sexta-feira, 7 de agosto de 2009
# 117 - 07/08/2009
no alto, Marcelo Birck
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Mutantes – teclar
Mestre Ambrósio – Cacimba Nova
Nação Zumbi – o fole roncou
Mundo Livre S/A – Dezessete e setecentos
Eddie – retrato de um forró
Drop Loaded:
Entrevista com Anderson “Foca”
The Sinks – Positive Mentally Armed
Bugs – Edgar
New Order – Krafty
Electronic – Forbidden city
Monaco – shine
The other two – selfish
20 Minutes de Chaos – guerre dês interests
Napalm Death* - don´t bother
No Rest – Isolado
Extreme Noise Terror – Screaming fucking mayhen
Disrupt – Domestic prison
Nieu Dieu Nieu Maitre – presente de Bush
Varukers – protest to survive
Chicken´s Call – Notre histoire
Alla prima – dor de cotovelo song
Ludov – reprise
Lestics – velho
Publica – como num filme sem fim
Capim Maluco – endoidar
Marcelo Birck – ouça esta canção
Baoba Stereo – Santaolalla
Labirinto – silêncio póstumo
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* Há controvérsias quanto à autoria da demo da qual foi extraída esta música, intitulada “punk is a rotting corpse”. Ela circula pela net como sendo uma das primeiras gravações do Napalm Death, fato que foi desmentido por um dos fundadores da banda, Nic Bullen, no Fórum oficial do Napalm Death. Detalhe: a confusão é tanta que a referida demo constava da discografia no site oficial da banda e na Wikipédia. De qualquer forma, é bem interessante, e a duvida só aguça a curiosidade em saber, afinal, que banda é esta, caso não seja, realmente, o Napalm Death.
Abaixo, o post creditado a Nic Bullen:
Official Napalm Death Forum
Posted: Wed Dec 05, 2007 7:58 pm
Post subject: 'Punk is a Rotting Corpse' Demo
Hello - can someone please tell me how I can contact the Webmaster/mistress of the Napalm Death site?
(The 'Contact' link on the main site doesn't seem to work)
The reason I ask is that I want to get the entry for a 'Punk is a Rotting Corpse' demo in the Discography removed.
There is NO such demo recording by Napalm Death, there NEVER HAS BEEN, and I sincerely doubt there ever will.
This erroneous, misinformed and inaccurate 'demo recording' is the subject of an entry in Wikipedia and is retained there on the basis that it is mentioned in the 'official' Discography on the Napalm Death website: as a result, I would like it removed.
If someone can advise, I would be grateful.
Thanks,
Nic Bullen*
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Sobre Lestics: Em 2007 o Lestics era um duo formado por Olavo Rocha e Umberto Serpieri. Naquele ano foram lançados os discos "9 sonhos" e "les tics". Em 2008, com a entrada do baixista Marcelo Patu, do baterista Felipe Duarte e do guitarrista Lirinha, a banda se concentrou em fazer shows. Em 2009 foi lançado o álbum "Hoje" (os três discos estão disponíveis para download em www.lestics.com.br).
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Baobä Stereo Club é som de gente grande. Gente que passou por bandas, por subgêneros do rock e suas ramificações com o jazz e o erudito, e subitamente desembocou em uma clareira livre e criativa, onde as coisas já não têm rótulos (e as obrigações que eles trazem), mas apenas o prazer das infinitas possibilidades a serem exploradas.
Baobä Stereo Club é a guitarra semi-acústica (mais violão, bandolim e piano) de Henrique Diaz, a bateria (e percussão) de Paulo Soares e foi, a princípio, montado como um trio, com a presença da DJ Luci Hidaka nas texturas eletrônicas. O formato os deixava próximos da cena pós-rock paulistana, de Hurtmold, Labirinto e outras bandas. Hoje Henrique e Paulo trazem mais um diferencial para o projeto: as músicas do BSC, mesmo quando parecem espontâneas ou desconstruídas, tem zero de improviso, ao contrário da cena de rock instrumental. Assim, nessa busca pelo rigor e pela justeza de expressão, o duo fugiu de mais um rótulo.
No álbum de estréia, ficaram duas músicas gravadas em ensaio com Luci (“Carnaval em Cabreúva” e “Trump'n'Bop”) e um remix de M.Takara para “Sem Querer”. A única outra participação do disco é a de Silvia Paes, que toca castanholas em “Para Cachaito”.
O interessante é que essa idiossincrasia do BSC não se converte em incomunicabilidade. Pelo contrário, suas músicas têm encontrado rapidamente canais alternativos de divulgação. O interesse da dupla pelo trabalho de compositores de trilhas parece ter dado uma senha para o destino: uma faixa do duo foi escolhida para a minissérie de “realidade alternativa” da MTV, Teoria das Cordas. Depois, em uma conversa ocasional de mesa de bar em Buenos Aires, Henrique conheceu o cineasta argentino Luis Diaz, que resolveu usar uma outra faixa do grupo no longa-metragem Hoy, la Pelicula. E mais duas músicas estão também na trilha do documentário Reboard, rodado por Alexandre Sesper.
