Fora isto, a diversidade de sempre: o programa abre com Asterdom, banda “stoner” de São Paulo que nos enviou 5 cópias de seu EP “It starts” para sortearmos entre nossos ouvintes, um bloco psicodélico alternativo contemporâneo brasileiro: Astronauta Pinguim com seu novo single, “Klaato Barada Nitko” (clássica e enigmática frase do igualmente clássico da ficção científica “O Dia em que a terra parou”), Plástico Lunar com mais uma pérola esquecida de seu início de carreira e Anjo Gabriel, sensacional combo vianjandão pernambucano (ver resenha do disco abaixo).
No Bloco do ouvinte, Classic rock, cortesia de um “amigo de facebook”. Fechando o pacote, um especial com 3 Blocos de “Drop Loaded” para tirar o atraso provocado pelos dias em que o programa não foi ao ar devido às transmissões ao vivo de eventos pela Aperipê FM.
Alalaô – ôôô – ôôô – Mas que calor – ôôô – ôôô
Feliz carnaval.
A.
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Janeiro de 1991. Há exatos 20 anos, acontecia o Rock in Rio 2. Eu era repórter e fui entrevistar Rob Halford, vocalista do Judas Priest, sobre o show que a banda faria no festival. Naquela época pré-Internet, pré-Youtube e pré-histórica, o jornalista muitas vezes não tinha a menor idéia de como era a cara do entrevistado. A gente só conhecia os artistas de capas de discos ou fotos em revistas. E as revistas sempre chegavam aqui com meses – ou até anos – de atraso. Bastava um corte de cabelo para você não distinguir quem era quem numa banda. Por isso era comum, em coletivas, que os integrantes iniciassem a entrevista se apresentando, para evitar confusões.
Cheguei ao hotel e fui falar com o assessor do Judas Priest. Ele disse que Halford estava na piscina e queria fazer a entrevista enquanto tomava um banho de sol. Cheguei à piscina, que estava abarrotada. Famílias inteiras de europeus tostados de sol, correndo pelo lugar. Uma barulheira infernal. Como achar Halford? Não foi difícil: Ele era o único que usava um fio dental.
Rob Halford era inconfundível: careca, branco como uma vela, cheio de tatuagens e com uma sunga preta de couro do tamanho de um tapa-olho. Estava deitado numa espreguiçadeira e tomava drinks coloridos, daqueles decorados com um guarda-chuva pequenininho.
O cara foi uma simpatia. Falou da origem da banda e da expectativa de tocar pela primeira vez no Brasil. Só se irritou quando alguns integrantes do Megadeth começaram a dar bombas na piscina e espirraram água em nós. Halford reclamou e foi repreendido com insinuações homofóbicas dignas de caminhoneiro.
A verdade é que, em 1991, poucos fãs do Priest sabiam que Rob Halford era gay. Para os fanáticos, todo aquele couro preto e tachinhas era coisa do demo, não do Village People. Halford só sairia do armário em 1998, numa corajosa entrevista para a MTV americana. O baixista Ian Hill resumiu: “era o segredo mais mal guardado da história do metal!”
Mas, de qualquer forma, o intérprete da entrevista coletiva no Rock in Rio tratou de se antecipar. E quando Halford pediu licença para que os músicos se apresentassem: “Please, let us introduce ourselves”, o sujeito traduziu por:
“O Sr. Halford pede licença para que os membros do Judas Priest possam se introduzir uns aos outros!”
por André Barcinski
Fonte: Blog
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O Ministério da Saúde adverte: se você é impaciente, mantenha distância deste disco. Caso paciência seja uma de suas virtudes, prepare-se para uma viagem sem volta ao lado mais obscuro e sombrio de Jimmy Page, do seu ocultimo e de seu flerte com a magia negra. É trilha sonora para viagens, sejam elas de carro, navio, avião ou psicodélicas. Mais de uma hora e seis minutos percorridos na sinuosa estrada de seis músicas instrumentais, com um vocalzinho ou outro aqui e acolá no meio do caminho. Chato? Depede de você. Do seu estado de espírito e de seu grau de entrega. Pode ir do fascínio ao tédio. De minha parte, a sensação é de tremendo bem estar ao ouvir cada nota de guitarra, cada teclado viajado, cada acompanhamento de baixo e bateria.
O Anjo Gabriel parece congelado nos ano 1970. Eis o seu charme. Principalmente ao vivo, pois seus integrantes parecem saídos de outro planeta. Absolutamente fora de contato com a realidade. E, careta do jeito que a realidade se impõe, é um alento que, em plenos 2010, ainda existam bandas como o Anjo Gabriel.
Se você quiser uma definição curta e grossa, ela é mais ou menos assim: pegue o Led Zeppelin e o deixe ainda mais chapado. Componha faixas com mais de dez minutos de duração. E, em cada uma delas, visite os pontos extremos de uma viagem musical: suavidade e agressividade. Leveza e densidade. Calmaria e turbulência.
O Anjo Gabriel havia lançado um álbum cujo título entregava tudo: Manual Prático de Psicodelia. Aqui, não há manual, guia, norteamento. O ouvinte que se vire e que se perca a cada segundo de O Culto Secreto do Anjo Gabriel. E, quer saber? Nunca foi tão bom se perder por aí.
cotação – ótimo
por Hugo Montarroyos
Reciferock
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Asterdom – Castration, Double castration
Astronauta Pingüim – Klaato Barada Nikto
Plástico Lunar – Lágrimas azuis (garota da árvore)
Anjo Gabriel – peace karma
George Thorogood – Bad to the bone
Rock´n´roll Racing – Higway Star (Deep Purple)
Black Sabbath – paranoid
Henry Mancini – Peter Gun
Mars Bonfire – Born to be wild
Golden Earring – Radar Love
(produzido por “torpedo”)
Judas Priest:
• The Calm Before the storm
• The Hellion
• Electric Eye
• Rapid Fire (c/Ripper Owens)
• Night Crowler (single Edit)
• Turbo Lover (Hi-Octane mix)
Especial Drop Loaded:
Souvenirs – conselhos
Graforréia Xilarmônica – A técnica do baixo acústico
Pastel de Miolos:
• Não se engane
• Desespero
Watson:
• Tupanzine
• Itumbiara
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