Antes que a gente se estresse peço para que os jornalistões ranzinzas e gente que se acha muito mais cool e indie por odiar o Metallica parem de ler o texto aqui pra gente não desgastar a amizade e vocês não terem (mais uma) crise de gastrite.
As fotos estão uma porqueira, mas paciência, da próxima vez vocês que organizem um abaixo assinado pra me arranjarem uma credencial decente. Mas vamos lá.
Não sei se vocês lembram, mas na cobertura do show do Rock in Rio eu estava morta arrasada sem dormir e acabei indo embora no meio do show prometendo nos encontrar outra vez, pois tínhamos unfinished business.
Chegar no Morumbi foi aquele inferno na terra de sempre, mas deu tempo de pegar o show inteiro do Raven, banda de abertura que não só foi influência pro Metallica, como botou eles pra abrirem seus shows em 83, época do Kill ‘Em All. A banda chegou esforçada,
Ah, sim, a chuva. Não tinha percebido a garoa até reparar que a pista premium estava parecendo o episódio do pica-pau nas cataratas (até capa de chuva na área vip é ostentação).
Tá, o show. Vocês já devem saber melhor que eu como funcionava o lance da votação, e os fãs no palco do meet & greet e como eles foram fofos, e faladeiros etc. Vamos pular essa parte.
O Metallica entrou no palco com uma hora de atraso, refletindo o atraso do Raven (e não por frescura como é o caso do Axl). Bem quando inventei de ir ao banheiro começou um filme no telão explicando como rolava o lance de votação da turnê By Request e eu voltei louca correndo atropelando todo mundo nos assentos. Deu tempo de pegar aquele filminho do faroeste de abertura (desculpa, gente, não entendo um caralho de faroeste, não sei de qual filme era), e eles entrando pelo fundo do palco, mas preferi gritar ao invés de tirar foto.
Eles abriram com a cacetada de Battery, mas o estádio veio abaixo em seguida com Master of Puppets. Como já era sabido, eles tocaram todos, repito todos os sucessos da ~ geração MTV~ com direito a isqueiro aceso em Nothing Else Matters (desculpa gente, todo mundo aqui já teve 15 anos), bis com a inédita nos palcos brasileiros Whiskey in the Jar (o mais próximo que a gente vai conseguir chegar de um show do Thin Lizzy), e bola preta na platéia com o final esperado, porém incrível de Seek and Destroy.
Ah sim, teve as músicas novas que são ótimas para ir ao banheiro correndo (e comprovar que a acústica do banheiro do Morumbi tava melhor que a do Setor 2), ou sentar um pouquinho.
Vocês já devem ter lido por aí, mas corroboro. Por causa da chuvarada, os efeitos, fogos, e firulas não rolaram e, o que seria um problema de ter que segurar um show só com a banda e seu som debaixo de uma chuva do cacete, acabou sendo a melhor coisa que poderia ter acontecido para a banda e pro público. O perrengue, de fato, tirou os caras da zona de conforto, e fizeram eles tocar com mais força e entrega. Aliás, alguém me tira uma dúvida.
A bateria do Lars ficou no cantinho do palco pra:
( ) não molhar tanto a bateria
( ) não molhar a farinha
( ) ficar mais perto das groupies
Aquele baixista caranguejo do Ozzy pode ser excelente, pode dançar capoeira enquanto toca, mas eu continuo achando o FIM DO MUNDO ele fazer parte da banda #voltajason.
Não falo nada do James ou do Kirk porque em perfeição a gente não dá pitaco.
O show acabou, os roadies já estavam desmontando os equipamentos, e a banda, que não fazia um show cru assim há tempos, não queria sair do palco de jeito nenhum. Eu, inclusive, saí antes deles pra disputar um táxi no tapa.
Acordei no dia seguinte com dor no pescoço achando que tava com meningite, mas era só o day after de um show de headbang intenso. E sim, um roxo imenso na perna de lembrança de uma das minhas tentativas frustradas de pular a fileira da arquibancada. E apesar do som não ter me deixado surda como eu queria, fiquei na certeza que em matéria de consistência, presença de palco, fãs, tempo de banda, e legado, o Metallica é o próximo Rolling Stones.
Por @debbiehell. Mais projetos sobre música em: deboracassolatto.tumblr.com
NOTA DO BLOG: Um fato curioso: muitos fãs do Metallica foram hostilizados por membros da Marchinha do retrocesso sem Deus pela puta que os pariu - com o perdão à nobre classe das prostitutas pela ofensa - porque foram confundidos com Black Blocks! Fim da Nota. Nos comentários, leia as já meio manjadas mas sempre cômicas mensagens enfurecidas do "patriotinha", nosso leitor mais fiel ...
p.s. sabia que tava esquecendo alguma coisa. Lá vai o setlist:
"Battery"
"Master of Puppets"
"Welcome Home (Sanitarium)"
"Fuel"
"The Unforgiven"
"Lords of Summer"
"Wherever I May Roam"
"Sad But True"
"Fade to Black"
"…And Justice for All"
"One"
"For Whom the Bell Tolls"
"Creeping Death"
"Nothing Else Matters"
"Enter Sandman"
bis
"Whiskey in the Jar"
"The Day that Never Comes"
"Seek & Destroy"
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Patriota? cadê vc? faltou comentar esse post!
ResponderExcluircarecasoise.blogspot.con
ResponderExcluirhttp://escarronapalm.blogspot.com.br/
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