Essa adequação a trilhas diz muito da capacidade do Baobä em criar climas envolventes. Henrique lembra que sua formação em violão clássico fala mais alto. Paulo, filho de jazzista, abusa dos contratempos e alterna o uso das peças de seu instrumento em seqüências muitas vezes improváveis para ouvidos amaciados pelo senso comum.
Baobä Stereo Club, o álbum, foi mixado online, trocando arquivos gravados na casa de Henrique com o produtor Clive Mund, do estúdio Deluxe de Florianópolis. O som de estúdio procura ser fiel às apresentações, algo entre o post-rock, jazz, experimentalismo, música clássica, ritmos latinos e trip-hop. Tudo nos termos do minimalismo, nem tanto porque se trata de um duo, mas porque o instrumental pode ser melhor captado em suas sutilezas. Então, procure um ambiente tranquilo, baixe a luz e se entregue às nove viagens que são as faixas deste disco.
www.myspace.com/baobastereoclub
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Capim Maluco
Um dos shows mais viscerais de São Paulo, o Capim Maluco foi formado em meados de 2000, no interior do Estado (cidade de Paraguaçú Paulista). Com uma sonoridade vigorosa e empolgante, o grupo é um projeto do guitarrista, vocalista e compositor Rafael Laguna, que o foi aprimorando ao longo de várias mudanças de cidade e de formação.
O álbum Flamingo é o salto esperado nessa carreira: repertório pinçado de todas as fases, arredondado pelo power trio (com Rodrigo Bernardes no baixo e Gustavo Santos na bateria), que é a formação atual. “O Capim vem evoluindo, dos três acordes para influências até de jazz”, diz Rafael. Mas o resultado do disco é coeso. A mesma pegada garageira, tanto em composições antigas como a porrada de abertura, “Endoidar”, até as mais recentes “Wasted’n’Old”, ou “Fííí”. Essa última é parceria com o baixista Rodrigo, que também é guitarrista em bandas mais jazzy e experimentais, como Freetools e Zappanois, ao lado de Gustavo. Aliás, a nóia sonora de “Fííí” ganhou em estúdio o reforço do sax tenor de Márcio Negri, que toca, entre outros, com o saxofonista Bocato. Destaques também são “Fool”, outra composição recente, que tem uma sonoridade mais moderna e dançante, quase um disco-punk, e a climática instrumental “Momento”, que fecha o álbum. Serginho Serra, do Ultraje a Rigor, é o outro convidado do CD, em “Revolta do Vizinho”.
“O conceito deste álbum foi fazer uma coisa mais distinta, sem perder o ataque da banda”, diz Rafael. De fato, a capa sóbria e classuda de Flamingo está a anos-luz de distância da capa da primeira demo, Real Mundo Imaginário, que trazia uma foto (verdadeira) de Rafael de porre, vomitando. Mas também é verdade que a banda não perdeu uma gota de sua contundência original. Tanto que algumas das faixas dessa demo foram regravadas com cuidado especial e permanecem atuais. Diz o produtor Carlos “Blinque” Milhomem (boss do selo e estúdio Objeto Sonoro, junto com Alê Manso) que o trabalho em estúdio foi exatamente burilar os detalhes – inclusive microfonias que parecem estar lá por acaso, ou solos trabalhados –, mas sem abrir mão da intensidade do grupo, que foi exatamente o que conquistou o pessoal do Objeto Sonoro.
Rafael ouviu o rock dos anos 90 – Nirvana, Sonic Youth, Mudhoney, Pavement, Dinosaur Jr., Superchunk, Smashing Pumpkins, Foo Fighters, Yo La Tengo, Queens of the Stone Age – como porta para pesquisar a psicodelia e a contracultura dos anos 60 e 70, particularmente em sua vertente mais pesada e experimental – Hendrix, Led Zeppelin, Doors, Zappa, Humble Pie, Stooges, MC5, King Crimson. O resultado é o que o guitarrista chama de “grassrock” ou de “rockelétricodistorsion”. Tem a ver com stoner-rock? “Tem”, diz Rafael, “mas o QOTSA, por exemplo, tem cinco malucos – nós somos só três malucos, o que determina mais simplicidade” (risos). Rafael também não se incomoda em filtrar essa mistura aos poucos, sem prazos nem pressão para gravar entre a agenda de shows da banda, “tipo Pati Smith” (risos), conquistando aos poucos boa repercussão entre a mídia especializada e o público.
www.myspace.com/capimaluco
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O nome “Alla Prima” vem de um termo comum da pintura e significa “pintura direta” ou "de primeira". A banda abrange um background bem relacionado com a expressão, já que dela participam artistas plásticos e designers. Além disso, a ela nasceu de três primos que se uniram.
