quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Um lugar do caralho.

Me lembro como hoje a primeira vez em que pisei na Galeria do Rock. Foi em 1991, levado por um primo, infelizmente já falecido. Eu estava em São Paulo com o objetivo principal de ir ao Rock In Rio, na ciudad maravillosa, mas não dispensei, evidentemente, uma visita a este verdadeiro templo roqueiro do qual eu já tinha lido tanto a respeito. Fiquei feito pinto no lixo, como era de se esperar.

Foi assim em todas as vezes que voltei lá - pelo menos enquanto eu ainda não tinha tanto acesso à internet. Hoje em dia tudo está muito mais fácil, à altura de um clique, mas na época era simplesmente surreal ver com estes olhos que a terra há de comer verdadeiras pérolas raras do cancioneiro "rocker". Passava dias inteiros vasculhando as lojas. A que mais impresisonva era a Baratos Afins, do Calanca: pilhas e pilhas e pilhas de vinis, todos lacradinhos em plásticos, muitos raríssimos. Lá completei minha coleção dos mutantes no bom e velho formato da bolacha preta. Em outra loja, não lembro qual, comprei, também em vinil, um dos maiores orgulhos de minha coleção: "kick out the jams", do MC5. Há de se registrar, também, alguns encontros inusitados, como uma vez em que fui surpreendido pela presença de Robério, brother de Aracaju, ex-baixista da Logorréia, então morando em Sampa.

Ao lado havia (creio que ainda há) a chamada "galeria indie", uma espécie de irmã menor da Galeria do rock. Lá, ainda no início dos anos 90, comprei o primeiro disco das Breeders, então ainda um projeto paralelo de Kin Deal do Pixies, e o vendedor, muito gente boa, quis saber de onde eu era. Ao ouvir minha resposta, ele perguntou se tinha bandas de rock por aqui. Eu respondi que sim, inclusive eu fazia vocal em uma, mas nada muito sério, era uma banda de grindcore pornográfico feita só por diversão. Perguntei se ELE tinha alguma banda e obtive como resposta: "tenho sim, mas estamos meio que começando agora, você não deve conhecer não". "Fala o nome", insisti - "Pin Ups", ele respondeu. Lembro que ele ficou muito surpreso de eu conhecer a banda, embora na verdade eu não conhecesse, apenas tinha ouvido falar de uma apresentação deles no extinto programa "Materia Prima", da Rede Cultura, apresentado por serginho Groisman. O nome do vendedor era Zé Antonio.

De outra feita, entrei numa loja bacana, me distraí olhando os discos quando sou surpreendido por uma pergunta do cara por trás do balcão: "você é o Adelvan, de Aracaju?". A loja era a Sensorial Discos, e o dono era meu amigo de fé, meu irmão, camarada, Carlos Rodrigues Costa. Muito legais estes encontros inesperados.

Estou com saudades da Galeria do rock - faz aproximadamente 7 anos que não apareço por lá.

A.

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A Galeria do Rock, conjunto comercial localizado na Avenida São João, em São Paulo, famosa por reunir mais de 450 lojas e adeptos de diversas vertentes culturais, agora pretende se firmar, também, como espaço de eventos, recepcionando mais exposições, intervenções, shows e performances em geral.

A ideia vem acompanhada de um projeto de maior presença virtual. Um blog e contas no Twitter e Facebook foram criados com o intuito de facilitar a interação com as diversas tribos musicais que convivem na Galeria, que recebe cerca de 25 mil pessoas por dia durante a semana e 35 mil aos sábados e domingos.

Para marcar as mudanças, o espaço busca recriar sua identidade visual com a ajuda dos frequentadores. Em sua página no Facebook, é possível escolher em uma das quatro logomarcas que estão em votação. A que os internautas selecionarem, ao final da disputa, irá representar a Galeria a partir de abril.

Fonte: Revista Rolling Stone

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(wikipedia) Galeria do Rock é um centro de compras localizado na cidade de São Paulo[1]. Foi fundada em 1963, com o nome de Shopping Center Grandes Galerias. Localizada entre a Rua 24 de Maio e o Largo do Paysandu, possui cerca de 450 estabelecimentos comerciais, com predominância para o comércio de produtos relacionados ao rock e outros estilos musicais. Bruce Dickinson (vocalista do Iron Maiden), Lily Allen, Kurt Cobain (ex-vocalista do Nirvana), Tarja Turunen (ex-vocalista do Nightwish) e bandas como Dream Theater, Rammstein, Paradise Lost e Sepultura já visitaram o local[2].

Dos espaços comerciais, mais de 300 são lojas, divididas em Hip-Hop no Subsolo, Skate e produtos mais populares no térreo, Rock nos Primeiro, Segundo e Terceiro Andares e Silk Screen e estamparias em geral nos terceiro e quarto andares. Possui também salas de tatuagens.

Foi recentemente uma das locações da novela das sete da Rede Globo, Tempos Modernos, o que causou um aumento no fluxo de visitantes segundo os lojistas do centro de compras[3]

História: A Galeria do Rock é um conglomerado de 450 estabelecimentos comerciais, sendo 190 dedicadas ao mundo do rock. São vendidos CDs, discos, vídeos, camisetas, acessórios, bandeiras, pôsteres e itens de decoração. Há também estúdios de piercing e tatuagem e sedes de fã-clubes, como o Magical Mystery Tour (Beatles), Sepultura, e Raul Seixas. Os outros são lojas de roupas, estabelecimentos de serigrafia, salões de cabeleireiros, oculistas, alfaiates, etc.

O prédio onde hoje se encontra a Galeria foi fundado em 1963, com o nome de Shopping Center Grandes Galerias, um centro comercial diversificado com lojas de serigrafia, salões de beleza, locais que realizavam consertos de TVs e outros. No final dos anos 70, passou haver uma “invasão” de lojas de disco voltadas principalmente para o rock, comandada pela loja Baratos Afins, a primeira que se instalou por ali. A cultura de rua e o hip hop também têm seu espaço no térreo e subsolo.

O edifício foi projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias, que emprestou seu excepcional talento em cada detalhe arquitetônico. Mathias também foi o responsável pelo projeto do conhecido Shopping Iguatemi, primeiro shopping Construído no Brasil, e do majestoso Palácio Anchieta (onde se aloca a Câmara Municipal da Cidade de São Paulo), Portal do Morumbi e outras dezenas de obras espalhadas pelo País.

A Galeria do Rock chama a atenção pelo seu formato ondulado, inspirado no Copan. Somente no final da década de 70, lojas de disco começaram a se instalar no local. Pelo grande número de estabelecimentos voltados para o público "roqueiro", recebou o apelido pelo qual é, hoje, amplamente conhecida.

Recentemente houve uma progressiva revitalização do espaço, graças principalmente à atuação de seu administrador e presidente do Instituto Cultural Antonio de Souza Neto (conhecido pela alcunha de Toninho da Galeria) que, diante das condições que enfrentou no início de sua gestão, foi qualificado de Santo milagreiro pela imprensa e pelos lojistas. Antonio, que além de ser fotógrafo, jornalista e sociólogo, aplicou-se com obstinação à tarefa de remodelar e emprestar ao lugar o prestígio de que hoje desfruta. Hoje, valorizada pela maravilhosa arquitetura original, 30 mil pessoas circulam por dia entre corredores limpos e com segurança.

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Um comentário:

  1. ainda vou ver se dou um saque la galeria do rock . lugar foda que quero ver , mostra a força do rock no brasil

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