre pai e filho. “’It’s a dirty day’ (É um dia sujo), era uma expressão que o meu pai costumava usar e tem muito dele nessa música, mas também foi influenciada por Charles Bukowski, o grande escritor norte-americano e bebedor”, comenta Bono. “O seu apelido era Hank e eu uso essa frase no final da música, ‘O Hank diz que os dias passam como cavalos sobre as colinas’. A música é sobre um sujeito que deixa para trás sua família e que anos depois reencontra o filho abandonado. Não é sobre o meu pai, mas eu uso algumas das atitudes do meu pai nessa música. ‘Eu não conheço você e você não conhece metade disso’. ‘Nenhum sangue é mais grosso do que tinta’. ‘Nada tão simples quanto você pensa’, são todas coisas que o meu pai dizia. ‘Isso não dura o tempo de um beijo’ é outra do meu pai, a forma que ele dispensava alguma coisa que achasse transitória.” Complementa.
Sobre “The Wanderer”, talvez uma das melhores coisas que o U2 fez em todos os tempos, ele comenta; “Eu tive muitas figuras paternas na minha vida. Que lista isso daria! Mas em algum lugar no topo dessa lista tem que estar Johnny Cash, para quem nós escrevemos uma música e o persuadimos a vir e cantá-la conosco, para fechar o álbum, ‘The Wanderer’. Eu escrevi essa letra baseado no livro de Eclesiastes do Velho Testamento, o qual em alguma tradução é chamado de O Pregador. É a história de um intelectual com sede por viagens. O pregador quer encontrar o sentido da vida e para isso ele tenta um pouco de tudo. Ele tenta viajar, tem todas as visões, mas não é nada disso. Ele tenta vinho, mulheres e música, mas não é isso. Tudo, ele diz, é orgulho, orgulho de bobagens, se esforçando atrás do vento”.
A canção, que originalmente se chamava “The Ellis Island” (a ilha onde está a estátua da Liberdade, em Nova York), é uma resposta à pergunta feita no início do disco, na faixa-título. A redenção a danação; “A música é o antídoto para o manifesto de incertezas de Zooropa”, Bono comenta. “Mesmo se o álbum começasse com ‘Eu não tenho uma bússola, eu não tenho um mapa’ – em outras palavras, Eu não sei, mas eu aceito esse estado de incertezas – ‘The Wanderer` apresenta uma solução possível. Em linhas gerais sobre o álbum, a chave é aprender a viver com as incertezas, mesmo que seja preciso permitir que a incerteza seja o seu guia. Eu me lembro de tentar ordenar alguns problemas com as frases da música e o Johnny me interrompendo e dizendo, ‘Não, eu gosto quando o ritmo é irregular. Eu quero fazer o inesperado’. Outra lição de um mestre. Mas escutar a voz de um marinheiro ancião cantando sobre sons eletrônicos era um pouco de justaposição e uma das melhores coisas que nós já fizemos”, finaliza.
A banda se lançou na turnê europeia durante a finalização e o lançamento do disco. Várias faixas foram tocadas ao vivo em um primeiro momento e, outras, somente quando a turnê chegou a Ásia e a Oceania, onde o U2 fez o registro definitivo dessa fase, com a gravação do show em Sidney, na Austrália. No bis, Bono entrava travestido como o personagem MacPhisto, uma brincadeira, misturando o tradicional nome ‘Mac’, muito comum no Reino Unido, com o anjo caído Mefistóles. “Para esse personagem, nós viemos com a ideia de um velho diabo inglês, um pop star com um passado primoroso, retornando regularmente a cada estação a Las Vegas e alegrando qualquer um que escutasse suas histórias dos bons e maus dias”, comenta Bono.
O disco foi extremamente bem recebido pela crítica, apesar das vendas não terem sido tão expressivas para os padrões da banda até então. Muitos chegaram a elegê-lo como um dos melhores do ano e a banda ganhou um Grammy como “Melhor disco alternativo”, o que parece surreal. Praticamente todo o material do disco foi descartado após o término da “ZOO TV”; “Stay” é a única que foi mais regularmente tocada nas turnês subsequentes. “The First Time” apareceu em alguns shows da turnê “Vertigo”, entre 2005 e 2006 e, depois de dezoito anos, “Zooropa” foi finalmente tocada completa, e sua primeira apresentação foi exatamente aqui no Brasil, no segundo show da turnê “360°”, em uma performance tão arrasadora que foi mantida até o final da gira. Infelizmente, a banda não valoriza o disco como deveria; “Eu nunca pensei no Zooropa como algo mais do que um intervalo”, comentou Edge. “Mas um bom intervalo. De longe, o nosso mais interessante.”.