O que chama atenção da Alla Prima é o mix de analógico com digital. O elemento eletrônico foi agregado por motivo de necessidade: não tinham baterista. Eles criaram um software que tocasse bateria em tempo real e, já que o notebook estava ali mesmo, não custava nada usar pra outras coisas. Inclusive, até a guitarra funciona como sintetizador em alguns momentos e isso sem falar no teclado.
Os instrumentos acústicos que fazem parte da banda são apenas a representação do gosto pessoal de seus integrantes. Além dos tradicionais guitarra, baixo e bateria, eles têm também violão de corda de aço, nylon, escaleta e o que mais lhes dá na telha.
A Alla Prima tem muitos backgrounds, idades e referências diferentes, então mesmo sem a pretensão, acaba reunindo um pouco de cada coisa. Misturando o familiar com o inusitado, o pop com o experimental, indo do rock ao samba, passando pelo jazz e a música eletrônica, tudo pode ser ouvido lá.
O disco Complete Anthology vol. 1 faz uma ironia no próprio título, pela quantidade de informação musical que contempla na sua construção. Segundo a banda, a primeira parte do disco serve para amaciar os ouvidos, em contrapartida no “lado b” estão as músicas mais eletrônicas, herméticas, alopradas.
A Objeto Sonoro foi o único selo que passou pela cabeça deles quando resolveram gravar pelo fato de darem preferência às bandas inusitadas e serem antenados com as novas questões do mercado fonográfico. Sem contar que todos os CDs lançados pelo selo são liberados para download gratuito.
www.myspace.com/allaprimasp
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LABIRINTO: Sexteto paulistano formado em meados de 2003, a partir dos anseios e experiências de amigos que buscavam materializar suas diversas influências musicais e pessoais através da composição instrumental, cujas sonoridades e timbres se mesclassem evitando a predominância de uma fonte sonora unívoca. As construções harmônicas priorizam as exaltações emotivas variadas que a música percorre ao longo do labirinto estético, ideal e interpretativo. Pluralidade instrumental e sonora, diversidade imagética,unidade conceitual, seja bem vindo ao labirinto; Guitarras + baixo + violoncelo + bateria + computador + silêncio! (música para cinema)
www.myspace.com/labirinto
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Pública
Criada em 2001, a Pública surgiu desde seu começo como uma banda autoral. Incentivados pelas bandas britânicas dos anos 90, como Oasis, Supergrass e The Verve, que atualizaram a sonoridade de bandas clássicas como Beatles e Rolling Stones, a Pública vem mostrando através de seus álbuns que é possível conciliar referências clássicas e atuais e criar sua própria música.
Embora tenha nascido no começo do novo século, somente em 2006 a banda lançou seu primeiro disco: Polaris. Através dele a banda começou realmente a ser destaque no cenário nacional, inclusive com a revista Rolling Stone Brasil fazendo uma crítica absolutamente positiva e sugerindo que “Pública é a ‘the next big thing’ do rock gaúcho* e brasileiro” e destacando que a banda era uma mistura entre Beatles, rock britânico e psicodelia.
Com o prestígio em alta devido as diversas matérias que saíram na imprensa elogiando o primeiro álbum, a banda partiu para uma seqüência de shows em festivais por todo país. Enquanto divulgava sua “salvem os Lp’s Tour” pelas capitais brasileiras, a banda se preocupava com a gravação de videoclipes: foram 3 extraídos do álbum de estréia, sendo eles Polaris, Lugar Qualquer (clipe que faz uma bonita homenagem para Porto Alegre, cidade dos cinco integrantes), e Long Plays, vídeo clipe que trouxe à banda uma indicação ao VMB – prêmio realizado anualmente pela MTV brasileira.
Em 2008 a banda se fechou em um estúdio no interior do seu estado para gravar Como num Filme sem um Fim, seu segundo álbum. Com a pretensão de lançar um grande disco, que ao mesmo tempo soasse pop incluísse uma parte bastante ousada e sombria, a Pública passa meses terminando este segundo trabalho.
Em janeiro de 2009 o disco é lançado e a repercussão é imediata. O jornal local mais importante, Zero Hora, destaca que “com o lançamento de Como num Filme sem um Fim, a Pública se firma como uma das mais importantes bandas do novo rock brasileiro” e continua: “bandas com a metade de qualidade de arranjos, originalidade, densidade e inspiração da Pública tem recebido este selo. As canções do novo disco têm um incrível apelo pop, com uma sonoridade que não encontra paralelo em nenhuma outra banda brasileira.”
A Rolling Stone Brasil novamente mostra seu apreço pela música do grupo com uma crítica positiva que lembra que “a banda tem tudo para se destacar no cenário pop nacional”, chamando o disco de “maduro, bem acabado e ambicioso”.
www.mypace.com/publicarock
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