quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
16/01/2010 - no Capitão cook
O Verão Sergipe, projeto do governo do estado, estava a todo vapor na praia de Atalaia Nova, Barra dos Coqueiros, e sua megaestrutura podia ser vista da Coroa do Meio, onde acontecia mais uma noite de rock no bom e velho refugio dos amantes da musica independente, o Capitão Cook. Lado A/Lado B. Entrei com a Renegades of punk executando “coração de pedra”, faixa que eu havia tocado na noite anterior no programa de rock e que faz parte do split que eles lançaram com o Mahatma Gangue, de Mossoró (RN). Bom show, mas com um publico ainda pequeno e meio frio, circulando pela área externa ou amontoado no bar. De frente para a banda, mesmo, apenas as garotas do Biggs. Para minha surpresa, Adilson Pereira, ex-editor da OUTRACOISA, aquela revista do Lobão que sempre vinha com um Cd encartado e fanzineiro carioca “das antigas”, estava de passagem por Aracaju como convidado do governo do estado para cobrir o Verão Sergipe para seu site Samba Punk. Começamos a trocar correspondência há mais de 15 anos, quando ele ainda publicava o “Porco Espinho”, e foi um prazer poder finalmente conhecê-lo pessoalmente.
A segunda banda a se apresentar foi a Snooze, com uma novidade: a adição de teclados, que dividiu opiniões – alguns detestaram, alegando que suavizou demais o som da banda, outros, como eu, acharam uma experiência interessante, pois deixou os arranjos mais climáticos e elaborados, com novas texturas. Nos trechos mais “viajantes” e improvisados, deu um toque de psicodelia, uma nova cara ao som deles. Creio que foi uma renovação bem-vinda. Não sei se seria o caso de se incorporar o teclado definitivamente ao som da banda, talvez sim, com alguns ajustes para que ele não soe tão onipresente, mas como experiência achei bastante válida e positiva. De qualquer forma foi um grande show, excelente perfomance da banda, que estava inspirada, e contou com a participação do ex-integrante Clínio Jr., atualmente morando no Rio e tocando no Pelvs.
Por fim, o Biggs, trio de punk rock sorocabano capitaneado por Flavia e Mayra, ex-integrantes da Dominatrix, no baixo, guitarra e vocal, e Brown, que já colaborou com grupos seminais como o Pin ups e Wry, na bateria. Fazem um rock and roll visceral e furioso, berrado e tocado com um entusiasmo impressionante. Baquetas foram quebradas, microfones caíram ao chão e o publico foi ao delírio numa apresentação de cerca de uma hora mais do que suficiente para saciar a ânsia dos roqueiros presentes. Missão cumprida.
No mais, é voltar pra casa saciado de corpo e espírito (cortesia da velha passada numa lanchonete para matar a fome), não sem antes assistir ao belo nascer do sol na praia de Atalaia, “mirando as ondas do mar”.
por Adelvan Kenobi
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gostei do post, apesar das bandas não serem muito a minha praia. nem a atalaia...
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