Bono complementa; “Na época eu imaginava
Zooropa como um trabalho de gênios. Eu realmente achava que a nossa
disciplina pop estava se encaixando na nossa experimentação e esse era o
nosso Sgt. Peppers. Eu estava um pouco enganado em relação a isso. A
verdade é que a nossa disciplina pop estava nos deixando para baixo. Nós
não criamos hits. Nós praticamente não entregamos as músicas. O que
seria de Sgt. Peppers sem as músicas pop?”.
A banda ainda manteve o pé na
experimentação por mais alguns anos; O projeto “Passengers : Original
Soundtracks One”, lançado em 1995, e o controverso álbum “Pop”, de 1997,
que junto da sua turnê “Popmart”, quase quebrou a banda. Mas isso fica pra depois.
O que sobra, e o que deve ser sempre
lembrado, é esse grande disco, de uma banda que tinha tudo para ser
muito mais que produtores de hits radiofônicos. Se existe arte no
trabalho do U2, ele foi todo comprimido nesse pequeno, esquisito e torto
disco de dez faixas lançado há vinte anos. Uma pena que será esquecido…
NOTA DO BLOG (Adelvan): Por mim, nunca foi - esquecido. Vira e mexe me pego afirmando ser este o meu disco preferido do U2, muito embora goste de todos (ok, o último é fraquinho) e tenha um especial carinho por "The Joshua Tree". Lembro que eles já haviam entortado minha cabeça com "Achtung Baby", do qual eu não havia gostado. Quando vieram com "zooropa" pensei: "fudeu de vez, os caras piraram! Que porra de disco esquisito é esse? E que porra de falsete ridículo é esse de Bono (em Lemon)?". Mas com o tempo fui assimilando, e até hoje "lemon" é uma de minhas músicas favoritas do U2. Voltei a gostar deles e a partir dali com uma admiração renovada, já que, além de uma grande banda pop que lotava estádios, passaram também a ser um grupo que não tinha medo de experimentar e se reinventar. Só agora, com "no line on the horizon" - que ainda é um bom disco, pelo menos na primeira parte, que em vinil seria o lado A - eles parecem estar perdendo o fôlego. Tanto que o próprio Bono já acusou o baque e tem externado o medo de que sua banda se torne, finalmente, irrelevante. Tomara que não aconteça, mas se acontecer, eles podem ficar tranquilos: o legado que deixaram é enorme, imensurável.
NOTA DO BLOG (Adelvan): Por mim, nunca foi - esquecido. Vira e mexe me pego afirmando ser este o meu disco preferido do U2, muito embora goste de todos (ok, o último é fraquinho) e tenha um especial carinho por "The Joshua Tree". Lembro que eles já haviam entortado minha cabeça com "Achtung Baby", do qual eu não havia gostado. Quando vieram com "zooropa" pensei: "fudeu de vez, os caras piraram! Que porra de disco esquisito é esse? E que porra de falsete ridículo é esse de Bono (em Lemon)?". Mas com o tempo fui assimilando, e até hoje "lemon" é uma de minhas músicas favoritas do U2. Voltei a gostar deles e a partir dali com uma admiração renovada, já que, além de uma grande banda pop que lotava estádios, passaram também a ser um grupo que não tinha medo de experimentar e se reinventar. Só agora, com "no line on the horizon" - que ainda é um bom disco, pelo menos na primeira parte, que em vinil seria o lado A - eles parecem estar perdendo o fôlego. Tanto que o próprio Bono já acusou o baque e tem externado o medo de que sua banda se torne, finalmente, irrelevante. Tomara que não aconteça, mas se acontecer, eles podem ficar tranquilos: o legado que deixaram é enorme, imensurável.
por Marcio Guariba
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