Os caras da CROVE realmente foram bala certeira neste disco. Fazem um apanhado das varias fases da banda em um registro mais do que perfeito em termos do som que foi feito em sua trajetória ate os dias de hoje - basta ouvir as introduções de "Não Mais", "Catedral", "Tanta Coisa" ou quem sabe "Tudo", com a sua linha de baixo classuda - de Fabio Snoozer - e perceber que estamos sendo levados em um tapete mágico por uma viagem pelo túnel do tempo ao passado embalados pelos chorus da Guitarra de Luiz Eduardo, presente em varias canções do disco. Ou em riffs matadores e vocais inspiradíssimos em momentos como "Barra Pesada", "Sem Grana" - esta dividindo a raiva vocal com o grande Silvio Campos da Karne Krua. Ou em "Geração Ropinol", cheia de jabs e diretos matadores daquele que é considerado um dos melhores bateristas da historia do rock sergipano, o emblemático Marcos Odara.
A Crove Horrorshow deu o seu recado - que estava guardado há um bom tempo - e mostrou que, apesar do tempo, o seu rock não desbotou e nem criou bolor. Pelo contrario, mostrou que rock ainda se faz com vontade de matar, envenenado pelo sangue da cidade, saindo muito doido pela noite, derrubando tudo que se passa pela frente, e procurando um mundo que se possa encontrar. É o rock sergipano passando por cima de tudo e de todos. É como eu costumo dizer: o rock tem que ser malvado, se não for malvado vai acabar virando algodão doce.
por Karl, vocal da banda Mamutes
Ficha Técnica
Músicas e letras: Crove Horrorshow
Guitarra e voz principal: Luiz Eduardo
Bateria e vocais: Marcos Odara
Baixo e vocais: Fabio Snoozer
Técnico de som: André Franzon
Teclados e mixagem: Leo Airplane
Concepção e arte gráfica: Fábio Viana
Desenhos: Helder (Dj Dolores)
Fotos: Snapic
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