Primeiro veio a batalha pela liberdade, agora vem a batalha pela propaganda. Três meses após o fim de um julgamento que as lançou para a fama mundial, as integrantes da banda dizem que estão lutando para impedir que qualquer um ganhe dinheiro em cima de sua marca, que vale uma fortuna, segundo especialistas. Se elas estivessem interessadas, as meninas poderiam ficar ricas com turnês, filmes, documentários e contratos de gravação. Mas é um anátema para as mulheres que, vestidas com máscaras extravagantes, vestidos e meias-calças descombinantes, invadiram uma catedral ortodoxa russa em fevereiro e fizeram uma "oração punk", pedindo à Virgem Maria afastar Putin.
"Nós nunca iremos permitir que a marca seja registrada", disse Yekaterina Samutsevich, a única das três integrantes da banda a ficar livre até agora, que anunciou em seu comunicado que vai representar os interesses das duas que ainda estão na prisão. "Nós sempre dissemos que nossa banda nunca seria comercial. Até um certo ponto, ela foi criada para combater o comercialismo." Samutsevich, 30, foi condenada em agosto por vandalismo motivado por ódio religioso, juntamente com Nadezhda Tolokonnikova, 23, e Maria Alyokhina , 24. A pena Samutsevich foi suspensa e ela foi libertada em um recurso; Tolokonnikova e Alyokhina iniciaram suas penas de dois anos de prisão. A Anistia Internacional considera-as prisioneiras de consciência.
Reuters
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