segunda-feira, 3 de agosto de 2009
gigante animal
http://www.misturacultural.com.br/
Banda Gigante Animal faz shows no Rio próximo fim de semana e bate um papo com o Mistura Cultural
Segunda, 3 de Agosto de 2009 às 12:48
Texto: Michael Meneses
Prontos para realizar seus primeiros shows em solo carioca a banda paulista Gigante Animal bate um papo com o Site Mistura Cultural e fala da sua história, do novo EP intitulado “Obrigado, Ténn”, dos shows que estão por vir, das apresentações no Grito Rock e da participação no documentário “Re:board - Brazil Skate Art and Deck Research”. A banda é formada por Lucas Wirz (piano elétrico, guitarra e voz), Henrique Zarate (baixo e voz), Renato (guitarra) e Babalu (bateria), e como esse que vos escreve é o carioca mais sergipano da cena rock carioca e o batera Babalu é um sergipano vivendo em Sampa, aproveitamos para falamos sobre um pouco do rock nas terras de Sergipe del-Rei! Leia a entrevista e se preparem para os shows da Gigante Animal no Rio. As apresentações começam no próximo final de semana e tendo em vista que as influencias da banda são bem variadas não se resumindo apenas a música, mas também ao cinema, skate... Podemos dizer que tais shows serão uma verdadeira Mistura Cultural!
1 – Faça uma apresentação sobre o Gigante Animal. Influencia, história, discografia...
Lucas - O Gigante surgiu da união entre eu, Henrique, Guilherme, remanescentes do College, (myspace.com/bandacollege), e Thiago Behrndt (myspace.com/todaessaagua). Essa formação durou pouco menos de um ano com a saída de Guilherme e Thiago. Seguimos, eu e Henrique, fazendo músicas até, felizmente, encontrarmos Babalu (Karne Krua, Perdeu a Língua, Triste Fim de Rosilene) e Renato Ribeiro (Bandits e, atualmente, Porto, projeto do baterista myspace.com/richardribeiro). Lançamos, três EP´s(Xâera, Tchiqei, Lalão) cada qual com três músicas, processo esse desenvolvido com a intenção de "estudarmos" nossa sonoridade como banda e em estúdio. Tem sido muito proveitoso, pois além desse estudo, conseguimos manter material novo com certa freqüência, algo bom, acredito, para uma banda nova. A influência, como de praxe, é tudo aquilo que se vive somado ao que se escuta. De som, sempre difícil falar só isso ou aquilo, escutamos música de todos os gêneros. Cola num show pra gente trocar idéia de som!
2 – Percebe-se que a banda tem músicos oriundos de bandas de estilos diferentes ao som do Gigante Animal. Até que ponto isso ajuda ou não nas composições e no contato com o público? Afinal sempre tem aqueles fãs e amigos que imaginam que um músico vai tocar o mesmo estilo sempre.
Lucas - Verdade, quanto a origem de cada um influindo nas composições, acho demais, pois, naturalmente, acontece um diálogo ainda mais rico entre nós. No contato com o público, o fato de termos vindos de bandas diferentes, ajuda também, pois são diferentes públicos se encontrando, dando aquela temperada firmeza. Aproveito pra dizer que, quanto a seguir um estilo, o som do Gigante é uma evolução do que pudesse vir a ser a sonoridade futura do College, mas agora com uma meta maior, viver disso fazendo o rolê, sempre, dá forma mais sincera.
3 – Vocês estão com datas marcadas no Rio de Janeiro e no Sul do Brasil, como serão esses shows?
Lucas - Estamos ansiosos pra que cheguem os shows, pois com o Gigante, nunca tocamos no Rio e no Sul, além de que temos tido uma boa expectativa por meio do myspace, orkut, fotolog, twitter, enfim, é colar pra tocar e dar o recado.
4 – Como foram os shows no Grito Rock e a tour pelo Nordeste?
