Vinda lá das entranhas dos anos 1980, recheada de melodias e saudosismo e
com o slogan de primeira banda autoral de Sergipe - o que é normalmente
justificável, pois as outras que faziam isso naquele momento ainda se
encontravam nas garagens, quartos e salas de suas casas. A Crove já tinha
nascido, tinha caído na boca do mundo.
Por alguns anos ficou fora de atividade e agora retorna com o que poderia
ter se tornado um clássico do rock sergipano se lançado anos atrás, mas nunca é
tarde para o rock. O disco nos traz um passado muito massa, especialmente para
aqueles que viveram e viram a Crove em atividade na época: um rock que faz jus
ao termo “rocker”, usado por todos na época. A mescla de rock pesado no estilo
setenta, garageiro, musica pos- punk, rock nacional estilo anos oitenta é visível
e muito presente ali nas veias sonoras do Crove Horrorshow. Letras que emanam
imagens e uma atitude sonora datada, mas para quem é um “rocker” o cd soa
perfeito e verdadeiro, para antes ou depois do rock, e é Crove. Devo destacar
também a arte gráfica, que ficou muito bacana.
O disco tem um clima muito bom por inteiro e são muito destacáveis as
faixas “Dança do forró”, “catedral” e o espetacular “rockão” “geração
ropinol”. A sonoridade oitenta do rock Brasil aparece em “Tanta coisa”; já “Barra
pesada” - excelente - mostra a veia pesada que a banda sempre teve, e é uma característica
que vem do trabalho mais antigo do Eduardo(guitarra e voz) presente na antiga
banda “Perigo de vida”. Faixa excelente, rock pesado, velhão e do bom. “Sem
grana”, outra faixa que se destaca, o resultado ficou muito bom - não posso
falar muito pois sou um pouco cúmplice disso com a minha participação.
No final de “tudo” fica aquele desejo de colocar o disco de novo pra rolar, e
isso é pra poucos! Mas com a Crove Horrorshow é assim: rock para
depois do rock.
por Silvio Campos
Em Aracaju, à venda na
FREEDOM
Rua Santa Luzia, 151
Centro, Aracaju/SE
próximo à Catedral
(79) 9924-8973
Perfeito, Silvio. Agradeço de coração por suas palavras.
ResponderExcluir