Lucas - O Grito foi algo bem legal de se participar, um grande evento interligando pessoas de inúmeros estados brasileiros e países da América Latina. A turnê pelo nordeste foi demais da conta de bom! Sem falar da beleza do litoral nordestino que de quebra já deixam os humores chei d´sol. Isso é a prova que há pessoas querendo fazer o rolê acontecer de forma bem feita. Mas, claro, a banda tem que querer isso, tem que querer fazer o rolê, sem frescura, tem que ralar muito. É aquela velha história, serve pra tudo, quem quer faz e quem não quer reclama. E as pessoas tão fazendo e a coisa tá andando e pra exemplificar seguem alguns coletivos com quem já tivemos contato: Anti-herói, Cidadão do Mundo, Fórceps, Espaço Cubo, Goma, Lumo, Massa Coletiva, Mundo, entre tantos outros que estão aí agilizando o processo. Pra sacar mais: foradoeixo.org.br - abrafin.com.br
5 – A banda se prepara para um novo EP. Como será esse disco, o quarto EP da banda, e não seria melhor lançar um único CD?
Lucas - Estamos em fase de gravação do EP “Obrigado, Ténn” sob os comandos de Rafael Crespo (myspace.com/rafaelcrespo). Esperamos muito conseguir levá-lo ao Rio de Janeiro. Quanto a lançar um único CD, isso irá acontecer, acreditamos, no primeiro semestre do ano que vem, provavelmente, só com músicas inéditas. Esse quarto EP fecha esse ciclo de conhecimento do nosso som, de aprimoramento em estúdio, do início da banda. Diria que está sendo uma pequena escola pra chegarmos a um "discão".
Henrique – Esse EP serviu para chegar mais perto do que a gente quer com a gravação das músicas em relação a timbre, textura e gosto, para que no disco cheio a gente venha com tudo ao vivo! Sem medo de ser feliz!
6 – Como foi participar do documentário “Re:board - Brazil Skate Art and Deck Research”, idealizado e realizado por Farofa, A.K.A Sesper, vocalista do Garage Fuzz?
Lucas - O Re:board (reboard.blogspot.com/) é um projeto voltado para a arte feita sobre os shapes brasileiros. O rolê foi idealizado pelo Sesper (sesper.blogspot.com/) que além de grande artista é vocal do Garage Fuzz. O cara já tá nessa praia do skate, há uma cara que fez com que o trabalho tenha uma força incrível. Vale a pena conferir o DOC e além dele há uma exposição bem legal de 200 shapes da coleção de Sesper. Pra nós é uma honra participar dessa idéia agora já materializada. Pra quem tiver em São Paulo, www.matilhacultural.com.br/, cola lá!
Henrique - Pra mim,em especial, foi muito bom relembrar um pouco minha infância, já que peguei o final dos anos 80 e começo dos anos 90 do skate no Brasil. Embora não pareça (hehe) o tio tem 30 anos e ver todos aqueles shapes e nomes, alguns até que eu não conhecia, por serem mais antigos e outros marcantes pra mim na época como Leo Kakinho, Thronn, urgh!, entre outros, significou bastante pra mim. Conhecer artistas que eu não conhecia fazendo trabalhos bacanas foi demais. E ainda tem meu filho, hoje com 12 anos de idade, andando de skate que me faz ficar ainda mais orgulhoso de ter participado tocando nesse arquivo tão importante pra história do skate, que vai ficar pra sempre.O nosso som ser ouvido por todas as pessoas que assistirem o documentário é muito massa!
7 – Babalu você saiu do menor estado do Brasil (Sergipe) para viver no maior estado do Brasil. Como foi essa mudança e o que você percebe de diferente?
Babalu - A saída de “AraraCaju” somente aconteceu porque eu tive a oportunidade de estudar música em São Paulo com os professores que sempre admirei, foi por esta causa que decidi ficar longe de família, acabar e abandonar todas as bandas que tinha. A mudança tem sido extremamente positiva musicalmente e diferente/conturbada culturalmente até hoje. Honestamente, depois de quase 3 anos aqui, eu vejo que a maior diferença entre os dois estados é que em São Paulo consigo viver com mais realidade as coisas que acredito e tenho como dar continuidade aos meus estudos com uma perspectiva muito maior de trabalho. Em contra partida, é osso ficar longe de praia, amigos, calmaria e todas as coisas que só em Aracaju encontro. No fim das contas, acho que tenho a mesma percepção de 9 a cada 10 pessoas que saem da Aracaju e vai morar em São Paulo. (Risos)
8 – Babalu em Sergipe você tocou em bandas que fazem ou fizeram história por lá. Karne Krua, Perdeu a Língua, Triste Fim de Rosilene... Como você vê a cena rock sergipana e fale um pouco de sua passagem por essas bandas e outros trabalhos musicais seus?
Babalu - Poxa velho, eu sou sempre otimista em relação à cena de Aracaju, acho que lá tem bandas muito boas e o nível da galera tocando é sempre muito bom. Tenho amigos de vários estados que vêem Aracaju como um celeiro de boas bandas e de bons bateristas (esse último, em grande parte, devido ao meu ídolo e guru de grande parte dos bateristas de Aracaju, Rafael Jr da banda Snooze). Só acho que a cena não esta melhor porque ainda faltam pessoas buscando o profissionalismo da coisa e o público é muito instável, uma época lota e outra não. Sobre tocar na Karne Krua, foi inacreditável, entrei com 16 anos, e, pra mim significa muito até hoje. A Karne e Silvio (vocal e fundador da Karne Krua) me ensinaram muito. A Triste Fim já existia antes de eu entrar, era um aluno meu que tocava, quando ele saiu eu fiquei na pilha de entrar, acho massa essa coisa que Ivo e Dani tem de fazer músicas rápidas e com boas melodias. Até hoje tem uma galera que gosta e fala da Triste Fim comigo. Sobre meus outros trabalhos, eles começaram depois que conheci Silvio e comecei a estudar com Rafael, minha cabeça pra música abriu muito a ponto de montar 10 bandas de diferences estilos. Era massa demais tocar HC extremo com a Da Boca ao Reto, depois brega com a Please No!, depois indie com a The Band of a Friend, pop rock com a Kannibal... Eu estava me divertindo e sem saber, estava adquirindo uma linguagem massa na bateria.
9 – Babalu agora uma pergunta de fã aqui ao músico ai. Qual o fim que levou a banda Perdeu a Língua? Eu simplesmente adorei, e acho que ela merecia um disco e não pode ficar no esquecimento...
Babalu - Rapaz, a Perdeu a Língua surgiu porque eu, Luíz, Alex (ambos da Triste fim) e Maneu estávamos ouvindo muito jazz e samba, a gente queria montar uma banda de rock calcada na concepção do jazz e samba com essa coisa de improviso e tal. Assim que a coisa começou a tomar rumo, eu fui chamado pra estudar fora, a gente sempre estava tocando e fazendo shows, fizemos até mais duas músicas enquanto eu estava de férias em Aracaju. Mas chegou uma hora que (como Luíz mesmo fala) estávamos fazendo cover de nós mesmos, num tinha mais sentido se não for manter a banda. No esquecimento ela num vai ficar porque gravamos antes de me mudar. O disco está disponível pra download com capinha e tudo no www.sinewave.com.br é só ir lá e baixar!
10 – Deixe uma mensagem final aos leitores do Mistura Cultural!
Lucas - Obrigado a todos que leram até o fim e que estas letras os levem a algo de útil. Tudibão e valeu, Michael!
Henrique - Agradeço o interesse de todos por fazerem parte dessa mistura toda. É noise!
Babalu - Muito obrigado, Michael e a todos que representaram aqui!
Conheça o Som da Gigante Animal em:
www.myspace.com/giganteanimal
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=81962
Agenda – Gigante Animal 2009
No Rio de Janeiro
06/08 às 17h - Apresentação ao vivo para todo o Brasil no Programa Atitude.com, na TV Brasil - www.tvbrasil.org.br/atitude/
6/08 às 20h - Audio Rebel RJ/RJ
8/08 às 19h - Lona Cultural de Guadalupe RJ/RJ
9/08 às 20h - Barra Mansa/RJ
No Sul do Brasil
13/08 às 20h - Curitiba/PR
15/08 às 20h - Santa Maria Santa Maria/RS
16//08 às 20h - Porto Alegre/RS
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Cool!!!
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